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quinta-feira, 31 de março de 2016

‘Temer, Lula e o pós-Dilma’



Com o rompimento do PMDB, o foco sai da presidente Dilma Rousseff e passa para o vice Michel Temer, já que o impeachment ganhou ímpeto e tem até um “deadline”: a chegada da tocha olímpica ao Brasil, prevista para meados de maio. A intenção é gerar um ambiente de festa, congraçamento e recomeço – com um novo governo para mostrar ao mundo.

Quanto mais Dilma representa o passado, mais Temer passa a personificar o futuro, para o bem e para o mal. Para o bem, porque o vice sonha entrar para a história como o presidente da transição que reconduziu o país aos trilhos. Para o mal, porque ele vai atrair, junto com montanhas de adesões, também os raios e trovoadas do PT.

Se o discurso do PT e do governo é de que está em curso “um golpe” contra a democracia, agora é hora de dar cara, voz, cor e partido a esse “golpe”. É por isso que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), acusa Temer de “chefe do golpe” e o líder no Senado, Humberto Costa (PT), ameaça: se Dilma for destituída, Temer “seguramente será o próximo a cair”.

É a estratégia do medo, enquanto o Planalto troca as negociações partidárias (no “atacado”) por cooptação deputado a deputado (no “varejo”). Ambas – o medo e o varejo – são de altíssimo risco e de resultados incertos porque, quando a onda encorpa, ninguém segura.

Com o rompimento do PMDB, o cálculo de governo e oposição é que os partidos da base aliada vão debandar. O PSB já se foi e, aliás, fez um programa de TV duríssimo contra o governo na semana passada. O PRB também já vai tarde, apesar de a Igreja Universal do Reino de Deus ter lá seus interlocutores com o Planalto. O PSD libera os correligionários para votarem como bem entenderem. O PP e o PR serão os próximos.

Dilma acha que, além de comprar um voto daqui outro dali no Congresso, é capaz de se sustentar graças aos movimentos sociais alinhados com o PT. Eles vão às ruas agora para gritar contra “o golpe” e são uma ameaça a um eventual governo Temer – como, de resto, a qualquer composição que substitua Dilma e exclua o PT. Isso, porém, depende muito menos de Dilma e do governo e muito mais de Luiz Inácio Lula da Silva.

PT, CUT, UNE, MST… não vão às ruas por Dilma, mas sim por Lula e o que ele chama de “nosso projeto”, ameaçado pela Lava Jato e pela quebradeira da Petrobras, mas principalmente pelo desastre Dilma, que desestruturou de tal forma da economia a ponto de, como informou o Estadão, fechar 4.451 indústrias de transformação num único ano, 2015, e num único estado, São Paulo, gerando milhões de desempregados. Não foi à toa que em torno de 400 entidades publicaram um contundente anúncio nos jornais de ontem clamando pelo impeachment.

Aí chegamos a Lula e à conversa que ele teve com o vice Michel Temer em São Paulo, em pleno Domingo de Páscoa. Lula não iria a Temer mendigar uma reviravolta do PMDB ou o adiamento da reunião que selou o fim da aliança com o Planalto. Mas Lula iria ao vice, sim, fazer uma avaliação dos cenários (inclusive o de Dilma fora, Temer dentro) e discutir um pacto de convivência que, em vez de destruir a transição com Temer, possa construir uma chance para o PT em 2018. De forma mais direta: Lula e o PT sabem que Dilma está perdida e já discutem o “day after”. Partir para um guerra com Temer em que ninguém sobreviveria ou selar uma trégua para uma recomposição de forças políticas e a recuperação da economia?

Para todos os efeitos, Lula está empenhado ao máximo em salvar Dilma. Na prática, está se mexendo para nem ele nem o PT morrerem com ela. Isso passa por um acordo com Temer e pode chegar a uma ordem de comando para, no caso da posse do vice, o exército vermelho sair das ruas e ficar apenas de prontidão.


Fonte: Eliane Cantanhêde – Estadão


sábado, 26 de março de 2016

Debandada do PMDB do Rio deve acelerar impeachment - apesar do PMDB não ser confiável, livrar o Brasil de Dilma é mérito para qualquer partido

Decisão do diretório fluminense já faz aliados do vice Michel Temer falarem na possibilidade de ele assumir o governo em maio

O anúncio do PMDB fluminense de que pretende se afastar da presidente Dilma Rousseff abalou a ala governista do partido e também o Palácio do Planalto. Em sentido inverso, deu força ao grupo peemedebista pró-impeachment, que decidiu acelerar o trâmite do processo na Câmara dos Deputados. A previsão é votar o pedido de afastamento antes de 17 de abril. O Planalto teme o reflexo da debandada peemedebista nos demais partidos da base.

Aliados do vice-presidente Michel Temer afirmaram nesta sexta-feira ao jornal O Estado de S. Paulo que ele se prepara para assumir o governo em maio e, por isso, também intensificou nos últimos dias as articulações no mundo político e empresarial nesse sentido.
A intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manifestada a aliados, é aprovar o impeachment o mais rápido possível. O relator do pedido de afastamento na Comissão Especial, Jovair Arantes (PTB-GO), já teria, segundo apurou o Estado, avisado Cunha de que vai apresentar parecer favorável à saída de Dilma.

Cunha também não desistiu de incluir a delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) no pedido de impeachment que tramita na Comissão Especial e tem como base as pedaladas fiscais (manobras contábeis) da atual gestão. [nada limita o número de pedidos que podem ser apresentados contra Dilma - o limite é o número de crimes cometidos pela denunciada.
Assim, o mais conveniente é manter o pedido já recebido e em curso, apresentar um outro apoiado na delação do Delcídio e mais outro denunciando o crime de obstrução da Justiça (documentado em áudio da conversa entre Dilma e Lula quando tramavam a blindagem do 'corleone de Garanhuns', gravação realizada com autorização judicial - afinal, se Dilma telefonou para um bandido que estava sendo monitorado, destaque-se, com autorização judicial,  é óbvio que a conversa fosse gravada - o que ocorreu - e tenha total valor.)
Alguns defendem que a conversa, por envolver um criminoso sem foro privilegiado e a presidente - também autora de diversos crimes, em sua maioria ainda não denunciados - não poderia ser divulgada sem autorização do STF.
Mas, a divulgação não elide o valor do registro gravado como prova.
A prosperar o esdrúxulo entendimento de que a divulgação da conversa elimina o seu valor como prova,  é exatamente o mesmo que uma autoridade com foro privilegiado ser filmada assassinando alguém com diversas facadas e a prova ser descartada por ter caído na internet, sem que o sigilo do registro tenha sido levantado por decisão do STF.]

A pressa e o otimismo dos peemedebistas pró-impeachment também se deve às dificuldades do Planalto e do PT em definir na Justiça a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Sem o cargo e os poderes dele, Lula está praticamente impossibilitado de fazer a articulação com o PMDB e demais partidos da base. O petista, no entanto, recorreu ao Supremo em busca de recuperar o direito de assumir a pasta.

Neste sábado, Jorge Picciani conversará com o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, indicado para o primeiro escalão em negociação direta do líder Leonardo Picciani com a presidente. Pansera e Leonardo deverão votar contra o rompimento com o governo na reunião do diretório nacional do PMDB, marcada para a próxima terça-feira. "Leonardo está desconfortável com essa situação, vai refletir, ele tem de ouvir a bancada. Pansera também tem grande dificuldade. Acredito que teremos dois ou três votos contra, mas o rompimento é o sentimento majoritário do PMDB do Rio. Leonardo é muito disciplinado, está desde os 15 anos no PMDB e hoje tem 36. Ele vai respeitar o que foi decidido pela maioria do diretório nacional", afirmou.

O presidente do PMDB-RJ disse ter recebido pesquisa do instituto GPP encomendada pelo diretório regional que apontou que 80,4% dos entrevistados no Estado foram contra a nomeação de Lula para a Casa Civil. "Não quero expressar minha opinião pessoal, o que digo é que estamos ouvindo a sociedade."

Fonte: Estadão Conteúdo

 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Lula, mais distante de Dilma e do seu governo

Só não enxerga quem não quer: Lula desembarcou do governo Dilma. Se o desembarque é para sempre ou não, só ele sabe. Nada na política é para sempre.

Oportunista como qualquer político, Lula concluiu que não dá mais para sustentar Dilma. Ela que se vire! A mais de um confidente, Lula repetiu que não dá salvar o governo e o PT. Ou uma coisa ou outra. Pelo PT, entenda-se ele, Lula, e suas chances de se candidatar outra vez a presidente da República.

Nada mais natural do que Lula preferir se salvar. Foi sempre assim que procedeu ao longo da vida. É um sobrevivente. Em novembro do ano passado, Lula ainda achava que seria possível evitar que o segundo governo Dilma fosse o desastre que está sendo.  Foi ele quem fez a cabeça de Dilma para levar alguém como Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda.

Dilma convidou para o cargo o presidente do Bradesco. Que indicou Levy. Em junho último, Lula deu o governo por perdido. Foi quando comentou que o PT estava abaixo do volume morto. E que ele e Dilma estavam no volume morto. Mais tarde, tentou reparar o estrago provocado por seu comentário, mas já era tarde. Da Argentina, onde estava ontem, Lula demarcou-se claramente de Dilma e do seu governo.

Primeiro disse que não tinha nenhuma importância a perda pelo Brasil do selo de bom pagador – logo ele, Lula, que em maio de 2008 celebrou com estardalhaço a obtenção do selo. Depois criticou duramente o ajuste fiscal do modo como ele foi concebido por Levy. Afirmou que um ajuste assim significa arrocho salarial e desemprego.

Por que no Congresso os aliados do governo apoiarão o ajuste de Levy se Lula é contra o ajuste? Está prontinho o discurso básico de Lula e do PT para justificaram uma possível queda de Dilma e a oposição que passarão a fazer a um governo encabeçado pelo vice Michel Temer.  

A queda será classificada de golpe bem-sucedido da direita. E Lula e o PT se reapresentarão outra vez como os defensores dos pobres maltratados por um governo dos ricos. [por isso é essencial que Dilma caindo o Lula se ferre também.... o ideal mesmo é que ele se enrole de verdade nas falcatruas e sabemos que isso não é impossível.
Dilma caindo, Lula tem que ser neutralizado.]
 
Para não ser abandonada por Lula só restaria à Dilma uma saída: entregar para ele a condução do governo, contentando-se em reinar sem mandar.
Quem aposta nisso? Não aposto um tostão.

Fonte: Blog do Noblat

 

domingo, 6 de setembro de 2015

Janot pede que Lula seja investigado - incrível, mas, parece ser para valer. Pressão do ministro Gilmar Mendes parece que vai mudar as coisas.

STF autoriza investigação de Edinho, Mercadante e Aloysio Nunes

Sobre Lula, Procurador-geral pediu abertura de inquérito para apurar brindes que ex-presidente ganharia das empreiteiras

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o atual ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, para investigar a denúncia do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, de que financiou a campanha a presidente de Dilma Rousseff em 2014 com dinheiro desviado da Petrobras.

Edinho foi o tesoureiro da campanha eleitoral do ano passado e, segundo a delação premiada de Pessoa, ele ameaçou sua empreiteira de perder obras da Petrobras se não desse dinheiro para a campanha. Segundo o empreiteiro, Edinho foi “bastante incisivo” no pedido, perguntando explicitamente: “O senhor quer continuar tendo obras na Petrobras?”.

Com relação ao ex-presidente Lula, por enquanto existe somente um pedido de abertura de inquérito por parte do procurador-geral da República para apurar os brindes que Lula ganharia das empreiteiras, denunciados na delação de Ricardo Pessoa.  O ministro Teori Zavascki retornou o pedido a Janot pedindo que ele especifique que tipo de crime ele vê nesses brindes. [os brindes dados ao Lula podem representar o mesmo que os livros contábeis do Al Capone representaram. Na ocasião, ninguém esperava que investigar a contabilidade do Capone poderia acabar com sua carreira de crimes.
Investigar os brindes recebidos por Lula podem ter exatamente o mesmo resultado... nem sempre, os grandes crimes são os primeiros a ser investigados.
Collor, foi implodido devido um simples FIAT ELBA.]  O empreiteiro Ricardo Pessoa, no entanto, na mesma delação premiada, disse que deu dinheiro também desviado da Petrobras para as campanhas de Lula em 2006, sob achaque do tesoureiro Felipelli, do PT, e da presidente Dilma em 2010 através do tesoureiro João Vaccari.

