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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O debate da Record em 7 frases



PT e Bolsonaro, os alvos 



“O ódio não cria empregos, a vingança só cria destruição, muito menos aumenta a renda e a segurança da população”. (Henrique Meirelles, PMDB, que prometeu aumentar o programa Bolsa Família e disse que nenhum país democrático tem um Bolsonaro como presidente.)

“Quem é o senhor? Qual é a postura que o senhor tem para tomar e assumir a cadeira de Presidente da República? Estou falando isso para o Haddad”. (Cabo Daciolo, PATRIOTA.)

“Eu vejo que o PT acabou criando o Bolsonaro, e o Bolsonaro é o maior cabo eleitoral do PT. Você não precisa ficar entre a cruz e a espada. Há esperança. Nós estamos aqui”. (Marina Silva, REDE, que se oferece para unir o país.)

“Repudio, desde a juventude, todos os governos autoritários, de direita e esquerda”. (Fernando Haddad, PT.)

“Você não acredita numa única palavra do que acabou de dizer”. (Ciro Gomes, PDT, ao comentar o que Haddad havia dito sobre reforma da Constituição.)

“Estou de acordo que precisamos sair desse radicalismo de esquerda e direita. É impressionante como os radicais se atraem”. (Geraldo Alckmin, PSDB, que prometeu aumentar o salário mínimo acima da inflação.)

“Eleição não é corrida de cavalo, que você escolhe quem está em primeiro lugar.” (Guilherme Boulos, PSOL)

 

Em debate, candidatos a presidente atacam Bolsonaro e Haddad, e criticam polarização [Covardia, visto que Bolsonaro não estava presente para se defender.]

Presidenciáveis defendem voto contra extremos e se apresentam como terceira via nas eleições

Uma estratégia uniu neste domingo adversários na sucessão presidencial: sete dos oito candidatos, em debate na TV Record, se posicionaram contra a polarização, indicada pelas pesquisas eleitorais. Em sua maioria, apontaram Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), os mais bem colocados nas pesquisas, como um risco à democracia. Mesmo ausente, Bolsonaro foi lembrado com mais frequência do que em outros debates que ocorreram depois de ser alvo de atentado em Juiz de Fora (MG). Todos fizeram referências às eleitoras, em alusão clara às manifestações do “Ele Não”, organizadas pelas mulheres contra o candidato do PSL.

O capitão da reserva foi criticado numa dobradinha entre Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Depois, Marina Silva (Rede) associou Bolsonaro a Haddad, e disse que ambos representam projetos autoritários. Haddad foi criticado por Marina e Ciro pela proposta de “criar condições” para convocar uma Assembleia Constituinte, que consta em seu programa de governo.

Marina fez sua crítica após ser questionada por Ciro sobre a desconfiança levantada por Bolsonaro em relação às eleições . O candidato do PSL declarou, semana passada, que só uma fraude impediria sua vitória nas urnas.  — Temos que enfrentar dois projetos autoritários: aqueles com saudosismo da ditadura, e aqueles que fraudaram a eleição de 2014, como foi o caso da Dilma e do Temer pelo uso da corrupção. O Brasil não precisa ficar entre a espada da corrupção e a cruz do autoritarismo — disse Marina.

A candidata da Rede citou ainda as propostas do PT de controle da mídia e de convocação de uma Assembleia Constituinte: — Isso também é um risco à democracia.
No terceiro bloco, foi a vez de Ciro Gomes questionar Haddad sobre a proposta de uma Constituinte. Ciro disse que era preciso que o adversário fosse claro sobre o assunto porque o presidente da República “não tem esse poder”. Haddad recorreu ao ex-presidente Lula. — Na verdade, a nossa Constituição tem mais de 100 emendas. O presidente Lula era candidato até pouco tempo atrás. Ele imagina uma situação em que nós poderíamos criar as condições para que nós pudéssemos, no futuro, não agora, ter uma constituição mais moderna. Mais enxuta, com princípios e valores bem constituídos. Reequilibrar os poderes da República.

Deu-se então um embate: Você não acredita numa única palavra do que acabou de dizer. Não existe assembleia constituinte convocada pelo presidente da República. E o mais grave: você e eu sabemos bem, e a sociedade brasileira precisa saber, que as constituições nasceram para frear a prepotência dos poderosos. Eu quero seguir a democracia porque é meu compromisso de vida, como eu sei que é o seu. Essas palavras foram postas na sua boca. Porque infelizmente é uma vingança que você está encarregado de fazer. O general Mourão propôs a mesma coisa.
— Não tem nada a ver. Nossa proposta não prevê conselho de notáveis — disse Haddad.

