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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

É a dupla Maia - Guedes - Carlos Alberto Sardenberg

Coluna publicada em O Globo - Economia 26 de dezembro de 2019

Governos anteriores faziam privatizações por necessidade, para arranjar trocados ou se livrar de empresas inviáveis


A Bolsa chega ao final de dezembro batendo recordes seguidos. A valorização passa dos 30% no ano – perdendo, na década, apenas para 2016, quando o valor
das ações subiu quase 40%, na animação com a queda da administração desastrosa de Dilma Roussef.  Foi pura expectativa política. Em 2016, a economia brasileira afundava ainda mais, passava pelo segundo ano de recessão forte. Como a Bolsa poderia subir tanto? Só na base da esperança, que não se confirmou. Quer dizer, se o critério tivesse sido apenas sair da recessão, então a coisa deu certo. 


O PIB cresceu em 2017, mas apenas 1% – e empacou nessa casa nos três anos seguintes, incluindo este, que deve terminar com outro pífio crescimento de 1,16%, segundo o Boletim Focus, que resume a opinião dos analistas de fora do governo.
Ou seja, esses números não justificariam os recordes seguidos da Bolsa. Seria a política de novo? O último Ibope do ano mostra o presidente Bolsonaro com 38% de ruim/péssimo e 29% de bom/ótimo. Está no negativo, portanto. [quanto em termos de 0,00000001% é adicionado ao PIB  se o presidente tiver acima de 50% de bom/ótimo?]

 
Não são apenas os números. O presidente e seus filhos geram crises seguidas. Reparem, não se trata apenas de reagir mal às crises, o que fazem muitos líderes políticos. Trata-se também de cria-las, destruindo aliados, atacando jornalistas e distribuindo grosserias para líderes internacionais. Para culminar o ano – nesse departamento – a situação do senador Flavio Bolsonaro piora a cada dia e justamente sob acusação de corrupção e mal uso de dinheiro público. Combater isso era um dos principais motes de campanha.  Então, como o ambiente econômico pode estar virando o ano sob expectativas positivas? Há números apoiando essas expectativas: a inflação roda em torno ou abaixo dos 4% anuais; vem assim faz tempo e não há sinal de alta estrutural. Os juros despencaram – a taxa básica, aquela definida pelo Banco Central chega ao final de 2019 com 4,5% ao ano, tendo iniciado o período em 6,5%.  


Para 2020, ninguém espera alta da taxa, alguns acham mesmo que deve cair.
Isso já chegou ao mercado. Em dezembro, até o dia 18, segundo pesquisa do Valor, as taxas do crédito imobiliário variaram entre 7,3% ao ano e 8,29%. Além de baixas, a pequena diferença entre as taxas mostra competição mais acirrada entre os grandes bancos.  Também caíram os juros em outros setores, principalmente naqueles em que o crédito tem garantias executáveis, como em automóveis. Já está valendo o cadastro positivo. Em resumo, pode-se contar por vários meses à frente com inflação baixa e juros em queda, o que estimula consumo e investimentos.  Há também expectativas positivas em relação a concessões e privatizações e ao avanço de reformas. Como isso pode acontecer com um presidente tão inadequado e despreparado para o cargo?  A explicação está na aprovação da difícil reforma da Previdência – resultado de uma combinação tácita entre a equipe do ministro Paulo Guedes, que entregou e negociou um sólido projeto, e o Congresso Nacional, que comprou a reforma.

 
Eis o ponto: pela primeira vez temos uma equipe econômica inteiramente liberal e ortodoxa. Governos anteriores, por exemplo, faziam privatizações por necessidade, para arranjar uns trocados ou para se livrar de empresas inviáveis. Paulo Guedes privatiza por convicção de que é o setor privado que gera riqueza, não o Estado. Este, quando não atrapalha, quando não perde dinheiro público, já está muito bom.Portanto, quando o mercado acredita nas expectativas positivas está, na verdade, entendendo que essa combinação política entre Guedes e Maia continua funcionando.


Só pode ser isso. O pessoal acha mesmo que Bolsonaro delega toda a economia para Guedes. [ o presidente Bolsonaro sempre deixou claro que economia seria com o Guedes = Posto Ipiranga. O presidente tem a palavra final sobre criação de impostos.]
Mas aqui e sobretudo lá fora, há uma bronca evidente com o extremismo de direita de Bolsonaro, que se manifesta em vários episódios, sem contar a falta de educação. A questão é saber se os investidores , especialmente os internacionais, vão prestar mais atenção nisso ou nas boas oportunidades de negócios. Possivelmente, vão combinar intenção de investimento com pressão em favor de determinadas causas. A ver.


Carlos Alberto Sardenberg - jornalista


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Remuneração da caderneta de poupança poderá ser atrelada à inflação - O Globo

O Globo

Governo estuda substituir TR na rentabilidade da caderneta. Ganho, neste momento, ficaria maior

Poupança e investimento Foto: Pixabay
Poupança e investimento Foto: Pixabay

O governo estuda modificar a remuneração da caderneta de poupança para ampliar os recursos destinados ao financiamento do setor da habitação. A ideia seria assegurar aos poupadores pelo menos um rendimento equivalente a 70% da taxa básica de juros (Selic), independentemente do patamar da Selic, e substituir a Taxa Referencial (TR), que atualmente está em zero, pelo índice oficial de inflação (IPCA), segundo uma fonte a par das discussões. 
 
FGTS: este ano, Fundo renderá mais que a poupança
 
O assunto está sendo discutido de forma reservada entre o Banco Central (BC) e o Ministério da Economia. A mudança visa proporcionar uma fonte alternativa de recursos para a habitação com a chamada securitização no mercado financeiro.
Os bancos que captam depósitos de poupança e são obrigados a investir boa parte desses recursos em crédito imobiliário poderão vender no mercado as carteiras de crédito lastreadas pelo IPCA. Não há demanda no mercado por ativos atrelados à TR, ao contrário do que ocorre com o IPCA.Recentemente, a Caixa Econômica lançou uma linha de crédito imobiliário com correção pela inflação.
 
Ganho maior que renda fixa
A Selic está hoje em 6% ao ano, o que concede ao poupador um ganho de 4,20% com a TR zerada. Com a troca do indexador pelo IPCA, o rendimento dependerá do comportamento da inflação. Neste momento, o retorno seria significativamente maior: 7,6%, segundo cálculos feitos por Miguel Ribeiro de Oliveira, presidente da Anefac, associação que reúne executivos de finanças.
A poupança ficaria atraente frente às demais aplicações de renda fixa. As duas principais modalidades de fundos deste tipo tiveram ganho de 6,19% e 7,80% nos últimos 12 meses, mas sobre essa rentabilidade incidem Imposto de Renda e taxa de administração.
O cenário, porém, poderia mudar no futuro. Segundo o Boletim Focus, do BC, a inflação deverá fechar este ano em 3,54%. Em 2020, a projeção é de 3,82%, caindo para 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022. A última mudança na fórmula de rendimento da poupança ocorreu em 2012, quando a caderneta passou a render 70% da Selic sempre que esta ficar abaixo de abaixo de 8,5% ao ano. Acima disso, volta a vigorar a fórmula antiga de 6,17% ao ano, o equivalente a 0,5% ao mês.

A medida foi tomada para evitar que a remuneração da poupança - isenta de IR - fosse um entrave à queda da Selic, provocando uma distorção no mercado ao competir de forma desigual com fundos de investimento. O consultor José Urbano Duarte considera interessante buscar fontes alternativas de recursos para o setor da habitação. Mas ressalta que o ideal seria esperar o resultado da nova modalidade de crédito imobiliário corrigida pelo IPCA, com recursos captados pela poupança.


Para Ricardo Almeida, professor de finanças da Fundação Instituto de Administração, a mudança será boa:- O custo de vida está atrelado à inflação.
Hoje, há 61,2 milhões de contas de poupança no país, com patrimônio de R$ 743,3 bilhões. Procurado, o Ministério da Economia informou que não comentaria o assunto. Em nota, o BC negou que a matéria esteja em análise. 

Ana Paulo Ribeiro, colaborou - O Globo

domingo, 13 de maio de 2018

Busca pela eficiência leva Caixa ao melhor desempenho de sua história

Lucro de R$ 12,5 bilhões em 2017 representa crescimento superior a 200% sobre ano anterior

Quando um banco público como a CAIXA anuncia lucro contábil recorde de R$ 12,5 bilhões em 2017, muita gente sequer imagina o significado desse fato histórico e os processos implantados na instituição para alcançar tal resultado. Como consequência dessa performance tão positiva, com evolução de 202,6% sobre o ano anterior, será possível ampliar ações de impacto social aos trabalhadores e população em geral, como investimentos na política habitacional, de infraestrutura, ações de patrocínio e de sustentabilidade, entre outras.

O processo de busca por maior eficiência da CAIXA teve início em 2016, quando a instituição adotou medidas para fortalecer a governança corporativa e a gestão da estrutura de capital. Aumentar a confiança e a satisfação dos clientes a fim de assegurar a rentabilidade de todos os negócios foi encarada como peça fundamental nessa busca incessante por eficiência. Como em um pêndulo, de um lado estava o crescimento significativo da margem financeira e a redução nas despesas em provisão para devedores duvidosos. De outro, o avanço das receitas em prestação de serviços e o controle rígido das despesas administrativas e de pessoal. O resultado – em um ano difícil da economia do país como um todo foi o lucro líquido recorrente (sem levar em conta efeitos extraordinários) de R$ 8,6 bilhões em 2017, alta de 106,9% sobre o período anterior.

Recém-empossado na presidência da CAIXA, Nelson Antônio de Souza, promete dar continuidade ao trabalho de seu antecessor, Gilberto Occhi, e anuncia novas taxas de juros do banco para crédito imobiliário. A meta da CAIXA, para os próximos meses, é financiar 650 mil novas unidades a serem viabilizadas pelos programas de habitação do Ministério das Cidades, além dos novos empreendimentos lançados pelo mercado.
Principal financiador da área de habitação no país, a CAIXA fechou o ano passado com saldo de R$ 432 bilhões na carteira de crédito para moradia  O volume de empréstimos habitacionais ficou 6,3% acima do registrado em 2016. “O mercado, no geral, iniciou 2017 com sinais de um ano difícil. Mas tivemos crescimento no crédito imobiliário influenciado principalmente pelos recursos do FGTS”, afirma Souza. Ao conquistar 2,1 pontos percentuais de participação no mercado imobiliário, a CAIXA se manteve na liderança do setor. Atualmente, a instituição responde por 69% das operações imobiliárias. Somente o Feirão CAIXA da Casa Própria movimentou R$ 13,1 bilhões em 2017, ou seja, 27,2% sobre o resultado de 2016. O nível de inadimplência nas operações de crédito imobiliário acima de 90 dias é o menor já registrado pelo banco. “O mais importante é que em 2018 vamos continuar dando prioridade à habitação”, conclui.

Repasses de benefícios sociais também aumentam
Boa parte dos brasileiros festejou a liberação dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no ano passado e encontrou as portas abertas da Caixa em horário estendido, inclusive aos sábados. Na ocasião, foram pagos R$ 44 bilhões para 25,9 milhões de trabalhadores, volume que movimentou positivamente a economia em 2017. O FGTS é apenas um dos benefícios sociais repassados pela CAIXA aos trabalhadores. Há muitos outros, como aposentadorias e pensões do INSS, Abono Salarial, PIS e Seguro-Desemprego. A instituição, que destaca em sua comunicação a assinatura “Compromisso com o Brasil”, é também responsável pelo pagamento de repasses sociais às famílias de baixa renda, como o Bolsa Família. De acordo com o balanço financeiro, o volume total de benefícios sociais pagos em 2017 atingiu R$ 28,7 bilhões, com crescimento de 1,6% sobre o ano anterior. Essa cifra representa nada menos do que 158,4 milhões de pagamentos realizados, sendo 153,8 milhões relativos ao Bolsa Família. Pela Caixa passou, portanto, R$ 27,8 bilhões referentes à transferência de renda do programa federal para famílias em situação de pobreza.

IstoÉ - Publieditorial


 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Rombo na poupança em julho soma R$ 2,45 bi — o maior em 20 anos

No ano, a saída líquida de recursos somou R$ 40,99 bilhões, também o maior valor  de saída de recursos desde 1995, segundo informações do Banco Central

A quantia de saques da poupança superou a de depósitos em 2,45 bilhões de reais em julho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, pelo Banco Central (BC). No ano, as saídas líquidas dessa aplicação somam 40,99 bilhões de reais. Nos dois casos, trata-se dos maiores volumes de retiradas dos últimos vinte anos para os períodos segundo a série histórica do BC, criada em 1995.

No ano, o resultado negativo tem sido recorrente. Em janeiro, ficou negativo em 5,5 bilhões de reais e, em fevereiro, em 6,3 bilhões de reais. Em março, os resgates superaram os depósitos em 11,4 bilhões de reais enquanto, em abril, em 5,8 bilhões de reais. Em maio, o saldo ficou no vermelho em 3,2 bilhões de reais e, em junho, em 6,3 bilhões de reais. O resultado de março foi, portanto, o pior da série histórica do BC para um mês - e o de junho, o terceiro pior, atrás também de fevereiro.

Com o resultado de julho, o saldo total da poupança ficou em 648,24 bilhões de reais, já incluindo os rendimentos do período, no valor de 4,13 bilhões. Os depósitos na caderneta somaram 167,4 bilhões de reais no mês passado, enquanto as retiradas foram de 169,9 bilhões de reais.

A situação de julho só não foi pior porque, no último dia do mês, a quantidade de aplicações foi 4,35 bilhões de reais maior do que o das retiradas. Até o dia 30, o saldo da caderneta estava no vermelho em 6,8 bilhões de reais. É comum ocorrer um aumento dos depósitos no último dia de cada mês por conta de aplicações automáticas e de sobras de salários.

Remuneração - O que tem ocorrido nos últimos meses, no entanto, é que essa sobra tem sido cada vez menor. Além disso, com o atual ciclo de alta dos juros básicos e do dólar tornando outros investimentos mais atrativos, a caderneta de poupança perde o brilho. Até porque, há três anos, a forma de remuneração da aplicação mudou. Pela regra de maio de 2012, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a taxa básica está em 14,25% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais a TR. 


Crédito imobiliário - O saldo da caderneta de poupança é uma das principais fontes de financiamento do crédito imobiliário. Diante do aumento das retiradas, em decorrência da crise econômica e também dos rumores, já desmentidos, de confisco, a Caixa teve de aplicar medidas restritivas ao crédito. Na quarta-feira, depois de reduzir os porcentuais de crédito para imóveis novos e usados, o banco anunciou que vai restringir o crédito daqueles que já possuem financiamento com o banco.

Fonte: O Estadão

 

 

terça-feira, 17 de março de 2015

Fraude na Caixa Economica Federal – por enquanto, em torno de 100 milhões. Ainda não é o CAIXÃO



PF prende operador de fraude em crédito imobiliário na Caixa
Organização criminosa atuava em três agências bancárias no RJ e desviou R$ 100 milhões com documentos falsos e liberação de valores sem as devidas garantias
O principal operador da organização criminosa que fraudava contratos de financiamentos de imóveis em três agências bancárias da Caixa no Rio está preso e quatro funcionários do banco foram demitidos, informou a Polícia Federal (PF). A organização é alvo da Operação Dolos, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, 17. Por volta de 11h30, "praticamente todos" os 34 mandados de condução coercitiva foram cumpridos, segundo o delegado federal Rafael Andreata.

A operação identificou fraude de R$ 100 milhões, valor total de cerca de 100 operações de financiamento imobiliário aprovadas pela Caixa de forma irregular. Os criminosos, que atuavam com a ajuda de empregados da própria Caixa, facilitavam o recebimento de valores de contratos de até R$ 1 milhão, aceitando documentos falsos e liberando os valores sem as devidas garantias. Em alguns casos, os imóveis, a maioria localizada na Região dos Lagos, litoral norte do Rio, sequer existiam.

O operador do esquema foi preso em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. Contra ele havia mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão. Enquanto os agentes da PF cumpriam o mandado de busca, encontraram na casa do operador, cujo nome não foi divulgado para preservar as investigações, uma pistola 9 mm. Por isso, explicou o delegado Andreata, o operador foi preso em flagrante, por posse de arma de uso restrito.