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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Assim como o GDF, MEC vai exigir cabelo preso em escola cívico-militar


Uma das principais bandeiras educacionais da gestão Jair Bolsonaro, as escolas cívico-militares terão uma série de regras sobre vestuário e comportamento dos alunos. Embora não tenha fechado a lista de colégios que receberão o programa nem contratado os militares que atuarão nas unidades, o Ministério da Educação (MEC) definiu um manual de regras que os alunos deverão seguir - de como cortar o cabelo aos tipos de roupa proibidos.



O governo prevê adotar o programa em 54 colégios de ensino fundamental e médio neste ano. Escolas cívico-militares têm gestão compartilhada entre militares e civis. A ação do MEC prevê que militares da reserva atuem em tutoriais e na área administrativa - e não como professores. Participam do programa colégios municipais ou estaduais, onde já havia alunos matriculados no modelo convencional.

São diferentes das escolas mantidas pelo Exército, que costumam fazer seleção para ingresso e têm custo bem maior do que unidades da rede pública regular. Era pré-requisito haver consulta pública com a comunidade escolar para aderir ao programa, mas houve queixas sobre esse processo. O manual foi obtido pela agência de dados Fiquem Sabendo e publicado nessa segunda-feira (3/2). O documento, além de estabelecer quais são as funções e obrigações dos servidores dentro das escolas, também lista as regras que devem ser seguidas pelos alunos, por exemplo como devem se vestir e cortar o cabelo.
Para os meninos, o cabelo deve ser cortado de modo a "manter nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço". Eles também devem estar "bem barbeados, com cabelos e sobrancelhas na tonalidade natural e sem adereços, quando uniformizados". O documento não cita quais são os adereços vetados. O uniforme obrigatório exige que usem, em dias letivos normais, camisa meia-manga com ombreiras, calça comprida, cinto, meia e sapatos sociais. Eles só podem usar bermuda para atividades físicas.

Para as meninas, o cabelo deve estar "cuidadosamente arrumado" para o uso correto da boina. Em caso de alunas com cabelos médios ou longos, eles devem estar presos, mantidos "penteados e bem apresentados". O uniforme estabelecido para as meninas prevê que elas usem saia-calça, camisa com ombreira e sapato social.  Apesar de definir qual deve ser o vestuário a ser usado pelos alunos dessas escolas, o MEC não informou quem será responsável pela compra e distribuição do uniforme. Também não informou se eles já foram adquiridos.

As regras de vestimenta do manual vão na contramão de determinação [?????] já feita pelo Ministério Público Federal (MPF) da Bahia em 2019. Ao analisar o modelo de colégios cívico-militares já existentes no Estado, o órgão afirmou entender que a interferência no corte de cabelo, maquiagem e outras do tipo como sendo "autoritária" e restrição à liberdade de expressão das crianças e adolescentes. [ao que sabemos o MPF não determina,não julga, não legisla.
O que ele pode fazer para que seus entendimentos venham a se tornar determinações é mover ação judicial contra o suposto transgressor, quando o Poder Judiciário julgará e decidirá na forma da lei.
Outro caminho é o TAC, um acordo que obriga as partes, nos moldes de qualquer acordo.]

Régua de comportamento
O manual também estabelece um cálculo para avaliar o comportamento dos alunos. Com o cálculo, eles terão o comportamento classificado em uma escala com seis faixas, que vai de: "mau" a "excepcional". A nota será composta com o reconhecimento de boas atitudes (por exemplo, o aluno ganhará 0,3 ponto a cada elogio que receber) e a subtração no caso de punição (perde 0,3 ponto se for repreendido). O jovem classificado com comportamento "mau" será "transferido compulsoriamente", segundo o manual.

Procurados, os ministérios da Educação e da Defesa não comentaram o manual e a implementação do programa. O orçamento do programa neste ano é de R$ 54 milhões. A meta do governo é chegar a 216 unidades do tipo até 2023.  O modelo cívico-militar tem crescido em alguns Estados, como Bahia e Goiás, e é alvo de frequentes elogios de Bolsonaro e do ministro Abraham Weintraub. Segundo eles, o formato pode alavancar os índices educacionais, além de trazer mais disciplina e segurança. Educadores questionam a falta de estudos que comprovem a eficácia do modelo e criticam o alcance limitado, em um universo de 141 mil escolas públicas no País.

As regras

- Meninos: O cabelo dos garotos deve ser cortado de modo a "manter nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço". Eles devem estar "bem barbeados, com cabelos e sobrancelhas na tonalidade natural e sem adereços, quando uniformizados". O uniforme obrigatório exige que os meninos usem, em dias letivos normais, camisa meia-manga com ombreiras, calça comprida, cinto, meia e sapatos sociais. Eles só podem usar bermuda para as atividades físicas.

- Meninas: O cabelo deve estar "cuidadosamente arrumado" para o uso correto da boina que integra o uniforme. Em caso de alunas que tenham cabelos médios ou longos, eles devem estar presos, mantidos "penteados e bem apresentados". O uniforme estabelecido para as meninas no manual de regras prevê que elas usem saia-calça, camisa com ombreira e sapato social.

Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA

sábado, 19 de janeiro de 2019

Haddad quer proibir no Brasil as milícias que aplaude na Venezuela

SanatórioGeral: Porta-voz de ladrão engaiolado



Pouca gente sabe, mas segurança é dos primeiros direitos assegurados pelo Estado moderno. A liberação de armas nos remete à pré-modernidade e nos conduzirá à privatização desse serviço público. 
A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema”. (Fernando Haddad, candidato derrotado do PT à Presidência da República, no Twitter, informando que só aprova a existência de milícias armadas na Venezuela, onde manifestantes oposicionistas são abatidos a tiros por capangas do ditador Nicolás Maduro)

[Jaiminho Haddad - aquele que ninguém sabe do que vive e como sustenta sua família = sobras e campanha? - esquece que JAIR BOLSONARO teve quase 60.000.000 de votos e ele não chegou sequer aos 47.000.000.
assim, jaiminho teu papel é sumir do Brasil por uns tempos e quando voltar apresente provas de que vive honestamente.]

Homens não são mulheres com defeito

É preciso parar com a ideia bizarra de que basta "castrá-los" para que sejam dóceis, obedientes e respeitadores



Como meus queridos leitores sabem, passei o último ano tentando trazer um pouco de racionalidade para o debate sobre transsexuais no esporte. A invasão de homens biológicos nos esportes femininos não é apenas errado, é um ataque frontal e um desrespeito inaceitável às mulheres, algo tão óbvio que a própria discussão é, em si, ultrajante. Agora é a vez de sair em defesa dos homens.

A polêmica da semana por aqui na América é o comercial de TV da Gillette, a famosa fabricante de lâminas e produtos de limpeza da gigante Procter & Gamble, que resolveu atacar o que, imagina, é a atitude padrão dos homens: estuprar, assediar e agredir, entre outros crimes indefensáveis. Entre outras narrativas absurdas apresentadas no comercial, a empresa propõe a todos os homens “barbear sua masculinidade tóxica”! A mudança estaria começando agora com os movimentos feministas radicais, como o “Me Too”, o mesmo que demorou vinte anos pra levantar dos sofás das produtoras de Hollywood, já que nunca teria ocorrido a ninguém na história que estuprar, assediar ou agredir era errado. Obrigada, feministas!

Tente por um minuto imaginar um estuprador vendo uma manifestação de moças de cabelo roxo, algumas usando fantasias de vagina, outras nuas, urinando e urrando nas ruas de uma metrópole ocidental. Alguém sinceramente acha que ele vai parar de estuprar por causa disso? Não custa lembrar que muitas destas manifestações, repletas de celebridades, foram financiadas e incentivadas por Harvey Weinstein, um dos maiores estupradores e assediadores de Hollywood, o mesmo que financiou durante décadas os filmes das moças do tal movimento “Me Too” mencionado acima. O assunto é sério, mas não deixa de ter sua ironia.

Meninos e meninas, evidentemente, possuem qualidades e defeitos e cabe a todos nós, como sempre coube, mostrar os melhores exemplos, educar, disciplinar, colocar limites e orientar. Quando uma corporação cria uma campanha bilionária focando num estereótipo extremo, evidentemente não representativo da grande maioria dos homens que usam seus produtos, ela está sendo, e não há outra palavra para usar, preconceituosa. Um comercial com a mesma ideia sobre mulheres ou qualquer minoria é possível? Você sabe a resposta.
Matéria Completa - Blog do Augusto Nunes - Veja
 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Quem ganhou

Os brasileiros que gastarão 20 bilhões de dólares em viagens ao exterior em 2018 vão para os EUA e o mundo capitalista, não para a Guiné Equatorial

Publicado na edição impressa de VEJA

Está havendo muito espanto, e até bem mais do que isso, cada vez que o novo presidente Jair Bolsonaro anuncia algum nome para o ministério ou o primeiro escalão do seu governo. Alguns, para dizer a verdade, são aceitos sem muita conversa — gente para o Banco Central, o Ministério da Infraestrutura, a chefia do Tesouro Nacional etc., mesmo porque boa parte do público nem sabe que existe um Tesouro Nacional. São coisas sérias, chatas e, fora os próprios interessados nos cargos, quem vai discutir para valer por um negócio desses? Não dá bem para ver, realmente, nenhuma briga de foice por causa do novo secretário-geral adjunto da Fazenda, por exemplo, ou algo parecido — também não se veem, nesses casos, amizades íntimas que explodem, rixas de morte dentro das famílias ou bloqueios tempestuosos no Facebook, como se tornou praxe na campanha eleitoral. 

Mas assim que aparece uma nomeação mais vistosa, daquelas que mexem com os chamados “grandes temas nacionais”, o tempo fecha. Os surtos de irritação, impaciência e nervosismo que têm acompanhado o anúncio dos nomes se concentram, até agora, numa questão básica: como é que foram escolher um sujeito desses? O novo ministro das Relações Exteriores, por exemplo, foi descrito pelos cientistas políticos praticamente como um doente mental. O da Educação se viu mais ou menos acusado de acreditar que a Terra é plana. A ministra “da Mulher”, ou coisa que o valha, é outro objeto de assombro.

O que está acontecendo? A resposta é: não está acontecendo nada. Ou melhor, está acontecendo exatamente aquilo que tinha de acontecer. No último dia 28 de outubro, o deputado Jair Bolsonaro ganhou as eleições para presidente da República e, dali por diante, passou a escolher para o governo o tipo de pessoa que o seu eleitorado quer ver lá — ou, pelo menos, as pessoas que ele imagina serem as mais capazes de fazer as coisas que prometeu aos 58 milhões de brasileiros que votaram nele. Forçosamente, se você não gosta do que Bolsonaro propôs para o Brasil do começo ao fim de sua campanha eleitoral, e em seus trinta anos de vida pública, também não pode gostar das figuras que ele tem escolhido para ajudar no governo. Não há outro jeito. Como poderia haver? Se o novo presidente estivesse colocando nos ministérios figuras aplaudidas, aprovadas ou aceitáveis por quem votou contra ele, alguma coisa estaria profundamente errada na história toda.

Quem está contra Bolsonaro, e há muita gente contra, tem mais é que não gostar mesmo das escolhas feitas por ele. Quem tem de gostar são os que estão a favor do novo presidente — e há mais gente a favor do que contra, razão, aliás, pela qual é Bolsonaro, e não Lula, quem está nomeando os ministros. Fazer o quê, a esta altura? Esperar que o governo comece, só isso. Aí, sim — se os escolhidos não fizerem o que foi combinado na campanha, ou fizerem mal, haverá toda a razão para dizer que suas nomeações foram um desastre.

O ministro nomeado para o Itamaraty, Ernesto Araújo, ilustra bem esse curioso descompasso entre o resultado da eleição e a condenação do ministério de Bolsonaro pela crítica. Araújo acha que o Brasil deve ter os Estados Unidos como o principal aliado em suas relações exteriores. Não gosta de Cuba, da Venezuela nem de ditaduras africanas, tampouco de que recebam dinheiro de presente do BNDES. 
Desconfia de toda essa constelação internacional de doutrinas que vê com alarme o agronegócio no Brasil, quer que os países abram suas fronteiras à imigração ou imagina um mundo governado por comitês da ONU e burocracias do mesmo gênero.

Mas não é justamente tudo isso que o eleitorado de Bolsonaro espera de um novo Itamaraty? Os brasileiros que gastarão 20 bilhões de dólares em viagens ao exterior em 2018 vão para os Estados Unidos e o mundo capitalista, não para a Guiné Equatorial ou a Faixa de Gaza — quem gosta desses lugares é o ex-chanceler Celso Amorim, só que ele está do lado que perdeu. A população, na verdade, nem sabe quem é esse Araújo; o que sabe, isso sim, é que os Estados Unidos dão mais certo que a Palestina. Se o novo ministro também acha isso, ótimo.

