Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador posto de gasolina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador posto de gasolina. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Alívio: falha a vergonhosa reabilitação de Maduro promovida pelo Brasil

Encontro na Argentina mostra que o tiranete venezuelano tem dificuldades para sair da lista dos párias e reentrar pela porta da frente da diplomacia

“Qualquer venezuelano conta como o regime se sustentou com o narcotráfico depois da queda dos preços do petróleo”, rugiu Patricia Bullrich, líder política argentina que compra brigas o tempo todo.

Patricia, do partido Proposta Republicana (PRO), integrante da frente de oposição, quer ser presidente e aproveitou a chance da vergonhosa visita de Nicolás Maduro à Argentina para agitar as águas, sugerindo ao DEA, o departamento de combate às drogas dos Estados Unidos, que aproveitasse para pedir a prisão e extradição do tiranete venezuelano. “Já que existe um pedido de captura por participação no Cartel dos Sóis”, espicaçou, referindo-se à organização de tráfico de drogas, ouro e pedras preciosas comandada por altas patentes do Exército venezuelano – no caso, o sol é o emblema que brilha nos ombros dos generais de brigada que venderam a alma e a honra.

Estar na lista de procurados e sancionados já tirou Maduro da posse do presidente Lula – ironicamente, por não poder reabastecer o avião, sob pena de punição dos Estados Unidos a empresas que o fizessem, o que faz o homem no controle das maiores reservas de petróleo do mundo não poder parar num posto de gasolina quando no exterior. Agora, passou mais um carão, inventando um “plano para agredi-lo”. 

Assustado com atitudes como a de Patricia Bullrich, Maduro amarelou.

A viagem frustrada não elimina o fato de que está em marcha uma vergonhosa operação para reabilitar Nicolás Maduro.

Os salamaleques do fracassado governo de Alberto Fernández a ditadores como o déspota venezuelano e o cubano Miguel Díaz Canel não eram tão ostensivos quando ele iniciou seu mandato, procurando manter uma imagem menos escrachada do que a dos Kirchner, beneficiados com as infames sacolas de dinheiro vivo provenientes de Caracas, e uma postura de defesa dos valores democráticos, independentemente da tendência ideológica.

Durou pouco. A esquerda está se sentindo poderosa com o novo presidente do Brasil e o novo presidente está indo mais ainda para a esquerda. Abraçar Nicolás Maduro logo na sua primeira viagem ao exterior seria o ato simbólico da reabilitação do pária. 

O abraço vai acabar acontecendo, de uma maneira ou de outra, um vexame por qualquer critério que se utilize. A conexão com o narcotráfico eleva o déspota venezuelano vários degraus acima do infelizmente habitual prontuário de total desrespeito aos direitos humanos e às instituições democráticas dos ditadores de turno. Não que esse seja desprezível: ele é acusados de crimes de lesa humanidade, com uma lista de mais de nove mil execuções extrajudiciais. 
A título de comparação: a Comissão Nacional da Verdade apurou 434 mortos pela ditadura brasileira.
 
O novo governo brasileiro poderia retomar as relações diplomáticas, de acordo com suas propostas e sua orientação ideológica, sem encontros diretos e outros gestos diretamente dirigidos aos Estados Unidos. Abraçar Maduro é, literalmente, endossar tudo o que ele representa
Numa declaração torpe, o novo presidente tentou estabelecer um paralelo entre um crime internacional com as dimensões da invasão da Ucrânia e as sanções contra o bolivariano.  
Suas palavras: “Da mesma forma que eu sou contra a ocupação territorial, como a Rússia fez à Ucrânia, sou contra muita ingerência no processo da Venezuela”.

Outro sinal de hostilidade aos Estados Unidos: os dois navios de guerra do Irã que vão aportar proximamente no Rio de Janeiro. As embarcações estão participando de uma extensa missão que as levará, pioneiramente, ao Canal do Panamá. A meta foi bem explicitada pela agência oficial de notícias: “Uma viagem histórica com o objetivo de mostrar o crescente poderio militar e naval da República Islâmica do Irã”.

Reabilitar Maduro e abrir os portos ao Irã não são sinais de política externa independente, mas de política externa histriônica, com o ridículo que tais gestos revelam: impulsos raivosos que certamente não farão a diplomacia americana perder o sono.

Fortalecer o comércio com os latino-americanos é um objetivo positivo e até a moeda comum com a Argentina, se conduzida de maneira inteligente e não autodestrutiva, poderia trazer vantagens. Se ficar na esfera do antiamericanismo infantil, pode cair na comédia, como o famoso plano made in Brazil que iria colocar o Irã fora da rota das armas nucleares.

Ninguém quer que a moeda sul-americana se inspire na posição geográfica de nosso continente e na economia mais forte da região e seja chamada de surreal.  E nem uma única pessoa coerente com os ideais de esquerda pode endossar as cortesias dirigidas a Nicolás Maduro e o que ele representa em matéria de corrupção, narcotráfico, abusos contra os direitos humanos e extensiva destruição do próprio país.

O “plano elaborado no interior da direita neofascista com o objetivo de realizar uma série de agressões contra nossa delegação” é o que em países normais se chama de manifestações oposicionistas de protesto contra a presença de uma persona extremamente non grata, mesmo que os dirigentes nacionais se desdobrem em gentilezas diante dele.

Muito bem, argentinos.

Vilma Gryzinski, colunista - Revista VEJA

 

 

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Guedes, ouça o silêncio de Simonsen - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

O pior para uma economia sonâmbula é a explosão de um posto de gasolina

Ministro se amarrou em convicções inviáveis (a CPMF) e promessas visionárias (zerar o déficit primário ao fim deste ano)

O repórter Ancelmo Gois contou: o ministro Paulo Guedes caminhava pela orla do Leblon quando foi interpelado por alguns cidadãos. Nada como o que acontecia a ministros petistas em restaurantes, mas, compreensivelmente, ele se incomodou: “Na terceira abordagem como essa, eu largo tudo e vou embora. Aí vocês vão ver o que é bom, como é que fica.” 

Dias depois, o secretário da Receita, Marcos Cintra, foi defenestrado. Essa era uma pedra cantada, pois o doutor era um monotemático defensor de uma nova CPMF, mesmo sabendo que o presidente da República detestava a ideia. O chamado “mercado” fingiu acreditar que o episódio estava circunscrito a essa divergência, mas o problema ia muito além. Guedes também foi um defensor do imposto sobre transações e sabia há meses que essa girafa não passa no Congresso. Até aí, nada demais, desde que o “Posto Ipiranga”, além de vender a gasolina da CPMF, venda também diesel, etanol, aditivos, refrigerantes e Aspirinas.
 
Só Guedes sabe o tamanho do seu desconforto, mas a pior coisa que pode acontecer a uma economia sonâmbula é uma explosão de posto de gasolina, porque irá junto o quarteirão: “Aí vocês vão ver o que é bom, como é que fica.” Fica ruim, mas foi Guedes quem se amarrou em convicções inviáveis (a CPMF) e promessas visionárias (zerar o déficit primário ao fim deste ano). As calçadas do Rio têm história. Guedes rogou sua praga a poucas centenas de metros das areias onde, num fim de semana de agosto de 1979, apareceu a alva figura do professor Mário Henrique Simonsen, que acabara de se libertar do Ministério da Fazenda do general João Baptista Figueiredo. 

Simonsen nunca ameaçou. Avisou que ia embora no dia 2, chamou o caminhão da mudança, demitiu-se no dia 9, tomou o avião e foi para a praia. Essa é a liturgia da saída, mas desde que o país voltou à democracia, sabe-se que a questão está sobretudo na liturgia da entrada de um novo ministro. Paulo Guedes é o 20º ministro da Economia desse período. Três deles foram marcantes (Fernando Henrique Cardoso, Pedro Malan e Antonio Palocci). Somados, ficaram 12 anos na cadeira. Dos 17 outros, alguns tinham uma perigosa característica: pouca biografia para o cargo e muita confiança pessoal do presidente que os escolheu. É aí que mora o perigo. Ao mandatário, pareciam a melhor solução para a hora, sobretudo porque não lhe trariam maiores problemas. Basta olhar para trás e lá está a ruína que produziram. 

A ideia segundo a qual os ministros são sábios que sabem fazer contas é uma lenda urbana. Para ficar num exemplo estrangeiro e passado, durante alguns anos da Depressão do anos 30 o mundo parecia estar nas mãos dos três gênios que comandavam as economias de Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha. O único que tinha a cabeça no lugar era o nazista Hjalmar Schacht. O americano Benjamin Strong estava mal de saúde, pendurado em doses de morfina. O inglês Montagu Norman achava que tinha o poder de atravessar paredes. Doidos existem, e conseguem ser convincentes, sobretudo quando do outro lado do balcão está alguém que se sente pressionado por maus números e pela falta de projeto. Nessa hora, tentam-se até rezas ou poções.

