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sexta-feira, 19 de maio de 2023

A bofetada do Benedito - Augusto Nunes

Revista Oeste

Pela primeira vez no Brasil deste século, um parlamentar foi cassado por ter combatido a corrupção institucionalizada


Alexandre de Moraes e o ministro do STJ Benedito Gonçalves | Foto: Rafael Luz/STJ
 
 “Será o Benedito?”, perguntaram-se incontáveis brasileiros espantados com a cassação do deputado federal Deltan Dallagnol, vítima da mais recente invenção do Poder Eleitoral: condenar alguém pelo crime de não ter sido condenado antes porque não houve motivos para julgá-lo. 
 Pois tinha sido o Benedito — Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça em ação também no Tribunal Superior Eleitoral, Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral e relator do caso do ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato. 
Tudo isso graças a Lula, que enxergou um magistrado talhado para grandes missões no companheiro satisfeito com o cargo de delegado de polícia. Ainda grávido de gratidão aos 69 anos, Benedito não perde nenhuma chance de alegrar o padrinho. 
 

Senador Sergio Moro | Foto: Lula Marques/Agência PT

Vislumbrou mais uma na confissão feita por Lula naquele sarau com jornalistas de confiança: “Só vai tá tudo bem depois que eu fodê o Moro”.  
Embora o alvo principal do pote até aqui de cólera seja o ex-juiz e agora senador Sergio Moro, qualquer punição imposta a protagonistas da Lava Jato deixa o atual presidente em estado de graça. 
Número 2 da mais eficaz ofensiva anticorrupção da História, Dallagnol vem logo depois de Moro no ranking dos que Lula gostaria de, digamos, ferrar. Para proporcionar tal prazer ao chefe que o cumprimenta com tapinhas no rosto, Benedito não hesitou em desferir um formidável tapa na cara do Brasil.

Com um só parecer, o relator do caso conseguiu seviciar a Constituição, jogar no lixo normas que regulamentam a cassação de mandatos parlamentares, inaugurar o que o jornalista Merval Pereira batizou de “interpretação premonitóriae mandar às favas os mais de 340 mil eleitores que fizeram de Dallagnol o deputado federal mais votado do Paraná. Benedito nunca descuida de Lula, mas sabe cuidar de si próprio. Há três meses, lançado por entidades subordinadas ao PT, entrou na disputa pela vaga no Supremo Tribunal Federal aberta pela aposentadoria de Ricardo Lewandowski
O favorito ainda é Cristiano Zanin, advogado de Lula. Mas Benedito é negro. E, como o ministro que acaba de sair, jamais ousará contrariar os interesses do PT em votações no Pretório Excelso.

Pela primeira vez no Brasil do século 21, um deputado federal foi cassado por ter combatido a corrupção institucionalizada por quem se julgava condenado à perpétua impunidade

(Só nesta semana, aliás, o país ficou sabendo dos dois motivos que induziram Lewandowski a cair fora do Supremo um mês antes da data limite. Primeiro: ele queria preparar com calma e requinte o jantar de despedida num hotel cinco estrelas em Paris. 
Segundo: assinou um contrato multimilionário com a J&F, e precisa preparar com urgência dois pareceres que a usina de bandalheiras controlada por Joesley Batista vai apresentar ao — parece mentira — Supremo Tribunal Federal. 
Um palavrório sustenta que a J&F tem razão no caso da Eldorado, fábrica de celulose que vendeu e nunca entregou à Paper, pertencente a um grupo indonésio, que a comprou em 2017 sem desconfiar de que entrara na selva da litigância de má-fé. No segundo parecer, Lewandowski tenta provar que, embora se recusem a pagar a multa estabelecida no acordo de delação premiada que os livrou da cadeia, os irmãos Batista não são caloteiros nem criminosos. São gente fina.)

 

Ricardo Lewandowski | Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Além de tornar mais musculosa a candidatura de Benedito ao STF, a pornográfica pirueta jurídica avisou que não há limites para a abjeção no faroeste à brasileira. Em seu começo, essa deformação obscena do original americano limitava-se a mostrar o bandido querendo culpar o mocinho. Nas produções seguintes, os vilões passaram a perseguir o xerife. Agora, os chefões da quadrilha mobilizam os juízes da capital para condenar defensores da lei à danação perpétua
Um dos símbolos da Lava Jato, Dallagnol foi instalado no Congresso por centenas de milhares de brasileiros entusiasmados com o combate à corrupção. 
Acaba de ser demitido por sete julgadores indignados com quem ousou enfrentar a roubalheira institucionalizada.
 
Performances recentes dos titulares confirmam que Benedito tem tudo para fazer bonito no Timão da Toga. Continua fazendo sucesso nas redes sociais, por exemplo, um vídeo que mostra o ministro Gilmar Mendes louvando a Lava Jato por ter desbaratado a roubalheira promovida pelo governo do PT. 
Há dias, sem compromisso com a coerência, o agora decano rebaixou Curitiba ao status de capital brasileira do fascismo. 
No momento, anda comovido com o livro que transformou Emílio Odebrecht em forte candidato a campeão mundial de produção de fake news. Numa passagem do desfile de vigarices, o empreiteiro que mais distribuiu propinas no mundo garante que confessou crimes jamais ocorridos por ter sido brutalmente pressionado. “Esse homem foi torturado!”, vem recitando Gilmar. (Como quem ficou engaiolado foi o filho Marcelo, o pai precisa explicar o que fez para se transformar no único dos vilões do Petrolão submetido a torturas na sala da empresa ou no recesso do lar.)


 

"Gilmar Mendes diz que Lava Jato praticou tortura: “coisa de pervertidos”"

Parceiros de Benedito na execução sumária de Dallagnol, aprovada por unanimidade, também o recepcionarão com tambores e clarins os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e, para surpresa de ninguém, Nunes Marques, um dos dois indicados por Jair Bolsonaro.  
Em poucos meses no STF, tanto ele quanto André Mendonça fizeram o suficiente para merecer o avesso da frase famosa do presidente Juscelino Kubitschek: “Deus me poupou do sentimento do medo”. 
Ambos nasceram desprovidos de coragem
André Mendonça emudece quando aparteado pela voz abaritonada do feitor do Supremo. Nunes Marques só recupera a voz quando as sessões terminam.
 
Pela primeira vez no Brasil do século 21, um deputado federal foi cassado por ter combatido a corrupção institucionalizada por quem se julgava condenado à perpétua impunidade. 
O presidente da Câmara finge que não houve nada de mais. 
Ressalvados alguns bravos combatentes, a reação do plenário foi tíbia. Até os índios das tribos isoladas sabem que a próxima ofensiva terá como alvo Sergio Moro.  
Se não estiver contaminado pela pandemia de pusilanimidade, se entender que a bancada dos rodrigos pachecos não pode controlar a instituição, a maioria dos senadores vai impedir o que será mais que uma abusiva invasão do território do Legislativo pelo Poder Judiciário
Será o fim do regime democrático.    

Leia também “Alexandre, o Supremo”

 

Augusto Nunes, colunista -  Revista Oeste


sexta-feira, 17 de março de 2023

Sem terra e sem lei - Revista Oeste

Artur Piva -  Joice Maffezzolli
 

Volta de Lula ao poder estimula invasões de propriedades rurais, e país revive o pesadelo no campo — que virou um grande negócio

 Lula disse que o MTST será protagonista em seu governo | Foto: Flickr/MST

Lula disse que o MTST será protagonista em seu governo | Foto: Flickr/MST  

Da série de pesadelos possíveis para um produtor rural no Brasil, nenhum é mais perturbador do que acordar com um bando armado cruzando a sua cerca — o arame está ali para ser respeitado, diz a Constituição. Antes de completar os cem primeiros dias de governo Lula, o país vive um retrocesso de duas décadas no setor fundiário. Os grupos de sem-terra estão de volta, desta vez sem medo de andar à margem da lei.

Oficialmente, foram registradas 11 invasões neste ano, metade do que foi contabilizado durante todo o mandato de Jair Bolsonaro (24). A progressão aritmética revela que a onda pode superar as 2 mil invasões para cada mandato na era petista de Lula e Dilma Rousseff. Mas, desta vez, há uma diferença: a escolha das fazendas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e por novas siglas, ainda mais agressivas.

Inicialmente, é importante entender o que virou o MST nos últimos anos. Esqueça qualquer semelhança com as décadas de 1980 e 1990. As invasões agora são muito bem direcionadas, quase sempre em áreas de grandes empresas ou produtores, o que força a intervenção do governo do PT — e potencializa o poder de barganha. O título de posse da terra fica em segundo plano. A prioridade é o acesso a mais benefícios sociais e ficar com parte da produção embargada no local.

Todo o resto é fachada: o “MST raiz”, da luta pela reforma agrária, virou uma mistura de assessoria de imprensa para emplacar artigos de “intelectuais progressistas” da USP e da PUC no consórcio da velha mídia e butique de venda de bonés para jovens frequentadores de bares na Vila Madalena (SP) ou no Leblon (RJ) — aquela turma engajada que faz sucesso no Instagram. O boné do MST substituiu a camiseta com o rosto do terrorista Che Guevara nas universidades. 

Paralelamente, os dissidentes da foice em punho e do lenço cobrindo o nariz e a boca das décadas passadas continuam agindo, principalmente na região do Pontal do Paranapanema, berço do MST, no oeste paulista, e no interior da Bahia. Montaram grupos com outras siglas, mas a bandeira segue vermelha. Os separatistas são muito mais violentos, andam armados e deixam um rastro de destruição nas terras, com animais mortos e lavouras arruinadas. Neste mês, a Polícia Civil prendeu o principal ícone do Pontal, José Rainha Júnior.

Ex-integrante do MST, José Rainha deixou o movimento em 2007. Sete anos depois, fundou a Frente Nacional de Lutas no Campo e na Cidade (FNL). Ele responde a 40 processos judiciais por furto, porte ilegal de arma, estelionato, formação de quadrilha e extorsão de fazendeiros — esta última, sua modalidade favorita. 
Até ser preso, recentemente, apelava em liberdade contra uma condenação a 30 anos de cadeia. Não fossem seus admiradores nas redações da velha mídia e na classe artística, estaria atrás das grades. 
Na década de 1990, por exemplo, o novelista Benedito Ruy Barbosa o homenageou com um personagem de sem-terra em O Rei do Gado. Quando respondeu pelo crime de assassinato de um policial, o criminalista Evandro Lins e Silva o defendeu, a pedido do escritor português José Saramago.
Os extremistas do campo
Até hoje, partidos, sindicatos e grupelhos de esquerda comemoram “A Luta do 8 de Março” de 2006. Na época, um bando de 1,8 mil mulheres destruiu o viveiro da Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro, no Rio Grande do Sul. O prejuízo foi de US$ 400 mil.
 As imagens das mulheres encapuzadas, com foices nas mãos, arrancando mudas de eucaliptos e quebrando estufas com 15 anos de pesquisas genéticas rodaram o mundo. A justificativa para o ataque foi “o avanço do eucalipto sobre a natureza das terras brasileiras e territórios indígenas”. Mesmo com o repúdio internacional ao vandalismo, a responsável pelo núcleo de formação do MST, Rosmeri Witcel, redigiu um documento, intitulado “A Luta do Oito de Março como espacialização emancipatória do debate feminista no MST”.
Foto: Reprodução/MST
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Governadores de alguns Estados estão prometendo lidar com as invasões no campo com o rigor que tem faltado ao governo federal. Em Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) avisou que terá “tolerância zero” com os invasores. “O governo do Estado de Mato Grosso terá tolerância zero com qualquer tipo de atividade de invasão, qualquer tipo de atividade criminosa”, disse Mendes, no sábado 11. “Determinei ao secretário de Segurança Pública que possa prontamente agir para defender a integridade e a vida das pessoas. Peço a todos que não ousem aqui no nosso Estado, porque a tolerância será zero. Vamos trabalhar junto da legalidade com o Ministério Público e com a Justiça. Mas nós vamos defender todos aqueles que trabalham e que produzem.”

Em Minas Gerais, Romeu Zema se manifestou no mesmo sentido, no domingo 12. “Cerca é para ser respeitada”, declarou, em vídeo gravado dentro de uma propriedade rural. Na gravação, Zema disse que seu governo sempre trabalhou para reforçar a segurança dos produtores. “Aqui em Minas, não vamos tolerar invasão”, disse. “O homem do campo precisa de segurança e paz para trabalhar.”

(...)

Os picaretas do MST
Desde o alardeado “Carnaval vermelho”, do gaúcho João Pedro Stédile, líder dos sem-terra, a reportagem de Oeste conversou com ex-integrantes do MST, que abandonaram a bandeira vermelha porque descobriram que se tratava de outro negócio. É o caso de Elivaldo da Silva Costa, 44 anos, conhecido como “Liva do Rosa”. Ele mora no assentamento Rosa do Prado, na cidade baiana de Prado, a 200 quilômetros do balneário turístico de Porto Seguro. Foi militante do MST por 12 anos — até descobrir que se tratava de uma farsa. “É o crime organizado disfarçado de MST”, diz.

“São interesses escusos de meia dúzia, que se aproveita das pessoas. Eu vi roubarem. Mas o povo vê e não fala, porque não acredita que o militante rouba, que está envolvido na ocupação. As pessoas são usadas”, diz. “Quando percebi que os militantes proibiam a entrada do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no assentamento, que eram contra a titulação da terra, comecei a questionar”

(...)

O MST é um tapa na cara do Brasil que produz.

Foto: Flickr/MST
 
CLIQUE, MATÉRIA COMPLETA

Leia também “A farsa do MST”

 

Artur PivaJoice Maffezzolli, colunistas - Revista Oeste
 
 


quarta-feira, 13 de maio de 2015

PRACINHA DA FEB RECUSA-SE A RECEBER MEDALHA DE DILMA

Major Antenor Silveira Guedes, de 93 anos  - UM HOMEM DE FIBRA - UM HOMEM DE CARÁTER

PARABÉNS MAJOR!!! 
UM HOMEM DE CARÁTER NASCE E MORRE COM ELE INTACTO - Jorge Santana
 
PRACINHA DA FEB RECUSA-SE A RECEBER MEDALHA DE DILMA

 
O GLOBO

 O ex-combatente da Força Expedicionário Brasileira, Major Antenor Silveira Guedes, de 93 anos, foi convidado pelo governo brasileiro a participar de um evento em homenagem aos soldados que estiveram na Europa na Segunda Guerra Mundial.  Antenor esteve no front juntamente com os pracinhas brasileiros contribuindo para a conquista do Monte Castelo, na Itália, em fevereiro de 1945, quando a FEB combateu o exército alemão por 3 meses, a sudoeste da cidade de Bologna.


Major Antenor recebeu muitas honras militares ao longo da vida, muito merecidas. É um homem de muitas estórias, e de muita coragem. "Lutei pela liberdade do meu país e do mundo. Hoje penso: será que foi em vão? Lutei pro Brasil virar esta grande merda? Um país infectado pelo lulo-comunismo? Valeu a pena?" diz o major.  "Fui convidado a receber uma medalha da presidente Dilma em comemoração aos 70 anos do fim da guerra. É claro que não vou. Não gosto de bandidos. O PT é isso, um partido de vagabundos. O Lula é o chefe do mensalão. A Dilma foi terrorista e metralhava as pessoas."

O nosso heroi mostra-se revoltado com a situação atual do país.  "Já não tenho mais idade pra ter papas na língua. Vou lhe dizer, estou de saco cheio de ver meu país infestado por marginais, bandidos, homossexuais, travestis, comunistas e ambientalistas. Esse monte de vagabundo recebe Bolsa Família, bolsa isso, bolsa aquilo. Ora, trabalhar ninguém quer, né?"