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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Preso por ordem do STF em 2021, jornalista ainda não sabe por qual crime é investigado - Gazeta do Povo

Gabriel Sestrem

“Atos antidemocráticos”

Como está o caso do jornalista Wellington Macedo, preso por ordem de Alexandre de Moraes

Como está o caso do jornalista Wellington Macedo, preso por ordem de Alexandre de Moraes

Wellington Macedo é fundador da Marcha da Família Cristã pela Liberdade. Nos atos do movimento, são comuns críticas a excessos por parte de ministros do STF Foto: Andressa Macedo

No início de junho completará nove meses que o jornalista Wellington Macedo, preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), consta como réu no Inquérito 4.879, que investiga a organização e o financiamento às manifestações a favor do governo federal no dia 7 de setembro de 2021.

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No entendimento de ministros do STF, os atos foram antidemocráticos, pois em alguns deles houve declarações e bandeiras citando um possível fechamento do STF e a intervenção militar. As principais pautas das manifestações, no entanto, foram o pedido de reformas no sistema eleitoral, em especial a partir do voto impresso  [voto auditável], e críticas a excessos em decisões de ministros do STF, tendo como principal alvo Alexandre de Moraes.

Mesmo sem sequer ter sido denunciado, Macedo ficou 42 dias preso preventivamente no ano passado, quatro meses em prisão domiciliar e atualmente usa tornozeleira eletrônica e não pode deixar o Distrito Federal, segundo determinação de Moraes. Há, no entanto, outras medidas cautelares ainda em vigência: ele está proibido de conceder entrevistas e de publicar conteúdos nas redes sociais de sua titularidade ou de outros.



As restrições impedem o profissional, que até o período anterior à prisão trabalhava produzindo conteúdo jornalístico para a internet, de desenvolver seu trabalho. Desde que deixou a prisão, ele conseguiu fazer apenas dois trabalhos pontuais e permanece sem renda fixa. “O que meu marido está passando é uma condenação velada. Tanto que não há movimentação no processo. Não tem materialidade de crime algum, justamente por isso colocaram o processo sob sigilo”, afirma Andressa Macedo, esposa do jornalista. “Essa perseguição contra o Wellington atrapalhou extremamente a vida profissional dele. Como ele está proibido de falar, sem poder usar as redes sociais e, consequentemente não está tendo remuneração, as contas estão chegando e tenho que me virar sozinha para mantê-las pagas”.

O advogado do jornalista, Aécio Flávio Palmeira Fernandes, explica que o inquérito em questão permanece em andamento e sem conclusão, com diversos recursos incidentais propostos pelos investigados sem análise pelo ministro relator ou pelo colegiado do Tribunal. “Não existe capitulação jurídica específica para o caso do Wellington, uma vez que, como jornalista, ele apenas divulgou o vídeo de Sérgio Reis no seu perfil do Instagram e na página da Marcha da Família Cristã pela Liberdade”, diz Fernandes. “Como se trata de Inquérito, até hoje o mesmo não foi concluído e não se chegou ao relatório que direciona à PGR qual capitulação jurídica deve ser feita quanto aos atos imputados”.

 

Macedo ainda não sabe por qual crime está sendo investigado
O que motivou a investigação contra Macedo foi a publicação de um vídeo, no dia 31 de agosto, sobre a organização dos atos pró-Bolsonaro. No vídeo, o jornalista entrevista alguns dos organizadores das manifestações, como o cantor Sérgio Reis - que na época prometeu que o movimento “pararia o país” com o apoio de caminhoneiros, caso o Senado não afastasse ministros do Supremo e pautasse o projeto de lei sobre o voto impresso.

Segundo a defesa de Macedo, havia uma ordem judicial expedida por Moraes que o impedia de fazer publicações em seus canais digitais. O jornalista, entretanto, não havia sido notificado sobre a decisão, já que havia se mudado recentemente do Ceará para Brasília. Nos autos do processo, consta que o jornalista não foi localizado em sua antiga residência. Mesmo assim, no dia seguinte, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão de Macedo para a “garantia da ordem pública”.

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O Supremo autorizou o pedido e, em 3 de setembro, a prisão foi realizada. Na prisão, Macedo ficou vários dias sem se alimentar devido ao seu estado emocional. Após denúncia feita à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, no dia 24 de setembro, uma comitiva com servidores do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) se deslocou até o Complexo Penitenciário da Papuda e apurou que o jornalista não tinha condições físicas para manter-se de pé, o que dificultava até mesmo sua locomoção para o banho de sol. No relatório do ministério, foi feito pedido para que ele passasse à prisão domiciliar; a solicitação da defesa foi atendida somente em 13 de outubro.

