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domingo, 6 de outubro de 2019

Bolsonaro exalta auto de resistência, ação de PM com morte - Terra

[gostem ou não, quando deixam a polícia trabalhar, realizar operações contra o crime, a tendência é de aumento da morte de bandidos = acostumados a sensação de que controlam a área, quando se deparam com policiais, reagem, ocorre o confronto e levam a pior.]

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que as mortes cometidas pela polícia durante operações, os chamados autos de resistência, são uma prova de que as forças de segurança estão fazendo o seu trabalho, e defendeu que a legislação seja modificada para que os agentes não tenham medo de executar sua função.  

O presidente afirmou, durante cerimônia de lançamento da campanha sobre projeto anticrime compilado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que o "ativismo" em alguns órgãos da Justiça busca cada vez mais transformar os autos de resistência em execução.
"Queremos mudar a legislação para que a lei seja temida pelos marginais, não pelo cidadão de bem", afirmou. [enquanto a 'excludente de ilicitude' não é aprovada, resta aos responsáveis pelo combate ao crime se socorrer da legítima defesa, do estrito cumprimento do DEVER LEGAL, que já constam no Código Penal.]

Em sua fala no evento, o ministro Moro defendeu a aprovação do pacote pelo Congresso, dizendo que será uma mensagem clara para a sociedade de que os tempos do "Brasil sem lei e sem Justiça" chegaram ao fim. 

Portal Terra 

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Dilema dos policiais militares quando saem de casa para o trabalho: Voltarão ao convívio dos seus ou não?

PM flagrado executando homem caído deu versões diferentes sobre crime

Delegacia de Homicídios também investiga origem dos tiros que mataram Maria Eduarda 

[todo policial militar, especialmente do Rio de Janeiro, quando sai de casa para o trabalho não sabe se volta ou não.
As chances de voltar são bem menores do que as de não voltar.
Conspira contra o seu regresso vários fatores, com destaque para dois:
- não voltar por ser assassinado por bandidos;
- não voltar por entrar em confronto com bandidos, conseguir não morrer e sim abater o bandido, e ser preso e tratado pior do que são tratados os bandidos quando são presos.
No Rio o procedimento padrão das autoridades é considerar o policial culpado até que prove o contrário.] 

O sargento David Gomes Centeno, um dos dois policiais militares flagrados executando dois suspeitos deitados, em Fazenda Botafogo, na Zona Norte do Rio, deu duas versões diferentes sobre o crime na Delegacia de Homicídios (DH). Na primeira delas, Centeno, no momento em que o registro de ocorrência do caso foi elaborado, omitiu ter atirado no homem já caído. O sargento se limitou a dizer que ele e seu colega de farda, o cabo Fábio de Barros Dias, foram alvo de disparos dos bandidos e que, após continuarem avançando pelo local, “observaram dois homens caídos ao solo”. Em seguida, ele afirmou que “enquanto preservavam o local do fato, souberam por moradores que uma menina havia sido alvejada dentro do pátio da Escola municipal Jornalista Daniel Piza”. A menina é Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, morta atingida por três tiros de fuzil durante uma aula de Educação Física.

Maria Eduarda Alves da Conceição, que morreu baleada dentro de escola - Reprodução do Facebook
 Lamentavelmente mais uma quase criança vítima de uma bala perdida em confronto entre a Polícia e bandidos (apesar do estúpido e inútil 'estatuto do desarmamento' ser elogiado por alguns 'sem noção', vítimas inocentes continuam tombando atingidas por balas perdidas quase sempre disparadas por fuzis portados por bandidos.
O mais triste é que a maior parte das vítimas são crianças ou recém entradas na adolescência.
O cidadão de BEM não tem direito de portar sequer uma garrucha;  já os bandidos portam armas de grande poder de fogo.



Num segundo relato a agentes da DH, Centeno admite que fez o disparo contra o suspeito, “acreditando que pudesse haver risco pessoal”, porque o homem portava uma pistola. Após o tiro, Centeno afirma que se protegeu atrás de um muro e, só após o fim dos disparos, recolheu as duas pistolas 9 mm que estavam com os suspeitos caídos ao chão. [o simples fato dos dois marginais, merecidamente abatidos, portarem pistolas 9 mm, já autoriza a autoridade policial usar da força necessária para preservar sua vida e a de terceiros.
É difícil de entender os motivos que levam a população a considerar dois bandidos mortos em confronto, heróis.
Causa espanto que até agora nenhuma autoridade teve o lampejo de inteligência de considerar a hipótese de que a Maria Eduarda tenha sido alvejada pelos dois bandidos. 
A preocupação é uma só: acusar os policiais.
Fica a pergunta: que ânimo tem um policial quando sai de sua casa, na maior parte das vezes tendo que esconder sua condição de policial militar, para o trabalho sabendo que corre grande risco de não voltar;
- seja por ser morto por bandidos;
- seja por entrar em confronto com bandidos, dar a sorte de não morrer e sim de abater o bandido, e ser preso por ter cumprido seu dever.]
Centeno e Dias foram presos em flagrante na madrugada da última quinta-feira. A prisão deles foi convertida em preventiva pela Justiça um dia depois. Dias, em seu depoimento na DH, também admitiu ter dado o disparo. Segundo a decisão da Justiça que decretou a prisão preventiva dos agentes, ele “declarou que visualizou arma de fogo com o agente caído ao chão que abordou e temendo por sua integridade física realizou tiro contra o mesmo com o fuzil”. Ele também disse não ter visto o momento em que Centeno disparou contra o outro homem.

Na delegacia, os dois policiais apresentaram duas pistolas e um fuzil, que disseram estar com os suspeitos. No vídeo que flagrou as execuções, é possível ver um dos fuzis sendo tirado de perto de um dos suspeitos por um dos policiais.

A DH investiga a origem dos disparos que acertaram Maria Eduarda. Segundo o laudo de necrópsia da menina, os três tiros que a acertaram vieram da mesma direção — da direita para a esquerda, de baixo para cima. [até agora a perícia não conseguiu identificar o tipo de projétil que atingiu a garota.]

Centeno e Dias se envolveram em 37 autos de resistência mortes de suspeitos durante operações policiais — desde 2011. Os dois, juntos, participaram de uma dessas ocorrências. Já as demais mortes ocorreram em ações com outros colegas de farda Centeno é envolvido em outros 10 autos de resistência e Dias, em 26 ocorrências. O Gaesp investiga 16 autos desses autos de resistência. [o policial é eficiente no seu trabalho, consegue sobreviver aos confrontos com bandidos, e passa a ser considerado suspeito cada vez que em vez de morrer consegue sobreviver e matar o bandido.]

A maioria das mortes aconteceu em favelas da Zona Norte. Na maior parte dos casos, os suspeitos foram levados a um hospital e não houve perícia no local. [o policial não é médico que tenha condições de atestar o óbito do suspeito no local do confronto; havendo indícios de que o suspeito está vivo, é DEVER do policial remover ou providenciar a remoção do ferido para um hospital com a maior brevidade possível.
Não o fazendo, ou demorando, será acusado de OMISSÃO DE SOCORRO.
Parece piada, mas o policial quando entra em confronto com bandidos a única maneira de não ter problemas é MORRER.
Se sobreviver terá problemas.]  Em todas as ocorrências, os policiais apresentaram armas na delegacia, que disseram estar com o suspeito.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O pior é que logo vão abolir a instituição policial. Mas, antes vão proibir que policiais portem armas durante uma operação policial

Polícia Federal e Civil abolem o termo ‘auto de resistência’

Classificação será retirada de boletins de ocorrência, registros e inquéritos 

BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO 

A turma dos direitos humanos tenta a todo custo modificar este lema, tanto que já teve um gênio da turma que sugeriu que os PMs do Rio realizassem policiamento ostensivo, incluindo favelas, sem utilizar fuzis

 Uma resolução conjunta baixada pelos comandos da Polícia Federal e das Polícias Civis aboliu os termos “autos de resistência” e “resistência seguida de morte” de boletins de ocorrência, registros e inquéritos policiais, e notícias de crime. É uma conquista dos movimentos de direitos humanos, que entendem que a expressão “auto de resistência” protege agentes que cometeram deliberadamente crimes durante ações da polícia.

 A resolução determina que os termos sejam substituídos por “lesão corporal decorrente de oposição à intervenção policial” ou “homicídio decorrente de oposição à intervenção policial”. Casos de morte violenta em ações que envolvam policiais terão inquérito instaurado de imediato e tratamento prioritário. O delegado terá de verificar se o executor e as pessoas que o auxiliaram se valeram “moderadamente” dos meios necessários e disponíveis para se defender ou para vencer a resistência. O texto também determina que materiais como armas, munições e veículos sejam apreendidos. O Ministério Público e a Defensoria Pública serão comunicados. O delegado pode requisitar a apresentação dos policiais envolvidos na ocorrência.

A resolução não extingue a tramitação de projeto na Câmara sobre o mesmo tema. O secretário de Direitos Humanos do governo federal, Rogério Sottili, comemorou a resolução.
— A resolução já é uma diretriz para as polícias. Começamos o ano com a melhor das notícias. As principais vítimas de autos de resistência são jovens, negros, pobres e moradores das periferias — disse Sottili.

O deputado Alberto Fraga (DEM-DF), um dos coordenadores da bancada da bala, classificou a resolução como absurda e previu reação de PMs: — Vamos combater essa resolução. Claro que não defendemos os excessos dos policiais. Não defendemos o policial que dá um tiro na nuca de alguém e diz que isso é auto de resistência. Agora, você retirar a possibilidade do policial de ter o auto de resistência para evitar seu envolvimento na Justiça, não podemos. Os delegados que assinaram isso estão buscando fazer com que a PM pare de trabalhar.

Alta letalidade policial- por

No Brasil, de acordo com dados do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.647 homens e mulheres foram mortos em confronto com policiais militares e civis em serviço (em “autos de resistência”, em 2014). Se computados também os que foram mortos por PMs e policiais civis que não estavam em serviço, o número chega a 1.996. Nem todos os estados enviaram dados completos.





Em setembro de 2015, PMs foram flagrados forjando um confronto no Morro da Providência para garantir impunidade pela morte de um jovem de 14 anos com auto de resistência - Reprodução vídeo
A imprensa, muitas vezes estimulada pela turma dos direitos humanos - que sempre esquece os DIREITOS dos HUMANOS DIREITOS - só destaca os casos em que houve falha de uma guarnição policial.
Os casos que mostram que na maior parte das vezes o confronto é provocado pelos bandidos, nada é noticiado 
Basta ter em conta, que o confronto sempre começa quando o bandido comete o crime e reage à ação da autoridade policial 

 Em 2012, 1.890 civis morreram em confronto, média de cinco por dia, como mostrou uma série do GLOBO. Na mesma época, em todo o país, 89 policiais civis e militares foram mortos. Segundo o FBI, o aceitável é, no máximo, a relação de 12 civis mortos por policial morto. Organizações internacionais falam em dez.  — Em 2012, a Secretaria de Direitos Humanos já havia publicado resolução recomendando que a nomenclatura “auto de resistência” fosse abolida. A letalidade policial não diminuiu por conta disso. Então, ou o país faz um pacto pela redução ou vamos só criar sinônimos e o impacto, na prática, será residual — diz Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. — É necessário que inquéritos sejam abertos para investigar as mortes, que o Ministério Público atue e que o julgamento moral da vítima tenha fim. [os dados do FBI não se aplicam ao Brasil; nos Estados Unidos além de uma polícia eficiente, presente, que facilita a prisão em flagrante, há também eficiência nas investigações posteriores.
Tanto que o bandido ao ser flagrado pode até tentar fugir, mas, por ter ciência das grandes chances de ser identificado e preso nas investigações que se seguirão, desiste facilmente da fuga e na maior parte das vezes não atira contra a polícia.
Aqui no Brasil o negócio é bem diferente: o bandido sabe que conseguindo se evadir do local do crime, dificilmente será preso nas investigações futuras e assim ataca os policiais com força total, buscando matar mesmo, só restando aos policiais revidar com a força necessária.]

Fonte: O Globo