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domingo, 23 de julho de 2023

Perseguição a bolsonaristas - Retórica genocida - Flávio Gordon

Vozes - Gazeta do Povo

Uma temporada revolucionária – como a que estamos vivendo no Brasil, que passa por uma mudança de regime – costuma ser marcada pela incomum velocidade dos acontecimentos. 
Mudanças que, em condições normais, talvez jamais acontecessem, ou acontecessem de modo gradativo, levando nisso anos ou décadas, passam a ocorrer de um dia para o outro. De uma semana a outra, a sensação é de que se passaram séculos, tornando difícil ao cidadão comum acompanhar a intensa produção de fatos (e factoides).
 
Dias atrás, por exemplo, tínhamos notícia da confissão de um golpe de Estado por parte de Luís Roberto Barroso, ministro do STF que se assumiu integrante do grupo político que derrotou Jair Bolsonaro. “Derrotamos o bolsonarismo” – foi a fala do militante profissional (e juiz eventual) em evento da UNE, sintomaticamente discursando ao lado de Flávio Dino, o comunista que dirige a pasta da Justiça e da Segurança Pública, e do qual o magistrado – que já acelera a sua chegada à presidência da corte – parece ser um companheiro de governo.
Quando mal a oposição, enfraquecida e de mãos atadas (como sói acontecer em regimes não democráticos), ensaiava alguma reação e parte da sociedade clamava por uma investigação sobre o que exatamente teria feito Barroso para, na condição de presidente do tribunal eleitoral, “derrotar o bolsonarismo”, eis que o consórcio formado por governo, STF e imprensa amestrada lança uma espessa cortina de fumaça sobre o assunto.
 
A oportunidade foi a notícia da hostilização sofrida por Alexandre de Moraes no salão de embarque do aeroporto internacional de Roma, para onde o magistrado viajara. 
Antes que qualquer imagem do ocorrido tivesse sido disponibilizada, e antes que os acusados pudessem apresentar a sua versão, o assim chamado “jornalismo profissional” cravou a narrativa: o ministro havia sido agredido por “bolsonaristas”, que também chegaram a agredir fisicamente o filho de Moraes com um tapa no rosto. 
Na ausência de imagens que pudessem mostrar o que de fato ocorreu, o jornal O Globo – hoje praticamente indistinguível de um panfleto oficial do regime, a exemplo do Pravda soviético ou do Granma cubano providenciou uma ilustração dramatizada do episódio, chegando a retratar o filho do ministro, um adulto de 27 anos, com feições de criança.[VERDADE VERDADEIRA: o suposto agressor do filho do ministro - um adulto de 27 anos - é um idoso de 75 anos.] 
 A ilustração baseou-se única e exclusivamente no relato de Moraes.


    Diante da fala do mandatário brasileiro sobre “extirpar” determinado segmento político, lembrei-me imediatamente de frases como as de Adolf Hitler sobre os judeus

O episódio foi a senha para uma nova campanha de criminalização da oposição ao regime lulopetista e, em particular, ao assim chamado “bolsonarismo” – aquele que Barroso dissera ter derrotado. 

Na Globo News, a voz do consórcio ecoou de maneira paradigmática no comentário da jornalista Natuza Nery. Segundo ela, o ocorrido era a prova mais contundente que o extremismo (de direita, por óbvio, já que não há extremismo de esquerda) não havia acabado com a eleição.  
“O que pode garantir que situações assim cessem? Punição exemplar (...) e educação política” – declarou Natuza, sem dar maiores detalhes do que entende por “educação política”.
 
Seguiu-se um frenesi de histrionismo estratégico por parte do consórcio, de acordo com um procedimento que já se tornou padrão. Um caso que deveria ser, no máximo, enquadrado em crime contra a honra, a ser resolvido entre as partes em juízo de primeira instância, é transformado num ato gravíssimo, equiparado ao terrorismo e à tentativa de abolição violenta do Estado de Direito. 
 Reproduzindo esse teatro, e municiada com a demonização do bolsonarismo propiciada pelo episódio, a presidente do STF, Rosa Weber – que, imitando a vice-presidente americana Kamala Harris em relação ao 6 de janeiro, já havia comparado os atos de 8 de janeiro ao ataque japonês à base naval de Pearl Harbor –, autorizou uma inusitada operação de busca e apreensão, de teor claramente vingativo e intimidatório, na residência dos acusados da suposta (é sempre bom ressaltar, pois até agora só temos uma versão parcial do caso) agressão a Moraes. 
 
