Operação internacional movimenta cerca de 50
federais na 104 Norte
Segundo
alguns policiais, a ação foge dos padrões da Polícia Federal e tem como alvo a
residência de um advogado brasileiro
Mais
de 50 policiais federais realizaram uma operação que durou quase seis
horas na Asa Norte.
Ela teve início por volta das 8h desta sexta-feira (24/4), no Bloco K da Quadra
104. Integrantes do Grupo Antibomba da corporação estiveram no local, mas
nenhum agente deu informações sobre a ocorrência. Por volta das 14h, os
policiais deixaram o prédio. Pelo menos três
computadores foram levados, além de malotes com documentos, mídias, pen drives
e envelopes. Mais cedo, fontes da PF informaram que a ação teve caráter
internacional e fugia dos padrões da Polícia Federal brasileira. O foco dos
agentes foi um apartamento de três
quartos no terceiro andar do prédio. Nele, moram um casal e um bebê, que
seria filho dos dois. O homem seria o advogado
brasileiro Marcelo Bulhões. A mulher também seria brasileira — ambos são da religião muçulmana. Eles
moram há cerca de um ano e meio no edifício.
Marcelo tem um escritório particular dentro do apartamento e trabalha com direito internacional. Policiais federais, acompanhados do representante da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), Mauro Lustosa, entraram no escritório dele. Uma lei proíbe que policiais entrem em escritórios de advocacia sem um integrante da OAB.
Marcelo tem um escritório particular dentro do apartamento e trabalha com direito internacional. Policiais federais, acompanhados do representante da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), Mauro Lustosa, entraram no escritório dele. Uma lei proíbe que policiais entrem em escritórios de advocacia sem um integrante da OAB.
Segundo Lustosa, a operação
foi motivada por um mandado de busca e
apreensão por supostos documentos falsos. Mas não se sabe se os papeis
seriam dele, produzidos por ele ou de clientes, por exemplo. Não há indicação
de que o casal vá preso, mas o advogado foi intimado a comparecer na Polícia
Federal.
“Em nenhum momento foi tratada a questão religiosa ou como um caso de
ameaça terrorista”, argumentou Lustosa. No entanto, ainda não se pode
descartar essa possibilidade. Durante a revista ao apartamento, a polícia usou
cães farejadores. O casal está no apartamento e não falou com a imprensa.
Segundo vizinhos, o casal sempre passeia pela quadra com uma criança em um
carrinho de bebê, mas não conversam muito.
Fonte:
Correio
Braziliense
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