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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Depoimento de Najila: delegacia paralisada, atraso e a única fã de Neymar - Empresário, amigo de Neymar é investigado por tráfico internacional

A modelo entrou na delegacia com uma blusa em cima de sua cabeça, impedindo fotógrafos e cinegrafistas de fazerem registros


Com 50 minutos de atraso, Najila Trindade Mendes de Souza chegou à Delegacia da Mulher de Santo Amaro, na manhã de sexta-feira, 7, para depor sobre o caso Neymar (na reportagem de capa da semana, confira detalhes da história). Ela entrou com uma blusa em cima de sua cabeça, impedindo fotógrafos e cinegrafistas de fazerem registros. Um circo midiático se forma na porta da delegacia, com 65 jornalistas de TVs, rádios, sites e jornais. Sete homens do Grupo de Operações Especiais fazem um cordão de isolamento na entrada do local, o que atrapalha outras mulheres de serem atendidas normalmente.

Duas mulheres e uma criança chegaram ao local para prestar queixa, mas foram orientadas a retornar no dia seguinte porque hoje, por causa do depoimento de Najila, os trâmites demorariam mais.  Uma única fã de Neymar apareceu à porta da delegacia segurando uma camiseta da seleção brasileira.

Empresário, amigo de Neymar é investigado por tráfico internacional

Dono de três empresas da Baixada Santista que frequentava o círculo social do jogador de futebol está preso sob suspeita de intermediar carga de cocaína


O vasto círculo social de Neymar, com amigos para tudo, os “parças”, agora inclui um acusado de tráfico internacional. O empresário Bruno Lamego Alves exibia nas redes sociais a sua proximidade com o jogador em viagens por Paris, em jogos da seleção e em duas festas de aniversário do craque — tanto na mais badalada como na reservada aos mais íntimos. Em um vídeo no Instagram de dezembro de 2018, ele aparece rindo ao levar um chute de Neymar como “castigo” por ter perdido no truco. Em 28 de maio, Alves foi surpreendido pela Polícia Federal batendo à sua porta. Foi preso por ter intermediado supostamente um carregamento de 760 quilos de cocaína que seria enviado à Bélgica pelo Porto de Santos.

A PF já está acostumada a flagrar contêineres repleto de drogas no porto, o maior da América Latina — só em 2019, já foram apreendidas mais de 10 toneladas. Mas o esquema que Alves é suspeito de ter montado chamou atenção pela engenhosidade. VEJA teve acesso a parte do inquérito. O documento relata que o empresário procurou, no início de 2017, uma grande produtora de milho do Paraná para exportar fubá para a Europa. Teria se passado por um holandês chamado Robert Nuur, representante de uma importadora gigante dos Países Baixos conhecida por comercializar café e cacau da América do Sul.

A proposta era sedutora — introduzir o então desconhecido fubá no mercado europeu —, e os executivos da empresa brasileira não parecem ter percebido as inconsistências do negócio. A carga deveria ser escoada por Santos e não pelos portos paranaenses, que ficavam bem mais perto; não houve contrato de câmbio e a estufagem do contêiner ficaria a encargo da importadora, o que não é comum conforme os padrões internacionais.

O holandês fajuto ainda pagou tudo segundo o combinado, 88 000 reais em nove depósitos em caixas eletrônicos. Antes de chegar ao porto, o caminhão que levava a mercadoria fez uma parada no Guarujá para encher o contêiner – ali a droga foi colocada entre os sacos de farelo de milho. No terminal portuário, a carga passou pelos scanners. Ao ver as imagens, os fiscais da Receita Federal desconfiaram do arranjo dos sacos, abriram o contêiner e acharam a droga.

A PF chegou a Alves porque os e-mails enviados à empresa de milho vieram do seu celular. Ele disse aos agentes que foi vítima de uma armadilha, montada por um estrangeiro que se chamava, de fato, Nuur. Em sua justificativa, contou que o gringo lhe deu a senha do próprio e-mail para entrar em contato com a exportadora, pois não sabia falar português. A PF não acreditou na sua versão. “Ele não conseguiu comprovar o encontro nem indicar quem era essa pessoa fictícia que teria o contratado para fazer o negócio. Ele inventou essas histórias e os e-mails eram falsos. Na verdade, ele era o Nuur”, disse a delegada Fabiana Lopes, responsável pelo caso.
As malas com 760 quilos de cocaína encontradas entre os sacos de fubá de milho (Receita Federal/.)

A Justiça viu indícios para mantê-lo preso preventivamente na Penitenciária 1 de São Vicente (SP). “A princípio, existem sérios indicativos da participação de Bruno Alves em organização criminosa voltada ao tráfico transfronteiriço de entorpecentes”, escreveu o juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos (SP).
A defesa de Lamego afirmou que ele trabalha há pelos menos 20 anos no ramo de comércio exterior – ele é sócio de três empresas, uma de importação e exportação, outra de consultoria logística e de um bar no Guarujá (SP) -, e frisou que ele não tem nenhum antecedente criminal. “O seu dia a dia é procurar pessoas que têm interesse em exportar e importar. Foi o que ele fez. A investigação foi iniciada em 2017 e, nesse tempo, não acharam nada de errado contra ele. Foi uma decisão absurda”, disse o advogado Ricardo Ponzetto. Ele entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional da 3ª Região e espera uma decisão favorável até a próxima semana.

Após a prisão, as fotos nas redes sociais de Lamego, que também incluem outro esportista famoso, o surfista Gabriel Medina, foram apagadas. O advogado considera que elas são em parte a razão da prisão. “Meu cliente tem uma vida social intensa com personalidades. A prisão ocorreu para constrangê-lo. Isso é um ingrediente bombástico para dar repercussão”.
Na edição da semana, leia reportagem completa sobre a denúncia de estupro que pode arranhar por completo a imagem de Neymar.



terça-feira, 6 de março de 2018

Mãe e padrasto chutaram e pisaram em criança antes de matá-la, diz delegado

Mãe a padrasto são acusados de espancar e matar a criança em casa, em Santo Antônio do Descoberto (GO). O motivo do assassinato, segundo a polícia, seria a recusa e o choro da vítima por ser obrigada a dormir na sala

“Se ela não queria a criança, por que não deixou que a minha mãe cuidasse?” O questionamento de Jéssica Maria Nascimento de Almeida, 24 anos, é de uma tia que não entende a morte do sobrinho Henzo Gabriel da Silva de Oliveira, 2 anos e 11 meses. A criança morreu espancada pela mãe e pelo padrasto, segundo a investigação da Polícia Civil de Santo Antônio do Descoberto (GO). O assassinato, cometido ontem pela manhã, chocou familiares e assustou os moradores do município a 52km do DF. Os acusados Luana Alves de Oliveira, 21, e Wesley Messias de Souza, 23, estão presos.

Com a voz embargada, Jéssica, irmã do pai da vítima, contou que a avó e outra tia de Henzo, que está grávida, foram hospitalizadas após a morte. Segundo a mulher, era comum Luana passar temporadas na casa dos parentes do ex-marido, em Águas Lindas. Ela chegava sem avisar e, ao partir, passava muito tempo sem dar notícia. “Ela (Luana) brigava com a criança, mas não judiava. Se isso acontecia, era longe da gente. Quando estava com a minha mãe, ela também não se separava do filho. Era uma pessoa que não parava em relacionamentos. O meu irmão está sem reação. Não conseguimos entender o que aconteceu. Henzo não tinha culpa de nada”, lamenta.

Irmã do padrasto Wesley, Mônica Messias de Souza visitou o casal horas antes. “O meu irmão gostava da criança. Era dedicado. Quando os encontrei, o bebê estava de banho tomado. O Henzo era um amor, e eu o tratava como sobrinho. Era dócil e, quando chegava lá em casa, me pedia pirulito”, conta. Os vizinhos do casal se surpreenderam com o caso, apesar a família ter se mudado para a região havia um mês. “Não tinha contato com eles, mas uma notícia como essa é muito triste”, afirma um homem que não quis se identificar. Uma mulher acredita que a chuva pode ter abafado o barulho da briga. “Em uma situação dessas, você escuta o choro, mas estava chovendo muito”, ressalta.
Versões
O casal morava na Quadra 50 do Setor de Mansões Bittencourt, na casa do pai de Wesley, que dormia na hora do espancamento. 

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui


sábado, 28 de janeiro de 2017

Exemplo a ser seguido

[preso destruiu cadeia, transfere para contêineres; queimou colchão - nada de comprar outros - que passem a dormir no chão.]

No RN, presos de Alcaçuz serão transferidos para contêineres

Governo afirma que conseguiu tomar o controle da prisão, 14 dias depois das rebeliões

 Os presos custodiados na Penitenciária estadual de Alcaçuz, Região Metropolitana de Natal, vão ficar em contêineres até a desativação completa do presídio, anunciada pelo governador Robinson Faria. Nesta sexta-feira, foi assinado um termo para o aluguel de 50 módulos, que serão adaptados para servirem de cela. [providência excelente e que deveria ser estendida para todos os presídios nos quais ocorram rebeliões; o dificil mesmo será as tais ONGs especializadas em defender 'direitos humanos' para bandidos - esquecendo os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS - concordarem.
A grita será geral.
Mas, a solução ideal para os presídios, por possibilitar facilmente:
- redução, ou mesmo eliminação, das visitas de familiares a presos;
- acabar com as fugas, devido a longa distância dos presídios = campos de confinamento = Gulags florestais - das cidades e rodovias;
- impedir o uso de celulares - inexistência de torres próximas aos presídios; 
- e outros beneficios para a sociedade,
será quando presídios forem construídos na floresta amazônica, a no mínimo 1.000 kg da cidade mais próxima.]

Os contêineres serão instalados dentro do muro da penitenciária, sem data definida. Cada unidade terá capacidade para 20 vagas, totalizando 1.000 vagas em caráter emergencial em virtude da destruição parcial da estrutura do presídio. O governo anunciou que conseguiu tomar o controle da cadeia, 14 dias depois das rebeliões.

Na semana passada, a Polícia Militar entrou na penitenciária e ergueu um muro de contêineres para separar presos de duas facções que estão rebelados e entraram em confronto no início do mês dentro do presídio.

O secretário estadual de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, ressaltou ontem que a intenção do governador Robinson Faria é desativar Alcaçuz até o fim do ano, após a construção de três novas unidades prisionais (Ceará-Mirim, Afonso Bezerra e Mossoró). Juntas, elas vão abrir mais 2 mil novas vagas no sistema penitenciário do estado ainda em 2017. — As duas facções que existem em Alcaçuz vão ser transferidas igualmente, para descartar qualquer possibilidade de privilégio. Mas, isso não é agora, só com a desativação — disse Virgolino.

Das três novas unidades, o governo informou que a construção do presídio de Ceará-Mirim está com 50% das obras concluídas e que, com a criação de 600 novas vagas, todo o sistema penitenciário do RN “vai melhorar”.  — Não temos como trabalhar com presídios menores por falta de agentes penitenciários, então precisamos começar a quebrar a superlotação, para só então administrar por regiões — explicou Virgolino.

Fonte: O Globo