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domingo, 2 de julho de 2023

Lula comete desvario sem sinais mínimos de vida inteligente ao falar sobre ‘democracia’ na Venezuela - O Estado de S.Paulo

Presidente disse que país vizinho é uma ‘democracia’ porque tem mais eleições do que o Brasil

 [sendo o petista um desvairado, não nos surpreende, afinal desde que milhões fizeram o L para que o TSE o declarasse novo presidente, que o apedeuta não esconde seu prazer em ser comunista e simpatizante, apoiando de forma ativa, das ditaduras de esquerda.] 

Parece claro, à esta altura, que a grande marca dos primeiros seis meses deste governo é a capacidade do presidente da República para dizer coisas integralmente sem propósito.  
É um surto permanente, que não tem paralelo com qualquer outro dos 200 chefes de Estado, ou algo assim, em atividade hoje no resto do mundo – ninguém, aí, consegue competir com ele.
 
Lula já disse que a Ucrânia é responsável pela invasão militar do seu próprio território, algo nunca visto antes na história das nações; não deu para entender nada, salvo sua vontade de bajular o invasor. 
Anda, desde que assumiu a Presidência, com uma ideia fixa: eliminar o dólar como meio de pagamento para as transações do comércio mundial.

A última da série não consegue se qualificar, nem mesmo, como declaração cretina é apenas um desvario sem sinais mínimos de vida inteligente. Lula disse, numa entrevista, que a Venezuela é uma “democracia”. Venezuela? Democracia? Isso mesmo. Segundo o presidente, a Venezuela é uma democracia, e pelo jeito que falou, das boas.

A explicação de Lula é ainda pior. “A Venezuela tem mais eleições que o Brasil”, disse ele. Pronto, fica tudo resolvido: se o país tem eleição, tem democracia. É mesmo? 
A China também tem eleições; não deixa passar uma
Cuba tem eleições.  
A Guiné, um desses colossos que o Itamaraty de Celso Amorim tanto ama, tem eleições – só que o presidente é o mesmo há 44 anos.
Até a Coreia do Norte tem eleiçõese quem não for votar está sujeito à pena de morte, ou à prisão perpétua, ou à coisa parecida.
 
Sim, a Venezuela faz eleição. E daí? Segundo a avaliação de todas as democracias sérias do mundo, o governo frauda as eleições; é óbvio que ganha todas. 
O resumo da ópera é que há ditaduras sem eleição e ditaduras com eleição. A Venezuela é do modelo “com eleição”. É só isso.
Lula disse que a democracia é “relativa” – para uns é uma coisa, para ele é outra. É uma repetição exata do que diziam os militares na ditadura do Ato-5. “Democracia relativa” não é democracia nenhuma – é apenas o nome que os ditadores dão para as suas ditaduras. 
É isso, e só isso, que a Venezuela é um país no qual o governo reduziu 90% da população à pobreza, quem faz oposição é torturado pela polícia e o ditador está com a cabeça a prêmio, a 15 milhões de dólares, por tráfico internacional de drogas.

Bolsonaro inelegível

Os 140 milhões de eleitores brasileiros estão proibidos de votar em Jair Bolsonaro; o TSE não deixa.  
Mas não são eles que deveriam resolver, com seu voto livre, se querem ou não querem Bolsonaro outra vez no governo? 
Não na democracia brasileira. Como diz Lula, essas coisas são relativas.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo
 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Quem produz está preocupado - Uma declaração pior que a outra

Vozes - Alexandre Garcia

Você deve se perguntar por que a bolsa cai, por que há tanta preocupação no mercado econômico em geral. Agora temos as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reclamando contra os juros – como se sabe, juro é o que se cobra para alugar dinheiro, capital. Na bolsa de valores, quem investe em empresas está preocupado por causa de um discurso do próprio presidente da República, chamando de “estupidez” o limite de gastos do Estado, ou seja, gastos com o seu dinheiro, para sustentar o Estado brasileiro
E aí vem a nova ministra do novo Ministério de Gestão (antigamente se chamava Ministério da Administração, mas agora é mais bonito falar em “gestão”) e também diz que teto de gastos não pode, falando do limite que se impõe aos gastos do Estado, que devia estar a serviço da nação.
 