Da mesma forma, criou-se grande escândalo em torno da ministra Damares Alves — ela é contra o aborto, acha que há meninos e meninas, e não “meninxs”, e é a favor do ensino religioso, que existe no Brasil desde o padre Anchieta. O novo ministro da Educação é considerado um homem da Idade da Pedra por ser contra a escola “com partido” — e assim por diante. Queriam o quê? Outro ministério, agora, só com outra eleição.

 J R Guzzo - Veja


sexta-feira, 9 de novembro de 2018

MP apura se escola do DF feriu direitos das crianças ao adotar 'banheiro único' para crianças, meninos e meninas, de 4 a 8 anos

Sob alegação de “propagação de ideologia de gênero”, conselhos tutelares levaram reclamação dos pais ao Ministério Público

Uma escola pública do Paranoá ( DF) terá de se explicar por manter um banheiro único para meninos e meninas. A acusação de pais de estudantes da Comunidade de Aprendizagem do Paranoá (CAP) é de que o centro de ensino tem propagado “ideologia de gênero” no local. Na última quinta-feira (1º/11), a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) notificou o colégio para que preste esclarecimentos.

Segundo a promotora de Justiça Catia Gisele Vergara, o órgão foi acionado pelos conselhos tutelares do Paranoá e Itapoã após denúncia de familiares de alunos. A CAP possui apenas seis meses de funcionamento e afirma ter uma metodologia inovadora, direcionada a estudantes de 4 a 8 anos, da educação infantil ao terceiro ano do ensino fundamental. “Pedi informações sobre o caso e a adoção de providências para preservar a intimidade e privacidade das crianças, tendo em vista o dever de protegê-las integralmente”, disse a promotora. A escola tem até o fim desta semana para responder a notificação. [se trata de uma escola pública - o que é uma agravante do ato criminoso praticando na escola contra crianças - e causa surpresa que a diretora não foi presa em flagrante - trata-se, no mínimo, em uma análise generosa - de atentado ao pudor.
Surpreende também que a Secretaria de Educação do DF, além de não exonerar de imediato a diretora da escola e o diretor da Regional de Ensino (por conivência com a prática criminosa)  ainda anunciou em nota que vai divulgar esclarecimentos sobre a nova metodologia de ensino - prática política pedagógica -  (no caso para crianças de 4 a 8 anos) praticada pela escola.
É caso de, nomínimo, exoneração do secretário (ou secretária) de Educação.

Com a derrota do PT e da maldita esquerda nas eleições para presidente da República se esperava essa nojenta ideologia tivesse sido sepultada na mesma cova do famigerado kit gay.]

De acordo com o conselheiro tutelar Manuel Cardoso, alguns pais disseram que não sabiam sobre a existência do banheiro único, só descobriram após o relato dos filhos. “Uns contaram que a menina chegou em casa dizendo que viu as partes íntimas do colega. Outros que a filha estava receosa em ir ao banheiro porque os amiguinhos a estavam acariciando”, expôs.
Os conselheiros foram à escola para realizar vistoria e confirmaram que o toalete era usado ao mesmo tempo por crianças de diferentes sexos. “Não tenho nada contra a metodologia de ensino deles, mas temos que prevenir possíveis abusos. Como vamos intervir num banheiro em que todo mundo entra? Se fosse individual, entra um e o outro sai, estava tudo bem”, garante.
De acordo com Cardoso, o projeto original da escola apresentado à Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) tinha dois banheiros: masculino e feminino. Entretanto, quando a unidade de ensino começou a funcionar, foi adotado o cômodo único. “A escola nos disse que realizou reunião com as famílias dos alunos para tratar do assunto, mas nem todos os pais foram”, admite.

Resposta
A direção da unidade pronunciou-se por meio de uma nota encaminhada pela Secretaria de Educação. A instituição afirmou não reconhecer “ideologia de gênero” como teoria ou conceito aplicável no campo dos estudos sobre educação em direitos humanos e educação para diversidade. “Portanto, inexistem projetos em andamento sobre o tema”, concluiu.

O colégio também informou que está elaborando um material elucidativo sobre o projeto político-pedagógico diferenciado da unidade e demais questões pertinentes. [nome pomposo para o que nada mais é do que semvegonhice e ofensa a inocência de crianças de no máximo oito anos - causa surpresa é que tudo indica alguns pais concordam com isto; apesar de nos dias atuais muitos pais são os primeiros a abusarem de seus filhos.]  

Transcrito do G1 e do Metrópoles