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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Em dia de diplomação de Lula, Ibovespa opera em queda e dólar em alta [imagine se ele governar o tamanho do desastre.]

Ibovespa, índice que mede as operações da Bolsa de Valores de São Paulo, opera em queda de 2,33%, aos 104 mil pontos, nesta segunda-feira (12/12); dólar comercial subiu mais de 1% e voltou aos R$ 5,30

O Ibovespa, índice que mede as operações da Bolsa de Valores de São Paulo, opera em queda de 2,33%, de 2.500,91 pontos, nesta segunda-feira (12/12), operando em 104.393,94 pontos. As ações sofrem pressão do mundo da política com a cerimônia de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, hoje, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A queda foi registrada às 11h40. Ações preferenciais da Petrobras estão sendo vendidas a R$ 23,57, em queda de 1,14 pontos, ou 4,61%. As ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) são vendidas a R$ 14,17, registrando queda de 0,64 (-4,32%).
 Já o dólar comercial subiu mais de 1% e volta aos R$ 5,30.

No cenário doméstico, a oscilação é influenciada principalmente pela diplomação do presidente eleito e dos anúncios para a composição do novo governo, com Fernando Haddad confirmado no Ministério da Fazenda, e Aluízio Mercadante, cotado para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Política - Correio Braziliense


sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Banqueiros reagem mal às falas de Haddad e Bolsa aumenta queda - O Globo

Se a intenção de Fernando Haddad era aplacar a resistência da Faria Lima a seu nome no campo da economia, o almoço desta sexta-feira na Febraban não funcionou. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa, ampliou sua queda após as falas do petista, recuando de quase 112 mil pontos para perto de 109 mil.

O mercado reage ao que banqueiros classificam de discurso vago, que não contribuiu para reduzir as desconfianças dos investidores com relação a Haddad. Com o pregão mais curto em Nova York um dia após o feriado de Ação de Graças, na quinta-feira, atribui-se ao almoço de Haddad a principal influência [negativa.] no mercado brasileiro hoje.

Ele não tocou em aspectos importantes, como a responsabilidade fiscal. O que existe hoje é uma proposta que traz um gasto de R$ 200 bilhões e que não diz de onde virão esses recursos. Era necessário ser bastante claro sobre isso. Por isso que o mercado esticou a queda — afirmou um ex-diretor do Banco Central.

Já o CEO de um banco chamou atenção para a ausência de menção a controle fiscal:Ele está sendo relativamente neutro. Não está falando em redução de gastos e, sim, em qualidade do gasto. É coerente com o que ele tem dito, o que não é bom.

Um dos principais sócios de um banco da Faria Lima que esteve no almoço classificou as declarações de Haddad de “superficiais”. — O Haddad é uma boa pessoa e é bem intencionado, ninguém discorda disso. Só que o que ele disse foi muito superficial. Se ele atrair o cirurgião-chefe certo e uma equipe médica de primeira, o paciente sai bem e vai se recuperar. Se ficar com ele e com a equipe do PT, o paciente vai ficar refém de uma quimioterapia cada vez maior. Estou falando de taxa de juros, um remédio que derruba, mas que é vital —

Já o presidente de uma gestora internacional no Brasil resumiu: — Foi uma fala “xuxu”. Não trouxe nada de concreto em termos de propostas. Alguns gostaram da questão da reforma tributária como prioridade, mas é preciso entender melhor o que significa maior eficiência nas despesas.

Capital - Jornal O Globo  



sábado, 6 de junho de 2020

Dólar fecha abaixo de R$ 5,00 e tem maior queda semanal em 12 anos - IstoÉ - Economia

O dólar à vista fechou a sexta-feira, 5, em R$ 4,9909, a primeira vez que a moeda americana termina abaixo de R$ 5,00 desde 26 de março. 

Na semana, acumulou queda de 6,52%, a maior baixa semanal em quase 12 anos, desde os cinco dias encerrados em 31 de outubro de 2008 (-7,35%). Nesta sexta-feira, o peso determinante para o enfraquecimento do dólar no Brasil e perante países emergentes em geral foi o cenário externo, após a surpresa com o relatório de emprego dos Estados Unidos, mostrando criação de 2,5 milhões de vagas em maio enquanto Wall Street previa fechamento de mais de 8 milhões de postos de trabalho.
No mercado futuro, o dólar para julho recuava 2,99%, a R$ 4,9745 às 17h45.