No mesmo diapasão, a Procuradoria-Geral da República solicitou a Moraes que exija das redes sociais em funcionamento no Brasil o fornecimento de uma lista com a identificação de todos os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro.  
Em suma, de uma hora para outra, o Estado passa a reivindicar acesso aos dados privados de milhões de cidadãos brasileiros, suspeitos do “crime” de esposar uma determinada orientação político-ideológica, contrária aos mandatários do atual regime, um procedimento característico de regimes totalitários como a Venezuela ou a Coreia do Norte.

Mas o mais grave ainda estava por vir. Discursando em Bruxelas na manhã de hoje, dia 19, ninguém menos que o presidente da República, o descondenado-em-chefe Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitou o episódio da suposta agressão ao companheiro Alexandre de Moraes para proferir as seguintes palavras: “Um cidadão desse é um animal selvagem, não é um ser humano (...) Essa gente que renasceu no neofascismo colocado em prática no Brasil tem de ser extirpada”.

Veja Também:

    Estado Excepcionalíssimo de Direito

    Expurgos

    Um dia viveremos sem medo? Registros da presente ditadura no Brasil

Note-se que o presidente da República não se restringiu a comentar individualmente sobre o suposto agressor de Moraes, o que já seria alarmante, sobretudo porque nada ainda permite extrair uma conclusão inequívoca sobre o episódio. O mandatário, amigo e aliado de narcoditadores e criminosos contra a humanidade como Maduro e Ortega, referiu-se a “essa gente”. É “essa gente”, comparada a um animal selvagem, que o presidente da República diz querer extirpar. São esses, segundo os dicionários, os sentidos possíveis do verbo extirpar: “Arrancar pela raiz, extrair (como, em medicina, um cisto, um dente, um tumor etc.). Destruir por completo”.

“Essa gente”, “um animal selvagem”, “extirpada”. Em períodos recentes, é difícil lembrar de algum líder de qualquer pretensa democracia no Ocidente utilizando abertamente, em público, esse tipo de retórica, a qual, a meu ver, pode perfeitamente ser qualificada como genocida. Com efeito, diante da fala do mandatário brasileiro sobre “extirpar” determinado segmento político, lembrei-me imediatamente de frases como as de Adolf Hitler sobre os judeus: “Já não são seres humanos. São animais. Nossa tarefa não é, portanto, humanitária, mas cirúrgica. Caso contrário, a Europa perecerá sob a doença judia”. Ou a de Lazar Kaganovich, braço-direito de Stalin, sobre os inimigos do Estado soviético: “Pensem na humanidade como um grande e único corpo, mas que, periodicamente, requer algum tipo de cirurgia. Ora, eu não preciso lembrá-los de que não se faz uma cirurgia sem cortar membros, destruir tecidos e derramar sangue”. É a essa cultura política que a frase do petista nos remete.


    Hoje, os assim estigmatizados como “bolsonaristas” foram efetivamente reduzidos à condição de párias e inimigos do Estado, indignos, portanto, de todas as garantias constitucionais dadas aos demais cidadãos

Há coisa de um ano, antes ainda da eleição presidencial que levou o lulopetismo de volta ao controle do Executivo, publiquei uma coluna com o título “O estigma do bolsonarismo”. Nela, destacava a virulência da linguagem que a imprensa e o meio jurídico começavam a empregar sistematicamente, e sem qualquer pudor, ao se referir a Bolsonaro, seus eleitores e admiradores. Depois de mencionar casos extremos nos quais uma retórica desumanizadora conduziu ao genocídio, observei: “No Brasil, não existe obviamente algo similar a esses casos extremos de violência política. No entanto, na esfera da linguagem, já se observa há algum tempo um mecanismo cada vez mais virulento de estigmatização, processo que tem como alvos o presidente Jair Bolsonaro, seus apoiadores e qualquer um que, apenas por não aderir irrestritamente à agenda da oposição, venha a ser marcado com o estigma do bolsonarismo. São recorrentes os exemplos de linguagem estigmatizadora e desumanizadora, utilizada com cada vez menos cerimônia (...) Fulano é bolsonarista, logo, contra ele tudo é permitido – eis, enfim, o silogismo consagrado nas redações, nos estúdios, nos palcos e nos tribunais do Brasil de nossos dias.”

Impressiona constatar como avançamos na direção da violência política. 
Hoje, os assim estigmatizados como “bolsonaristas” foram efetivamente reduzidos à condição de párias e inimigos do Estado, indignos, portanto, de todas as garantias constitucionais dadas aos demais cidadãos. 
Basta ver o tratamento desumano a que estão submetidos os presos políticos do 8 de janeiro, dentre eles idosos e doentes (até mesmo um autista, só recentemente liberado), cujo encarceramento prolongado, que já dura mais de seis meses, não se justifica sob nenhum aspecto legal. 
 
 Mas assusta presenciar o próprio presidente da República empregando essa verborragia desumanizadora, uma verborragia que, ao longo da história, invariavelmente antecedeu e preparou perseguições políticas e assassinatos em massa.  
E assusta, sobretudo, constatar que, hoje, já não há qualquer instituição, quer estatal, quer civil, disposta a lhe fazer um contundente contraponto. Seguiremos daí na coluna da semana que vem.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Flávio Gordon, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 8 de abril de 2023

Politizar a monstruosidade é simplesmente abjeto - RodrigoConstantino

Gazeta do Povo - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O Brasil ficou em choque com a notícia do ataque monstruoso numa creche de Blumenau, em SC. 
Um assassino usou um machado para matar crianças. 
Não pode haver nada mais terrível do que isso. É o tipo de tragédia que nos paralisa e nos faz pensar sobre o que é o homem e até onde pode ir sua maldade.

Fenômenos assim não possuem explicação simplória. Desde sempre os seres humanos debatem a essência do Mal. Santo Agostinho deu colaborações importantes ao tema. Meu cuidado, ao comentar brevemente o assunto na minha live Tudo Consta no mesmo dia, foi fugir das causas únicas.

Podemos - e devemos - debater a impunidade, a falta de estrutura familiar, a ausência de Deus na vida de muita gente, que fica sem propósito elevado, o esgarçamento dos valores morais, as redes sociais influenciando malucos, a própria doença mental etc.  
São várias abordagens possíveis e conjuntas, e como nesse caso o monstro usou uma arma branca, a esquerda não conseguiu culpar a arma de fogo, como de praxe.

Mas eis que um comentarista da Globo News, Octavio Guedes, resolveu culpar Bolsonaro! Ao falar da desgraça em Blumenau, Guedes disse que vivemos o problema de uma sociedade adoecida por "anos de discurso de ódio", por um discurso "contra a escola". Ele acredita haver um "caldo" contra a escola que vem da "extrema direita" que levou Bolsonaro ao poder. [e, com as bênçãos de DEUS, o trará mais algumas vezes.]

A jornalista Paula Schmitt comentou: "Quando um monstro mata crianças, e um jornalista explica que o monstro fez isso porque ele tinha razões para fazê-lo, o jornalista está dizendo a todos os futuros assassinos de crianças que suas motivações serão entendidas, e que sua culpa será sempre atenuada pelas circunstâncias".

O deputado Nikolas Ferreira desabafou: "No momento de dor, ao invés da esquerda pedir penas mais duras e rígidas contra criminosos, ou debater o tema com seriedade e profundidade, ficam fazendo política em cima de caixões de crianças pra colocar culpa em opositor político. Vão se tratar".

Barbara, do canal TeAtualizei, foi na mesma linha: "
Querem criminalizar a oposição, fazer com que 50 milhões de pessoas sejam silenciadas, usando uma tragédia com crianças. A ditadura no Brasil segue a passos largos. O pensamento único deve ser implementado e os dissidentes presos e exterminados. Stalin e Hitler faziam assim".

Leandro Ruschel buscou alguns fatos sobre o monstro para esclarecer pontos importantes: "O que já se sabe sobre o cachorro louco de Blumenau, que assassinou brutalmente crianças pequenas numa creche: 1) O sujeito foi preso quando adolescente por ter esfaqueado o próprio padrasto. Como era "de menor", pouco tempo ficou preso.  
2) Quando adulto, foi preso por posse de drogas, lesão corporal e dano a propriedade. 
3) Segundo a polícia, durante o ataque de hoje, o sujeito estava em surto psicótico. Claramente, um animal que deveria estar enjaulado. Melhor ainda seria modificar a lei brasileira para permitir a pena de morte para crimes desse tipo". [e a pena de prisão perpétua para os monstros que os apoiam; nossa opinião é que só a MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS protegerá nossas crianças, nossos filhos = além de melhorar a disciplina e desestimular amebas como a de Blumenau, são sempre covardes, e sabem que se tentarem em uma escola militarizada serão abatidos.]

Talvez o Mal sempre vá existir entre nós. Há seres humanos capazes das maiores monstruosidades, eis um triste fato. Podemos debater, porém, atenuantes. A impunidade vem à mente, claro, por mais que loucos suicidas não sejam impedidos por medo de punição.

Deputados federais alinhados à pauta da segurança pública querem celeridade na aprovação de projetos que endureçam penas em casos de homicídios qualificados em escolas e creches e propõem que haja segurança armada nas instituições de ensino. [talvez, por razões burocráticas nas escolas particulares a militarização seja inviável; mas nas escolas públicas a MILITARIZAÇÃO prevalecerá sobre qualquer outro sistema, havendo, se muito, um pequeno aumento de custos e o aluno terá mais propensão a respeitar o professor militar, que também terá autoridade e condições para, se necessário, abater qualquer invasor.]  

Após o ataque em uma creche que deixou quatro crianças mortas e quatro feridos em Blumenau (SC), parlamentares da oposição e independentes ao governo federal apresentaram, nesta quarta-feira (5), pedidos de requerimento de urgência para votar diretamente em plenário propostas com potencial de coibir atividades criminosas no ambiente escolar. [uma certeza temos: a esquerda vai se opor e tentar sabotar, ou retardar, as medidas que são urgentes e inadiáveis;
-afinal, bom ter presente que uma ministra do DESgoverno Lula, não lembramos de qual ministério (parece ser o da 'cultura' ou dos 'direitos humanos'), foi contra o BOPE  subir a favela da Maré no Rio - é a que tem uma única linha no currículo 'irmã de uma vereadora assassinada'.]

Além da tragédia em Santa Catarina, houve outra em uma instituição de ensino na semana passada - em São Paulo. Um adolescente, de 13 anos, atacou professoras e alunos de uma escola estadual na capital paulista, com uma faca. Uma professora de 71 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas.

Diante da pura barbárie, o ser humano se sente muitas vezes impotente e em choque. Como pode alguém, um ser humano, matar crianças com um machado numa creche, do nada?! Quem tem alguma sensibilidade e empatia ficou de estômago embrulhado com essa história tenebrosa.

Mas o comentarista da Globo News achou que era a hora de atacar Bolsonaro e o "discurso de ódio" da "extrema direita". É inacreditável a fala de Octavio Guedes, usando o ex-presidente para basicamente justificar a monstruosidade do assassino de crianças
Que postura abjeta e desprezível! 
A emissora pretende mantê-lo no quadro de comentaristas mesmo após esse comentário inaceitável e absurdo? [talvez as coisas mudem no ex-maior grupo de comunicação do Brasil; hoje mesmo, o jornal O Globo publicou editorial, no qual, ainda que timidamente, começa a reconhecer o quanto o Brasil foi prejudicado e continua sendo pelos que fizeram o L.
Em nossa opinião uma medida que provaria a sinceridade de propósitos daquele Grupo seria demitir, sumariamente, aquele casal que ainda apresente o que foi o maior telejornal do Brasil e que inocentaram, ao vivo e em rede nacional, um criminoso condenado por 9 juízes, tudo referendado em três instâncias.]


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

O vandalismo e suas misteriosas prevaricações - Percival Puggina

O estresse político brasileiro é um corruptor de consciências. Multidões perdem noções básicas de certo e errado que introduzem o senso moral e que toda criança sob cuidados familiares ouviu dos adultos: “Não faças aos outros o que não gostarias que fizessem contigo”; “Tua liberdade vai até onde começa a liberdade do outro”; “Evita as más companhias”, etc.

Não obstante a obviedade destes marcos morais, milhões de pessoas aceitam o abuso do poder exercido contra quem pensa diferente, aplaudem personagens que não seriam convidados para jantar com a família de quem aplaude. E por aí vai a razão cedendo lugar à paixão.

Álvaro Moreyra, poeta porto-alegrense que foi membro da Academia Brasileira de Letras, escreveu em “Lembranças... as amargas não” que no fim somos “biblioteca de nós mesmos, nosso próprio repertório”. Haveria menos imbecis e menos canalhas se todos estivéssemos atentos a isso.

Como escrevi enquanto os fatos aconteciam, na tarde do domingo dia 8, aquelas aberrações que feriram toda consciência bem formada beneficiavam exclusivamente o governo. 
Agora é possível explicitá-lo claramente pela conduta dos diversos atores. A ingenuidade da imensa maioria dos manifestantes, o desatino de alguns e a infiltração de outros deram suporte ao discurso do golpismo, reforçaram o palavrório de Lula no exterior, criaram a organização que faltava à sanha punitiva do ministro Alexandre de Moraes, fortaleceram a candidatura do omisso senador Rodrigo Pacheco à presidência do Senado e reduziram as bancadas de oposição nas duas casas do Congresso Nacional. Impossível apresentar à nação, ao vivo e a cores, algo com tamanho poder de beneficiar o adversário e causar tanto dano a quem são atribuídas as ações.

É inevitável que essa constatação nos remeta à conhecida frase de Napoleão: “Jamais interrompa seu inimigo quando ele estiver cometendo um erro”.

No calor dos acontecimentos, a base do governo no Senado tratou de pedir uma CPI. Ela foi proposta pela senadora Soraya Thronicke e contou com a habitual dedicação do senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, que logo garantiu já ter asseguradas as 27 assinaturas necessárias. Horas mais tarde, ainda no dia 9, já eram 31 os senadores signatários do requerimento da recém-batizada CPI do Terrorismo. No dia seguinte, a Revista Exame passou a régua e totalizou 41 apoiadores (mais da metade do plenário da Casa). O número deve ter continuado crescendo porque também os senadores da oposição concordavam com ser um dever do parlamento investigar atos criminosos cometidos contra o Legislativo.

Quando a poeira das investigações começou a baixar, soube-se que o governo não estava entusiasmado com a ideia da CPI. Interrogado sobre esse recuo na entrevista que concedeu à Globo News, Lula falou do que já estava sendo feito pelo governo e foi ajudado pela própria apresentadora (coisas do jornalismo independente) que completou por ele: “Porque a gente sabe como as CPIs começam, mas nunca sabe como terminam”. Isso significa que no pluralismo de uma CPI, a luz pode entrar, também, por outras portas e janelas.[tanto a luz quanto nomes, com provas, de esquerdistas infiltrados.]

O objetivo principal da CPI, além de identificar os responsáveis e os mandantes das condutas criminosas, é saber quais as forças que se conjugaram para que a omissão permitisse os atos de barbárie que horrorizaram o mundo. 
Por que, raios, quando tantos, com tanto poder, estavam sabendo que “algo” grave estava por acontecer, ninguém se mobilizou para impedir? Quantos prevaricaram? Hoje, passadas duas semanas, a oposição quer a CPI e o governo se desinteressou dela. Por quê?

Para essa pergunta, a jornalista da Globo News teve uma resposta que emprestou ao Lula.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

E Lula dilmou de vez - Percival Puggina

Adivinhe qual a emissora de TV que Lula escolheu para sua primeira entrevista de temas múltiplos após o início de seu governo? Bingo! Acertou de cara, amigo leitor: a Globo News, representada no ato pela indefectível jornalista Natuza Nery, comentarista de política do canal e de quem nunca se viu, em quatro anos, o mais tênue deslize em sua trincheira oposicionista.

Lula falou sobre a necessária aplicação da lei aos que tentaram golpe de Estado, disse que os militares devem tirar a farda para fazer política e prometeu acabar com o desmatamento. E, de repente se pôs a falar sobre Economia. Nessa área ele consegue ser pior do que Fernando Haddad e transforma a estabanada Dilma Rousseff em seu posto Ipiranga.

O jornalista Álvaro Gribel, da mesma Globo, e sobre cuja posição não cabe dúvida, pois considerou serem palavras “de estadista” aquelas com que Lula respondeu as três questões mencionadas acima, criticou fortemente as posições do novo presidente em questões econômicas. Lula considerou uma bobagem a independência do Banco Central, reiterou ser contra a meta de inflação e contra o teto de gastos.

Lula sempre pensou assim. Lá atrás, no começo do século, ele já pensava “que uma inflaçãozinha não fazia mal algum”. Não foi por outra razão, além da inveja que tinha de FHC, que seu partido se opôs ao Plano Real, sem o qual estaríamos até hoje em hiperinflação. E aquela loucura dos anos 90 do século passado começou com alguma inflaçãozinha e descontrole fiscal vinte anos antes.

Para Lula, estabilidade social e fiscal são objetivos antagônicos por causa da ganância das pessoas mais ricas.  
Ao que se acresce uma sentença que deveria ganhar versões em bronze e enviada aos empresários que apoiaram a volta de Lula ao poder: “O empresário não ganha muito dinheiro porque trabalhou, mas porque os empregados dele trabalharam”.

O novo governante tem instalada na cabeça, sobre Economia, uma verdadeira súmula das idéias que deixaram a situação fiscal do Brasil em pandarecos nas mãos de seu partido, mesmo transcorridas suas quatro gestões num dos períodos mais benfazejos em tempos de globalização. Para ele, todo gasto do governo, mesmo furando o teto, mesmo aumentando impostos, mesmo reestatizando o que foi privatizado, mesmo ampliando a inflação, é “investimento”. Gasto, do tipo dinheiro roubado (imagino), é pagamento de juros.

Ele não sabe que juros elevados não são sobrepreço de empreiteiras e fornecedores. 
Eles são pagos a quem usa seus recursos privados para financiar a despesa pública superior à receita. 
Ou seja, juros da dívida são a consequência inevitável da irresponsabilidade fiscal.  
E é exatamente isso que ele vem prometendo cada vez que fala sobre Economia.

Se, como se diz, “promessa é dívida”, as de Lula  fazem isso mesmo: vão aumentar o endividamento do Estado. Em entrevista exclusiva à Globo, como deferência à empresa e prenúncio de tragédia à nação, Lula apontou o caminho do fracasso.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Globo rejeita entrevista de Bolsonaro no Palácio da Alvorada

 
[PARABÉNS!!!  Presidente Bolsonaro. O senhor tem o direito de EXIGIR onde quer que a entrevista se realize e o Senhor,  não perdeu, nem perderá nada  não participando da entrevista. QUE VENHAM OS DEBATES... Vale a pena aguardá-los.]

Segundo a emissora, presidente não aceitou as regras da entrevista no Jornal Nacional [no caso,  o presidente exigiu que a entrevista fosse no Palácio da Alvorada e a emissora não aceitou.] e, por isso, ela não será realizada

A Globo anunciou que o quadro de entrevistas com os candidatos à Presidência da República nas Eleições de 2022 durante o Jornal Nacional não terá a presença de Jair Bolsonaro. Segundo a emissora, o atual presidente do Brasil não aceitou as regras da entrevista. A assessoria de Bolsonaro solicitou que a participação dele fosse feita diretamente do Palácio da Alvorada.

Depois das eleições de 2014, a Globo decidiu entrevistar todos os candidatos à Presidência da República sempre em seus estúdios, de forma a demonstrar que todos os candidatos são tratados em igualdade de condições.“A regra não foi contestada pela assessoria de Bolsonaro quando das entrevistas no g1 e na GloboNews. A Globo rejeitou o pedido da assessoria. No fim da noite de quinta-feira (04/08), a assessoria de Bolsonaro enviou e-mail reiterando a disposição de conceder a entrevista, desde que ela seja realizada no Alvorada, alegando para isso compromissos de campanha anteriormente assumidos. Diante das regras anunciadas reiteradas vezes, a Globo rejeitou o pedido e, por isso, a entrevista não será realizada”, afirmou o texto publicado pela equipe da emissora. [O presidente da República, a maior autoridade do Brasil,  tem o direito de escolher o local, no mínimo, por razões de segurança.]

 
Política - Correio Braziliense
 
 

 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

HÁ ESPELHOS NESSES GABINETES? - Percival Puggina

“Eu não acredito que as Forças Armadas se coloquem a serviço de um discurso inaceitável de um capitão”, diz Barroso sobre Bolsonaro.

Nem o balé Bolshoi consegue montar uma cenografia tão perfeita e coordenar seus elementos tão sincronicamente quanto o conjunto formado pela militância do STF e o mau jornalismo dos grandes grupos de comunicação. Funcionam tão bem que já há quem fale em união estável.


 

O Portal Alta Definição transcreveu o seguinte trecho da entrevista que o ministro concedeu à Globo News no último dia 16:

“O mau perdedor não reconhecer a vitória do vencedor pode ocorrer em qualquer parte do mundo, como aliás, ocorreu nos EUA, o presidente Trump jamais admitiu a derrota mesmo perdendo por muitos votos de delegados e teve 7 milhões de votos a menos que o presidente Biden. Ele não aceitou a derrota e ficou por isso mesmo, ele continuou não aceitando e o presidente vencedor tomou posse. O mesmo se passará aqui. Não há remédio na farmacologia jurídica contra maus perdedores”.

O TSE é formado por sete membros, sendo três do STF. Mesmo com a saída do ministro Barroso, cujo mandato se encerra dia 22 vindouro, a animosidade em relação ao governo como se sabe, não se altera com o ingresso do ministro Lewandowski. O atual colegiado do Supremo não vê as consequências junto à sociedade das decisões que toma, nem mesmo quando há uma eleição nacional em disputa. Para a democracia, o real desalinhamento da balança é mais ameaçador que uma imaginária linha de canhões.

Nesse sentido, a aprovação, o aplauso e a conivência dos grandes grupos de comunicação e do jornalismo militante muito contribuem para que se aprofunde a tirania. Não se deixe seduzir pela aparência benigna e generosa com que tais condutas costumam fantasiar todas as suas manifestações na História.

No entanto, é com preocupação que vejo esse ânimo tendo presença assegurada na composição do TSE que administrará e atuará com funções judiciais durante o pleito de outubro. Os três ministros do STF com assento no tribunal eleitoral são inimigos assumidos do presidente da República. 
Nem em atos públicos de posse dissimulam esse estado de espírito suficientemente impeditivo. 
 Mas estamos no Brasil e aqui ministros do Supremo falam mais que locutor de futebol em emissora de rádio.

Aliás, falam mais e com mais liberdade do que concedem a quem deles diverge. Mantêm, para estes, um inquérito permanente, um inquérito topa tudo, tamanho único, finis mundi (como o denominou o ex-ministro Marco Aurélio), com mil e uma utilidades, a exemplo do velho e prestativo Bombril. 

Enquanto falam como falam e agem como agem, reclamam de polarização, do clima da eleição e conclamam à pacificação! Existem espelhos nesses gabinetes?

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Neonazista mata cachorro e ameaça servidores da Anvisa: "Vão pagar caro"

No final de um e-mail enviado ao órgão, o autor fez uma saudação nazista e escreveu 'Bolsonaro 2022' 

Um homem enviou um e-mail com uma série de ameaças aos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última segunda-feira (27/12). O caso foi divulgado pela jornalista Natuza Nery, do Globo News, que diz ter recebido um documento com as intimidações enviadas para servidores do órgão após a aprovação da vacinação contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos.

A jornalista leu trechos do e-mail durante programa exibido pela emissora nesta quarta-feira (29/12). “Essa pessoa (o autor) dá o nome e o CPF. E é um neonazista. Ele anexa um vídeo executando o próprio cachorro, enforcando o próprio cachorro, e diz ‘olha o que vai acontecer com vocês’. É assustador!”, conta a jornalista.

Em outro trecho do e-mail, lido pela jornalista, o autor das ameaças diz que virá a Brasília "purificar a terra”. “Os senhores vão pagar caro! Irei me deslocar da minha casa, no Rio Grande do Sul, até Brasília, e irei purificar a terra onde a Anvisa está instalada usando combustível abençoado. O apocalipse se aproxima”, diz.

“Ele dá o CPF, diz o estado onde mora, mas fala ‘estarei muito longe quando o ministro Xandão (Alexandre de Moraes) mandar os vagabundos parasitas da PF (Polícia Federal) aqui pra casa’”, lê a jornalista, que diz que o autor termina o e-mail fazendo uma saudação nazista e escrevendo "Bolsonaro 2022".

Confira o vídeo:


Bolsonaro investigado por intimidação
As ameaças contra os servidores da Anvisa se intensificaram após a aprovação dos imunizantes contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Em uma live no dia 16 de dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que pediu, extra-oficialmente, “o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos”.

“Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, forme o seu juízo”, disse o presidente na transmissão.

Mesmo com a repercussão negativa da declaração, Bolsonaro continuou reforçando o posicionamento. No dia 19 de dezembro, enquanto caminhava pela Praia Grande, litoral de São Paulo, o presidente disse para apoiadores que era “inacreditável” o que a Anvisa fez.

"Criança é coisa muito séria. Não se sabe os possíveis efeitos adversos futuros. É inacreditável, desculpa aqui, o que a Anvisa fez. Inacreditável", disse o chefe do Executivo, em vídeo que foi postado nas redes sociais dele.

Nesta semana, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da União (PGR) um pedido para que Bolsonaro seja investigado por suposta intimidação de servidores da Anvisa.

[Comentando. A jornalista age no padrão comum à midia militante e que tem como base a regra:  NÃO SEI DO QUE SE TRATA, MAS O CULPADO É BOLSONARO 
Seguindo tal regra a repórter faz uma leitura de trechos 'pinçados' do e-mail, interpreta, julga, decide sobre o que pode ou não o presidente Bolsonaro fazer e por aí vai.
Associa a suposta morte de um cachorro a um suposto neonazismo do suposto autor do suposto e-mail que ela diz ter tido acesso.
Inimigos do Brasil, inimigos do presidente Bolsonaro, vocês podem, e devem, denunciar eventuais práticas criminosas de qualquer pessoa - incluindo as do nosso presidente - mas tais denúncias devem ser fundamentadas em provas, portanto, narrativas criativas nada valem. 
Agora mesmo acusam o presidente Bolsonaro por um suposto descaso no trato da lamentável  tragédia que acontece na Bahia.  
O que o povo baiano precisa é de ajuda efetiva, concreta, para minorar os lamentáveis danos causados pela tragédia natural que se abate sobre o estado baiano - para tanto o presidente já liberou R$ 110 milhões, para ações de recuperação de infraestrutura rodoviária, de ajuda humanitária, de saúde e de respostas a efeitos sociais e econômicos das enchentes nos municipios  atingidos.
Discursos vazios o presidente prefere deixar a cargo do petista que governa a Bahia - roubar e/ou jogar conversa fora é especialidade de 99% dos políticos petistas. 
Quanto à interpretação de comentários do presidente sobre decisões da Anvisa, mantemos nossa opinião de que as decisões da administração pública, em qualquer órgão (exceto as que envolvam a Segurança Nacional) devem ter ampla publicidade, não se justificando o anonimato dos seus autores.]