Nós pagamos impostos. Cada vez que compramos alguma coisa, cada vez que pagamos impostos diretos, estamos sustentando o Estado brasileiro para nos prestar bons serviços públicos. Precisamos ter noção disso, isso é cidadania. O povo é dono do Estado, o patrão do Estado, o dono da nação, o dono do país. Mas a nova ideologia, que não deu certo em lugar nenhum do mundo, diz que o principal é o Estado, e não o povo. Isso é terrível.  
O pessoal da área econômica está lá embaixo e o agro, que é a locomotiva do país, está preocupadíssimo, porque o novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, chegou a dizer aos movimentos sociais que “venham pra cima do ministério para que tudo possa acontecer”. Estava se dirigindo ao MST. O que vai acontecer? 
O presidente Lula disse aos povos indígenas, no discurso dele, que serão revogadas as injustiças contra eles. O que isso quer dizer? Teria a ver com o marco temporal que já está no Supremo? [ou com a prisão do cacique? afinal, prenderam o índio e soltaram o Cabral = aliás, soltar bandidos e prender CIDADÃOS DE BEM está se tornando rotina no Brasil.] Tudo isso é preocupante.

Veja Também:

    O povo paga
   

O novo governo poderia continuar as obras do anterior, mas está havendo uma espécie de revanchismo sem reconhecer vitórias e avanços. O novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, do PDT, cria de Brizola, que recebe um tremendo orçamento, já fala em fazer uma “antirreforma da Previdência”. A ministra da Gestão quer acabar com o limite de gastos. Então, quanto mais o Estado gastar, mais o contribuinte tem de contribuir, porque dinheiro não vem do céu, vem do trabalho de cada um.  
Se você acha que não paga Imposto de Renda porque ganha pouco, saiba que você está pagando imposto em tudo o que você compra, que fica mais caro porque está embutido ali o imposto.
 
Saiu na terça-feira mais uma parte dessa boa herança, a herança bendita que o novo governo recebeu. Tivemos um recorde na balança comercial, um superávit de US$ 62,3 bilhões. O que isso significa? 
 É uma facilidade, um conforto na hora de pagar contas externas. 
Estamos com uma reserva internacional externa de US$ 320 bilhões. [comemorem não; logo,logo essa montanha de dólares estarão sendo emprestados (doados define melhor, já que é um empréstimo para não ser pago) para ditaduras amigas - Argentina e Honduras puxam a fila.] Então, o governo atual não recebe do anterior uma cobrança, e sim uma herança favorável que poderia aproveitar. 
Mas parece que o objetivo é apenas gastar mais, tanto que fizeram 37 ministérios no lugar de 22.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Campanha de Bolsonaro usa fala sobre aborto para atacar Lula

Propaganda também tem declaração de Madre Teresa de Calcutá contra a interrupção da gravidez

A campanha de Jair Bolsonaro pôs no ar nesta quinta-feira uma propaganda eleitoral que usa trechos de uma fala do ex-presidente Lula, de abril deste ano, para dizer que ele defende o aborto. A inserção de 30 segundos que será exibida ao longo da programação na TV começa com uma declaração de Madre Teresa de Calcutá contra a interrupção da gravidez.

“Madre Teresa de Calcutá nos ensinou sobre o aborto”, diz o narrador. “E se uma mãe pode assassinar seu próprio filho em seu próprio ventre, o que falta a nós para matarmos uns aos outros?”, diz a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979, em fala dublada.

“Já Lula, defende o aborto”, continua o narrador. Nesse momento, são exibidos três trechos de um pronunciamento do petista: “E a madame ela pode fazer um aborto em Paris […] Aqui no Brasil ela não faz porque é proibido. Quando, na verdade, deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito […] Essa pauta da família, a pauta dos valores é uma coisa muito atrasada”.

A fala em questãoque na época causou polêmica entre os próprios petistas e virou munição para os bolsonaristas e evangélicos, em particular —  ocorreu durante um debate promovido pela Fundação Perseu Abramo, do PT, e a fundação alemã Friedrich Ebert, sobre desafios progressistas e parcerias estratégicas com a União Europeia. O evento teve a participação de Martin Schulz, presidente da entidade e ex-presidente do Parlamento Europeu.


 Madre Teresa de Calcutá - contra o aborto

 Caso o Vídeo se torne indisponível, clique aqui = é chato, já que você terá que ouvir o descondenado petista falando m... ,   por mais de duas horas.

Lula se referia aos europeus quando disse que “é preciso estabelecer um padrão que seja mínimo para que todo mundo possa viver bem”. E citou  o exemplo do Brasil com relação ao aborto. “Aqui no Brasil, por exemplo, Martin, as mulheres pobres elas morrem tentando fazer aborto porque é proibido o aborto, é ilegal. Então uma mulher pobre ela fica cutucando o seu útero com uma agulha de crochê, ela fica tomando chá de qualquer coisa… Numa cidade chamada Jaguaquara, na Bahia, eu conheci uma mulher que utilizava fuligem do fogão a lenha, aquela fumaça, aquelas coisas que grudam, sabe?, colocando na vagina para ver se ela abortava”, relatou o ex-presidente.

Coluna Radar - Robson Bonin - VEJA


quarta-feira, 8 de junho de 2022

O que pretende Lula?

Alexandre Garcia 

Andando pelo meu Rio Grande do Sul, percebo, nos lugares em que se reuniram para me ouvir, que as pessoas imaginam que, vivendo em Brasília, posso saber mais do que elas. No entanto, hoje todos têm o mesmo acesso à informação, desde que as redes sociais substituíram o monopólio da notícia. Agora, quem está no interior do Rio Grande do Sul ou no interior do Acre tem acesso às mesmas informações que tenho tido como vizinho da Praça dos Três Poderes. Claro que permanecem alguns mistérios.
 
Um deles, para mim, foi aquela ida de Michel Temer ao Palácio do Planalto, em 9 de setembro, levando um rascunho de declaração, supostamente para fazer uma paz com Alexandre de Moraes, que nunca foi posta em prática. Segundo Jair Bolsonaro, Moraes não cumpriu o que fora combinado.
 
Outro mistério, que se tornou ainda mais forte aqui no Rio Grande depois da visita de Lula, e deixou os gaúchos da roda de chimarrão à beira do fogo ainda mais desconfiados e curiosos: o que pretende Lula? 
Faz declarações que afastam e assustam eleitores. Imagina dizer que vai desarmar todo mundo.

Aqui no Rio Grande, o referendo de 2005 sobre armas deu 87% a favor delas. O estado foi o campeão das armas, bem acima da média nacional de 64%. Aliás, a lei do desarmamento não seguiu a vontade da maioria. Lula contrariou a maioria gaúcha na questão das armas — um assunto que a diplomacia político-eleitoral recomenda calar por aqui.

Como se sabe, também brigou com o Agro. Aí, foi para o interior do estado e não conseguiu chegar a Passo Fundo, bloqueado por manifestações hostis. Cancelou o restante da viagem por razões de segurança.  
Essa atitude de gerar conflito também aconteceu com parlamentares, que ele recomendou serem assediados com pressão sobre suas famílias, em seus endereços privados. Faz xingamentos por todos os lados, deixando a interrogação: o que quer Lula? Tornar sua candidatura inviável?

Agora mesmo saiu um esboço de programa de governo do PT: revogar o teto de gastos, que é constitucional; revogar a reforma trabalhista, as privatizações, controlar o câmbio, a mídia, o direito ao aborto. [quanto ao direito ao aborto ele não pretende revogar o que já está liberado, ou seja, proibir o que, infelizmente, ainda é permitido. Pretende sim liberar geral = promover, no estilo Biden, a liberdade total para assassinar seres humanos inocentes e indefesos.]Tudo dependendo do Congresso e até de mudança constitucional, incluindo questões impossíveis de mudar, com fatos econômicos já consolidados, como estatais privatizadas. Implantar a censura, revogando o artigo 220 da Constituição, já que fala em "coibir a propagação de mentiras". (Vão criar o Ministério da Verdade?) O programa tem um capítulo que é um deboche: combater a corrupção.

Tem gente assuntando por aqui, enquanto sorve o chimarrão quente para se proteger do frio: o que pretende Lula? 
Tornar sua candidatura inviável e ter um pretexto para desistir e se consolidar líder de um segmento sem correr o risco de uma derrota como fim de carreira? [exatamente; o descondenado sabe que se permanecer candidato vai perder e por isso prefere ficar inventando desculpas - pousando de vítima - do que ser atropelado pelo capitão.]
Lula fechou-se para a esquerda moderada ao declarar que o PSDB acabou. E faz afirmações típicas de extrema esquerda. Parece ter optado por se tornar um símbolo dessa esquerda que refuta o direito de propriedade, que é pela luta de classes, pela união de uma América Latina socialista.

Isso gera mais rejeição, mas garante um lugar na galeria da liderança de esquerda mais à esquerda.

Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense