Alerta Total
Só se Jair
Messias Bolsonaro for bandido, canalha e politicamente suicida, ele vai
escolher como titular da Procuradoria-Geral da República alguém que contrarie a
vontade estratégica de seu ministro da Justiça, o herói-nacional Sérgio Moro.
Como Bolsonaro até agora não demonstrou tais desqualificações no exercício da
Presidência da República, o mais provável, uma tendência forte, é que o futuro
titular da PGR seja um “processador” e não um “engavetador” de inquéritos,
investigações e denúncias contra os agentes do Crime Institucionalizado no
Brasil.
[o que entendemos ideal é que o indicado por Bolsonara não esteja na listra tríplice e nem seja o procurador Deltan Dallagnol.
Aras é desaconselhável devido ter o apoio dos filhos de Bolsonaro - o presidente e seus filhos precisam entender, e aceitar, que o Brasil não é uma monarquia. Além do que, um indicado deles tem tudo para ser encrenca na certa.
Sem fanatismo, mas, Dodge nos parece uma boa candidata.]
A escolha
pode acontecer esta semana. A decisão está próxima, ou até já está tomada, sem
ser anunciada. O mandato de Raquel Dodge vai até 17 de setembro. Se quiser
manter a coerência com seu eleitorado, Bolsonaro não tem direito de errar. Se
indicar alguém que não tenha o respaldo total do Sérgio Moro, ele e seu governo
morrem moralmente... O tal “setor militar” no poder, exige pressão total da
administração federal contra o Crime Institucionalizado. Por isso, Bolsonaro não
deve se arriscar a ficar espremido no paredão entre a ilusão de poder e o
combate ao Crime – fator imprescindível para a retomada do crescimento e do
desenvolvimento com indicativo de segurança jurídica.
Não faltam
especulações sobre o nome escolhido. A extrema mídia mensaleira cogita que
Bolsonaro reconduza ao cargo Raquel Dodge. Isto é pouco provável porque ela é a
candidata dos supremos-magistrados José Dias Toffoli e Gilmar Mendes – que não
andam lá muito bem de popularidade. Os intrigantes fofocam que Bolsonaro
poderia bater o martelo em favor de Dodge, contando com um suposto futuro alívio
à situação processual do senador Flavio Bolsonaro, quando o Caso Queiroz
chegar nas vias de fato do abominável foro privilegiado. Se Dodge emplacar,
Bolsonaro deixará no ar a suspeita de que o Pai prevaleceu sobre o Presidente
eleito para combater, sem tréguas, a corrupção.
Outra
especulação forte fala sobre o favoritismo de Antônio Augusto Brandão de Aras – que é atual Subprocurador-Geral da
República e professor de Direito da Universidade de Brasília. A revista Época
informa que Aras já se encontrou cinco vezes com Bolsonaro. Rotulado como
“conservador”, Aras tem aliados fortes no chamado “Centrão”. Tem o apoio e
amizade do deputado federal Alberto Fraga, do DEM, também considerado um
“grande amigo” de Bolsonaro. Aras corre por fora da lista tríplice votada pelos
procuradores da PGR, formada por Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal
Dalloul. Aras tem apoio poderoso dos filhos de Bolsonaro e do prestigiado
ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
Outra
possibilidade (a desejável) é que seja escolhido um nome totalmente respaldado
por Sérgio Moro e que seja um defensor prévio da Lava Jato & afins. A
galera do bem torce pelo Deltan Dallagnol. Mas fica sempre a dúvida se o nome
com respaldo popular vai ter condições de sobrevivência na selva da burocracia
federal. Dúvidas a parte, o fundamental é que o titular da PGR é tão poderoso
que pode denunciar até o Presidente da República que o escolhe... É muito poder
para pedir ou aliviar punição... A tese
correta nesta estória toda é: Com bandido não se negocia... Bolsonaro não pode,
nem deve, entrar nesta furada. A não ser que queira um negócio “Caracu”: ele
entra com a cara e a gente entra com o resto...
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