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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Vacina não obrigatória - O que aconteceu com Camylli? - Gazeta do Povo

 Guilherme Fiuza

Recebo múltiplos relatos sobre eventos adversos de saúde ocorridos em sequência à aplicação das vacinas de Covid, através de um grupo de voluntários que inclui médicos, advogados, jornalistas e outros profissionais.

 Uma das organizadoras desse grupo é Arlene Ferrari Graf, cujo filho Bruno morreu aos 28 anos de AVC hemorrágico causado pela vacina de Covid, conforme reconhecido pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina, após investigação e peticionamento conduzidos e custeados pela própria Arlene.

O que aconteceu com Camylli? -  Foto: Arquivo Pessoal

Como são vacinas em desenvolvimento, sem conclusão dos estudos clínicos sobre eficácia e segurança, só se saberá os porcentuais e tipos de riscos representados por essas substâncias novas a partir da investigação dos eventos adversos. Nenhum dos casos registrados na Anvisa por familiares das vítimas com a assistência desse grupo de voluntários obteve, até hoje, qualquer resposta da autoridade sanitária sobre resultados de investigação dos eventos.

Enquanto não se tem respostas, o que se pode fazer é expor os relatos, de forma individualizada, para que o restante do público tenha contato ao menos com as dúvidas que cercam a vacinação de Covid – e o sofrimento de pessoas reais que eram saudáveis e deixaram de ser após se vacinarem.

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Segue o relato da mãe de Camylli Vitória, de São Paulo (Bragança Paulista), registrado na Anvisa sob o número 11-359-353-602:

“Quero relatar o ocorrido com minha filha Camylli, uma linda e saudável garota de 12 anos que no dia 20/12/2021 foi inoculada com a primeira dose da Pfizer. Minha filha sempre foi muito saudável, nunca teve nenhuma doença grave, e nunca havia sido hospitalizada.

No dia 05/01/2022, por volta das 18h30, eu estava dormindo, pois trabalho no período noturno, e a Camylli relatou para meu esposo que as mãos dela estavam ficando longe, que a vista dela estava embaçada e que ela não estava conseguindo focar. Estava com a visão turva. Logo em seguida ela apagou, teve um mal súbito.


Neste momento meu esposo me chamou e nós saímos correndo, moramos a duas quadras de uma Santa Casa e fomos para lá. Porém, meu seguro saúde não era aceito lá, então a levamos para o hospital da USF. Chegando na USF os médicos a internaram para ver o que estava acontecendo. Eu estava com ela e estávamos esperando os enfermeiros virem para aplicar o soro, quando de repente ela se levantou da cama e ficou muito estranha, com um olhar estranho, parado e não parecia que era ela.

Ela começou a caminhar, comecei a chamá-la e ela não respondia. Então peguei ela pelo braço e ela me disse: Quem é você? O que você está fazendo? Eu tentei chamar a atenção dizendo: Cacá sou eu, a mãe! E nisso ela teve o segundo desmaio, por volta das 20h30. Os enfermeiros e médicos correram com ela, colocaram monitor cardíaco, até então os sinais vitais estavam normais, e não se tinha uma explicação do que estava acontecendo com minha filha.


Quando ela acordou do segundo desmaio não voltou normal. Ela estava com o olhar fixo, parado. Chamávamos a atenção e ela não respondia, parecia que minha filha estava longe. Era como se ela não estivesse ali. Minha filha ficava com olhar perdido, estava lenta, não conseguia responder de imediato coisas simples, e às vezes não nos reconhecia.

Após esse segundo desmaio ela começou a ter mais e mais desmaios, com intervalos curtos, e isso foi assim até às 3h da madrugada. Ela ficou hospitalizada por três dias. Fizeram alguns exames mais básicos, e todos os resultados foram normais. Então, recebemos alta com indicação de procurarmos um neurologista.


Comecei a pesquisar e vi que outras crianças e adolescentes estavam passando pelo mesmo problema após vacinação. Conheci o caso da Vanessa Figueiredo, de 13 anos. Vendo os vídeos feitos pela mãe dela e os relatos, vi que minha filha estava como ela, mas infelizmente a Vanessa não resistiu e faleceu.

Levei minha filha em uma consulta com uma médica neurologista, que solicitou diversos exames. Muitos não tinham cobertura pelo seguro saúde e foi necessário pagarmos no particular. Está sendo muito difícil, pois gastamos mais de R$ 6 mil em exames. Estamos aguardando o resultado destes exames.


Minha filha vem melhorando lentamente, mas tudo o que aconteceu nos preocupa demais. Pois a curto prazo, 15 dias após ser inoculada aconteceu tudo isso com a Camylli, e todos os dias nos perguntamos o que acontecerá com ela a longo prazo. Toda essa preocupação tem nos deixados aflitos, não conseguimos deixar minha filha por um minuto sozinha. Até quando ela está dormindo vigiamos o sono dela. Tenho conversado com diversos médicos e minha filha não poderá receber mais nenhuma dose desta vacina. Ela está proibida de receber outras doses.”

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

CPI da Covid: servidor fez denúncia de algo que ainda nem aconteceu - Gazeta do Povo

VOZES - Alexandre Garcia

Uma CPI tem um prazo de 90 dias e para prorrogar são necessárias 27 assinaturas - entre os 81 senadores. Alguns parlamentares de oposição já estão se movimentando para que a comissão seja estendida. Talvez tenhamos mais três meses de espetáculos. O último foi do deputado federal, Luis Miranda que afirmou haver superfaturamento na compra da vacina Covaxin e que o líder do governo Ricardo Barros está envolvido nesse suposto esquema de corrupção.

Tem alguns que o levaram a sério. Mas ele ficou o dia todo falando sobre o caso e uma das últimas citações foi que Bolsonaro confirmou que Barros estava envolvido na compra superfaturada. Imagina, Bolsonaro não falaria mal de seu líder.  Os senadores da oposição levaram a declaração a sério e pretendem investigar mais a fundo. Por coincidência, Ricardo Barros foi quem anunciou veto contra Luis Miranda relatar a Reforma Tributária.

O irmão de Luís Miranda, Roberto Miranda - que avisou o deputado sobre a compra com valor maior - não está mais aparecendo no site do Ministério da Saúde, apesar de ainda trabalhar na pasta. Ele vazou informação e foi bloqueado.  Alguns me perguntaram por que a CPI da Covid reclamou da lentidão por parte da União para comprar a vacina da Pfizer, mas está condenado a pressa na compra da vacina da Covaxin.

Porque Roberto conta que foi pressionado para apressar os trâmites de compra do imunizante indiano apesar do valor estar mais alto que o da Pfizer. Aliás, até o momento o medicamento não foi pago nem um tostão e nem entregue, só negociado. Roberto fez uma denúncia de algo que ainda nem aconteceu.

Pesquisa da Coronavac
Em Bagé (RS), a prefeitura está fazendo uma pesquisa sobre as pessoas que tomaram a primeira dose da vacina Coronavac, mas que ainda não receberam a segunda dose.

Até agora, a resposta é positiva; 67% dos imunizados com a primeira dose já têm anticorpos contra a doença. São 2 em cada 3. Os brasileiros que receberam a primeira dose superam 70 milhões de pessoas.

Voltando (aos poucos) ao normal
No mundo, a Itália e a Espanha liberaram a população de usar máscara ao ar livre. Nova Iorque reabre totalmente a partir do dia 1º de julho, assim como a Tailândia reabre o centro turístico de Pucket. A Holanda acabou com as medidas sanitárias, no entanto, ainda exige o distanciamento social de 1,5 m - exceto no transporte público, em que ainda será preciso usar máscara.

Registro de otimismo
Nos primeiros cinco meses deste ano entraram em investimentos estrangeiros de risco, no Brasil, US$ 22,5 bilhões. Em relação ao ano passado, houve um crescimento de 30% - e é significativo. Em plena pandemia, estrangeiros apostam na economia brasileira.

O valor é próximo ao mesmo período do primeiro ano do governo Bolsonaro, época em que não havia Covid-19, em que os investimentos somaram US$ 26,1 bilhões. São investimentos que garantem emprego. Entre as entradas estão: uma empresa portuguesa e outra norueguesa de energia; uma francesa voltada para o automobilismo; e uma  suíça de alimentos.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES