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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Oriente Médio - Brasil tem de ser rigoroso na triagem de quem está sendo trazido de Gaza

Vozes - Alexandre Garcia

Interior de avião da FAB adaptado para voo de repatriação de brasileiros em Israel.

Interior de avião da FAB adaptado para voo de repatriação de brasileiros em Israel.| Foto: João Risi/Audiovisual/Presidência da República

Na manhã desta quinta-feira está saindo da Base Aérea do Galeão um avião da Força Aérea Brasileira rumo ao Cairo. 
Há notícias de que na fronteira com o Egito, em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, há um grupo de 74 pessoas, futuros passageiros desse voo. 
Parece que só sete são brasileiros. 
Estavam lá visitando a família, esses brasileiros palestinos. 
Há uma família de Florianópolis, por exemplo, em que o pai foi para lá porque a mãe dele havia falecido, e ele foi surpreendido pela guerra. [Mantemos a nossa opinião contrária a que recursos públicos sejam utilizados para 'resgate' dos brasileiros que estão na região conflagrada.
Que o DESgoverno 'Da Silva' envide esforços diplomáticos para que os brasileiros em Gaza sejam libertados, é aceitável - mas SEM USO de recursos públicos = que arquem com os custos de passagens aéreas e terrestres, trânsito, etc.
O presidente petista quer fazer média barata na busca de sustentar seu ridículo projeto de posar de estadista.]
Muitos que vieram para o Brasil nesses voos não são nem sequer brasileiros natos: ou são naturalizados, ou têm alguma ligação com brasileiros, ou ainda pediram cidadania brasileira. 
Imagino que a filtragem esteja sendo bem rigorosa, porque há uma tradição, que já vem de uns 50 anos, de pessoas do Oriente Médio envolvidas em ações quentes que vêm “esfriar” na Tríplice Fronteira, lá por Foz do Iguaçu. 
Cumprem rigorosamente a lei brasileira para serem esquecidos no Oriente Médio. É preciso ter muito cuidado com isso, porque vivemos hoje em um mundo que está mais perigoso do que nunca. 
Vemos atentados na Europa com certa frequência; o Brasil tem fama de país pacífico – nos matamos entre nós, mas por aqui não há atentados políticos de grupos terroristas internacionais.
 
Pobre Amazônia: crime, conflito fundiário e guerra
Falando em violência, saiu um relatório do Foro Brasileiro de Segurança Pública mostrando que há, sim, estrangeiros, dissidências das Farc na Amazônia trabalhando com cocaína, fora o Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital, mais 20 facções que se espalham e têm como ponto gerador os presídios da Amazônia, uma situação muito preocupante.  
Pobre Amazônia: ela já tem as ONGs estrangeiras, financiadas por governos estrangeiros, como está mostrando o relatório da CPI das ONGs, divulgado na quarta-feira. 
Tem os conflitos em áreas indígenas, como Apyterewa, por exemplo, alvo de uma discussão jurídica, porque o Incra botou gente lá e agora está tirando, depois que inventaram uma reserva indígena onde havia assentamento de colonos. 
E ainda temos Maduro ao norte. 
A Amazônia é praticamente a maior parte do Brasil, se considerarmos o território da Amazônia Legal, e tudo isso devia preocupar muito os brasileiros.

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Maduro está fora de controle; Lula poderia pará-lo, mas ele quer isso?
Na quarta-feira conversava com generais da reserva e eles me diziam que as pessoas não estão se dando conta da gravidade do que está acontecendo na nossa fronteira norte, na fronteira com Roraima e com o Pará, que é a Guiana, Essequibo e Venezuela. 
Já disse aqui que Lula talvez seja o único com poder de demover Maduro, porque Maduro é devedor de Lula politicamente. [uma opinião: Maduro já era - em sua estupidez (característica nata na corja esquerdista) deu aos EUA e seus pares a oportunidade de fazer com a Venezuela o que tentaram fazer com a Rússia e não conseguiram.] Lula pode e deve fazer isso, porque é um dever do chefe de Estado buscar a paz se tem o potencial para isso, mas não sei se Lula quer – e não sei se Maduro quer, porque ele é imprevisível, demagogo, quer mobilizar o povo em torno de uma causa. 
Foram 48% dos eleitores que apoiaram a anexação: dos 20,7 milhões de eleitores,  compareceram 10,5 milhões. Se 95% aprovaram, são 9,97 milhões de eleitores, ou 48% do eleitorado, a menos que tenha faltado gente porque foram embora para a Colômbia ou para o Brasil.
 
A Guiana foi colônia inglesa; não faz parte do sistema que tem o rei como chefe de Estado, como o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, mas integra a Comunidade Britânica, tem o inglês como idioma.
Então, certamente vai haver proteção inglesa e também americana, porque as petroleiras americanas, que descobriram reservas de 11 bilhões de barris, devem estar atentas.
 
A Corte Internacional de Justiça determinou que não houvesse nenhuma movimentação do governo venezuelano, mas Maduro não deu a mínima.  
A Corte Internacional de Justiça é um órgão da ONU, mobilizado pelo próprio acordo de 1966 com que Maduro concorda, já que ele mesmo pediu que no referendo dessem o “sim” para esse acordo. 
Ele prevê a consulta à ONU; e a ONU respondeu, por meio de seu tribunal, mas ele não foi ouvido pela Venezuela. É algo que está fora do controle.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sábado, 29 de fevereiro de 2020

Relembrando o passado: UnB outra vez tomada de assalto

Esta matéria foi publicada originalmente na edição de 30 de agosto de 1968 do Correio. Sua republicação faz parte do projeto Brasília Sexagenária, que até 21 de abril de 2020 trará, diariamente, reportagens e fotos marcantes da história da capital. Acompanhe a série no site especial e no nosso Instagram

[Relembrar o passado é sempre bom e muitas vezes, didático.
A UnB, nos dias atuais, é um verdadeiro caso de polícia. A desnecessária autonomia universitária, facilita a ação de criminosos, prevalecendo traficantes,  dentro da suposta 'área de embaixada' daquela Universidade.]

A Universidade de Brasília foi invadida, na manhã de ontem, por tropas da Polícia Militar do DF, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia do Exército e agentes à paisana do DOPS que, utilizando bombas de gás lacrimogêneo, metralhadoras, bazucas, revólveres e cassetetes cercaram o “campus” universitário e retiraram das salas de aulas todos os professores e alunos, sendo êstes levados de mãos levantadas, a quadra de esportes da UnB para se submeterem a triagem.
Jato d'água é usado pela polícia para conter manifestantes estudantis (foto: Arquivo/CB/D.A Press)

Utilizando cêrca de 50 viaturas e choques policiais, as tropas penetraram na Universidade exatamente às 10 horas, ao mesmo tempo em que bloqueavam todas as suas vias de acesso, impedindo a entrada e saída dos estudantes, que correram para todos os os lados, quando foram surpreendidos, durante as aulas, pela invasão. 

Não se sabe ao certo o número de estudantes presos, mas entre eles está o Presidente da Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília, Honestino Monteiro Guimarães que, juntamente com mais outros estudantes, estão com prisão preventiva decretada pela Auditoria da 4a. Região Militar. 
Imediatamente após a invasão da UnB por todo o dispositivo policial do Distrito Federal, cêrca de 15 parlamentares, entre senadores e deputados, se dirigiram ao recinto da Universidade, protestando contra o ato, mas a maioria dêles foi proteger seus próprios filhos, que seriam submetidos à triagem da polícia. 

Reitor
O General Dionísio, comandante das operações policiais, diante dos protestos dos deputados e senadores, que tentaram impedir fossem cêrca de 500 alunos de Medicina, Engenharia e do Instituto Central de Ciências cercados na quadra de esportes, reuniu os parlamentares no interior de um veículo da Câmara, explicando que o Reitor Caio Benjamin Dias teve ciência de que as autoridades iriam prender os líderes estudantis que estão com prisão preventiva decretada. O Reitor da UnB viajou ontem para a Guanabara.

O general informou ainda aos parlamentares que o motivo da medida tomada pelas autoridades policiais foi agravado, por que o Coordenador do Instituto Central de Artes mandou imprimir, na Gráfica da UnB, panfletos concitando os estudantes a reagirem, e ainda porque os universitários fizeram reunião sexta-feira última, no auditório Dois Candangos, com a presença do Presidente da UNE, Luís Travassos, ocasião em que os universitários pronunciaram vários “discursos subversivos”.

Início
De revólveres em punho, em três viaturas, agentes do DOPS penetraram no recinto do “campus”, em frente à Reitoria, prendendo todos os que se encontravam no interior da sede da Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília, inclusive seu presidente Honestino Guimarães, que, aos gritos de socorro, despertou a atenção dos demais estudantes.

No Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA