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domingo, 18 de fevereiro de 2018

Defesa de Lula - De onde vem o dinheiro que banca os doutores de Lula?

A tropa de advogados a serviço do chefão é composta por especialistas em absolvição de culpados [já passa da hora de trocar o 'é' por 'era'.]

A multidão de advogados a serviço de Lula é composta por especialistas em absolvição de culpados. Esse tipo de bacharel cobra honorários em dólares por hora. 


Cristiano Zanin, o advogado de Lula, é genro de Roberto Teixeira, réu na Lava Jato e compadre do petista

Pelo atrevimento exibido nas audiências presididas por Sérgio Moro, pela insolência que esbanjam no esforço para irritar o juiz da Lava Jato, pela insistência em transformar um caso de polícia numa causa política, as boladas que os bacharéis vão receber são de muito bom tamanho.



 Cristiano Zanin Martins, advogado de defesa de Lula (Vivian Carrer Elias/VEJA.com)
[Esse Cristiano Zanin é genro de Roberto Teixeira, compadre de Lula e corréu com ele na Lava-Jato.
Anda meio desacreditado o ilustre causídico, tanto que seu sogro está fazendo tudo que pode para ser desvinculado dos processos que divide com Lula e um dos motivos é saber que Lula não é inocente e outro é não confiar nos rábulas que defendem o compadre.]


A pergunta é: se a saúde financeira do Instituto Lula foi devastada pela retração dos fregueses da Lava Jato, se o Bill Clinton de galinheiro não recebe convites para palestras desde junho de 2015, se as mediações bilionárias do camelô de empreiteiras foram prudentemente suspensas, de onde virá o dinheiro para bancar a gastança com rabulices?  A resposta só pode ser dada pela Polícia Federal. Aí tem.

Coluna do Augusto Nunes - VEJA

terça-feira, 13 de setembro de 2016

No sermão da missa negra, o Supremo Pregador jurou que só ganhou da OAS e da Odebrecht dois cisnes e dois barquinhos

As empreiteiras já sabem o que Lula quer ganhar no Natal: a casa e um casaco de João Doria

Lula foge de entrevistas de verdade desde dezembro de 2005, quando foi confrontado no programa Roda Viva com perguntas sobre o escândalo do Mensalão ─ e forçado a comentar a descoberta de que o antigo templo das vestais do PT se tornara um bordel infestado de delinquentes loucos por dinheiro. Faz quase 11 anos que só conversa com entrevistadores domesticados, blogueiros estatizados e correspondentes estrangeiros que confirmam o que disse Tom Jobim: o Brasil não é para amadores.

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Lula foge de multidões sem medo desde a cerimônia de abertura do Pan-2007, quando descobriu no Maracanã o que é uma vaia de assombrar Nelson Rodrigues. De lá para cá, o palanque ambulante só desanda na discurseira diante de plateias amestradas, que aprenderam a sublinhar com aplausos até o ponto que encerra a frase sem pé nem cabeça, fingir que ninguém notou o extermínio de mais um plural e cair na gargalhada no meio da piada sempre grosseira e grisalha.

Na sexta-feira, durante o evento promovido pelo PT na Quadra dos Bancários para tentar abrandar a anemia que assola a campanha de Fernando Haddad, constatou-se que também os comícios para milhares de militantes são coisa do passado. Foram trocados por missas negras frequentadas por devotos atraídos sobretudo pelos sermões que Lula improvisa. Os discípulos ouvem a palavra do Mestre com a expressão apalermada de quem vê um imbatível candidato a santo.

Os fiéis contemplaram com salvas de palmas até os disparos verbais que, endereçados aos adversários, acertam o pé do orador e as testas da turma na sacristia. A taxa de entusiasmo cresceu com os tiros pela culatra que povoaram o Sermão da Quadra dos Bancários. E chegou ao clímax quando o Supremo Pregador ergueu com duas frases o imponente monumento à vigarice abaixo reproduzido:
“Imagina o povo que foi induzido pela imprensa a não gostar de mim porque a minha mulher comprou um cisne para o meu filho e vai votar no Doria que mora numa casa que vale 10 milhões de cisnes. Só aquele casaco dele daria para comprar os dois cisnes da Marisa e os dois barquinhos que ela tem”.

É por causa da imprensa, portanto, que o supercampeão das urnas acabou reduzido a um cabo eleitoral capaz de destruir sozinho qualquer candidatura: 73% dos entrevistados pelo Datafolha não votariam de jeito nenhum em alguém apoiado por Lula. A queda não teria acontecido se o povo soubesse a verdade. Marisa Letícia nada mais fez que presentear um filho marmanjo com um pedalinho em forma de cisne que navega no sítio que o ex-presidente possui mas não é dele em Atibaia.

Mais: como a casa de João Doria, na avaliação do PT, vale 50 milhões de reais, basta dividir a quantia por 10 milhões de pedalinhos para saber que o brinquedo custou apenas 5 reais ─ menos que um saquinho de pipoca tamanho mínimo. Na segunda frase, os cisnes já são dois. Mas continuam baratos, garante o sitiante sem escritura. O dinheiro que Doria gasta na aquisição de um casaco bastaria para comprar uma dupla de pedalinhos e uma frota de dois barcos.

Por que Lula não se atreve a recitar tal tapeação num depoimento na República de Curitiba? Talvez por temer que o juiz Sérgio Moro seja tentado a prendê-lo por cinismo ao ouvir que a reforma do sítio, custeada pela OAS e a Odebrecht, foi uma invencionice da imprensa. Talvez porque nem um bebê de colo conseguiria acreditar que as empreiteiras retribuíram os favores bilionários do presidente amigo com dois pedalinhos e dois barquinhos. Haja ingratidão.

O falatório ao menos serviu para revelar o que o camelô de empreiteiras quer ganhar no Natal: a residência de João Doria. Lula ficaria mais feliz ainda se junto com a casa viesse o que chama de “aquele casaco dele”.

Fonte:Coluna do Augusto Nunes