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segunda-feira, 5 de junho de 2023

Sem terra, com carro e celular

Relato de um fazendeiro que teve sua propriedade invadida pelo MST

Os invasores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chegam de carro, caminhonete e caminhão. Ninguém vai a pé invadir uma fazenda. Com as barracas pré-montadas, eles armam o acampamento rapidamente. De 20 carros, logo passam a 50 e consolidam a invasão. Geralmente agem de madrugada e em feriados prolongados, pois a Justiça, que costuma ser morosa, é ainda mais lenta nessas datas.

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Carros dos invasores | Foto: Divulgação

A água, usam da propriedade, bem como a energia elétrica. É que os invasores de terras não ficam sem celular.

A experiência que João Nicolau gostaria de esquecer aconteceu no Carnaval do ano passado. O produtor rural e vereador em Arealva teve a fazenda no município de Rosana — a 500 quilômetros de Arealva — invadida por um grupo de militantes do MST.

Mesmo com uma ordem judicial, Nicolau levou seis meses para retirar os invasores. “Descumpriram a ordem, não pagaram a multa de R$ 300 mil e nenhum inquérito ocorreu”, declara o produtor.

O fazendeiro perdeu 20 cabeças de gado. Na época da invasão, o tempo era seco, com a propensão a carrapatos ser maior. Ele foi proibido de entrar na própria terra e não pôde manusear o rebanho corretamente.

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Vinte gados morreram porque o proprietário foi proibido de entrar na terra invadida por militantes do MST | Foto: Divulgação

O produtor rural está na região há mais de 20 anos, então conhece bem os invasores. “A gente não identifica o movimento porque não tem CNPJ, mas, quando percebem que o invasor é identificado, o movimento troca o líder. Isso é muito comum.”

No Carnaval deste ano, Nicolau só evitou que a fazenda fosse novamente invadida porque ficou a noite toda vigiando a área, junto com outros fazendeiros. “Cerca de 20 veículos se dividiram em dois grupos: quando o primeiro parou na minha fazenda e percebeu que havia vigilância seguiu viagem com os demais”, conta o produtor.

Já os vizinhos não tiveram sucesso, e outras quatro fazendas foram invadidas pelo MST. Eles são audaciosos. “Mesmo conversando, eles não querem sair, dizem ‘a terra é nossa, quem manda somos nós e vamos colher o que tiver por aqui'”, relata Nicolau.

Na tentativa de invasão, um dos líderes abandonou um carro zero, ainda sem placa, na propriedade de Nicolau. No veículo, ele encontrou um celular e notas promissórias, mensalidades pagas para os militantes para se manterem no movimento.

Quem está por trás do movimento sem terra
Lideranças, comerciantes, políticos, funcionários públicos, do Judiciário, estão ligados a invasões. São eles que mantêm o movimento. “Eu identifiquei escrevente, motorista de ambulância, oficial de Justiça, inclusive que dificultou o cumprimento de uma mandado judicial”, diz Nicolau.

O movimento é bem organizado e com influência política, relata o produtor rural. “Deputados, vereadores e prefeitos da esquerda incentivam os movimentos, com a finalidade de voto. Cada família tem, pelo menos, dez votos.”

Segundo Nicolau, muitos assentamentos consolidados não passam de uma mentira contada por políticos. “Conheço um assentado há mais de 40 anos. Ele não tem o título da terra, não produz, não trabalha na terra e nem uma casa construiu nesse tempo. Agora, o filho quer vender o lote.”

Os líderes não ficam nos barracos. Moram na cidade e só administram o dinheiro oriundo da invasão, pela colheita da produção e mensalidades pagas pelos militantes. “Além dos financiamentos. Políticos que injetam dinheiro para os líderes continuarem, porque, no final, o que importa é o voto.” Uma das lideranças da região do Pontal de Paranapanema, no interior paulista, formou dois filhos médicos com o dinheiro do movimento.

 

Redação - Revista Oeste


sexta-feira, 1 de março de 2019

‘O réu não possui o estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos e cabelos claros’, diz juíza




Lissandra Reis Ceccon, da 5.ª Vara Criminal de Campinas (SP), condenou acusado de latrocínio a 30 anos de prisão, mas ressaltou suas peculiaridades físicas, em sentença de 2016 que agora circula em grupos de WhatsApp de advogados

Luiz Vassallo
01 de março de 2019 | 12h08
Sentença
‘O réu não possui estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos e cabelos claros’. A frase é da juíza Lissandra Reis Ceccon, da 5.ª Vara Criminal de Campinas (SP), em sentença na qual condenou um homem ‘de pele, olhos e cabelos claros’ a 30 anos de prisão pelo crime de latrocínio.

A magistrada fez a observação ao relatar, nos autos, o fato de Klayner Renan Souza Masferrer ter sido ‘firmemente reconhecido’ por uma vítima e uma testemunha de um roubo de carro seguido de tiros que mataram seu condutor. A decisão foi revelada pela repórter Sarah Brito, do portal ACidadeON e obtida pelo Estado.

O caso foi denunciado pelo Ministério Público Estadual de São Paulo ainda em 2013 e sentenciado em 2016. A anotação da juíza sobre o ‘estereótipo padrão de bandido’ começou a circular em grupos de WhatsApp de advogados.   Consta dos autos que, em fevereiro de 2013, Romário de Freitas Borges ‘estacionava o veículo na via pública, quando Klayner, de arma em punho, exigiu a entrega do veículo’.
Inconformado, ‘Romário saiu ao encalço de Klayner, abriu a porta e puxou o assaltante do carro, entrando com ele em luta corporal”.

Diz a denúncia que ‘Klayner realizou disparos que atingiram a cabeça e o abdômen de Romário, ocasionando ferimentos que foram causa de sua morte, e o abdômen de Arthur’ – que foi baleado também para ‘assegurar a impunidade do crime’.
Ao sentenciar Klayner, a juíza relata que ele ‘foi firmemente reconhecido pela vítima e testemunha’.
“A vítima sobrevivente mencionou que realizou o reconhecimento do réu entre outras fotos, entrando o delegado no Facebook do réu, voltou a reconhece-lo na delegacia e posteriormente em juízo”.

“Em juízo, diga-se o réu foi colocado entre outras pessoas e vítima e a testemunha Maristela em nenhum momento apresentaram qualquer hesitação no reconhecimento. Ao contrário, a testemunha Maristela apresenta um depoimento forte e contundente, dizendo que antes do réu sair da caminhonete a atirar contra seu pai e seu filho, olhou nos olhos dele, não se podendo duvidar que esta filha/mãe jamais o esquecerá”, escreve.
E assim ressaltou. Vale anotar que o réu não possui o estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos e cabelos claros, não estando sujeito a ser facilmente confundido”.

O Estado de S. Paulo
 

sábado, 7 de julho de 2018

PM tem perna arrancada, após motorista avançar blitz da Lei Seca, em São Conrado



Acidente deixou mais uma pessoa ferida


Um policial militar teve a perna arrancada após um motorista, alcoolizado, atingi-lo, ao avançar uma blitz da Lei Seca, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. O caso ocorreu por volta das 23h desta sexta-feira.   O motorista infrator dirigia uma caminhonete Mitsubishi L200, avançou a blitz, atropelou o PM, bateu em um carro que estava na via, e ainda capotou por cerca de 150 metros. O condutor de van Jurandir Antonio da Silva, de 66 anos, retornava do trabalho, quando foi surpreendido pelo motorista alcoolizado.

De acordo com o filho de Jurandir, o policial militar Marcelo Fontoura, de 42 anos, que estava de folga no dia do acidente, afirmou que uma pessoa que presenciou o acidente, pegou o celular do pai no carro e ligou para a última chamada registrada, que era o contato da filha da vítima. Diante disso, Marcelo soube do ocorrido e foi até local, onde esperou a perícia. — Por muita sorte meu pai não sofreu nada. Só saiu daqui com um pouco de dor no ombro. Esse cara podia ter acabado com um pai de família — afirmou Marcelo, chocado com a situação.

Após ser socorrido, o causador do acidente fez o teste do bafômetro, que constatou que ele estava alcoolizado. O motorista e as duas vítimas foram levados para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, também na Zona Sul.O PM atropelado passou por uma cirurgia, mas o estado de saúde dele ainda não foi informado. Já Jurandir e o infrator fizeram alguns exames na unidade, mas passam bem.  Segundo um PM, que estava no local do acidente, o atropelador foi escoltado até o hospital e sairá de lá direto para a delegacia, pois foi preso em flagrante.

O caso foi inicialmente registrado na 12ª DP, em Copacabana, onde fica a central de flagrantes. Os policiais ainda não liberaram mais informações do caso, pois alegaram que a ocorrência ainda está em andamento.  Diante da situação, o trânsito ficou parcialmente interditado na pista sentido Barra da Tijuca.  O motorista e as duas vítimas permanecem internados no Hospital Miguel Couto na manhã deste sábado, com quadros de saúde estáveis e sem previsão de alta. O policial militar deve ser transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, ainda nesta manhã.

PM atropela motociclista em Nova Iguaçu
Também na noite de sexta-feira, um policial militar foi preso após atropelar e matar um motociclista, durante uma blitz da Lei Seca, na Rua Lampadosa, em Nova Iguaçu, em frente a Universidade Estácio de Sá.

Ao tentar fugir da Lei Seca, o cabo Carlos Eduardo Guimarães Teixeira, da 2ª UPP/ 5º Fallet, atropelou duas pessoas. Uma mulher morreu ainda no local, e a outra foi encaminhada para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse. No local, Mery Luci Geraldo, de 54 anos, foi atendida na emergência da unidade, passou por exames de imagem (raio-x e tomografia) e foi submetida a uma cirurgia. Seu estado de saúde é considerado estável.