Na mínima do dia, o dólar caiu a R$ 4,93 no início da tarde, movimento provocado por rápida desmontagens de posições contra o real e também relatos de entrada de capital externo.
A surpresa com o relatório de emprego dos EUA estimulou busca por ativos de risco mundialmente e as bolsas subiram na Europa e em Nova York. Aqui, o Ibovespa chegou a superar na máxima os 97 mil pontos. Logo após a divulgação do documento, o presidente Donald Trump afirmou que a economia americana vai se recuperar “como um foguete”, contribuindo para elevar ainda mais o otimismo dos investidores com a retomada das atividades pós-pandemia.
“O relatório de emprego de maio foi uma surpresa positiva dramática”, afirma o diretor do Credit Suisse, Jeremy Schwartz, alertando que o número, apesar da euforia causada nos mercados, pode não representar uma tendência. “O relatório não muda drasticamente nossas perspectivas para o mercado de trabalho americano”, escreveu em relatório comentando os números.

O presidente da gestora AZ Quest, Walter Maciel, avalia que o exterior positivo combinado com uma trégua política ajudou a melhorar os preços dos ativos brasileiros. No cenário externo, a perspectiva é de que a China vai voltar a crescer e seguir comprando minério de ferro e alimentos do Brasil, o mesmo paras as economias dos EUA e na Europa, todos parceiros comerciais importantes do Brasil, disse ele. Ao mesmo tempo, com a piora da atividade doméstica, as importações brasileiras devem cair, mas com a manutenção das vendas externas, o saldo comercial se amplia. “Vai começar a sobrar dólar no sistema. O saldo comercial crescente faz com que o dólar tenda a cair”, disse ele hoje em live da Genial Investimentos.

No cenário doméstico, o presidente da AZ Quest observa que a tensão política diminuiu após o presidente Jair Bolsonaro sentar com os presidentes da Câmara e do Senado e com os governadores e ainda vetar o aumento de salário de servidores. Apesar da melhora do real, Maciel alerta que se o ambiente voltar a se deteriorar, por exemplo, com piora novamente do ambiente político ou medidas   populistas de aumento de gastos públicos, o dólar volta a subir.

IstoÉ - Estadão Conteúdo




sábado, 28 de dezembro de 2019

À espera da virada - Alta de 2,25% prevista para o PIB em 2020 confirmará retomada econômica - IstoÉ

Marcos Strecker 

Alta de 2,25% prevista para o PIB em 2020 confirmará retomada econômica, mas o desemprego vai persistir

Dois Brasis convivem no atual cenário econômico. Um começa a acelerar: o próximo ano terá um crescimento de 2,25% do PIB, segundo a expectativa dos agentes econômicos compilada pelo Banco Central. Não é excepcional, mas será a maior expansão em oito anos. O outro Brasil é um país com um contingente de 12,4 milhões de desocupados. Os desempregados, subempregados e desalentados somam mais de 20 milhões de habitantes. [do contingente de desempregados é que se retiram os desalentados e os subempregados.
Só que alguns 'estatísticos', para piorar o que já está ruim, somam o total de desempregados ao de subempregados e de desalentados - 'esquecem' que quem está desalentado por não conseguir emprego ou subempregado para ir sobrevivendo enquanto obtém um emprego, está necessariamente desempregado.]
E tudo indica que essa realidade vai continuar. É a face mais dramática da crise social e da incapacidade do governo Bolsonaro em atuar concretamente para reverter os problemas do mercado de trabalho.

As privatizações anunciadas até aqui são insuficientes, apesar das 44 concessões previstas para 2020 pelo Ministério da Infraestrutura
A julgar pela ação do Ministério da Economia, essa realidade não vai ser alterada no curto prazo. Além da liberação parcial do FGTS, que revive uma medida tomada pelo governo Temer, o governo adotou apenas um desajeitado programa de emprego batizado de Verde Amarelo, destinado a estimular a contratação a partir da desoneração da folha de pagamento das empresas. O número de beneficiados —1,8 milhão de jovens — é considerado superestimado pelos especialistas. Para não provocar um rombo nas contas públicas com a benesse fiscal aos empresários, o governo propôs um mecanismo que vai contra o próprio espírito da iniciativa — quer taxar os desempregados beneficiários do seguro-desemprego. Também pesa o fato de que essa medida foi utilizada à exaustão pela ex-presidente Dilma Rousseff com resultados pífios. Por essas razões, é pouco provável que o Congresso aprove a Medida Provisória que criou o programa da forma como foi concebido.
                   