O pedetista voltou a se apresentar como uma opção para romper a polarização entre Bolsonaro e o PT:  — A política brasileira está chafurdando no ódio, e isso atingiu seu apogeu agora. Peço que o povo reflita sobre isso, para que a gente possa unir o Brasil.
O mesmo fez Geraldo Alckmin (PSDB), que a todo momento fazia referências ao PT e ao candidato do PSL :

— Nem o radicalismo do PT, nem o do Bolsonaro. Eles não.

VOSTOK 2018
Em um dos momentos de descontração no terceiro bloco, Cabo Daciolo arrancou aplausos da plateia ao se empolgar numa pergunta a Ciro Gomes e deixar para os últimos segundos o tema que gostaria de abordar - o volume de recursos no fundo eleitoral. Na tréplica, Daciolo foi além: disse que o Brasil precisa de "patriotismo" e "civismo" e pediu que os telespectadores pesquisassem sobre o "evento Vostok 2018". Tratam-se de manobras militares realizadas pela Rússia em seu extremo oriente, no meio de setembro, com participação de militares da China e da Mongólia. O treinamento, que envolveu quase 300 mil militares, foi o maior das últimas três décadas no país.
- Tem um perigo iminente. Pode chamar o Daciolo de louco, mas vai aí no Google e pesquisa o evento 'Vostok 2018'. Rússia e China fazendo articulação de guerra contra os EUA, uma guerra comercial, porque o PIB mundial chegou a um teto, não cresce mais. Nós vamos defender a nação brasileira.

Americano e japonês dividem Nobel de Medicina por tratamento contra o câncer


Os imunologistas James P. Allison e Tasuku Honjo venceram nesta segunda-feira (1) o Prêmio Nobel de 2018, graças às pesquisas que conduziram sobre uma terapia natural para conter o avanço de câncer.


 Nobel de Medicina (Crédito: Sam YEH / AFP)

A Academia Sueca anunciou que o americano e o japonês dividirão o prêmio de 9 milhões de coroas suecas.  Os dois desenvolveram pesquisas separadas sobre uma terapia contra o câncer por meio da inibição da regulação imune negativa. De acordo com especialistas da área, o estudo é inédito pois, pela primeira vez, uma terapia se foca nas células do sistema imunológico, e não no próprio tumor. 

Amanhã, o comitê do Prêmio Nobel, localizado em Estocolmo, anunciará o premiado em Física e, na quarta-feira, o de Química. Neste ano, não haverá o Nobel de Literatura devido ao caso do francês Jean-Claude Arnault, de 71 anos. Já o Nobel da Paz será anunciado em 5 de outubro. 

ANSA


Entre a prisão e o hospital

Candidatura da 'direita' é uma resposta à corrupção, à insegurança que grassa pelas ruas e ao politicamente correto


Do cárcere, um ex-presidente condenado por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro manipula o processo político via processos ditos jurídicos, agindo por interposta pessoa, no caso, o candidato Fernando Haddad. No hospital, um candidato atacado, vítima de um ato cruel, sobreviveu e se manteve presente politicamente via redes sociais.  


O primeiro representa uma esquerda degenerada que descambou para o crime e para o aparelhamento dos Poderes constituídos. O segundo representa o antipetismo, tão ancorado na sociedade brasileira, seja por reação ideológica, seja pela necessidade de uma limpeza da vida pública.
Considerar, agora, uma terceira alternativa não é uma proposta séria,
por partir de completo desconhecimento da realidade. Esta está dada, e atende pelo nome da oposição entre petismo e antipetismo, entre defesa da corrupção e seu combate. As artimanhas das últimas semanas, permeadas por ideias de uma terceira via, mais servem para apaziguar consciências desnorteadas que, em nome do politicamente, correto, procuram uma fuga da realidade. Para além da iniciativa tardia, imagine-se a confusão nas urnas eletrônicas, com candidatos que lá estariam e não estariam mais!

Como máscara a acobertar uma suposta “justificativa”, aparece a defesa da democracia contra o “fascismo” e outras bobagens do gênero. De repente, num toque de magia, todos se tornaram “democratas”, até mesmo aqueles cuja longa trajetória se caracterizou pela defesa das ditaduras castrista, de Chávez e de Maduro e, de modo geral, do “socialismo bolivariano”. São democratas da mais alta estirpe, certamente! Isso para não falar da corrosão das instituições democráticas, das investidas contra a Lava Jato e da apropriação de empresas públicas, sendo o caso da Petrobrás o mais emblemático.

