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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O motivo das pressões de servidores contra a reforma

Se houver recuo diante da pressão de corporações, frustra-se o objetivo inicial das mudanças que era a equiparação entre os diversos sistemas de aposentadoria

Sintomático que, logo depois de receber o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia tenha feito uma visita institucional ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para reivindicar o estabelecimento de regras específicas de aposentadoria para os policiais, na reforma que Maia, como deseja o governo e recomenda o bom senso, tenta agendar para votação em plenário ainda este mês.

O pedido de Segovia repete tantos outros feitos por corporações do funcionalismo, as que mais privilégios acumulam em salários e benefícios, de um modo geral, no país. Também não passa despercebido que parte do PSDB, legenda até há pouco defensora irredutível da responsabilidade fiscal, haja defendido alterações na proposta já atenuada da reforma, para abrandá-la ainda com relação ao funcionalismo.  Em 2003, foi aprovada emenda constitucional que acabou com a regra da manutenção do último salário como valor da aposentadoria, limitando-a ao teto do Regime Geral da Previdência (INSS), e extinguiu a paridade entre servidores aposentados e os da ativa. Ou seja, os benefícios eram corrigidos por reajustes concedidos a quem continuava trabalhando. [pergunta aos que defendem o fim da paridade: os servidores públicos após se aposentarem diminuem os gastos? passam a comer menos? viajar menos? não precisam de remédios?
a estupidez de defender que os salários dos aposentados não acompanhem o que ganhavam quando estavam na ativa algo que só tem lógica se, comprovadamente, os gastos dos servidores inativos forem inferior aos da ativa.
A tendencia é que os servidores na inatividade tenham seus gastos elevados, não com lazer e sim com medicamentos, assistência médica, etc.
O pior é que tem servidor público agradecendo ao Janot - entendem que não fosse a traição do ex-acusador-geral da República feita não ao Temer e sim ao Brasil, a reforma já teria sido votada e aprovada.
Agora, dezembro, mês de recesso branco no Congresso Nacional e véspera de ano eleitoral nem o próprio Temer quer mais falar em votar reformas.
As reformas já eram.]

O projeto de reforma estendeu a todos os limites de 65 e 62 anos, para homens e mulheres, a fim de que possam pedir a aposentadoria, e há toda uma discussão sobre como ficarão os servidores nesta regra. Aqui entra a benevolência desses tucanos, que propõem que os servidores de antes de 2003, para manter o último salário como aposentadoria e garantir paridade com o funcionário da ativa, paguem um pedágio em tempo adicional de trabalho mais camarada. É certo que se abriria mais uma perigosa exceção no tratamento das aposentadorias. A soma de atitudes tíbias como esta apressou o desligamento do partido de economistas historicamente ligados à legenda, alguns deles com papel importante na estabilização da moeda conseguida pelo Plano Real.

Ora, como são as corporações, principalmente de altos servidores públicos, um dos principais fatores de desequilíbrio das contas previdenciárias, atenuar as devidas correções previstas para elas significa não fazer a reforma. É o mesmo que contratar uma crise fiscal ainda mais grave que a atual para breve, mais precisamente para logo depois da posse do próximo governo.

Se aceitar as pressões do funcionalismo, que crescem a cada dia, cai por terra de vez a ideia correta de se nivelar o regime de aposentadoria dos servidores, bem magnânimo, com o do INSS, dos empregados no setor privado. Além de razões fiscais, princípios de justiça social fundamentam este propósito. [outro absurdo é nivelar por baixo = distribuir a miséria,  e chamar tal distribuição de miséria de 'justiça social'.]
 
Alguns poucos números explicam os desníveis: enquanto no INSS a aposentadoria média é de R$ 1.240, o benefício médio do servidor público federal atinge R$ 5.531. No Legislativo, por exemplo, é de R$ 28.547. Eis por que castas de servidores rejeitam a reforma da Previdência. [afirmação como a deste parágrafo é totalmente sem noção; tanto que não vamos mais explicar as razões das diferenças entre os valores pagos aos servidores públicos e aos da iniciativa privada, repetir explicações.
Se alguém tiver alguma dúvida, é só clicar aqui e depois questione seu deputado ou senador.]

