Sobrevivente de Auschwitz irrita judeus por dizer
que ex-oficial nazista não deve ser processado
Autores
de processo afirmam que não podem perdoar Groening ‘pela participação no assassinato de 299 mil pessoas’
A
judia Eva Kor, que sobreviveu aos horrores do campo de concentração de
Auschwitz, na Polônia, vem
sendo contestada por outros sobreviventes depois de aparecer num programa de TV
dizendo que ex-oficiais nazistas não
devem mais ser processados. Semana passada, a romena de 81 anos causou
comoção ao perdoar publicamente o alemão Oskar Groening, ex-guarda de Auschwitz
que vem sendo julgado pela cumplicidade na morte de 300 mil judeus durante o Holocausto. [neste
breve comentário não vamos entrar na discussão sobre a existência ou não da
matança de judeus e que passou a história como ‘holocausto’; pretendemos apenas
expressar a nossa opinião totalmente contrária que alguém seja processado,
julgado e condenado por situações havidas há mais de 70 anos, sendo o acusado
um senhor com 93 anos de idade.
Oskar Groening aguarda inicio do
julgamento em tribunal alemão - Ronny Hartmann / AP
Além da
inutilidade do processo de julgamento – alegar que desestimulará a repetição
daquela situação é sem cabimento, tendo em conta que além do mundo atual ser
diferente do existente na época da
Segunda Guerra Mundial, sendo impossível
a criação de condições iguais as existentes naquela década, o processo tem
efeito didático ZERO (caso alguém tenha nos tempos atuais as ideias que
propiciaram determinadas ocorrência nos já longínquos anos 40 e consiga os
meios para realiza-las, não será o julgamento de um senhor de 93 anos de idade
que levará a eventual desistência).
Além do mais, o acusado não cometeu
nenhum crime. Prestou serviço em um ‘campo de concentração’ e era seu
DEVER cuidar dos pertences dos enviados
àquele campo.
Não tinha o acusado nenhuma condição
de influenciar, por qualquer meio, na rotina de Auschwitz. Qualquer tentativa de interferir
no processo teria um único final: sua morte.
Cabe encerrar, perguntando:
- que beneficio resultará do
desgastante processo de julgamento de um velho de 93 anos?
O crime maior que pode ter cometido,
foi o de OMISSÃO e mesmo assim OMISSÃO
COMPULSÓRIA, pois dispunha de duas
opções:
- se OMITIR, deixando as coisas
seguirem seu curso;
-
ou REAGIR e ser morto, acrescentando apenas mais uma vítima as centenas
de milhares.
É preciso se ter em conta que a pena
máxima a ser cominada é de 15 anos – pena que jamais será cumprida e mesmo se
cumprida não apresenta nenhuma capacidade dissuasória de conter os adeptos de um Estado Islâmico ou impedir que os comandantes militares israelenses continuem autorizando
operações militares na Faixa de Gaza, matando civis palestinos desarmados,
incluindo mulheres e crianças.] Eva conheceu o horror nazista em sua plenitude. Ela
foi enviada ao pesadelo de Auschwitz quando tinha 10 anos, e só escapou da
morte porque os nazistas a escolheram para servir de cobaia nos infames
experimentos de Joseph Mengele.
A romena está acompanhando o
julgamento de Groening, na Alemanha. Aos 93 anos, ele admitiu, logo no primeiro dia de
seu julgamento, sua “culpa moral” por
ter servido aos nazistas, mas negou envolvimento direto com as mortes de
judeus. Diferentemente dos outros oficiais da SS que passaram pelo banco dos réus,
o alemão vem falando abertamente sobre como funcionava o "processamento de judeus" em Auschwitz.
Justamente
por conta disso, durante um programa de TV no domingo, Eva sugeriu que Groening
e qualquer outro ex-oficial não deve ser processado criminalmente. Para ela,
eles devem, sim, falar publicamente sobre o que viveram, com o objetivo de
enfrentar os neonazistas alemães para quem o holocausto jamais existiu. Mas os
49 colegas acusadores que participam do julgamento de Groening criticaram seus
argumentos, e questionaram por que, então, ela havia decidido se tornar uma
autora no caso.
O grupo
disse em um comunicado divulgado por seu advogado, ao qual o jornal inglês “The Guardian” teve
acesso: “Nossos clientes não iriam
comentar sobre - quem melhor do que um sobrevivente de Auschwitz para saber que
todo mundo precisa encontrar seu próprio caminho para superar o seu sofrimento
- se a sra. Kor não tivesse repetidamente encenado seu ‘perdão’ ao público. Não
podemos perdoar sr. Groening pela sua participação no assassinato de nossos
parentes e outros 299 mil pessoas - especialmente porque ele se sente livre de
qualquer culpa legal. Queremos justiça e congratulamo-nos com a resolução que
este julgamento traz.”
Eva explicou que perdoou e apertou as mãos de
Groening porque
ela é "interessada no que acontece
quando alguém do lado da vítima encontra-se com alguém do lado do agressor.
Você não consegue prever.” Ela acrescentou: “Eu sei que muitas pessoas vão me criticar por esta foto, mas que assim
seja. Eram dois seres humanos 70 anos depois do ocorrido.”
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