Brasil - Correio Braziliense


terça-feira, 2 de julho de 2019

A conspiração Tabajara e conexão STF - Arapongas

O povo parece estar mais atento para impedir que os sorridentes sabotadores lhe tomem o que é dele



 
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, declarou que, se fosse parlamentar, Sergio Moro estaria preso. Nenhuma autoridade ou figura pública relevante jamais havia se referido ao ex-juiz e atual ministro da Justiça dessa forma. Nem os arapongas do Lula fantasiados de jornalistas investigativos, que saíram à caça aberta do homem que simboliza a operação Lava Jato, falaram em prisão de Moro.


sábado, 10 de novembro de 2018

Presepada ou Terrorismo

Pelo Facebook, um petista devocional candidatou-se a matar o juiz Sergio Moro: "(...) se o partido não tiver homens de coragem para matá-lo é só me contactar, tanto tenho coragem como prazer de vê-lo virar cinzas...", disse. Depois, vendo que  repercutiu mal, recuou, alegando que exagerou e que foi "uma bobagem da boca pra fora".

Pensará que tudo termina com uma explicação evasiva? Ora, não se trata de um exaltado moleque de grêmio estudantil: Carlos Roberto Rodrigues Vieira, conhecido como "Carlinhos Francelino", é empresário da construção civil em Miraí, MG. E o sentido de suas palavras não está adstrito à literalidade da postagem: constitui, isto sim, um recado à militância fanática, obcecada e manipulável. Não! Não foi só uma presepada. Ao se oferecer como voluntário para matar Sergio Moro, ele deu a dica de como o crime pode ser executado por uma mente doentia e fanatizada: "Podem me encher de explosivos que chego perto dele e aciono os explosivos (...)". Só que ninguém é besta de acreditar que ele o faria com prejuízo da própria vida ou da própria liberdade.

Num caso assim, advogados de defesa cuidam de desqualificar a literalidade do manifesto e se apegam à "intenção" do agente, o que é praticamente insondável: como testificar o fluxo de consciência de alguém? Mas, à parte de eventuais malabarismos advocatícios, é difícil negar que ele lançou a ideia para que algum fanático imite o Estado Islâmico e se exploda como homem-bomba para assassinar Sergio Moro. Não há como compreender sua conduta separadamente do contexto, que combina a existência de uma legião de fanáticos e um conjunto de teses falsas para incendiar o fanatismo. São muitas mentiras! Uma é a de que Lula é vítima inocente, um perseguido político, a figura messiânica que "a direita" afastou injustamente do cenário político - mentira muito eficaz, eis que, mesmo sem ler a sentença condenatória, petistas têm convicção de que Lula é inocente.

Outra mentira é a de que Sergio Moro condenou Lula para ganhar um ministério no futuro governo de Bolsonaro. Essa mentira é tão estúpida que chegou a ser repelida até pelos petistas da Globo News! Mas  igualmente eficaz, agudizando a paranoia da raia miúda do PT. Agora, na lógica da lei penal, o agente responde por seus atos, não por suas intenções. O que o empreiteiro petista fez foi incitar fanáticos à prática do ato de terrorismo por ele descrito. Com tal conduta, ele configura uma ameaça à segurança nacional. Desculpas esfarrapadas já não lhe servem. Assim, dado ter o Estado o monopólio da persecução penal, fica-se à espera de uma efetiva ação das autoridades constituídas.

Por: Renato Sant'Ana é Psicólogo e Bacharel em Direito.
 
 

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Bolsonaro ganha da Globo dentro da Globo



Fantástico, o show da vida... 



O deputado Jair Bolsonaro (PSL) fez barba, cabelo e bigode. Um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes adiou a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a abertura de mais um processo contra ele, dessa vez por crime de racismo.

No Jornal Nacional, que entrevista os principais candidatos a presidente da República, Bolsonaro venceu o confronto com os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos. Foi o maior comício eletrônico de sua vida. Saiu maior do que entrou.

Mais tarde, no Jornal das 10 da GloboNews, comportou-se como quem não tinha mais o que perder. Os jornalistas à sua frente pareciam jogar para cumprir tabela. Um caiu na pegadinha de Bolsonaro de querer saber o que estava escrito em sua mão.

No bunker da Globo, Bolsonaro bateu na Globo, para delírio dos seus seguidores e de uma parte grande do PT. Bateu também no PT, o que Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (REDE) não fazem por tributários do PT, e Geraldo Alckmin (PSDB) por que… Sei lá!

Até aqui, Bolsonaro é o candidato que melhor sabe falar o que deseja ouvir expressiva fatia do eleitorado. E o faz com a profundidade de um pires. Vila Madalena e Leblon podem não admirá-lo (duvido!), mas o Jardim Ângela e a Baixada o escutam.
 

Blog do Noblat - Veja