As agências começaram a somar um e outro. Crise econômica e impasse político. Sem a coesão necessária para tomar medidas que resgatassem as contas públicas brasileiras do caminho em que entraram, e com números cada vez piores, o Brasil perdeu, pela mais influente das agências de risco, o que nos levou anos para conseguir.
O país chegou ao grau de investimento no governo Lula, mas quem pavimentou esse caminho foi o governo Fernando Henrique. Parte fundamental desta caminhada foi a Lei de Responsabilidade Fiscal, a mesma que tem sido contornada pelo governo Dilma.
Dólar
sobe, bolsa recua e risco do Brasil ultrapassa o da Rússia, após rebaixamento
Os
efeitos da perda do grau de investimento foram sentidos já nesta quinta-feira. Às 11h04, o dólar
valia R$ 3,87, alta de 2,44% no dia. Na mesma hora, o Ibovespa caía
1,74%. Durante a manhã, o risco do Brasil voltou a ultrapassar o
da Rússia, na pontuação do CDS (quanto maior, mais arriscado).
Com
o rebaixamento, um dos próximos passos da S&P será revisar a nota de
crédito de empresas brasileiras. No Ibovespa, elas já estão sentindo. Controlada
pelo governo, a
Petrobras recuava 5,24%, com a ação
preferencial valendo R$ 7,94. O Banco do Brasil registrava
queda de 4,72%. Durante a manhã, o CDS —
espécie de seguro contra o risco — do
Brasil chegou a 391 pontos e ultrapassou o da Rússia,
que marcava 379 pontos. Está mais caro se proteger dos riscos da economia
brasileira.
Fonte: Míriam Leitão – O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário