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domingo, 11 de outubro de 2020

Mentir é de praxe - Maria Helena RR de Sousa

Blog do Noblat - Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa 

Kássio Nunes é o campeão dos currículos cheios de “exageros” 

Não creio que seja possível acreditar que currículos prenhes de mentiras possam passar por verdadeiros nesta era da Internet. É facílimo consultar as universidades citadas e ficar sabendo se aquele título, ou aquele curso, ou aquela graduação, foram verdadeiros. Nada mais fácil. 

Este ano está sendo rico em patranhas curriculares.  Já tivemos um ministro da Educação que entrou e saiu do ministério por conta de um currículo cheio de falsidades. E agora estamos com um indicado  ao STF, Kássio Nunes, que apresentou um currículo que mais parece escrito por um dos irmãos Grimm. Kássio Nunes até agora é o campeão dos currículos cheios de  “exageros”: cursos que não existem, universidades que só o viram a passeio, doutorados e pós-doutorados inexistentes. Como isso não é mais segredo para ninguém e ainda não ouvi uma voz a dizer que o  presidente deveria recuar dessa indicação, estou convencida que o currículo exagerado não o impedirá de usar a toga do STF. O mais curioso: Kássio está mais preocupado com o que vão pensar e dizer  as autoridades do país do que seus futuros examinadores, os senadores. 

Diz ele que o STF não exige formação em Direito para ser juiz do STF. [Apenas esclarecendo o óbvio: É a Constituição Federal que  dispensa  indicado para ministro do STF de  exigência de ser bacharel em Direito.

Exige um notável saber jurídico,  que comporta várias interpretações. Exige a reputação ilibada - que nos parece não combinar com a mentira.

Uma certeza existe, pena que a teimosia do presidente Bolsonaro o impeça de aceitar: um indicado ao STF que, com absoluta certeza, possui o NOTÁVELSABER JURÍDICO e a REPUTAÇÃO ILIBADA é IVES GANDRA MARTINS FILHO.]  A exigência maior é a da reputação ilibada. Perfeito. A reputação conspurcada tem que impedir a nomeação de um indivíduo para membro do Supremo. Isso é fundamental. O diabo é que parece que mentir não conspurca a reputação de ninguém. Além do currículo fantasioso, o senhor Kássio foi indicado ao  Bolsonaro por ninguém menos que Flávio Bolsonaro e seu amigo Wassef, o antigo hospedeiro do Queiroz, e ex-advogado da família Bolsonaro. 

Continue lendo.......Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Bolsonaro e os militares

Militares por trás da ascensão de Bolsonaro

Presidente ecoa um sentimento arraigado nas Forças Armadas de que o PT tentou levar o país para o socialismo

O que o general Villas Bôas, então comandante do Exército, conversou com o candidato Jair Bolsonaro não saberemos tão cedo, ou nunca. Mas sabemos que Bolsonaro atribui a ele ter chegado à Presidência da República e, juntando pedaços de narrativas, desenha-se uma versão muito próxima do que ocorreu nos bastidores militares nos últimos anos. O general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deu informações preciosas na entrevista ao “J10” da Globonews quarta-feira. Disse, por exemplo, que os militares perceberam que o que chamou de “efeito Bolsonaropoderia ajudar a que participassem da vida política num momento em que a situação no país era de “grande calamidade”.
Ficou-se sabendo também que quando Bolsonaro fala em “livrar o país do socialismo”, não está falando à toa. Ecoa um sentimento arraigado nas Forças Armadas de que o PT tentou levar o país para o socialismo, num esquema regional montado pelo Foro de São Paulo, agrupamento de esquerda coordenado por Lula e Fidel Castro que chegou a ter quase o monopólio político dos governos da América Latina. Essa desconfiança em relação ao PT se deve a fatos concretos. A então presidente Dilma chegou a consultar as Forças Armadas sobre a decretação do estado de emergência para evitar a votação de seu impeachment, e foi rechaçada.
Consumada a derrota política, uma análise do Diretório Nacional do PT lamentou que o partido tenha sido descuidado na reforma do Estado, citando, entre outras ações, a não interferência nos currículos das academias militares. Este “sincericídio” petista confirmou a intenção de controlar a formação militar, o que estava implícito em um decreto assinado pela presidente Dilma em setembro de 2015, transferindo para o Ministério da Defesa, ocupado pelo PT, poderes aparentemente burocráticos, mas que dariam margem justamente à interferência nos currículos das escolas militares, um sistema definido pelo general Heleno como “primoroso”.

O decreto foi neutralizado por outro, mas a nota do Diretório Nacional do PT mostrou que realmente o partido tinha entre suas prioridades o aparelhamento do ensino nas escolas e centros de formação militares. A possibilidade de Lula, através de uma manobra jurídica, poder disputar a eleição presidencial mesmo depois de ter sido condenado em segunda instância inquietava os militares próximos ao general Villas Bôas. Na véspera do julgamento de um habeas corpus de Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), o general Villas Bôas divulgou um tuíte advertindo: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”.
A mensagem foi vista como uma pressão sobre o Supremo, e o próprio general Villas Bôas admite que ali “nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática”. Um deles era o general quatro estrelas Hamilton Mourão, íntimo de Villas Bôas, a quem chama de VB, que o considera “uma figura fantástica, um grande soldado”. Ainda na ativa, defendeu a intervenção militar caso as crises por que o país passa não fossem resolvidas pelos poderes constitucionais. E permitiu uma homenagem a favor do "torturador [nada existe em termos jurídicos, transitado em julgado que considere  o HERÓI dos Brasileiros, coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um torturador.] Brilhante Ustra, a quem chamou, em entrevista à Globonews, de “meu herói”.
Foi transferido para um cargo burocrático e advertido, mas continuou próximo de VB e do general Heleno, que o defendeu na ocasião em nota no Facebook. Hoje, Mourão é o vice-presidente da República. Outra prova da influência do general Heleno: a maioria dos militares do primeiro e segundo escalões do novo governo, assim como ele, chefiou missões de Paz da ONU, no Haiti ou em outras áreas. Chefes militares que se destacaram em ações de combate. Não é por coincidência, portanto, que o general Fernando Azevedo e Silva, hoje ministro da Defesa do governo Bolsonaro, foi colocado anteriormente como assessor do presidente Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Merval Pereira - O Globo
 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Pior do que está não fica

Mesmo com as levas de réus da Lava Jato, as prisões de figurões, a crise econômica e as eleições municipais, que estão bem aí, não se pode passar batido por um debate que não diz respeito (só) ao presente, mas projeta o futuro: a reforma do ensino médio. Essa é uma antiga reivindicação consensual dos educadores e está calcada na flexibilização e atratividade dos currículos escolares. Que, convenhamos, já vêm tarde.

O que importa é manter longe da contaminação partidária uma discussão que parte de duas premissas: o prestígio ao professor e o estímulo ao aluno. Aliás, o Plano Nacional de Educação (PNE) foi debatido entre 2010 e 2014 por entidades, municípios, Estados e fóruns do PT e foi aprovado pela então presidente Dilma Rousseff, que, inclusive, defendeu a flexibilização na campanha eleitoral, como comprovam vídeos na internet. Logo, a reforma não é do DEM do ministro Mendonça Filho nem do PSDB da secretária executiva Maria Helena Guimarães de Castro, como não era do PT de Dilma. É uma necessidade.

O que diz o PNE, na sua meta 3.1? Defende “currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte...”. Ou seja, evoluir de currículos engessados para uma flexibilidade e diversificação que motivem professores e alunos. Em 2015, eram cerca de 13 milhões de alunos no primeiro ano do ensino médio, 1,75 milhão no segundo e 1,5 milhão no terceiro. Entre os motivos da evasão, o desencanto, a dificuldade. Imagine um jovem saído de um ensino básico precário e obrigado a estudar química e biologia, quando ele quer a área de humanas. É melhor criar condições para esse jovem traçar seu projeto de vida, inclusive no ensino profissionalizante. Ele sai com um diploma que lhe abre as portas para uma carreira e/ou a universidade.

Pelo Ideb, só 11% dos alunos têm desempenho adequado em matemática e só 27% em português, as duas disciplinas obrigatórias em currículos e na vida. “Foi tristíssimo”, diz Maria Helena, explicando que a prioridade original era mexer no ensino básico, mas, diante desse resultado, o MEC decidiu apressar a reforma do ensino médio – e por medida provisória, que também exige debate e consensos, mas tramita mais rápido, sem ficar tão a reboque de teto fiscal, reforma da Previdência...

