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sábado, 9 de dezembro de 2023

Lula perde chance ao não ir à posse de Milei - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo 

Brasil e Argentina 

Domingo é dia de manifestações políticas nos dois principais países da América do Sul. No Brasil, em várias capitais; 
- na Argentina, em Buenos Aires, com a posse do novo presidente, Javier Milei. 
Estarão lá o ex-presidente Jair Bolsonaro e governadores como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina). 
Lamentavelmente, quem não vai estar presente é o presidente do Brasil, do principal país do Mercosul, que tem a Argentina como seu principal parceiro comercial na área – em todo o mundo, a Argentina é o terceiro parceiro comercial do Brasil, com muitos interesses em comum.
 
Seria um voo rápido de Brasília, não é como ir a Dubai
Em três horas e meia, no máximo, já se chega a Buenos Aires. Lula poderia marcar presença e voltar no mesmo dia. Mas não vai mandar nem mesmo o vice-presidente Geraldo Alckmin; no lugar está indo o ministro de Relações Exteriores, é uma representação, digamos, menor. 
que é o temor de vaias, enquanto Bolsonaro seria ovacionado pela multidão de partidários de Milei, que é muito parecido com Bolsonaro e muito diferente de Lula. De qualquer forma, seria uma oportunidade de demonstrar grandeza.[complicado se demonstrar o que não se possui.]
 
Outra oportunidade que está sendo oferecida a Lula – e cavalo encilhado não passa duas vezes – é a questão da Venezuela com a Guiana. 
Lula é quem tem mais possibilidades de demover Nicolás Maduro. 
Não há como imaginar o tamanho de uma guerra que vai literalmente envolver um estado brasileiro, Roraima. Não falo dessa “teoria da passagem”, em que eu não acredito, porque Venezuela e Guiana têm 500 quilômetros de fronteira terrestre, seca, ninguém precisaria passar por território brasileiro. 
Seria a grande oportunidade de Lula aparecer como pacificador, mas pelo jeito a pacificação virá dos Estados Unidos, que estão fazendo manobras na Guiana, avisando, dissuadindo Maduro, que por sua vez está imitando outro ditador, Marcos Pérez Jiménez. 
Em 1958, ele anunciou – exatamente como Maduro – que invadiria a Guiana para recuperar Essequibo, mas foi deposto por causa disso. 
Os militares venezuelanos não quiseram guerra e o depuseram.  
Outro ditador, o argentino Galtieri, inventou uma guerra com a Inglaterra, invadindo as Malvinas ou Falklands, foi derrotado e deposto, acabando com o ciclo militar na Argentina. Este é um argumento que Lula poderia usar com Maduro. Aliás, em 2006 Hugo Chávez botou uma estrela a mais na bandeira da Venezuela, representando Essequibo, e agora Maduro colocou a região no mapa da Venezuela. Na burocracia está tudo pronto, já está no mapa.
 
A lógica estranha de quem defende criminoso nas ruas
Uma prova de que o Brasil está maluco: a agência noticiosa oficial brasileira entrevistou um pesquisador e ele disse que quanto mais preso houve, mais crime tem. Não dá para entender
O sujeito que assassinou a argentina em Búzios estava com 15 anos de condenação por estupro e roubo, já tinha seis passagens na polícia, e estava solto! 
Ele tinha sido preso em regime fechado e depois foi para o semiaberto. Esse é o Brasil
E há quem se queixe quando as pessoas se armam para se proteger... é todo dia invasão de terra, invasão de prédio, quebra-quebra; alguém quer se vingar, vai lá e joga pedra, quebra o bar, quebra a loja.  
O país está ficando sem lei e o Estado não está cumprindo seu papel – o Estado não, que Estado é uma abstração: são os agentes do Estado.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

#CPIdoTSE e #RenunciaBarroso na pauta - Jorge Serrão

#CPIdoTSE e #RenunciaBarroso na pauta

“Data máxima vênia” - como se diz lá nos ambientes do Poder Supremo... "Mentirocracia" é defender que o sistema eletrônico de votação é "100% seguro e inviolável". Mentir é o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, omitir ao público que um hacker invadiu o sistema em 2018. "Mitocracia" é ser reacionário contra o aprimoramento e transparência eleitoral! A maioria do povo deseja e fará pressão para que os políticos aprovem o voto impresso pela urna eletrônica com recontagem total nas seções eleitorais (esquema mais racional, barato, rápido e seguro).

 

Por isso, já surge nas redes sociais um movimento que tende a se intensificar “#RenunciaBarroso”. No TSE, ele será substituído por outro inimigo público do “Bolsonarismo”: Alexandre de Moraes. No STF, o progressista Barroso se torna um dos líderes de impopularidade, junto com Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e José Dias Toffoli. O desgaste é péssimo porque fragiliza algo fundamental para qualquer Nação: o Senso de Justiça! O prejuízo institucional é imperdoável. Seria argumento para o Senado até levar a sério um impeachment do ministro. Ou não?

 

Tecnicamente, o ministro Barroso “prevaricou” acerca da segurança do sistema eleitoral. Mas isso nem foi novidade, porque o Poder Supremo e seu tentáculo “Justiça Eleitoral” sempre combateram qualquer evolução no modelo de urnas eletrônicas. Os “Donos do Poder” sempre foram dogmáticos na defesa do trâmite sigiloso eleitoral. Mas o maior exagero de Barroso foi ter atuado politicamente, chantageando (ops, pressionando) líderes de partidos políticos contra a aprovação do voto impresso pela urna eletrônica (para recontagem de 100% dos votos na seção eleitoral) - conforme propunha o corretíssimo relatório de Filipe Barros sobre a PEC 135 (derrotado na Comissão Especial da Câmara do Deputados).

 

Outro “deslize” do ministro Barroso, além da não revelação sobre o inquérito da Polícia Federal que investigou a invasão do sistema eleitoral, justifica a abertura da CPI do TSE. Por meses um invasor passeou livremente dentro dos servidores do TSE, teve acesso a todos os códigos, e que após sua saída, alguém apagou os “Logs”. É preciso explicar por que o tribunal deixou técnicos de uma empresa terceirizada apagarem os “Logs” que confirmavam a invasão, o que sabotou (ops, atrapalhou) a investigação da PF. E a comissão também poderia apurar uma outra “coincidência” estranha: Quem cuidou da investigação da “hackeagem” foi o delegado federal Rogério Augusto Viana Galloro. Ele foi o mesmo que foi responsável pela apuração da facada que Adélio Bispo de Oliveira deu em Bolsonaro - mas o esfaqueador incompetente foi definido como ”maluco”, acabou inimputável e a “conclusão” oficial da impunidade foi que ele “agiu sozinho” (KKK). Galloro agora está lotado no gabinete do presidente do STF, Luiz Fux, e sob “proteção suprema”. Galloro foi Diretor-Geral da Polícia Federal na gestão Michel Temer.

 

Uma outra provocação que irritou o Poder Supremo. O filho do Presidente Jair Bolsonaro, deputado federal Eduardo Bolsonaro, que colhe o mínimo de 171 assinaturas necessárias para a abertura de pedido da CPI do TSE, oficiou ao ministro Alexandre de Moraes para que inclua o ministro Barroso, também, noInquérito do Fim do Mundo”. Motivo: Barroso teria mentido que o sistema do TSE é inviolável. Além disso, Eduardo sugeriu que o servidor do TSE, Giuseppe Dutra Janino, tenha seu passaporte retido e seja incluído no programa de proteção a testemunhas. Janino foi Secretário de Tecnologia do TSE, e, atualmente, é assessor-especial do presidente Barroso. Foi na gestão dele que foram apagadas as “pegadas” do hacker que agiu em 2018. Reveja o Inquérito 1468 da Polícia Federal: https://bit.ly/2VymI92 

 

Ainda em torno da crise entre o Poder Supremo e Bolsonaro: Luís Roberto Barroso oficiou ao colega Alexandre de Moraes que incluísse o Presidente da República no “inquérito do Fim do Mundo” (assim chamado pelo recém-aposentado ministro Marco Aurélio de Mello, que considerou o processo “inconstitucional”, já que magistrado não tem poder legal para mandar abrir inquérito, o que é função do Ministério Público Federal ou da autoridade policial). Barroso justificou o pedido pelos ataques que classificou de “mentirosos” de Bolsonaro ao sistema eleitoral e aos ministros do STF e TSE (no caso específico, ele mesmo, Barroso). Só que o PGR Augusto Aras advertiu que não viu crimes nos ataques a Barroso e avisou que não entraria na briga entre o Presidente e o Supremo.  

Perguntinha básica: É justo que Bolsonaro seja punido por falar a verdade, usando informações oficiais do próprio TSE sobre invasão do sistema por hacker na eleição de 2018.


O TSE está preocupado com a gravidade da situação popular da “Justiça” Eleitoral. Tanto que contratou (não se sabe ainda por quanto, a promessa é ser "de graça") o publicitário baiano Nizan Guanaes para melhorar a imagem (arranhada) do tribunal. Dinheiro parece não ser problema para o TSE. Sua suntuosa sede, em Brasília, custou meio bilhão de reais aos cofres públicos

Cada gabinete para sete ministros tem 150 metros quadrados. O Diário do Poder, de Cláudio Humberto, lembrou que, com ou sem eleição a cada dois anos, a “Justiça” Eleitoral custa R$ 9,8 bilhões anuais. Dá uma média de R$ 27 milhões por dia. O tribunal reúne 7 membros mas noites de terça e quinta. É formado por três ministros do STF, dois do STJ e dois advogados.  

 

Com ou sem CPI do TSE, ainda existe chance do Congresso fisiológico, clientelista e patrimonialista aprovar o voto impresso com recontagem de 100% na seção eleitoral, até outubro. Depende da crescente pressão popular, nas ruas e redes sociais, para convencer os parlamentares. O presidente do PTB, Roberto Jefferson, chamou atenção para o que chama de manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira: “Lira anunciou que vai levar a PEC do voto impresso ao Plenário. Ao mesmo tempo, teria comunicado ao TSE que o projeto será enterrado. Lira quer submeter o projeto à votação manobrando pela derrota para ajeitar as coisas com o TSE. Mas as coisas não serão ajeitadas com o povo”.

 

Por isso, a gente repete a perguntinha feita pelos famosos “Internautas” do Renan Calheiros, ilustre Conde do feudo das Alagoas

Quem pratica ataques, ofensas e inverdades? 

Quem de fato faz agressões vazias e ameaças covardes? 

Quem usa o poder da força para influenciar outros poderes? 

Quem tenta deslegitimar as instituições? 

Quem persegue quem? 

Quem manda no Brasil: o Presidente ou os “deuses”?  

 

Ato dos 300 - Será que o ministro Alexandre de Moraes vai classificar o ato (contra ele) de antidemocrático? Tudo indica que sim...

Twitter - @alertatotal - Alerta Total - Jorge Serrão

 

 

domingo, 23 de junho de 2019

A surpreendente descoberta da PF sobre quem pagou o advogado de Adélio




Jair Bolsonaro não se conformou com a decisão da Justiça de absolver Adélio Bispo por considerá-lo inimputável. “Jogadinha de ser maluco”, chegou a dizer Bolsonaro sobre o veredicto.  Vai gostar menos ainda do que a PF tem a dizer sobre outra investigação, desta vez acerca de Zanone Júnior, o advogado do seu esfaqueador. Bolsonaro já disse mais de uma vez que o suposto mandante da facada estaria por trás do pagamento dos honorários do advogado.





Ricardo Moraes | Reuters

Zanone sustentou desde o início que o dinheiro para defender Adélio lhe foi dado por “um religioso de Montes Claros (MG)”, que não queria aparecer. Só que a investigação da PF, em fase final, aponta para uma novidade: ninguém pagou pela defesa. O advogado resolveu assumir o caso de graça e inventou uma história.  A motivação foi a mesma que o levou a defender gratuitamente Bola, o ex-policial que se envolveu no caso do goleiro Bruno. Zanone queria faturar com os holofotes de um caso supermidiático.