EUFORIA Apesar da fuga dos     estrangeiros, bolsa de valores bateu o recorde histórico seguidamente (Crédito:Bruno Rocha/Fotoarena)
Reformas e fast tracking
Seria mais um revés para a equipe econômica no Congresso. Além da Reforma da Previdência, que tomou o calendário legislativo de 2019 e só foi aprovada com a liderança decisiva do Parlamento, são poucas as iniciativas da equipe econômica que de fato avançaram na ambiciosa pauta econômica do ministro Paulo Guedes. A sensação é de que as privatizações anunciadas até aqui são insuficientes. A promessa de arrecadar até R$ 1 trilhão com as desestatizações já foi esquecida. O programa de concessões é lento e repleto de empresas pouco relevantes — as 44 concessões para 2020 anunciadas pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, são capitaneadas pelo novo leilão da rodovia Dutra, e não trazem novidades.  [oportuno lembrar que mais de 50% dos projetos que o Governo Bolsonaro pensa apresentar para facilitar estatização, logo que começam a ser formatados são alvos de decisões judiciais que travam o processo ou mesmo o Poder Legislativo boicota.
Governar sofrendo boicote sistemática do Legislativo e do Judiciário fica dificil.]

Para agilizar o processo, está em discussão a criação de uma Fast Track, ou via rápida, para facilitar as privatizações. Mas até agora o Ministério da Economia não enviou esse projeto ao Congresso. Enviou, por outro lado, três Propostas de Emenda Constitucional (PECs) — que são de difícil aprovação — para limitar os gastos públicos em caso de emergência financeira e para redesenhar o Estado, descentralizando recursos e fundindo municípios. Devem enfrentar vários obstáculos no Legislativo, e seus efeitos práticos no curto prazo são limitados.

Num sinal de confiança, o risco-país caiu ao nível mais baixo em nove anos. A Selic está no menor patamar histórico e a B3 bate recordes seguidos
Enquanto os resultados não aparecem, resta esperar que nos próximos meses a economia reaja ao estímulo monetário que, este sim, avançou. A Selic, taxa básica de juros, recuou ao nível mais baixo da história. Está em 4,5%, quase dez pontos percentuais abaixo de julho de 2015 (quando cravou 14,25%). Essa baixa estimula o investimento produtivo e tem afugentado as aplicações em renda fixa, que são substituídos pela aposta na B3. O Ibovespa, principal indicador do desempenho da bolsa de valores, bateu seguidos recordes em 2019, ainda que os estrangeiros tenham tirado um volume recorde de recursos do País, que eram direcionados às ações brasileiras. Num sinal auspicioso de confiança na economia brasileira, o risco-país medido pelos títulos CDS (Credit Default Swap) de cinco anos atingiu o menor nível desde novembro de 2010.

Ao mesmo tempo, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) elevou de estável para positiva a perspectiva da nota da dívida pública brasileira. Isso significa que existe a possibilidade de o País retomar o grau de investimento, classificação concedida pelas empresas de rating especializadas que garante o aporte de mais fundos do exterior. Se a crise internacional não se agravar — por algum conflito ou pelo recrudescimento da guerra fiscal China x EUA —, deve-se esperar um ano mais positivo para o País, ainda que menos arrebatador do que o discurso superlativo do ministro Paulo Guedes. No início de 2018, o Ministério da Economia afirmava que a economia cresceria 2,9% em 2019 caso a Reforma da Previdência passasse. A realidade tratou de desmentir mais essa previsão irreal. [a previsão não foi tão irreal;
o ministro projetava aquele crescimento se a reforma fosse aprovada - o que só ocorreu na segunda metade de 2019.
Se algum dos críticos tiver a disposição para somar o crescimento mensal desde a aprovação da Reforma verá que anualizando o resultado o ministro não mentiu.]

Confiança no crescimento
Os dados estimulantes, amparados por uma aceleração na atividade econômica no último trimestre, ajudam a trazer mais confiança e atenuam os efeitos da política divisionista e desestabilizadora do presidente Jair Bolsonaro. Todo o esforço do governo tem sido até o momento concentrado nas reformas macroeconômicas e em medidas capazes de reativar a economia. A aposta é que, assim, os empregos e os salários voltarão. Falta a população perceber de fato que será beneficiada.