Como sempre, o governo deu munição aos adversários ao deixar a impressão inicial de querer acabar com artes e educação física, quando se tratava de um detalhe técnico, jurídico, na redação da MP. Curiosidade: um filho de Maria Helena, Aluizio, hoje na área de marketing de um grupo de ensino, foi campeão brasileiro de triatlo e é formado em... Educação Física. Ai dela se ousasse acabar com a disciplina.

Segundo a secretária, o objetivo é “combater a fragmentação e superficialidade que fazem com que os alunos saiam do ensino médio sem saber nada de nada, porque o que a escola oferece é um picadinho, um pot-pourri de conteúdos que não se conectam entre si, não fazem sentido nem despertam o interesse do aluno”. Quem discorda?

O Cenpec, importante na área, é a favor da flexibilização curricular, mas teme que a reforma possa “acirrar as desigualdades escolares”, pois as escolhas dos jovens dependem de “sua condição social, das oportunidades que tiveram ao longo da vida”. É uma advertência válida, mas a secretária rebate: “É impossível aumentar mais a desigualdade que já existe. Não vai aumentar a desigualdade e sim as oportunidades”. O mais importante é acompanhar, compreender, prestigiar o professor e defender o estudante, para avançar. Como diria o “filósofo” Tiririca, “pior do que está não fica”. Que se debata o bom debate!


Fonte: Eliane Cantanhêde -  Estadão

 

sábado, 21 de maio de 2016

PT confirma aparelhar em nome do ‘projeto’

Documento do diretório nacional do partido lamenta não ter intervido nas cúpulas da PM, do Ministério Público e mudado os currículos das academias militares

O documento “Resolução sobre conjuntura", aprovado pelo diretório do PT no início da semana, é prova cabal da validade do provérbio “o papel aceita tudo”. Escrito numa linguagem de militância revolucionária das décadas de 60 e 70, o texto trata de um país imaginário chamado Brasil, em que houve um “golpe”, desfechado pelo imperialismo internacional com apoio da burguesia doméstica, “as classes dominantes", e pelos “monopólios da informação”, diante do qual é preciso resistir.

Assim como a literatura de cordel tem uma linguagem própria guardadas as diferenças, a favor do cordel —, com este tipo de texto de panfleto de doutrina acontece o mesmo. Mas chama a atenção que, no documento, o PT assuma de forma escancarada o aparelhamento do Estado, para colocá-lo a serviço de um projeto de poder nada democrático e republicano.

Ao fazer autocrítica, o PT se penitencia por haver priorizado o “pacto pluriclassista” na eleição de Lula ele deseja um governo uniclassista, só dos trabalhadores; impossível, se for pelo voto. E lamenta, por outras palavras, ter sido ineficiente na infiltração nos organismos de Estado.

Considera-se descuidado com as estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, assim como por não ter modificado “os currículos das academias militares”, nem promovido “oficiais com compromisso democrático e nacionalista”. Tampouco fortalecido “a ala mais avançada do Itamaraty”, e por não ter redimensionado‘sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da comunicação”. (Desconhecem que é ínfima a parcela desta publicidade na receita que financia o jornalismo profissional).

Não que tenha caído a máscara do partido; afinal a verdadeira face do projeto lulopetista nunca esteve completamente oculta. Mas chega a ser um registro histórico um documento em que o diretório nacional do partido assume sua faceta esta sim — golpista. Várias iniciativas, desde o primeiro governo Lula, expuseram o real sentido do projeto lulopetista. Um exemplo é a Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinav), esculpida no MinC de Gilberto Gil e Juca Ferreira com a intenção de controlar o conteúdo do setor.


Diante da previsível grita, houve recuo. O mesmo aconteceu no projeto do Conselho Federal dos Jornalistas, também com intenções intervencionistas: patrulhar profissionais nas redações e puni-los com base em algum “código de ética”. 

Houve mais casos. Importa é entender, de uma vez por todas, que este é um projeto que pretende instalar no Brasil um regime bolivariano. Não conseguiu, nem conseguirá, diante da demonstração de solidez das instituições republicanas. [o documento expelido pelo PT deixa claro que aquela ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, COMUNISTA, GOLPISTA, ainda oferece perigo e deve ser declarada ilegal e combatida com rigor até sua extirpação total da política no Brasil.]

O PT deveria aproveitar que escancarou o projeto em documento, para passar a defendê-lo abertamente e colocá-lo sob o teste das urnas. Só assim terá alguma chance de se defender da acusação de ser o verdadeiro golpista.

Fonte: Editorial - O Globo