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sábado, 8 de setembro de 2018

A um mês das eleições, dúvida é se haverá aceno ao centro ou 'guerra santa'




Eleição líquida e voto volante

O ambiente é absolutamente fluído, e as consequências do atentado a Jair Bolsonaro podem ter os mais variados desdobramentos. Um mês antes das eleições, o tempo é líquido no Brasil. A situação do candidato do PSL antes de ir para Juiz de Fora era a de quem liderava a eleição sem Lula, mas havia tido um aumento da rejeição e perdia no segundo turno para Ciro, Marina e Alckmin. Agora, tudo dependerá dos próximos movimentos de cada um dos atores desta campanha. [quanto Bolsonaro for empossado, em 1º de janeiro - e será, DEUS vai permitir - ainda haverá manchetes criando hipotéticas situações e nelas a eleição de Bolsonaro (mesmo com ele já empossado) ainda será objeto de dúvidas.]

Na segunda-feira, o Datafolha poderá mostrar a reação no eleitorado nas primeiras horas do atentado. A pesquisa é preciosa como um instantâneo. Na terça-feira, o PT anunciará sua chapa. O que o candidato oficial a vice, Fernando Haddad, disse na Globonews, respondendo a Merval Pereira, foi que ele pode ser vice do Lula, mas de nenhum outro. O que ficou implícito é que se for vencedora no PT outra corrente que não a que tem sustentado o ex-prefeito de São Paulo, seja consagrando Gleisi Hoffmann, seja Jaques Wagner, a vice será a ex-deputada Manuela Dávila, do PCdoB.


A foto acima foi recebida por e-mail e é postada sob responsabilidade exclusiva do Blog Prontidão Total.

A decisão das principais campanhas de suspender as atividades foi importante para evitar qualquer palavra impensada. A um mês das eleições, a dúvida do eleitor é elevada, e foi isso que a pesquisa Ibope mostrou. Num quadro desses, qualquer fator interveniente produz efeitos encadeados e incertos, aumentando ainda mais a imprevisibilidade. Na pesquisa do Ibope, parte dos eleitores de Lula se dispersou de forma fragmentada, indo para Ciro, Haddad e até Bolsonaro. Os eleitores volantes nunca foram tantos e tão determinantes como nesta eleição. Nas simulações de segundo turno, Jair Bolsonaro perderia para Ciro, Marina e Alckmin, mas o percentual dos que votariam em branco ou nulo e dos que não souberam responder ficou em 23%, na hipótese com Ciro e com Marina, e 27%, quando o oponente de Bolsonaro é Alckmin ou Haddad. O representante do PT é o único que aparece empatado com Bolsonaro, mas ele ainda não é oficialmente o candidato e não teve tempo de exposição oficial. Quando a chapa do PT, na terça-feira, for definida, restarão apenas 26 dias para as eleições. O partido terá que correr na sua estratégia de transferência de votos.

Enquanto isso, a campanha de Bolsonaro seguirá sem ele. Por enquanto, os representantes oscilam entre vários tons. Desde o “agora é guerra”, do presidente do PSL, Gustavo Bebianno, até as declarações mais amenas do general Hamilton Mourão, em Porto Alegre, no dia do atentado. Quando falou no vídeo do senador Magno Malta, o candidato Jair Bolsonaro misturou no discurso Deus, pátria e família. Malta repetiu que Bolsonaro está em missão de Deus. Bolsonaro lembrou que era o dia 7 de setembro e que gostaria de estar no desfile militar no Rio de Janeiro. Como os eleitores reagirão a esses apelos é ainda uma incógnita.

O general Mourão define Bolsonaro como vítima de um crime político, de um atentado contra o Estado. A dúvida é se a campanha o apresentará como a vítima vingadora, numa guerra santa contra os “inimigos”, ou se haverá uma mudança no discurso para trazer mais seguidores para o seu grupo. O grande desafio de qualquer candidato, de direita ou de esquerda, é capturar parcelas mais ao centro. Lula conseguiu isso em 2002 e iniciou a sua escalada de popularidade. Na pesquisa Ibope, a rejeição de Bolsonaro havia subido de 37%, em agosto, para 44%, em setembro. Na intenção de votos, ele oscilou na margem de erro, de 20% para 22%, mas o percentual dos que acham que ele vai ganhar subiu de 27% para 38%. [sabemos que a maior parte dos adversários de Bolsonaro são covardes o bastante para tentar se aproveitar da temporária fragilidade do futuro presidente; resta saber se tal covardia dará 'coragem' àqueles adversários para assacarem acusações caluniosas contra o presidenciável, que padece em um leito de hospital, com limitações físicas e sob o efeito de diversos remédios - portanto sem condições de se defender, de esclarecer e desfazer as acusações e de contra-atacar.

O eleitor estará atento para os que forem capazes de acusar vitimas indefesas - não será surpresa que tal covardia ser concretize, afinal entre os adversários de Jair Bolsonaro (que também são adversários de um Brasil melhor e de que os brasileiros tenham melhores condições de vida) muitos são favoráveis ao aborto, que é o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos e o candidato do PSL está, no momento, indefeso.]
 
Para o sociólogo Zygmunt Bauman, a era em que vivemos é de incerteza e falta de referências; de relações fluídas, voláteis, que escorrem pelos dedos. Nestes tempos líquidos, a um mês de uma eleição dramática, com um candidato na UTI, depois de um atentado, e outro impugnado dirigindo a campanha da prisão, nunca foi tão verdadeira a frase “tudo pode acontecer”. O voto volante pode ser atraído por qualquer dos candidatos. Até parte dos eleitores que já têm candidato pode migrar, sem obediência aos compartimentos políticos definidos como esquerda, direita e centro. Isso tudo faz com que estejamos definitivamente numa eleição líquida.



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Adeus, Lula



Estava tudo combinado. O encontro comemorativo do 36º aniversário do PT marcaria a ofensiva contra o “cerco e aniquilamento” de Lula, uma fábula existente apenas nas mentes petistas. O resgate da imagem do caudilho tinha um objetivo claro: fazer do seu retorno ao trono presidencial a bandeira de coesão de um projeto de poder que pretendia ser eterno, mas que se encontra em acelerado desmanche.

As crises têm sua dinâmica. Atropelam, indiferentes, todos aqueles que a ignoram. Em poucos dias foi ao chão o cenário desenhado pela cúpula do PT. Em vez de ser o marco na blitzkrieger petista, o encontro da próxima sexta-feira estará mais para muro de lamentações ou para o réquiem do Lula-2018.

Não há a menor condição de ele ser candidato novamente, a menos que esteja disposto a se submeter a um tremendo vexame. Seu telhado de vidro é tamanho que sua candidatura dificilmente resistiria a uma semana de campanha eleitoral na TV. Lula já sairá no lucro se conseguir limpar, nos próximos dois anos, sua ficha corrida, para não entrar para a história pelas portas do fundo, se é que já não entrou.

O adeus Lula tem sua razão de ser, e vai além da prisão do satânico Dr. No, o marqueteiro João Santana. Ele próprio estabeleceu como condição para sua nova candidatura o início da recuperação da economia a partir de junho. Algo para lá de improvável.

No figurino do encontro petista está prevista a pressão das “bases” e do braço esquerdo do lulopetismo, por uma guinada na atual política econômica. Até mesmo petistas de perfil moderado que sentem a água bater no pescoço, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, passaram a clamar pela volta do “modelo econômico da era Lula”.

Entende-se. É dureza alguém disputar eleição, seja a qual cargo for, pela legenda do PT, mais suja do que as águas do Rio Tietê, e em meio à combinação perversa do binômio recessão-inflação. Sabedor disto, Lula não só insufla as bases, resmunga também contra Nelson Barbosa, acusando-o de ter perdido o brilho e a criatividade. Vejam a celeridade da crise: tido como a grande solução para voltar fazer a economia crescer, o ministro Barbosa entrou na frigideira em tempo recorde.

A realidade insiste em conspirar contra as pretensões de Lula. Já está contratado que o PIB cairá mais 4% em 2016, que a inflação será no mínimo de 8%. Queda de juros neste ano, nem pensar, como afirmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Sacramentou-se também um déficit público de 1% do PIB, se não ultrapassar esta estimativa.  A crise invadirá 2017, podendo se estender até 2018, como avaliam analistas responsáveis.

Lula seria candidato em um quadro de desemprego alto, inflação em disparada e economia em queda livreInimaginável.  Provavelmente tira seu time de campo e escala outro companheiro para a tarefa ingrata de defender o “legado petista”, na próxima disputa presidencial. A conferir quem estaria disposto a ir para o sacrifício.

Esta hipótese fica mais forte diante da evidência de que marchamos para o pior dos mundos, o da paralisia total na economia, com consequências danosas para a vida dos brasileiros. Espremida pela realidade, a presidente Dilma Rousseff acena com as reformas fiscal e previdenciária, mas sua base, o PT e Lula, não querem nem saber dessa conversa. Sem poder peitar seu criador, Dilma ficará, até o término do seu mandato, com a política rame-rame de hoje. Daí não sairá coelho algum, a crise se agravará.  

 A última pesquisa Ibope traz um dado revelador: a imagem de Lula derrete-se tal qual gelo no asfalto. Quanto mais a operação Lava-Jato bate a sua porta, quanto mais sai do fundo do palco e vai para o primeiro plano do tablado da corrupção, mais sua queda é vertiginosa. A tendência de sua rejeição de 61% é aumentar. O Lula imbatível, aquele Messias venerado, a versão piorada de pai dos pobres, é agora espécie em extinção.

As investigações da Polícia Federal no sítio de Atibaia, no apartamento tríplex do Guarujá e as pistas que vieram à luz do dia com a Operação Acarajé deixaram o santo nu. Mostraram seus pés de barro.

A essa altura não há muito mais a fazer. Talvez se despedir.

Adeus, Lula.

Por: Hubert Alquéres é professor e membro do Conselho Estadual de Educação (SP)


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Pesquisa Ibope sobre o governo Dilma acendeu a luz vermelha no Instituto Lula

O que mais deve preocupar a presidente Dilma Rousseff em meio ao tsunami de más notícias trazidas pela mais recente pesquisa do Ibope que ouviu 2.002 pessoas em todo o país entre os últimos dias 21 e 25: a queda na aprovação dela não se dá apenas entre os que votaram em Aécio Neves (PSDB) para presidente da República. Não.

Entre os que dizem ter votado em Dilma no segundo turno da eleição de 2014, a aprovação do seu governo caiu de 80% em dezembro último para 34% agora. Entre os partidários de Aécio caiu de 16% para 3%. Para 69% dos entrevistados, Dilma é culpada pelo esquema de corrupção na Petrobras. Para 60% deveria ser deposta.

A gestão de Dilma é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido pelo então presidente José Sarney em julho de 1989. O percentual dos que não confiam em Dilma saltou de 14% para 74%. O segundo mandato dela está sendo pior do que o primeiro (76%). Apenas 14% acreditam que o resto do mandato será ótimo ou bom.

Nada do que Dilma está fazendo é aprovado pela maioria da população. As políticas de taxa de juros e impostos são reprovadas por 89% e 90%, respectivamente. E o combate à inflação por 84%. As ações na área da saúde? Quase 85% reprovam.

Anteontem, reunido em São Paulo com um grupo de políticos do PT, Lula disse que seu futuro está ligado ao de Dilma para o bem ou para o mal. Se ele estiver certo, a pesquisa Ibope, que só veio confirmar o que a pesquisa do instituto Datafolha antecipara, acendeu a luz vermelha no Instituto Lula.

Fonte: Blog do Noblat - Por: Ricardo Noblat