Editorial - O Globo

 

Temer se irrita com aliados ao perder prazo para votar Medidas Provisórias na Câmara

Uma delas regulamentava o Programa de Desligamento Voluntário de servidores públicos 

O presidente Michel Temer ficou contrariado com a falta de mobilização de seus articuladores políticos que, por falta da análise na Câmara, deixaram caducar Medidas Provisórias importantes nesta semana. Entre elas, a que criava o Programa de Desligamento Voluntário para servidores federais. O Ministério do Planejamento terá de reeditar a Medida Provisória no ano que vem.

Constrangidos, alguns assessores disseram ao presidente que as Medidas Provisórias não foram apreciadas porque estão todos enlouquecidos tentando arranjar votos para aprovar a reforma da Previdência. [com os aliados que tem o presidente Temer não precisa de inimigos.]

Revista Época 

 

Mala com dinheiro falso mobiliza esquadrão de bombas no Eixo Monumental

O objeto ainda está semi-aberto e é possível ver que há notas de R$ 100 e R$ 50 no interior da maleta. Policia Militar e Bombeiros estão no local

Um maleta preta deixada em frente ao Museu dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental, mobilizou equipes da Polícia Militar na manhã desta sexta-feira (1/12). As informações da corporação eram de que um homem, ainda não identificado, abandonou uma mala, de cor preta, em uma vaga para deficientes. No início da tarde a PM constatou que se tratavam de notas falsas, de R$ 100 e R$ 50. A corporação suspeita que seja algum material publicitário. A perícia da Polícia Civil foi acionada.

A via entre o Memorial JK e o Museu do Índio ficou fechada para o fluxo de veículos. Equipes do Batalhão de Operações da Polícia Militar (Bope) isolaram uma área de aproximadamente 200 metros. Militares do Corpo de Bombeiros também estiveram no local dando reforço a operação anti-bombas.

Segundo relatos de funcionários do Museu dos Povos Indígenas, o homem passou um tempo estacionado na vaga antes de abandonar a mala. Um robô e um aparelho de raio-x foram usados pelos policiais para descobrir o que tem dentro da mala.

Por causa da ação, o trânsito no Eixo Monumental ficou complicado entre as 12h e as 14h desta sexta-feira. Nesse tempo, os bombeiros e a PM bloquearam a via de ligação entre as duas pistas da avenida, entre o Memorial JK e o Museu do Índio.

Correio Braziliense
 

“Progressistas” se revigoram na tragédia moral do país

No dia 27 de novembro, zapeando na TV a cabo, passei pela Globo News exatamente quando a apresentadora do Estúdio I, Maria Beltrão, perguntou aos universitários que completam a mesa do programa: “Qual o estreito limite entre o conservadorismo e a extrema-direita?”. De saída, Maria já entendia tratar-se de um limite “estreito”. E não o conseguia definir. Foi o mais parecido que ela encontrou para evitar o vocábulo “inexistente”, que era seu entendimento, este sim estreito. 

Maria está satisfeita com o Brasil que vê. Está convencida de que pessoas conservadoras, com princípios e valores, cumpridoras de suas obrigações, respeitadoras dos demais e da lei, são a parte pior da tragédia nacional. Ela acha que nosso país precisa derrubar mais e mais valores morais, tornar-se mais e mais permissivo, debilitar mais e mais os laços familiares, extinguir mais e mais interditos e proibições. Maria está convencida da relatividade do bem e do verdadeiro. Maria não conhece o “estreito limite” entre liberdade e libertinagem. Maria queria o Queermuseu cheio de crianças. Maria sorria deslumbrada para aquele casal que dava nome neutro ao bebê que iria nascer para não intervir na escolha de sua identidade sexual. Maria acha aquilo lindo. Maria incorporou a intelligentsia de algum Centro Acadêmico e ficou assim, “progressista” para o resto da vida.

No dia 28, o time de “progressistas” do programa Timeline da Rádio Gaúcha ensaiou o linchamento público de um vereador de Bento Gonçalves que foi salvo pela firmeza de sua posição em defesa do projeto que cria lugar especial na biblioteca pública municipal para obras impróprias a menores. A impropriedade ou não do catálogo do Queermuseu foi mote da entrevista. A fumaça de uma censura (ainda que meramente etária e legal, em conformidade com o ECA) pairava sobre os microfones. Os “progressistas” pareciam querer um catálogo daqueles na mão de cada criança do Brasil. Davi Coimbra chegou ao cúmulo de indagar se as conhecidas referências bíblicas a relações incestuosas dariam causa a interdição do Livro Sagrado de judeus e cristãos.

Na percepção dos “progressistas”, à medida em que avança sua luta “politicamente correta”, libertadora dos instintos, e à medida em que tombam os limites, em que são obtidas vitórias no combate à autoridade, à repressão policial, à posse de armas, à religiosidade, à moral cristã (mas nem uma tênue palavra sobre a sharia), o país vai tomando o jeito que eles gostariam que tivesse. Só pode ser isso. Talvez digam que a insegurança, a violência, a criminalidade, a degradação cultural, professor apanhando de aluno, sejam consequência do “fenômeno das drogas”. E novamente se enganam porque transformam em causa aquilo que é consequência.

As drogas, senhores e senhoras “progressistas”, são efeito da sistemática desconstrução dos valores morais; da libertinagem e da procriação irresponsável, com a decorrente ruptura dos laços familiares e sumiço da missão educadora dos pais. As drogas são consequência de se estar mais preocupado com quem põe um livro aqui ou ali do que com a necessidade de proteger a inocência infantil. As drogas são decorrência da repulsa a toda autoridade, do império dos sentidos, da perda da noção de limites e da omissão de quem os deve estabelecer. Tanto assim é que os dependentes químicos, quando se percebem no ápice de seu holocausto pessoal, procuram uma dessas benditas fazenda de recuperação onde vão encontrar o que perderam: valores, autoridade, disciplina, trabalho, ordem e espiritualidade com o que redescobrem o bem e fortalecem sua vontade para enfrentar as tentações do vício. E só assim dele se libertam.
Mas de que adianta falar dessas coisas a “progressistas” comprometidos com tudo que leve à gandaia geral?

http://puggina.org

Necessidade imediata



 O desemprego, depois de atingir o pico de 13,7%, vem caindo e estava, ao fim de outubro, em 12,2%. A massa de rendimentos no começo do 2016 registrava queda de 4%, agora está em alta de 4,2%. O mercado de trabalho começa a se recuperar da destruição em massa de postos de trabalho iniciada em dezembro de 2014. Mas o Brasil faz o errado de imediato e posterga o certo, e isso enfraquece a recuperação.

É certo incluir mais 18 mil pessoas dentro do inchado serviço público federal? Pois, uma proposta de emenda constitucional acaba de ser aprovada na Câmara para que servidores de Roraima e Amapá, que entraram nos serviços dos ex-territórios entre 1988 e 1993, passem a ser servidores da União. O autor da proposta é o senador por Roraima, Romero Jucá. O mesmo que fala em necessidade de ajuste fiscal em nome do governo Temer. E ele apresentou essa PEC por que? Interesse eleitoral e demagogia. Esse não é o momento de aumentar o número de servidores. Da mesma forma que, em maio de 2016, com o desemprego aumentando em avalanche no setor privado, não era hora de aprovar aumentos salariais para funcionários públicos até 2019. Agora, o governo tenta adiar o reajuste do ano que vem, mas o Congresso não se move para votar.

O mercado de trabalho vai se ajustando aos poucos. A economia dá sinais discretos de recuperação. Talvez o PIB do terceiro trimestre traga a boa notícia de ter sido positivo — calcula-se algo em torno de 0,3% — e com o sinal bom de alta no investimento. É o que se prevê sobre o dado, que sai hoje. Olhando os números do mercado de trabalho, o que se vê é que a máquina de destruir emprego, ligada pela recessão iniciada no governo Dilma Rousseff, começa a reduzir seu apetite.

Há 586 mil desempregados a menos do que no final de julho e 868 mil pessoas a mais com emprego. A maioria aceitou uma ocupação informal ou criou seu próprio trabalho. Os dados comparados com o trimestre anterior (maio-junho-julho) mostraram melhora, mas em relação ao mesmo trimestre do ano passado, houve piora. Ainda assim, o economista José Márcio Camargo acha que o quadro já inspira alguma confiança. Ele acredita que o país está perto de uma virada nessa comparação anual. No começo do ano, a diferença em relação à taxa do início de 2016 era de 3,1 pontos percentuais; agora é de 0,4. Ele acha que o país terminará 2017 melhor do que no fim do ano passado, com o desemprego em 11,5%. Quando a taxa começou a subir no início do segundo mandato de Dilma, José Márcio previu que chegaria a 13%. Parecia exagero. E chegou a 13,7%.

O pior passou no mercado de trabalho, mas o desemprego ainda é muito alto. Portanto, a taxa de criação de emprego tem que ser acelerada para dar algum conforto às famílias. Mas isso não acontecerá com o Congresso se recusando a aprovar medidas de ajuste, fechando os olhos para a urgência de uma reforma no sistema de aposentadorias e pensões. O governo está em contradição sistemática, como nesse episódio da entrada de 18 mil funcionários a mais na folha da União. E o que disse a equipe econômica? Nada. E o que fez o Planalto para impedir a aprovação desse aumento de gastos? Nada. O governo parece dizer: ajuste, ajuste, minha clientela à parte.

O IBGE tem divulgado dados impressionantes da realidade brasileira. O país precisa urgentemente aumentar o esforço para tirar do trabalho infantil quase um milhão de menores em situação irregular, por não serem registrados ou por terem entre 5 e 13 anos. Trinta mil dessas crianças têm entre cinco e nove anos. O Brasil é desigual, extremamente, mais do que as lentes do instituto captam porque o que está sendo medida é a desigualdade na renda do trabalho. A população de 60 anos ou mais cresce em ritmo acelerado, como também mostra o IBGE; de 2012 para 2016 aumentou 16%.

Diante da necessidade urgente de proteger as crianças e preparar a Previdência para a elevação da idade da população, o que é feito? Desidrata-se a proposta de reforma que estabelece a idade mínima para se aposentar em 53 anos e 55 anos agora e que só em vinte anos chegará aos níveis em que já estão México e Chile, de 62 e 65 anos. E a reforma pode nem ser votada. Este governo, com suas contradições e seu labirinto, vai acabar em 12 meses e 30 dias. O Brasil permanecerá com suas urgências imediatas, pedindo que o país seja capaz de tomar as decisões certas. Antes que seja tarde.

Coluna da Miriam Leitão – Com Marcelo Loureiro


As vidas perdidas a bordo do submarino ARA San Juan



A primeira submarinista da América do Sul, um cabo que se casaria em duas semanas e um pai que deixou três filhos adolescentes estão entre os 44 tripulantes desaparecidos a bordo do submarino “ARA San Juan” no Atlântico.

– A submarinista –
Eliana Krawczyk sonhava em ser engenheira industrial, mas uma tragédia familiar mudou o rumo de sua vida para torná-la a primeira submarinista sul-americana. Natural de Oberá, na província argentina de Misiones, Eliana se inscreveu na Escola Naval após a morte do irmão, em um acidente, e da mãe, vítima de um infarto.  Em 2012, Eliana se tornou submarinista, a primeira da América do Sul, e aos 35 anos era chefe de máquinas do “ARA San Juan”.

– O comandante –
O capitão de fragata Pedro Martín Fernández, 45 anos, comandava o submarino. Nascido em Tucumán, no norte da Argentina, era casado e tinha três filhos adolescentes. Em 2 de março de 2015 se mudou para a cidade de Mar del Plata, 400 km ao sul de Buenos Aires, base do “ARA San Juan” e onde residia quase toda a tripulação.

– Os noivos –
O cabo Luis Niz, 25 anos, era aguardado em Mar del Plata pela cabo Alejandra Morales, onde os dois se casariam no dia 7 de dezembro.  Nascido em La Pampa, uma província sem litoral, Niz foi um dos melhores no curso de formação, o que lhe valeu a designação para o “ARA San Juan”.
O tenente Renzo Martin Silva, 32 anos, também iria se casar em breve. Entrou na Escola Naval com 18 anos e sonhava em ser submarinista desde criança, em sua cidade natal em San Juan, província encravada na Cordilheira dos Andes. Já vivia com María Eugenia Ulivarri Rodi, também militar, que seria sua futura esposa.

– Papai Fernando –
Fernando Santilli, 35, era submarinista desde 2010. Engenheiro, abandonou muito cedo sua província natal de Mendoza (oeste) para realizar o sonho de ser submarinista. Seu filho Stefano, com pouco mais de um ano, aprendeu a dizer “papai” quando Fernando já estava desaparecido em alto mar, contou sua esposa, Jessica Gopar.
“Foi meu grande amor, namoramos por sete anos, seis anos de casados e nosso filho, Stéfano, que demorou para que Deus nos enviasse”.

– A espera de um filho –
O oficial Mario Armando Toconás Oriundo, 36, entrou na Marinha aos 13 anos e havia abandonado sua Patagônia natal para se instalar em Mar del Plata, próximo à base do submarino. Era esperado por um filho de quatro anos e sua companheira, grávida de quatro meses.

AFP