Presidente disse que país vizinho é uma ‘democracia’ porque tem mais eleições do que o Brasil
[sendo o petista um desvairado, não nos surpreende, afinal desde que milhões fizeram o L para que o TSE o declarasse novo presidente, que o apedeuta não esconde seu prazer em ser comunista e simpatizante, apoiando de forma ativa, das ditaduras de esquerda.]
Parece claro, à esta altura, que a grande marca dos primeiros seis meses deste governo
é a capacidade do presidente da República para dizer coisas
integralmente sem propósito.
É um surto permanente, que não tem paralelo
com qualquer outro dos 200 chefes de Estado, ou algo assim, em
atividade hoje no resto do mundo – ninguém, aí, consegue competir com
ele.
Lula já disse que a Ucrânia é responsável pela invasão militar do seu próprio território,
algo nunca visto antes na história das nações; não deu para entender
nada, salvo sua vontade de bajular o invasor.
Anda, desde que assumiu a
Presidência, com uma ideia fixa: eliminar o dólar como meio de pagamento para as transações do comércio mundial.
A última da série não consegue se qualificar, nem mesmo, como declaração cretina – é apenas um desvario sem sinais mínimos de vida inteligente. Lula disse, numa entrevista, que a Venezuela é uma “democracia”. Venezuela? Democracia? Isso mesmo. Segundo o presidente, a Venezuela é uma democracia, e pelo jeito que falou, das boas.
A
explicação de Lula é ainda pior. “A Venezuela tem mais eleições que o
Brasil”, disse ele. Pronto, fica tudo resolvido: se o país tem eleição,
tem democracia. É mesmo?
A China também tem eleições; não deixa passar
uma.
Cuba tem eleições.
A Guiné, um desses colossos que o Itamaraty de Celso Amorim
tanto ama, tem eleições – só que o presidente é o mesmo há 44 anos.
Até
a Coreia do Norte tem eleições – e quem não for votar está sujeito à
pena de morte, ou à prisão perpétua, ou à coisa parecida.
Sim,
a Venezuela faz eleição. E daí? Segundo a avaliação de todas as
democracias sérias do mundo, o governo frauda as eleições; é óbvio que
ganha todas.
O resumo da ópera é que há ditaduras sem eleição e
ditaduras com eleição. A Venezuela é do modelo “com eleição”. É só isso.
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Lula
disse que a democracia é “relativa” – para uns é uma coisa, para ele é
outra. É uma repetição exata do que diziam os militares na ditadura do
Ato-5. “Democracia relativa” não é democracia nenhuma – é apenas o nome
que os ditadores dão para as suas ditaduras.
É isso, e só isso, que a
Venezuela é – um país no qual o governo reduziu 90% da população à
pobreza, quem faz oposição é torturado pela polícia e o ditador está com
a cabeça a prêmio, a 15 milhões de dólares, por tráfico internacional
de drogas.
Bolsonaro inelegível
Os 140 milhões de eleitores brasileiros estão proibidos de votar em Jair Bolsonaro; o TSE não deixa.
Mas não são eles que deveriam resolver, com seu voto livre, se querem ou não querem Bolsonaro outra vez no governo?
Não na democracia brasileira. Como diz Lula, essas coisas são relativas.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo
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