Brasileiro Rodrigo Gularte é executado em pelotão
de fuzilamento na Indonésia
Condenado
á morte por tráfico, brasileiro foi executado junto com outros sete presos
A Indonésia confirmou na tarde desta terça-feira (28) que o brasileiro
Rodrigo Gularte foi executado por um pelotão de fuzilamento no
complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 quilômetros da capital
Jacarta. A informação foi confirmada pelo jornal local Jakarta Post.
Além de Gularte, outros sete presos condenados por tráfico foram executados nesta terça.
Além de Gularte, outros sete presos condenados por tráfico foram executados nesta terça.
Rodrigo
Gularte foi preso em 2004 ao tentar entrar na Indonésia com seis quilos de
cocaína escondidos em prancha de surfe. Um ano depois, ele foi condenado à
morte. Na prisão, ele desenvolveu
problemas mentais. O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia
paranoide e, apesar dos inúmeros pedidos de autoridades brasileiras e da
família de Gularte para interná-lo em um hospital psiquiátrico, o governo da
Indonésia rejeitou os pedidos.
Perfil
publicado em ÉPOCA em fevereiro conta um pouco sobre a vida de Rodrigo
Gularte. Surfista, ele tinha o sonho de morar em Bali, na Indonésia, ilha
conhecida pelas grandes ondas e praias exóticas. Ele saiu do Paraná, sua terra
natal, com a promessa de ganhar quase US$ 500 mil para entrar com seis
quilos de cocaína no arquipélago. A aventura terminou no aeroporto de
Jacarta, quando o equipamento de raios-X detectou a droga. Gularte se torna o
segundo brasileiro a ser executado em pena de morte na Indonésia. No dia 17 de
janeiro, o carioca Marco Archer enfrentou o pelotão de
fuzilamento, também condenado por tráfico de drogas. Nesta terça, outros sete presos foram executados: um indonésio, dois
australianos e quatro nigerianos.
Filipina
não foi executada
A
Indonésia planejava executar nove condenados. No entanto, o governo decidiu adiar
a execução da filipina Mary Jane Veloso. Segundo o jornal Jakarta Post, uma
mulher se entregou às autoridades alegando ser a pessoa que aliciou Mary Jane
nesta terça-feira, e por isso o governo decidiu adiar a execução da pena. [Joko Widodo, presidente indonésio, pisou nos tomates: o correto seria
executar a sentença contra a filipina, levar a julgamento a mulher que diz ter
aliciado Mary Jane, condená-la à pena capital e executar a sentença nos próximos
dias.]
Crise
diplomática
A
execução de prisioneiros estrangeiros causou mal-estar entre o governo da
Indonésia e de países com cidadãos no corredor da morte. A Austrália,
por exemplo, fez uma intensa campanha para tentar evitar a morte de dois cidadãos
australianos, e o ministro Tony Abbott pediu, sem sucesso, clemência para os
dois.
No
Brasil, a execução de Marco Archer causou uma crise diplomática com os
indonésios. O governo brasileiro convocou o embaixador em Jacarta para
explicações e a presidente Dilma negou as credenciais ao embaixador indonésio. [o
“chilique” da Dilma não teve nenhum efeito; a Indonésia executou mais um
brasileiro condenado por tráfico de drogas e, se necessário, executará outros
que forem flagrados traficando drogas naquele País.
O embaixador indonésio tem mais é que
agradecer a Deus por Dilma não ter recebido suas credenciais e com isso ele
ficou livre de residir no Brasil e correr o risco de ser um entre os mais 50.000 que são assassinados
no Brasil.]
Fonte:
BBC Brasil
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