Utilizando tornozeleira eletrônica desde então, ele teve a prisão domiciliar revogada em 14 de fevereiro deste ano. Mas o jornalista segue proibido pela Justiça de sair do Distrito Federal, Macedo está há quase dez meses sem ver os três filhos, que moram no Ceará. “Tentaram enquadrá-lo em organização criminosa, sendo que ele não conhece a maioria das outras pessoas que também estão sendo investigadas nesse inquérito. Ele conheceu o Sérgio Reis e o Zé Trovão só no dia da entrevista que fez com eles”, relata Andressa. “Eu não sei que atos antidemocráticos são esses que ele está sendo acusado, se em nenhum dos atos do movimento da Marcha da Família teve violência. Ninguém foi preso nesses atos, não houve roubo, nem agressão, nem quebra de patrimônio público ou privado. O que nos disseram é que ele foi preso porque participou da live”, afirma a esposa de Macedo.

Vida e Cidadania - Gazeta do Povo

domingo, 22 de agosto de 2021

Tensão sobre o 7 de setembro gera troca frenética de telefonemas entre Braga Netto, PGR e ministros do Supremo - Bela Megale

O Globo

7 de Setembro

Após a operação da PF que mirou o cantor Sérgio Reis, além do caminhoneiro Zé Trovão e outros oito alvos, autoridades de Brasília trocaram uma série de telefonemas preocupados sobre como será o dia 7 de setembro. Na tarde de sexta-feira, horas depois de a operação ser deflagrada, o ministro da Defesa, Braga Netto telefonou duas vezes para membros da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) para externar sua preocupação. O general também procurou integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). O tema das conversas era o mesmo: garantir que o Dia da Independência do Brasil transcorra dentro da normalidade. As convocações para a data aumentaram após a deflagração da operação.

Ligações ainda foram feitas entre os ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e a PGR, além de integrantes do governo. Foi Moraes quem acatou o pedido da PGR para realizar buscas em endereços de pessoas que articulavam manifestações antidemocráticas para o dia 7 de setembro. As conversas sobre medidas para garantir alguma estabilidade sobre as manifestações ainda aconteciam, quando Bolsonaro fez questão em jogar mais lenha na fogueira. O presidente apresentou o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. [a menção ao pedido de impeachment de um ministro do STF, apresentado pelo presidente Bolsonaro, impõem perguntas? segundo a Folha, 21/08, só este ano, foram apresentados 17 pedidos de impeachment contra ministros do STF - sendo 10 contra Moraes e 5 contra Barroso - e só o apresentado pelo presidente Bolsonaro causou tanto alvoroço.  A pergunta que se impõe é:  
- os pedidos anteriores, não apresentados por Bolsonaro, procedem e,  por consequência,  não causaram alvoroço ou o de Bolsonaro é que procede?

O Poder 360, 22/08 apresenta números próximos, abrangendo mais ministros.

Bela Megale, colunista - O Globo

 

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Polícia Federal faz buscas contra Sérgio Reis e deputado Otoni de Paula

A autorização para a operação foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes

O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis são alvos de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (20/8).

(crédito: Câmara dos Deputados)
 
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura incitação a atos violentos e ameaças contra a democracia. As buscas são feitas em seis estados e no Distrito Federal. No início da semana, 29 subprocuradores-gerais da República assinaram uma representação contra o cantor após áudios do cantor com ameaças ao STF circularem nas redes sociais. O artista também é alvo de um inquérito da Policia Civil do Distrito Federal. 

Apesar de se dizer arrependido, Sérgio Reis ainda defendeu a manifestação contra o STF e disse que não tem medo de ser preso. “Se não fizer uma paralisação, não muda este país. Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem. Eu não saí daqui de casa. Estou aqui em casa quietinho. Se a Federal vier me buscar, eu vou. Não matei ninguém. Não prejudiquei ninguém. Nunca falei mal de nenhum ministro", afirmou.

No vídeo, que circula nas redes sociais, Sérgio Reis diz que caminhoneiros e agricultores estavam organizando um movimento "para salvar o país". Já em um áudio, ele faz ameaças ao STF e ao Senado.

Já Otoni de Paula foi denunciado pela PGR ao STF em julho de 2020 pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes. Nas redes sociais, o deputado se defendeu das acusações e disse que o ministro Alexandre de Moraes tem um comportamento "tirano, autoritário e ditatorial". "Estamos vivendo um estado de exceção no Brasil", comentou o parlamentar. 

"Eu não vou recuar um milímetro. Dentro do que a democracia me permite, dentro do que a Constituição me permite, este deputado federal, investido da autoridade parlamentar, não vai recuar um milímetro. Se alguém pensa que eu vou deixar de falar o que penso, eu não vou deixar", comentou. O parlamentar teve o celular e um computador apreendidos pela Polícia Federal e deve se apresentar às autoridades ainda nesta sexta-feira.

Política - Correio Braziliense