Correio Braziliense
É da terra que
vai sair a recuperação do Brasil. Na recessão da Dilma, o agro atenuou o
PIB e as contas externas; agora não apenas vai segurar, na beira do
abismo, como também vai indicar o novo rumo
[importante lembrar: desde que os ambientalistas de araque, de auditório e palco, não atrapalhem - especialmente aqueles que destruíram as florestas de seus países e agora querem manter as do Brasil, que já é responsável por grande parte do abastecimento, com produtos agrícolas, do planeta.
Aos adeptos do 'quanto pior, melhor' tem um 'nuvem' de gafanhotos rondando a fronteira do Brasil com a Argentina que pode causar sérios estragos na produção agrícola.
A propósito: o deputado Maia, autonomeado 'primeiro-ministro', ontem ao comentar uma live que participou com não sei quem da França e não não sei quem de onde, assumiu postura de presidente da República.
Lembramos ao senhor Maia que antes de posar como primeiro mandatário do Brasil, a mais alta autoridade da Nação, ele precisa transformar os poucos mais de setenta mil votos que obteve em 2018 em algo próximo de 70.000.000 de votos.
Será uma ação tipo convencer cada um dos seus eleitores a conseguir mil votos, assim ele alcançará a vitória em 2022.
Ao deputado do DEM sobra empáfia, faltam limites (dá pitaco em tudo) e votos.
]
Nesses tensos tempos pergunta-se às bolas de cristal como e quando vamos
nos recuperar deste caos. Paulo Guedes certamente gostaria de acertar a
previsão de que virá do investimento privado. Mas investidores teriam
que ter sobras, depois da pandemia, para aplicar na compra de estatais,
ou em concessões. Acreditando no futuro, estão os investidores em renda
variável, os operadores de bolsa. Este ano, aumentou em 38% o número de
mulheres investidoras na Bolsa. Instinto feminino? Algum perfume já
sentiram no ar, porque depois de despencar de 120 mil pontos para 60
mil, o índice da B3, ex-Ibovespa, já está chegando de novo aos 100 mil
pontos. Penso que sentiram perfume de terra e a recuperação está em
enterrar dinheiro — literalmente.
É da terra que vai sair a recuperação do Brasil. Na recessão da
Dilma, o agro atenuou o PIB e as contas externas; agora não apenas vai
segurar, na beira do abismo, como também vai indicar o novo rumo, a
vocação do país que tem espaço territorial, clima e tecnologia para ser
um gigante na produção mundial de alimentos. E não é apenas o que vai
para a nossa mesa; já podemos alimentar uma boa parte da população do
planeta. Além disso, a agropecuária brasileira gera uma cadeia econômica
que vai muito além de suas porteiras.
Imaginemos
a indústria de veículos de carga, máquinas agrícolas, implementos,
adubos, fertilizantes, combustíveis;
a construção de silos e armazéns,
além do processamento de alimentos, algodão, celulose, fibras – uma gama
sem fim de produtos de origem vegetal e animal.
Sem falar na exigência
de mais infraestrutura de transporte e escoamento: rodovias, pontes,
ferrovias, portos, navios, trens, mais aviões na exportação de frutas.
Estimulam-se também os serviços, setores que tanto têm sofrido com a
quarentena: comércio exterior, atacado e varejo. E os benefícios ao
consumidor, com preço mais barato pelo alimento abundante, com reflexo
na economia doméstica e nos restaurantes.
A
pesquisa, a tecnologia, a biotecnologia, a ciência — mais vagas para
técnicos e cientistas voltados à produtividade, às variedades, à
genética vegetal e animal. A valorização das profissões no campo cada
vez mais informatizado e conectado, os agrônomos, veterinários,
operadores de máquinas, consultores de mercado… um mundo novo brota no
solo do Brasil. Basta que governos não atrapalhem, protejam o direito de
propriedade, e que o agro e seus representantes políticos, no
Congresso, nas assembleias e câmaras, estejam à altura do poder e da
oportunidade que estão recebendo nesta pandemia.