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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Custo Lula, custo Dilma



Foi uma obra-prima de política econômica a tal nova matriz. Pelo avesso. Gerou recessão, inflação alta e juros na lua
Tudo somado e subtraído, a presidente Dilma conseguiu abrir um buraco de R$ 230 bilhões em apenas cinco anos. Seu governo saiu de um superávit de R$ 128 bilhões em 2011 para um déficit efetivo em torno de R$ 100 bilhões neste ano. Gastou todo o saldo e mais quase o dobro. E para quê?

Para driblar a crise internacional e turbinar o crescimento — dizem a presidente e seu ex-ministro Guido Mantega.

Crescimento?
Em 2011, quando se fez o superávit primário de 128 bi, o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu razoáveis 3,9%. Nos três anos seguintes, quando supostamente estaria sendo turbinada pelo gasto e crédito públicos, a economia minguou: expansão média de 1,5%, a menor entre os países emergentes mais importantes. E desabou neste ano para uma recessão em torno de 3%, no momento em que se realiza o maior déficit público da história.

Apesar do baixo crescimento, a inflação rodou sempre acima dos 6% ao ano, contra uma meta de 4,5%, e isso com preços importantes, como gasolina e energia elétrica, controlados e mantidos lá em baixo, na marra. Reajustados esses preços, porque estavam quebrando a Petrobras e o setor elétrico, a inflação disparou para os 10% deste ano, um número que reflete melhor a realidade.

Finalmente, a taxa básica de juros, reduzida artificialmente para 7,25% em 2012, também para turbinar o crescimento, serviu apenas para liberar mais inflação. Aí, o Banco Central saiu atrás e puxou os juros para os atuais 14,25% que, embora muito elevados, não conseguem mais conter uma inflação perigosamente indexada.

A gente tem de reconhecer: foi uma obra-prima de política econômica a tal nova matriz. Pelo avesso. Gerou ao mesmo tempo recessão, inflação alta e juros na lua. E o déficit público de R$ 100 bi.

O governo está confessando um rombo de R$ 52 bi. Mas, para isso, conta com uma receita de R$ 11 bi com a venda de concessões de hidrelétricas — um negócio que depende de uma MP ainda a ser votada pelo Congresso, que não está nem um pouco animado. Sem isso, o déficit já passa dos R$ 60 bi — e ainda é preciso somar as pedaladas, os R$ 40 bi que o governo federal deve ao BNDES, Banco do Brasil e à Caixa. Assim, o buraco efetivo passa fácil dos R$ 100 bi.

Claro que a recessão derruba as receitas do governo e ajuda no déficit. Mas houve também muita incompetência. O governo prometeu vender ativos, de imóveis a pedaços de estatais, e não conseguiu. Disse que faria dinheiro com a privatização de um elenco de rodovias, portos e aeroportos. Não saiu uma sequer até agora. (Sabe como é, tem que preparar a papelada, montar projetos, muita trabalheira...). O governo contou com dinheiro que depende de aprovação do Congresso (CPMF e repatriação), mas não mostrou a menor capacidade em operar as votações, mesmo tendo distribuído ministérios e cargos em estatais.

É o mesmo tipo de incompetência que derrubou a Petrobras. Quando Lula era presidente da República e Dilma presidente do Conselho de Administração da estatal, a empresa se meteu em projetos megalomaníacos, da exploração de poços do pré-sal, a refinarias, navios, sondas e plataformas de exploração.

O caso das refinarias Abreu e Lima e Comperj já é um exemplo mundial de má gestão, sem contar a corrupção. Menos conhecida é a história das sondas. O governo estimulou a criação de uma empresa, a Sete Brasil, para construir 28 sondas no Brasil. A empresa, com dinheiro da Petrobras, já gastou mais de R$ 28 bilhões e não entregou uma sonda sequer. E pior: sabe-se agora que a Petrobras, dada sua capacidade de produção, não precisava desses equipamentos.

Lula e Dilma empurraram a Petrobras para essa loucura. E para quê?  A produção de óleo da estatal é hoje praticamente a mesma de 2009. Foi de 2,1 milhões de barris/dia para 2,2 milhões. Nisso e nas refinarias, inacabadas e precisando de sócios para concluir a metade das obras, a Petrobras gastou cerca de US$ 260 bi! E gerou uma dívida bruta que chega hoje a US$ 134 bilhões.

Isso é custo Lula mais custo Dilma, consequência de erros de avaliação, má gestão e projetos mal feitos. No balanço do ano passado, a estatal aplicou uma baixa contábil de R$ 31 bilhões nos orçamentos das refinarias Abreu e Lima e Comperj, por “problemas no planejamento dos projetos”. E anunciou o cancelamento das refinarias do Maranhão e Ceará, que não saíram do chão, mas cujos projetos custaram R$ 2,7 bilhões. Eram inviáveis, disse a empresa.

Só isso de explicação?  É, só isso. A corrupção é avassaladora, mas capaz de perder para a ineficiência.

Fonte: Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

BC desiste de levar a inflação para a meta em 2016. No popular: abre as pernas e BC mantém taxa de juros em 14,25%

Autoridade monetária admite que não conseguirá alcançar meta de inflação em 2016

Sem a perspectiva de controlar a inflação no curto prazo, o Banco Central admitiu que não conseguirá domar o dragão e alcançar a meta de 4,5% no ano que vem. A tarefa só deve ser cumprida em 2017. O recado foi dado no comunicado divulgado após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira, em que os diretores da autoridade monetária mantiveram, por unanimidade, os juros básicos em 14,25% ao ano — é a segunda reunião em que a taxa é mantida. A decisão era esperada por todo o mercado financeiro, que sabe que o BC não tinha escolha: não poderia subir ainda mais os juros e condenar o país a uma recessão ainda mais grave.
 
O Banco Central disse que manterá a vigilância, mas sinalizou a convergência para a inflação em 2017. Antes, o discurso era que o IPCA iria para a meta no ano que vem. Agora, o Banco Central fala em “horizonte relevante”, ou seja, em mais dois anos de trabalho.
“O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária. O Copom ressalta que a política monetária se manterá vigilante para a consecução desse objetivo”, diz o BC no comunicado.

Analistas destacaram a retirada do compromisso de levar a inflação à meta em 2016. Em nota, o Banco Fator comentou o comunicado do Copom, com indicações de que pode haver alta dos juros na próxima reunião, em dezembro: “O Copom manteve a taxa Selic em 14,25%, como era amplamente esperado. O comunicado, no entanto, sofreu algumas alterações importantes. Ao substituir ‘no final de 2016’ por ‘horizonte relevante da política monetária’, ele reconhece que a trajetória de inflação não atinge o centro da meta no fim do próximo ano. A volta da expressão ‘vigilante’ para o comunicado, lembrando que ela estava presente na ata da última reunião, mantém espaço para alta na Selic, ainda que esse não seja o caminho mais provável”. Esse horizonte relevante é um período de dois anos. É esse é o horizonte médio da política monetária. Às vezes pode ser um pouquinho a mais ou a menos, mas o que importa é que o Banco Central quis dizer que teremos inflação na meta no segundo semestre de 2017— explicou o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas, que avalia a decisão de mudar o discurso como acertada e necessária.

A principal barreira para aumentar os juros imediatamente e conter a inflação é a crise econômica. A expectativa dos analistas é que a economia encolherá 3% neste ano e que a recessão continue no ano que vem com indústria em grave crise e consumo em forte retração.

De outro lado, a incerteza política, a possibilidade de impeachment, a perda do grau de investimento e, principalmente, a falta de uma definição sobre o que acontecerá com as contas públicas. Tudo isso afeta o dólar: quanto mais ele sobe, mais combustível a inflação recebe. A deterioração do quadro político e a barbeiragem de mandar um Orçamento deficitário para o Congresso influenciaram o câmbio, e isso já tem efeito na inflação como na alta do preço do pãozinho — analisou o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, que ressalta que ninguém esperava um desempenho tão ruim das contas públicas:
— A herança da dupla Mantega-Augustin é mais desastrosa de que se poderia imaginar.

PIOR JÁ PASSOU?
Submerso em todas essas incertezas econômica, o Banco Central resolveu manter-se parado à espera de uma solução. A avaliação do governo é que, por mais que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esteja em 9,77% nos últimos 12 meses, o pior já passou. Daqui pra frente, o índice oficial deve ficar mais comportado. Além disso, juros mais altos não afetariam o principal problema deste ano: o aumento de tarifas públicas. Energia deve ter um aumento de cerca de 50%, por exemplo. Essa demanda não é contida com juros mais altos.

Para conseguir fazer com o a inflação chegasse à meta de 4,5% no fim do ano que vem, o BC teria de dar um choque de juros e fazer com que a taxa básica (Selic) fosse a 18%, na visão de Maílson. Ele mesmo alerta que isso seria um erro. E que o ideal seria apenas admitir que essa promessa é utópica. — Nenhum Banco Central daria um choque de juros para fazer convergir a inflação a ferro e fogo num curto tempo num cenário como este.
É consenso entre os analistas e dentro do próprio governo que todo o andamento da economia e sua recuperação dependem de uma definição do quadro fiscal. Ou seja, é preciso colocar as contas públicas em ordem. Para isso, é preciso aguardar que as medidas fiscais como a recriação da CPMF — sejam aprovadas pelo Congresso Nacional. O problema é que o Legislativo vive sua crise particular. — O Banco Central tem de aguardar as negociações do Congresso sobre o cenário fiscal. O que ele poderia fazer?  

Introduzir uma retração maior na economia não seria uma política adequadaavalia Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional e economista-chefe do Banco Safra. O que a gente precisa hoje na economia não é mais de juros é de política fiscal.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O triunfo de Dilma: deu tudo errado

Os pessimistas estavam certos, a presidente, errada, muito errada. Como Dilma pode ter se equivocado tanto?

Na noite de 23 de janeiro de 2013, Dilma surgiu triunfante em rede nacional de televisão para a anunciar uma redução de 18% na conta de luz de todos os brasileiros, acentuando: “Primeira vez que acontece no país".

Embora já fosse bastante, a presidente não ficou nisso. Explicou, “com números", conforme ressaltou, que o “Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata".  Foi além. 

Desafiadora, atacou os pessimistas e zombou das “previsões erradas" daqueles que “diziam que não iríamos conseguir baixar os juros e nem o custo da energia".  De fato, naquele momento, a taxa básica de juros era de 7,25% ao ano, a mais baixa na era do Real e a conta de luz caiu no dia seguinte.  Animada com isso, Dilma informou que os investimentos estavam em alta, empregos idem, salários subindo, de modo que o Brasil vivia “dos melhores momentos da história".

Hoje, todo mundo sabe, os juros estão nas alturas — a taxa vai passar dos 14% e a conta de luz não para de subir. Desde 2013, ano em que Dilma anunciou a redução, já ficou 60% mais cara, na média nacional. E ainda há vários reajustes previstos para este e o próximo ano. O desemprego sobe 500 mil vagas formais fechadas este ano —, o PIB empacou, o salário perde poder de compra para a inflação e os investimentos públicos e privados desabaram.

Os pessimistas estavam certos, a presidente, errada, muito errada. Como Dilma pode ter se equivocado tanto?  Começa que ela não ouve ou não entende as críticas. Ninguém dizia que o governo não conseguiria ou não podia reduzir juros e tarifas de energia. Os críticos diziam, sim, que essas medidas eram insustentáveis mesmo no curto prazo. Para resumir o ponto de vista dito pessimista: a redução da conta da luz se fizera por um artificialismo que desorganizava o setor elétrico; naquele momento, a tendência do custo da energia, sem truques, era de alta. Quanto à inflação, já estava alta e, mesmo assim, contida artificialmente pelo controle de preços administrados, como o da gasolina.

Era o ponto de vista correto. Dirá o pessoal da presidente: agora, em retrospectiva, é fácil falar. Negativo. Como bem apontava Dilma, os críticos e pessimistas diziam, fazia tempo, que o modelo econômico dela iria explodir em inflação, baixo crescimento, juros altos, contas públicas em déficit e desorganização de diversos setores, como o elétrico, hoje atolado em dívidas, prejuízos para a Petrobrás.

Também diziam que o aumento do crédito e do consumo era insustentável; que não havia ambiente para investimento privado. e que o governo não conseguiria dar conta das promessas de investimentos dos PACs. Lembram-se do trem bala?  Pois é — e não foi a primeira vez que a presidente exibiu um triunfalismo infundado. No início de seu governo, em março de 2011, deu uma entrevista para o jornal “Valor Econômico", garantindo que em seu mandato a economia cresceria na faixa de 5% ao ano, com inflação de 4,5%, na meta.

Também atacou os pessimistas e disse que era adivinhação daqueles que sustentavam não haver condições para uma expansão sustentada.  A coisa saiu ainda pior do que imaginavam os pessimistas. A média de crescimento anual do PIB (2011/14) ficou em 2,2%, só melhor que o período Collor. E a inflação foi de 6,16%. Discursos e entrevistas da presidente Dilma podem ser encontrados no site do Planalto. Essa exposição não seria um motivo suficiente para a presidente vir a público e dizer “desculpaí, foi mal"?

Mas não. A presidente e seus próximos dizem que passamos por um probleminha passageiro, consequência da crise mundial, e que logo, logo... os pessimistas serão derrotados.
De novo, como pode se equivocar tão completamente?

Fonte: Coluna do Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 
 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Nova alta de juros. Meta do governo Dilma: SELIC a 15% até junho 2015

Copom eleva Selic para 11,75% ao ano, maior taxa de juros desde 2011

Decisão de subir a taxa básica de juros da economia em 0,50 ponto porcentual foi unânime entre os membros da autoridade monetária

[a esperança - se ainda existe alguma? - é a posso do novo Congresso que se espera seja oposição ao governo Dilma. O atual, pretende vender o tempo que lhe resta e bem e fielmente servir ao governo da petralhada.]

O Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 3, elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) foi unânime. Às vésperas do fim da reunião, o mercado financeiro ainda não havia batido martelo numa aposta majoritária.

Esta é a maior taxa de juros dos últimos três anos. Desde agosto de 2011, quando a Selic estava em 12%, os juros básicos praticados no Brasil não eram tão elevados. Esta também foi a segunda elevação consecutiva dos juros pelo Banco Central, que em sua última reunião havia elevado a Selic em 0,25 ponto percentual, fazendo com que a taxa chegasse a 11,25% ao ano. Apesar de o mercado não estar unânime sobre a intensidade do aumento, uma elevação já era esperada, principalmente após o anúncio da nova equipe econômica, que promete austeridade e um controle efetivo da inflação.
 
Veja abaixo a íntegra do comunicado:
 
"O Copom decidiu, por unanimidade, intensificar, neste momento, o ajuste da taxa Selic e elevá-la em 0,50 p.p., para 11,75% a.a., sem viés.Considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia.
 
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes,Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltro e Sidnei Corrêa Marques."
 
Fonte:  Agência Estado