Publicado Folha de S. Paulo e O Globo - Elio Gaspari, jornalista

 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Nadadores brigaram em posto e não foram assaltados, diz polícia



A Polícia Civil do Rio informou oficialmente no início da tarde desta quinta, que os nadadores americanos que disseram ter sido assaltados no fim da madrugada de domingo, na verdade se envolveram em uma briga antes de voltar à Vila dos Atletas.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, os atletas, alcoolizados, “arrumaram confusão” em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio e danificaram alguns objetos. Em seguida, seguranças do local teriam repreendido os americanos e chamado a Polícia Militar. Antes, porém, os nadadores pagaram o prejuízo e foram embora.

Em um vídeo, cedido pela Polícia e exibido no noticiário o RJTV, da Rede Globo, é possível ver  seguranças mandando que os nadadores ficassem sentados no chão aguardando os policiais. Os atletas teriam resolvido o caso antes de a Polícia chegar ao local, e dado 40 dólares para resolver os danos causados no posto.  “(O suposto assalto alegado pelos atletas) Foi muito estranho, porque as vítimas de roubo tem celulares e relógios subtraídos, e eles aparecem nas imagens das câmeras com estes objetos, depois do acontecido”, disse Fernando Veloso à emissora.

Segundo o delegado Alexandre Braga, titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT), houve dificuldade para obter informações dos nadadores sobre o incidente, porque eles afirmaram nos depoimentos que não lembravam com exatidão do que acontecera. Segundo Braga, os fatos foram esclarecidos porque um motorista de táxi que transportou algumas testemunhas procurou a polícia e forneceu algumas informações.

Depois das informações do taxista, o Canal de Atendimento ao Cidadão da Polícia recebeu a informação de que os seguranças estavam com medo de prestar informações devido à grande repercussão do caso. Policiais foram ao posto de gasolina e, segundo Veloso, convenceram os seguranças a depor. O chefe da Polícia disse que os nadadores podem responder pelo crimes de falsa comunicação de crime. O delito é leve, punido com uma  seis meses de detenção (não reclusão, ou seja, não ficariam presos) ou multa.

VERSÃO
No último final de semana, Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger prestaram queixa de um suposto assalto sofrido na madrugada de domingo, quando voltavam da Casa da França, na Sociedade Hípica, na Zona Sul do Rio, de onde saíram às 5h45. Lochte voltou para os EUA na segunda-feira, 15. Depois que a Justiça determinou a apreensão dos passaportes dos atletas, Bentez e Conger foram retirados, na noite de quarta, 17, do avião que os  levaria de volta aos Estados Unidos. Feigen teria feito o check in pela internet, mas não foi visto no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e  estaria em um hotel.

Policiais suspeitaram da versão do assalto, porque os depoimentos de Lochte e Feigen eram contraditórios. Um vídeo que mostra a chegada dos nadadores à Vila dos Atletas, após o suposto roubo, aumentou as suspeitas. Os atletas pareciam portar carteiras e celulares e, descontraídos, brincavam, o que não seria de se esperar após um episódio de violência.

Fonte: Isto É


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Vídeo mostra momento em que frentista mata adolescente em Planaltina - DF

O jovem participava de um protesto contra o aumento da gasolina

As câmeras de segurança do posto de gasolina onde manifestantes protestavam contra o alto preço da gasolina, em Planaltina, registraram o momento em que o frentista Wemerson dos Santos Feitosa, 26 anos, atirou e matou o adolescente Lucas da Luz Alves, de 15 anos. O caso ocorreu no fim da noite desta quarta-feira (11/2).  


As imagens mostram o garoto entrando no posto e indo em direção ao grupo de manifestantes, que está aglomerado próximo a uma bomba de combustível. Após o tumulto, o frentista saca a arma, dispara duas vezes corre em direção a sua moto para fugir. Um equipe da Polícia Militar, que estava próxima ao local, escutou o barulho dos tiros e localizou o suspeito com arma na mão. O frentista não resistiu a prisão.

Testemunhas informaram à Polícia Civil que Lucas e Wemerson discutiram durante a manifestação. Na ocasião, cerca de 40 pessoas e 20 veículos estavam no local. Eles abasteciam R$0,50 e pagavam com notas altas, e cartões de crédito em forma de protesto.

O desentendimento teria ocorrido em função de uma abastecimento em excesso. O terceiro carro da fila iria abastecer os R$0,50, mas o frentista abasteceu R$50. Lucas não estaria nesse veículo, mesmo assim teria iniciado a discussão com o Wemerson.


Com informações de Thiago Soares.