A questão das denúncias sobre financiamentos ilegais da campanha de 2010 está sendo investigada em inquérito para apurar um dinheiro que o então coordenador da campanha Antonio Palocci teria recebido do doleiro Alberto Yousseff, e os dados poderão ser anexados ao inquérito já aberto.  Também foram abertos inquéritos com base na delação premiada de Ricardo Pessoa para investigar financiamentos de campanha de Aloizio Mercadante para o governo de São Paulo em 2010 e do senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB.

A investigação sobre o financiamento ilegal para a campanha eleitoral do ano passado continuará sendo feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fatos objetivos como os que envolvem o tesoureiro da campanha Edinho Silva, hoje no ministério de Dilma, devem ser investigados pelo Ministério Público.  Como se refere ao atual mandato da presidente Dilma, essa investigação não tem nenhum óbice constitucional e a presidente poderá ser responsabilizada caso se comprove que foi eleita com financiamento ilegal.

A oposição ficará agora com a possibilidade de pedir impeachment da presidente Dilma com base nesse fato isolado, se quiser preservar o vice Michel Temer. Se o Tribunal Superior Eleitoral terminar sua investigação com a impugnação da chapa por abuso do poder econômico, o vice também será atingido.

Mas se a Câmara se antecipar e usar o fato de que o PT utilizou dinheiro desviado da Petrobras para eleger Dilma, o processo de impeachment pode ser deflagrado antes da decisão do TSE, por crime de responsabilidade. Seria a saída “menos onerosa”, comentou um ministro do TSE.

Há indicações em diversas investigações que estão em curso de que a campanha utilizou diversos mecanismos de financiamentos ilegais, desde dinheiro da corrupção da Petrobras sendo lavado através de doações registradas no TSE até o uso de empresas fantasmas, como gráficas, para legalizar o dinheiro desviado.

Fonte: O Globo
 
 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Criação da CPMF, governança bagunçada e desordem política: eis por que a continuidade de Dilma é a opção mais cara



A presidente Dilma Rousseff é uma desastrada sem precedentes na história brasileira. O episódio da recriação da CPMF, que o governo está determinado a levar adiante, é a evidência máxima disso. É espantoso o que está em curso. Não há, acreditem, prescrição da literatura. Talvez seja preciso apelar a outros saberes. Talvez Dilma seja uma suicida política. Ou, então, o estresse da gestão a deixou alheia à realidade. E olhem que estou disposto a compreender os seus motivos. Vamos lá.

O governo experimenta, neste momento, um déficit primário de 0,32% do PIB. Tudo o mais constante, fecha o ano com déficit, a menos que dê novas pedaladas — aquelas, que podem resultar na deposição da mandatária. Nessa trilha, o país, já na mira das agências de classificação de risco, acaba rebaixado. E aí as coisas ficam muito feias. Digamos, então, que algo como a CPMF fosse imperioso, já que o governo não consegue cortar gastos — ao contrário: eles sobem, enquanto a arrecadação despenca.

Notem que estou tentando ser compreensivo com a governanta. Cabe a pergunta: é assim que se faz? Um ministro da Saúde, como Arthur Chioro, um notório falastrão com todas as vênias, hein, meu senhor! —, lança a bomba, discutida sabe-se lá com quem, e o mundo político, o empresarial, o financeiro e o sindical são pegos de surpresa.

Dilma só se lembrou, por exemplo, de ligar para seu vice, Michel Temer, para tratar do assunto quando as federações empresariais de todo o país já haviam, e com razão, botado a boca no trombone. O neogovernista Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e o oposicionista Eduardo Cunha (PMDN-RJ), que preside a Câmara, já haviam alertado: a proposta não passa no Congresso.  

Enquanto isso, o petista Chioro arrumava até um novo nome para a CPMF, que ele quer chamar de Contribuição Interfederativa da Saúde — no seu desenho, Estados e municípios ficam com uma parte do dinheiro. É uma forma de tentar arrastar governadores e prefeitos para a sarjeta da popularidade. Ao telefone, Temer fez, a seu modo, muito comedido, aquela pergunta que Garrincha dirigiu a Feola depois de ouvir as instruções do técnico: “Tudo bem, mas o senhor já combinou com os russos?”.

Atenção! Não foi só o vice que foi pego de surpresa. Quase todos os ministros do governo e os respectivos líderes dos partidos da base, na Câmara e no Senado, também foram atropelados pela novidade. Mas avancemos um pouco mais e pensemos nas circunstâncias.

Empresários
Na terça-feira, Dilma recebeu sete empresários no Palácio da Alvorada para um jantar. Discutiram-se ali as dificuldades do país, a conjuntura, a necessidade de cortar gastos, a forte retração da economia e coisa e tal. Não, Dilma não falou sobre a CPMF.

Na semana passada, a governista OAB resolveu assinar uma carta, em companhia de três federações empresariais — CNI, CNT e CNS — com sugestões para o Brasil sair do buraco. Não havia o endosso explícito a Dilma, mas isso estava subentendido. Como resposta, os signatários levam na testa a recriação da CPMF.

Nesta quinta, Temer esteve na Fiesp, em São Paulo, num encontro que estava marcado já há tempos. Atendeu ao convite do presidente da federação, Paulo Skaf. Ao jantar de Dilma, na terça, que estava fora da agenda, como se fosse coisa clandestina o que é um absurdo, já que ela tem o direito e a obrigação de receber empresários —, compareceram sete pesos-pesados da economia. No jantar com Temer, nesta quinta, havia 35.

Adivinhem qual foi o tema dominante das conversas, segundo o relato de empresários presentes ao encontro… Bem, a resposta é óbvia: CPMF. E que se note: a surpresa e a indignação não tinham unicamente o imposto em si como objeto. O que chocou também foi a forma escolhida pelo governo para encaminhar o debate. Na prática, Dilma faz de trouxas as lideranças empresariais que chegaram a lhe esboçar uma manifestação de apoio. Creio que tenham desistido.

Ora, é evidente que o vice ouviu uma pensa de reclamações. Não venha depois o PT dizer que se trata de uma conspiração de quem quer o lugar de Dilma. Ao contrário até: ao longo do dia, Temer ficou mesmo indignado e chegou a chamar, em tom irritado, a recriação da CMPF de “Projeto Impeachment”, fazendo a óbvia advertência de que a iniciativa mina ainda mais o já precário apoio que tem o governo no Congresso.

Fora do controle
Parece evidente que as coisas começam a fugir do controle e que, infelizmente, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, não está conseguindo dar conta do recado. Não porque não queira, mas porque não tem o devido domínio da máquina.  Já vimos que o “Levy Mãos de Tesoura” anda muito pouco operante, eis a verdade. A sua atuação à frente do governo tem sido mais efetiva em tentar obter receita suspendendo desonerações do que aplicando um choque de gestão que derrube despesas. A questão, de toda sorte, é o que cortar num país que gasta 75% do seu Orçamento com funcionalismo, Previdência e programas sociais com verbas carimbadas.

O ministro da Fazenda não era o mais entusiasmado com a recriação da CPMF, mas também não se esforçou para impedir o debate. Sabem como é… Se o dinheiro entrar, melhor, não é? Aos poucos, começa a se consolidar a impressão de que a recessão que está aí não serve nem mesmo ao ajuste da economia. É só o custo do desarranjo.

Dilma, definitivamente, não é do ramo, eis a verdade incontornável. A barafunda criada pela presidente nessa história da recriação da CPMF é o retrato de um mandato que já acabou. Entendem por que a continuidade do governo Dilma é a mais cara de todas as alternativas?

Fonte: Blog do  Reinaldo Azevedo