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terça-feira, 29 de agosto de 2023

Se vira nos 30 - O coração do Faustão e a corrupção entranhada em nós - Paulo Polzonoff Jr.

Vozes - Gazeta do Povo

"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Faustão
Assim que saiu a notícia de que Faustão tinha conseguido um coração, começaram as especulações quanto à rapidez do processo. Ô loko, meu!| Foto: Reprodução / Band


Fausto Silva, o Faustão de todas as tardes de domingo, foi submetido a um transplante de coração na tarde de hoje (27). Por sinal, um domingo. Isso apenas uma semana depois de o estado de saúde dele virar motivo de preocupação nacional. Sabe-se lá o que (especula-se que tenha sido a vacina contra a Covid-19) causou uma insuficiência cardíaca grave (se bem que toda insuficiência cardíaca é grave, né, Paulo!) no simpático ex-gordo.

Assim que saiu a notícia – feliz! – de que Faustão tinha conseguido um coração, começaram também as especulações – infelizes! – quanto à rapidez do processo.  
“Meu tio/primo/avô/sobrinho/cachorro/papagaio está há dois/cinco/dez/cinquenta anos esperando um coração. Aí vai um rico e consegue em uma semana. É muita injustiça”, indignou-se mais de uma pessoa pelo Twitter – que durante algum tempo ainda me recusarei a chamar de X.
 
“Quantos Rolex custou esse coração aí?”, perguntou outro, insinuando que o apresentador furou a fila na base do pixuleco. Faustão que, você há de saber, é fã de relógios.  
A desconfiança é tanta que até a instituição queridinha daquela esquerda que acredita que o Estado é capaz de prover tudo, o SUS, ganhou cifrões e virou $U$. Tudo porque Faustão foi salvo por um transplante rápido.

Exceção à regra
Não é mistério para ninguém que o SUS não mora no lado esquerdo do meu peito,
mas nessa coisa de transplante (e até como exceção que confirma a regra) a fila única funciona. E é justa – tanto quanto é possível dizer que pode ser justo decidir quem tem prioridade de acordo com certos critérios. Lembrando que a fila única serve tanto para os hospitais públicos quanto privados.

O que explica, então, que Faustão tenha recebido um coração tão rápido assim? Primeiro, o estado de saúde dele. Faustão era o número 2 da fila. Depois há o fator compatibilidade. 
E, novamente, Faustão foi “agraciado” com um tipo sanguíneo mais raro, B. Mas eu, você e até a torcida do Flamengo sabemos que vivemos num tempo em que nada é tão simples assim. Ou melhor, nada pode ser tão simples assim.

Vivemos tempos cheios de ressentimento contra as pessoas bem-sucedidas. Tempos em que se acredita que o dinheiro compra absolutamente tudo, de coração para transplante a eleição presidencial. Pior! Vivemos tempos em que a corrupção está entranhada em nós. Ah, quer saber? Não vou perder a oportunidade do trocadilho tosco: vivemos tempos em que a corrupção está entranhada em nosso... coração.
 

Ô loko, meu!
O que é perigoso, muito perigoso, perigosíssimo. E aqui vou abandonar a primeira pessoa do plural porque quero ficar fora dessa. As pessoas (vocês!) não conseguem confiar minimamente no próximo. Não conseguem pressupor um mundo em que as relações não sejam regidas por negociatas e conchavos de todos os tipos. 
Não conseguem nem mesmo se compadecer da dor alheia, quanto mais ficar felizes quando a medicina consegue salvar a vida de um ícone da cultura popular.

A corrupção, repito, está entranhada em nós. A ideia de corrupção. Esse medo cotidiano de estarmos sendo enganados. O. Tempo. Todo. De estarmos sendo feitos de otários por malandros. Malandros ricos. E se voltei a me incluir na multidão é porque reconheço: também eu não estou imune a essa paranoia que há muito abandonou a política para fazer parte de todos os aspectos da nossa vida.

Mas aí o psicanalista que habita em mim se vê obrigado a perguntar: será que as pessoas não reagem assim (percebeu?) porque projetam suas “espertezas” nos outros? 
Usando o caso do Faustão, será que no lugar dele você correria para oferecer um pixuleco ao primeiro médico que encontrasse, só para poder furar a fila de transplantes? 
E indo mais além: será que você não procura corrupção em tudo porque já está com o coração corrompido pela velha e má Lei de Gérson? 
Ô loko, meu!


P
aulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quinta-feira, 9 de maio de 2019

Deputados articulam retirada de condecoração dada a Olavo por Bolsonaro

Presidente deu ao astrólogo grau de Grã-Cruz da ordem de Rio Branco

[ou cassam a condecoração concedida ao filósofo de Virginia, ou todos que a receberam devem devolver - uma comenda que homenageia uma pessoa tão vil ao ponto de tripudiar sobre o estado de saúde de um HOMEM DE BEM,  gravemente enfermo, só apequena os que a receberam.]
Corre na Câmara uma articulação para tirar de Olavo de Carvalho condecoração dada pelo presidente Jair Bolsonaro.

O astrólogo recebeu na semana passada o mais alto grau da Ordem de Rio Branco, Grão-Cruz. No Centrão, começou-se a movimentação para tirar o título de Olavo.


Radar - VEJA

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Flávio Bolsonaro diz que vai marcar data de depoimento no MP após ter acesso à investigação sobre Queiroz

Flávio Bolsonaro promete depor ao MP e vê ‘manipulação da mídia’

Em nota, ele afirmou que só foi notificado no último dia 

O senador Flávio Bolsonaro (PSL) manifestou-se nesta quinta (10) sobre a investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) quanto às movimentações suspeitas feitas pelo seu assessor Fabrício Queiroz. Flávio disse que pediu ao Ministério Público do Rio acesso à íntegra dos autos e que irá agendar um depoimento com os procuradores. [o senador Flávio Bolsonaro além de não ser investigado, denunciado, acusado ou equivalente, se trata de um senador da República, com direito a marcar local, dia e horário para depor.
Além do mais, houve um convite do MP e convite é algo que se aceita ou não.]

Ele, no entanto, faltou à audiência marcada pelo MP para esta quinta (10). O senador disse que só foi notificado na segunda (7). Como ele tem foro especial, pode escolher a data e o local em que falará.  Pressionado pelo estrago que o caso está fazendo neste início de governo, Flávio disse que há “manipulação da mídia” para responsabilizá-lo e que irá depor.
“Como não sou investigado, ainda não tive acesso aos autos, já que fui notificado do convite do MP/RJ apenas no dia 7/Jan, às 12:19. No intuito de melhor ajudar a esclarecer os fatos, pedi agora uma cópia do mesmo para que eu tome ciência de seu inteiro teor”, escreveu Flávio no Facebook.

“Ato contínuo, comprometo-me a agendar dia e horário para apresentar os esclarecimentos, devidamente fundamentados, ao MP/RJ para que não restem dúvidas sobre minha conduta. Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública”, concluiu.
Na última terça (8), as filhas e a mulher de Fabrício Queiroz também não compareceram ao depoimento marcado pelo Ministério Público.

Queiroz já foi convocado quatro vezes, mas faltou em todas. Em duas delas, justificou a ausência por conta de problemas de saúde. [Queiroz está com câncer no intestino, foi operado semana passada e seu estado de saúde não permite deslocamentos.
Aos desavisados que não sabem dos males que um câncer é capaz de provocar, dos males à saúde que causa, recomendamos que procurem se informar sobre a gravidade do estado de saúde do ex-assessor.
Aos que pensam na possibilidade de uma condução coercitiva, dificilmente um juiz, um ser humano, autorizará tal medida.]

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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Comandante do Exército é internado em Brasília



Assessoria da corporação informou que general Villas Bôas realizou ‘procedimento gástrico’

Comandante do Exército é internado em Brasília e terá alta nesta quarta

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi hospitalizado na manhã desta quarta-feira, em Brasília. Villas Bôas deu entrada no Hospital Santa Helena, que fica localizado na Asa Norte, região central da capital, às 6h da manhã, e ainda permanece no hospital.  O Centro de Comunicação Social do Exército (CComsex) informou que o comandante “realizou procedimento gástrico” e terá alta ainda nesta quarta-feira, retornando às atividades amanhã. A assessoria não deu mais detalhes. Procurada, a assessoria de imprensa do hospital comunicou que não divulga informações sobre o estado de saúde dos pacientes.

No ano passado, o general Villas Bôas divulgou que estava com uma doença neuromotora degenerativa, mas disse que tinha "plenamente" em condições de seguir na função. O comunicado foi feito em vídeo institucional do Exército. O que se sabe é que manifestação e as consequências da doença são muito parecidas com as da esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), declarações de Villas Bôas no Twitter geraram polêmica. O comandante disse que a instituição "julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade"

O Globo
 

domingo, 22 de abril de 2018

Na rota da Lava-Jato

O eixo da disputa eleitoral deste ano deslocou-se dos problemas que afetam o dia a dia da população — saúde, segurança, educação, transportes, habitação, etc. — para o tema da corrupção [e o POVO BRASILEIRO precisa do que usa no dia a dia: saúde, segurança, educação, transportes, habitação, etc - o combate à corrupção é necessário mas não pode ter prioridade sobre as necessidade diárias do brasileiro.]


Os fatos mais importantes do dia de ontem, em circunstâncias normais, seriam o embargo das importações de frango de 20 frigoríficos brasileiros pela União Europeia, que representa 35% das nossas exportações do setor, e o decreto assinado pelo presidente Michel Temer que autoriza os estudos para a privatização da Eletrobras, a holding brasileira de energia elétrica. Mas o noticiário foi tomado pela Operação Lava-Jato, que motivou pelo menos meia dúzia de decisões da Justiça, a começar pela concessão de habeas corpus ex ofício ao deputado afastado Paulo Maluf, pelo ministro Edson Fachin, depois de dois dias de sessões do Supremo Tribunal Federal (STF) só para discutir o caso do ex-prefeito de São Paulo.

O eixo da disputa eleitoral deste ano deslocou-se dos problemas que afetam o dia a dia da população — saúde, segurança, educação, transportes, habitação, etc. para o tema da corrupção. Por 6 votos a 5, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram o pedido de Maluf, atualmente em prisão domiciliar, para apresentar mais um recurso contra a condenação que sofreu no ano passado por lavagem de dinheiro. O pano de fundo da discussão era a dilatação das possibilidades de recurso e protelação do chamado “transitado em julgado”. [só que o POVO não come Lava Jato, não cuida da saúde na Lava Jato, não é transportado na Lava Jato e outras necessidades básicas não são, nem serão, supridas pela Lava Jato.
As necessidades básicas do POVO não são atendidas pela Lava Jato - aliás, não é objetivo da operação Lava Jato atender tais necessidades nem gerar empregos;
por tudo isso, a Polícia Federal DEVE desenvolver quantas operações forem necessárias para combater o crime (não apenas a corrupção) mas jamais pode ter prioridade sobre os caminhos para atender às necessidades de milhões de brasileiros.]

Depois de dois dias de sofisticados debates sobre o processo penal e a Constituição, o assunto foi encerrado como poderia ter começado: “de ofício” (por iniciativa própria), Fachin permitiu ao deputado, em razão do estado de saúde, continuar cumprindo em casa a pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão que se iniciou em dezembro do ano passado. Maluf está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e corria o risco de ter que voltar para o Presídio da Papuda, em Brasília, para cumprir pena em regime fechado. Ele foi condenado por usar contas no exterior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo quando foi prefeito da capital paulista, entre 1993 e 1996.[um detalhe: a Suprema Corte dedicou dois dias a resolver problemas de um condenado a pena inferior a oito anos (que pode perfeitamente ter seu cumprimento iniciado em regime semi aberto) e que não foi sequer mencionado nem no MENSALÃO - PT, ou no PETROLÃO - PT - em outras palavras, Paulo Salim Maluf não comete crimes (se os cometeu sequer foi, ou está sendo, acusado) desde 1996 - há vinte e dois anos; um dos crimes mais graves é o homicidio que prescreve em 20 anos. Saiba mais sobre as razões da 'generosidade' do ministro Fachin. ]

Quem corre mais risco de voltar para a cadeia é o ex-ministro José Dirceu, que cumpre pena em regime domiciliar, com tornozeleira eletrônica. O ministro Dias Toffoli negou liminar para impedir a volta do histórico líder petista à prisão. Dirceu pretende continuar em liberdade após o julgamento de recurso contra sua condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ontem, no qual teve mantida a pena de mais de 30 anos de prisão. Com a prisão de Lula, é praticamente impossível que isso ocorra.

Em meio a notícias de que a Polícia Federal pedirá a prorrogação do inquérito que investiga a corrupção no Porto de Santos, no qual estão envolvidos amigos do presidente Michel Temer, e de que o ministro Gilmar Mendes já ampliou por 60 dias o inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Marco Aurélio Mello assoprou o braseiro das divergências no Supremo. Pediu que o plenário da Corte julgue uma ação sobre prisão após condenação em segunda instância apresentada pelo PCdoB, que pleiteia liminar para impedir a prisão de condenados antes do trânsito em julgado, ou seja, antes de condenação definitiva pelo próprio STF. Na semana passada, pela quarta vez em dois anos, o STF discutiu e manteve a jurisprudência que determina a prisão. Segundo o ministro, porém, o entendimento firmado em 2016 pelo STF poderá mudar em uma nova análise pelo plenário da Corte. E tome Lava-Jato!

Eleições
Fora da agenda oficial, o presidente Michel Temer recebeu, no Palácio do Planalto, o juiz Ali Mazloum, que atua como juiz instrutor do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. É quem o auxilia a ouvir testemunhas e interrogar réus. Nem o Palácio do Planalto nem o magistrado deram informações sobre a conversa. Temer e Mazloum são amigos e fazem parte da comunidade árabe de São Paulo. Hoje, Temer fará um pronunciamento à nação, a propósito do aniversário da morte de Tiradentes: 21 de abril de 1792. Não pretende tratar da Lava-Jato, mas do sucesso de sua política econômica, ancorado nas últimas análises do Fundo Monetário Internacional (FMI).


É a tal história: não se fala de corda em casa de enforcado. O Palácio do Planalto não descarta uma terceira denúncia contra Temer, que poderia ser uma espécie de pá de cal nos esforços do governo para melhorar a aprovação popular. A anunciada candidatura presidencial à reeleição corre risco de ser abatida na pista. Esse não é um problema somente do presidente da República e seu partido, o MDB. O PSDB também vive um inferno astral, com a aceitação da denúncia contra Aécio Neves (PSDB) e o escândalo do Metrô de São Paulo, que estão respingando no ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato a presidente da República. Mesmo não estando diretamente envolvido na Lava-Jato, o tucano sente o drama da crise ética. Sua candidatura está isolada e não ganha aderência popular.

CB - Luiz Carlos Azedo