Os tucanos merecem um tratamento à parte. Não apenas deixaram de ser uma alternativa ao PT, mas vieram a se tornar uma força auxiliar do petismo. O candidato Geraldo Alckmin bate preferencialmente em Jair Bolsonaro, com uma propaganda caricatural e rasteira. O deputado, que sempre lutou contra o “socialismo bolivariano”, é apresentando como se um Hugo Chávez em potencial fosse! Qual foi o resultado disso? Ajudou a desacelerar o crescimento de Bolsonaro, estancou o dele mesmo, se não caiu, e favoreceu o aumento das intenções de voto em Haddad. O PT agradece e manda um forte abraço lá de Curitiba!

Aliás, o namoro do PSDB com o PT não é de hoje. Remonta a uma suposta afinidade ideológica entre os dois partidos, supostamente em torno de ideias social-democratas, embora os petistas jamais se tenham reconhecido em tal denominação. Ao contrário, não cessaram de criticar a tal da “herança maldita” do governo Fernando Henrique. E o ex-presidente tucano não cessa de lançar palavras amigáveis a Haddad, Lula e congêneres, para além de afirmações feitas realmente por Alckmin, e supostamente desmentidas, de que não votaria jamais em Bolsonaro em segundo turno. Numa eleição polarizada, criticar tão fortemente um candidato significa, evidentemente, balizar o caminho para o outro.

Lula talvez nem esperasse tanto, deve estar emocionado! Após as sucessivas tentativas de aviltar a democracia brasileira e suas instituições, além de ter conduzido o País, com a ajuda de outra “eleita” dele, Dilma Rousseff, a uma crise econômica, social e política de vulto, Lula e seu partido se colocam como“vítimas” e, para algumas “boas almas”, como representantes da democracia. Vítima é o povo brasileiro!  Afinal, quais são as credenciais petistas? O Brasil legado pelos sucessivos governos Lula e Dilma é uma verdadeira ruína. A irresponsabilidade fiscal foi tanta que até agora o PIB encontra dificuldades para crescer, após sucessivas quedas. O desemprego atingiu mais de 12 milhões de trabalhadoras e trabalhadores; a classe média ascendente, tanto alegada por seu novo status, fez o movimento inverso, após ter usufruído uma efêmera bonança.

E o pior de tudo é que esse descalabro vem sendo atribuído pelos petistas ao governo Temer, que ousou enfrentar tal situação. A irresponsabilidade é total, marcada pela completa falta de pudor! A narrativa do “golpe”, num claro artifício demagógico, foi o instrumento utilizado para debilitar as instituições democráticas. É como se Lula não fosse um cidadão qualquer, pairando por cima das leis, como se estas devessem estar a seu serviço. O desrespeito à leis e à Constituição – só aparentemente respeitadas – conduziu o partido e os seus auxiliares na mídia televisiva e impressa a uma investida contra o Judiciário e o Ministério Público. Isso para não falar das tentativas reiteradas de desconsideração da Lei da Ficha Limpa e de levar o “caso” de Lula, julgado segundo a lei em todas as instâncias dos tribunais brasileiros, a um comitê de Direitos Humanos da ONU, como se tivesse jurisdição sobre o País. O próprio Estado Democrático de Direito foi posto em questão.

comitê de Direitos Humanos da ONU,
Lula e o PT jamais esconderam seus sucessivos projetos de controle da imprensa, denominada “controle social dos meios de comunicação”. Basta substituir a palavra social por petista, para que tenhamos a sua plena significação. Foram e continuam sendo defensores do “socialismo bolivariano” e de Maduro, cuja opressão contra seu povo foge de qualquer parâmetro democrático. A violência e a miséria são suas características centrais.

Neste contexto, uma vítima, convalescendo num hospital, é designada como “fascista” e “ditatorial”, numa curiosa inversão de papéis. Se Bolsonaro veio a se consolidar enquanto alternativa, isso muito se deve às mazelas e arbitrariedades petistas, em paralelo com as dubiedades e incoerências tucanas. Aliás, estes aliados “objetivos” ou escondem ou não compreenderam que a candidatura da “direita” é uma resposta à corrupção, à insegurança que grassa pelas ruas e ao politicamente correto. Estão colhendo o que plantaram.



Denis Lerrer Rosenfield, O Estado de S.Paulo .