 IstoÉ

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Bolsa abre em alta impulsionada por resultado do Datafolha

O Ibovespa abriu o pregão em alta, animado por fatores eleitorais internos, e vai se sustentando com a virada dos mercados acionários dos Estados Unidos, que passaram a operar no positivo. Por aqui, o movimento de correção às perdas de quase 3% do pregão da véspera ocorre agora em um ambiente de recuo do dólar.   Às 10h09, o índice da Bovespa à vista subia 0,67%, aos 84.235,58 pontos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subia 0,15%, o S&P500, 0,11% e o Nasdaq, 0,46%.

Mais cedo, antes mesmo da abertura da sessão regular, o humor dos investidores do mercado acionário dos EUA chegou a melhorar após dados de inflação mais amenos. Aliado a isso, a consolidação do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, na frente das pesquisas de intenção de voto para a Presidência, abriu espaço para a alta do Ibovespa. O ambiente mais animado também embala a melhora dos papéis de estatais, que na quarta sofreram diante do discurso menos liberal de Bolsonaro sobre a privatização.

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,1% em setembro na comparação com o mês anterior com núcleo do dado, que exclui alimentos e energia, teve ganho de 0,1%. Ambos os dados vieram menores que as estimativas e sugerem que as pressões inflacionárias seguem sob controle, enquanto o dólar forte contém os preços de importados e os custos com energia recuaram.

No front externo as cotações do petróleo no mercado internacional operavam em queda mais perto de 2% pressionados pela preocupação de desaceleração do crescimento econômico mundial, o que poderia reduzir a demanda pela commodity, e também pelas projeções de aumento do volume estocado de petróleo bruto. Por outro lado, o minério de ferro fechou em alta de 0,22% no porto de Qingdao, na China.
“O mercado doméstico está olhando meio de soslaio para o exterior e, a depender de lá, terá ou não força para andar aqui”, afirma Luiz Mariano De Rosa sócio da Improve Investimentos, ressaltando que Bolsonaro na frente das pesquisas segue animando os investidores mesmo que esteja se mostrando agora mais avesso tanto a uma reforma da Previdência mais profunda quanto à extensão do plano de privatização de estatais. “Mesmo falando assim, o mercado ainda vê que ele é melhor que o outro candidato Fernando Haddad, PT.”

Pela pesquisa do Datafolha, Jair Bolsonaro tem 58% dos votos válidos e Fernando Haddad tem 42%; os dois acabaram a disputa em 7 de outubro com 46% e 29% dos votos válidos, respectivamente. Os dados da quarta indicam que ambos conseguiram agregar votos de candidatos derrotados no primeiro turno.

Estadão Conteúdo

 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Ibovespa fecha o dia com ganho de 0,51% e acumula alta de 11,14% no mês

O Ibovespa encerrou a sessão de negócios desta quarta-feira, 31, com ganhos de 0,51%, aos 84.912,69 pontos. Com isso, fechou janeiro valorizando 11,14% – o melhor resultado para esse mês dos últimos 12 anos. Em 2006, o índice à vista ostentou alta de 14,73% no acumulado do mesmo mês.

Depois de dois dias de correção, o mercado acionário brasileiro abriu em alta com o Ibovespa chegando a testar o patamar dos 86 mil pontos no final da primeira etapa do pregão. No entanto, o ritmo foi arrefecendo ao longo da tarde. Imediatamente após o anúncio da decisão do Federal Reserve (Fed), de manter a taxa de juros inalterada, o índice ampliou ganhos, em um movimento bastante pontual, mas desacelerou logo depois.
O volume de recursos estrangeiros também fez diferença para o desempenho mensal. 

Segundo a B3, até o dia 29 de janeiro, o saldo positivo de recursos estrangeiros foi de R$ 9,527 bilhões. Isso  significa 70% do registrado em todo o ano passado (R$ 13,4 bilhões). “Hoje é um bom reflexo do mês como um todo, com os investidores muito otimistas”, disse Filipe Villegas, da Genial Investimentos, para quem o principal impulso ocorreu no dia 24 – quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em segunda instância, além de ter sua pena elevada. [juiz Sérgio Moro e TRF-4, por favor, acelerem o ritmo e condenem Lula nos demais processos com mais rapidez - além de fazer Justiça, cumprindo as leis e punindo um criminoso, Vossas Excelências impulsionam os negócios.]

Rodrigo Martins, gestor na AQ3 Asset Management, compartilha a opinião e complementa dizendo que a pesquisa Datafolha mostra um cenário com risco menor de um governo que não seja pró-reforma. “A bolsa pode ganhar mais tração quando ficar claro quem realmente vai liderar. O mercado começa a descartar os piores cenários eleitorais”, disse.

Villegas e Martins lembraram que foi um mês no qual o ambiente exterior benigno levou mercados acionários dos Estados Unidos à Ásia a baterem marcas históricas. Aliado a isso, a maior perspectiva de crescimento também elevou boa parte das cotações das commodities, o que sempre favorece o Brasil. Ao fim do pregão, as blue chips desaceleraram os ganhos. Ainda assim, a valorização mensal é significativa. Petrobras ON e PN fecham janeiro acumulando alta de 25,96% e 22,36%, respectivamente. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhou 22,78%, Bradesco PN, 20,44%, Banco do Brasil ON, 24,70% e as units do Santander, 16,57%.

Estadão Conteúdo 
 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

JBS perde R$ 955 mi em valor de mercado após anúncio de novo presidente

Em mais um pregão com recorde histórico de pontuação do Ibovespa, as ações da JBS foram o destaque negativo da bolsa e registraram queda de 3,95% nesta segunda-feira, 18, o que representa uma perda de R$ 955 milhões em valor de mercado para a empresa.

A desvalorização sofrida pelos papéis da processadora de carne ocorre no primeiro pregão após seu conselho de administração anunciar a escolha de José Batista Sobrinho, fundador da JBS e pai dos irmãos Wesley e Joesley Batista, para a presidência da companhia.

O Ibovespa, por sua vez, encerrou o pregão em alta de 0,31%, aos 75.990,40 pontos. Durante o dia, o indicador chegou a alcançar o patamar inédito de 76.403,57 pontos. Com o resultado de fechamento, a valorização da bolsa em setembro é de 7,28% – variação que já supera os 6,49% acumulados em todo o mês de agosto. No ano, a alta acumulada é de 26,17%.

A reação do mercado à notícia de que Zé Mineiro, como é conhecido o patriarca da família, assumirá o comando do frigorífico interrompe uma sequência de três pregões com variação positiva da ação da JBS, nos quais acumulou uma alta de 9,5%. Os ganhos consecutivos foram impulsionados pela expectativa de mudanças na administração, frustrada com o anúncio do substituto de Wesley.

Segundo a equipe de análise do BTG Pactual, a decisão do conselho de administração de alçar José Batista Sobrinho ao comando da JBS reitera a posição de controle da família e esvazia de sentido os recentes rumores sobre a possibilidade de uma venda de parte da companhia pelos Batista.  Outro ponto importante, avaliam os analistas, é o atraso na “tão esperada transição para uma gestão profissional”.

Fonte: O Estado de S. Paulo
 



segunda-feira, 26 de junho de 2017

Dólar comercial cai 0,8%, a R$ 3,31, e Bolsa sobe mais de 1%

Ativos locais seguem desempenho de outros países emergentes

Depois de uma semana negativa para os ativos brasileiros, o dólar comercial opera em queda de 0,77% nesta segunda-feira contra o real, valendo R$ 3,313, enquanto o índice de referência da Bolsa, o Ibovespa, sobe 1,02%, aos 61.712 pontos. Os ativos locais acompanham a valorização de moedas e papéis ligados a outros países emergentes, em dia de valorização do petróleo. Ainda estressado com a onda de desvalorização que registrou há alguns dias, a commodity se firma na terceira sessão seguida de alta, com o barril do tipo Brent avançando 1,5%, a US$ 46,24.
  Nos EUA, os pedidos de bens duráveis em maio tiveram queda acima do esperado, indicando esfriamento dos investimentos em bens de capital no país. As encomendas recuaram 1,1%, ante estimativas de um recuo de 0,6%. Esse dado reforça a tendência de desvalorização do dólar em escala global. 

A semana é de agenda cheia, com a expectativa de entrega de denúncias do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre a meta de inflação e a votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
No mercado de câmbio, o Banco Central brasileiro realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais — equivalentes à venda futura de dólares — para rolagem dos contratos que vencem julho.


As ações da JBS sobem 0,79%. Sua controladora, a J&F Investimentos, fechou com a Cambuhy Investimentos acordo de confidencialidade para possível aquisição de participação na Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas. Segundo comunicado, o acordo foi celebrado em 23 de junho. O papel da Alpargatas avança 1,22%. As ações dos bancos dão a maior contribuição positiva para o Ibovespa, com o Banco do Brasil subindo 2,31%, o Bradesco avançando 2,38% e o Itaú Unibanco, 1,71%. A Vale tem alta de 0,73% (ON) e 0,94% (PNA). A Petrobras registra valorização de 1,16% (ON) e 1,76% (PN).

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dólar fecha a R$ 4,109 e Dilma comemora em Nova York mais um recorde negativo

Dólar volta aos R$ 4 e BC anuncia nova intervenção

Moeda fechou a R$ 4,109; Bolsa cai 1,95% e está no menor nível desde 2009

[Dilma pensou em comemorar com champanhe, o que ela considera um recorde,  em pleno salão da Assembleia Geral da ONU mas foi aconselhada a se conter.

Na cabeça vazia dela cada acontecimento pior na economia do Brasil representa um feito do seu desgoverno.]

Em um pregão de mau humor generalizado, o dólar comercial subiu de forma expressiva e voltou a superar os R$ 4. As declarações da Fitch sobre o ajuste fiscal no Brasil e a sinalização de um rebaixamento fizeram a divisa acelerar a alta nos minutos finais de negociação. A moeda americana fechou cotada a R$ 4,107 para compra e R$ 4,109 para venda, valorização de 3,37% ante o real. Após o fechamento dos negócios, o Banco Central anunciou uma nova intervenção no mercado de câmbio que poderá chegar a US$ 3 bilhões nesta terça-feira. Já o Ibovespa recuou 1,95%, aos 43.956 pontos, puxado por Vale e Petrobras. Essa é a sétima queda consecutiva e o menor nível do índice desde 7 de abril de 2009, quando chegou aos 43.824 pontos.

A autoridade monetária anunciou que fará amanhã cedo, a partir das 9h30, uma oferta de 20 mil contratos de swap cambial, que equivalem a uma venda de moeda ao mercado. Essa operação pode chegar a US$ 1 bilhões. Pouco mais tarde, a partir das 10h20, será feito um leilão de linha, em que o BC vende dólares com o compromisso de recompra. O valor pode chegar a até US$ 2 bilhões, sendo metade com recompra em 2 de dezembro de 2015 e a outra parcela para 4 de janeiro de 2016.

Como esses recursos saem das reservas com data definida para voltar, não há impacto na liquidez. No entanto, com essas operações, a autoridade monetária tenta controlar a volatilidade dos negócios e impedir uma forte escalada da cotação da moeda. —As declarações do representante da Fitch causaram um estresse maior. A expectativa é que a agência rebaixe a nota do Brasil e coloque a perspectiva negativa. Como não vemos capacidade do governo em reagir e mudar o cenário, a perda do grau de investimento deve ocorrer na sequência avaliou Felipe Silva, analista da Saga Capital.

Nesta segunda-feira, Rafael Guedes, diretor executivo da Fitch, afirmou, em evento realizado em São Paulo, que “uma mudança de rating do Brasil pode ocorrer a qualquer momento”, segundo a Bloomberg. Disse ainda que a agência não costuma fazer um rebaixamento de duas notas de uma só vez, mas lembrou que durante a crise de 2002, a nota do Brasil foi cortada duas vezes no mesmo ano. Na Fitch, o Brasil ainda está com um rating duas notas acima do grau especulativo. “O governo não sabe como conseguir cooperação do Congresso. Medidas não são difíceis de passar, mas Congresso dificulta”, avaliou.

Para analistas, a avaliação é que pouco está sendo feito em relação ao ajuste fiscal e que será difícil o Brasil se livrar da perda do grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco - o país já não possui o selo de bom pagador pela Standard & Poor’s.

FINAL DE MÊS
Ainda como fator de pressão, ocorre na quarta-feira, último dia útil do mês, o fechamento do dólar Ptax, que é calculado pelo Banco Central e que serve de referência para uma série de contratos dos mercados financeiros. Os dados da dívida pública também não agradaram.
— O cenário externo não está ajudando. Do ponto de vista interno, o BC fez o discurso sobre o uso das reservas, mas não teve mudanças do ponto de vista fiscal. E essa semana é de formação da Ptax — afirmou Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora.

Na sexta-feira, a divisa fechou cotada a R$ 3,975, recuo de 0,73%, no segundo dia de queda com o impulso das declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobre o uso das reservas internacionais, caso necessário. A ideia foi reforçada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e pela presidente Dilma Rousseff, que no sábado, em Nova York, afirmou que estava “extremamente preocupada” com a alta do dólar, já que parte das empresas brasileiras possui dívidas atreladas à moeda americana.

Os investidores estão atentos aos desdobramentos da reforma ministerial, já que a escolha de ministros e o anúncio do fim de algumas pastas pode piorar ainda mais a relação com o PMDB. O dólar no Brasil vai na contramão do mercado externo. O “dollar index” operava com queda de 0,21% no encerramento dos negócios no Brasil. Esse índice é calculado pela Bloomberg e mede o comportamento do dólar frente a uma sexta de dez moedas.

MAU HUMOR GLOBAL
Além das questões internas, os investidores estão preocupados com a desaceleração da economia da China, que pode prejudicar ainda mais a retomada da atividade global, o que derrubou as Bolsas em todo o mundo. Essa aversão ao risco está atrelada à China. O lucro das empresas chinesas mostrou recuo de 8,8% em agosto, bem abaixo do esperado e após já ter caído 2,9%. Para analistas, essa informação mostra que a segunda maior economia do mundo deve ter uma desaceleração maior que a esperada. Com isso, as ações de empresas ligadas a commodities são as que mais sofrem nesta segunda-feira, levando para baixo os principais índices de ações.

Na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em queda de 2,12% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve desvalorização de 2,76%. O FTSE 100, de Londres, recuou 2,46%, com a forte queda de mineradoras. As ações da Glencore despencaram 29,4% no mercado londrino, com os temores de que a empresa não esteja fazendo os esforços suficientes para controlar a sua dívida no momento em que o preço das matérias primas está em baixa. Os papéis da Rio Tinto caíram 4,8% e os da Anglo Americana 10%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 1,92% e o S&P 500 caiu 2,57%. A BHP, negociada nas Bolsa de Nova York, teve desvalorização de 4,36%.

—Além da questão fiscal no Brasil, há uma preocupação em relação às economias do mundo que provoca uma aversão global. Há a ideia de que a atividade econômica global vai desacelerar mais por conta da situação na China e o impacto no mercado acionário é forte —afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

No Brasil, os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Vale tiveram desvalorização de 7,37% e os ordinários (ONs, com direito a voto) caíram 7,47%.

No caso da Petrobras, as preferenciais da estatal registraram desvalorização de 5,57%, cotadas a R$ 6,44, e as ordinárias caíram 5,07%, a R$ 7,67. Os bancos, com maior peso na composição do Ibovespa, também fecharam em terreno negativo. As PNs do Itaú Unibanco recuaram 0,07%, as do Bradesco 2,49% e as ações do Banco do Brasil encerraram o pregão com queda de 4,98%.

 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Dólar sobe 2% e fecha a R$ 3,961 com preocupação com ajuste fiscal e cenário global

Bolsas caem com preocupação em relação ao crescimento da economia mundial; Ibovespa cai 2,65%

Um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manter estável a taxa de juros nos Estados Unidos, as bolsas globais operam em forte queda repercutindo a maior preocupação com o cenário econômico global. No Brasil, a preocupação com o ajuste fiscal e os dados fracos da arrecadação federal intensificaram as perdas. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 2,65% em seu índice Ibovespa, aos 47.264 pontos - na semana o índice subiu 1,86%o. Já o dólar comercial renovou a máxima em 13 anos. A moeda americana terminou o pregão cotada a R$ 3,959 na compra e a R$ 3,961 na venda, alta de 2% ante o real, maior valor desde os R$ 3,99 de 10 de outubro de 2002. Na semana, a divisa acumula uma alta de 2,14%. 
O dólar operou com forte volatilidade nesta sexta-feira. Na mínima, a divisa chegou a atingir R$ 3,864, ainda no período da manhã, mas a pressão compradora ganhou força e a moeda chegou a R$ 3,963 na máxima. A alta no Brasil ocorreu de forma mais acentuada que em outros mercados. O "dollar index", que mede o comportamento de dez moedas frente ao dólar, tem alta de 0,68%, segundo a Bloomberg, no momento do encerramento dos negócios no Brasil. — Com a aversão ao risco no mercado global, cresce a procura pela segurança do dólar. Mas há ainda a preocupação com o pacote fiscal e a arrecadação foi insatisfatória — disse Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora. 

Em agosto, a arrecadação de impostos ficou em R$ 805,8 bilhões, o pior nível para o mês em cinco anos. 

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Segundo Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, a expectativa negativa em relação à aprovação das medidas do ajuste fiscal fazem com que o investidor busque proteção no dólar, já esperando possível novos cortes da nota do Brasil nas demais agências de classificação de risco. Na Fitch, o Brasil ainda está dois níveis acima do nível especulativo e, na Moody’s, um. Na S&P o grau de investimento foi retirado na semana passada.
— As dificuldades em termos do ajuste fiscal pesam e fazem o dólar se fortalecer. O início de um processo, mesmo que sem data para ser definido, da saída da presidente Dilma Rousseff também aumenta a incerteza — afirmou.

Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio, concorda que as negociações do governo para a aprovação das medidas de ajuste fiscal devem continuar a pressionar a moeda.

FED DERRUBA BOLSAS
A decisão do Fed de manter os juros foi motivada pela piora do cenário econômico global. Esse preocupação contribui para elevar a aversão ao risco nesta sexta-feira, afetando os principais índices de ações. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em queda de 3,06%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve desvalorização de 2,56%. Já o FTSE 100, de Londres, recuou 1,34%. Nos Estados Unidos, O Dow Jones recuou 1,74% e o S&P 500 caiu 1,61%.
Há uma preocupação de que o Fed veja algo que não estamos vendo nos dados econômicos. O dados da economia americana estão fortes de uma forma geral. Há uma preocupação de que o Fed pensei que eles não estão fortes o suficiente ou que o Fed pense que a economia internacional, particularmente a situação da China, é muito pior do que nós podemos ver — disse Eric Green, diretor de pesquisa na Penn Capital.


Em meio a esse cenário de maior pessimismo, as ações de maior liquidez do Ibovespa operaram todo o pregão em queda. Os papéis da Petrobras (PNs, sem direito a voto) recuaram 3,30%, a R$ 7,60, e os ordinários (ONs, com direito a voto) 3,98%, a R$ 8,91, seguindo o movimento do petróleo - o barril do tipo Brent tem queda de 3%, a US$ 47,61.

As ações do setor bancário, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa, também registraram quedas. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco tiveram desvalorizações de , respectivamente, 3,93% e 5,43%. No caso do Banco do Brasil, a queda foi de 5,60%. A exceção ficou com os papéis da Vale, que fecharam em alta (1,02% nas PNs e 2,15% nas ONs).  Raphael Figueredo, da Clear Corretora, lembrou que ocorre o vencimento de opções na segunda-feira, ajuda a pressionar ainda mais as cotações.

Fonte: O Globo


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Dólar sobe, bolsa recua e risco do Brasil ultrapassa o da Rússia, após rebaixamento, que é culpa do governo Dilma



É a crônica de um rebaixamento anunciado. O governo brincou com os números fiscais do país, com pedaladas, truques, isenções de impostos distribuídos de forma desigual na cadeia produtiva, e gastos excessivos principalmente no ano passado, que foi de campanha eleitoral.  Isso por si só já começou a nos colocar na rota do rebaixamento. Mas houve também a dificuldade política. Ela decorre da incapacidade de gerenciamento da crise e de condução da coalizão demonstrada pela presidente Dilma.

As agências começaram a somar um e outro. Crise econômica e impasse político. Sem a coesão necessária para tomar medidas que resgatassem as contas públicas brasileiras do caminho em que entraram, e com números cada vez piores, o Brasil perdeu, pela mais influente das agências de risco, o que nos levou anos para conseguir.

O país chegou ao grau de investimento no governo Lula, mas quem pavimentou esse caminho foi o governo Fernando Henrique. Parte fundamental desta caminhada foi a Lei de Responsabilidade Fiscal, a mesma que tem sido contornada pelo governo Dilma.
Dólar sobe, bolsa recua e risco do Brasil ultrapassa o da Rússia, após rebaixamento
Os efeitos da perda do grau de investimento foram sentidos já nesta quinta-feira. Às 11h04, o dólar valia R$ 3,87, alta de 2,44% no dia. Na mesma hora, o Ibovespa caía 1,74%. Durante a manhã, o risco do Brasil voltou a ultrapassar o da Rússia, na pontuação do CDS (quanto maior, mais arriscado).

Com o rebaixamento, um dos próximos passos da S&P será revisar a nota de crédito de empresas brasileiras. No Ibovespa, elas já estão sentindo. Controlada pelo governo, a Petrobras recuava 5,24%, com a ação preferencial valendo R$ 7,94. O Banco do Brasil registrava queda de 4,72%. Durante a manhã, o CDS — espécie de seguro contra o risco — do Brasil chegou a 391 pontos e ultrapassou o da Rússia, que marcava 379 pontos. Está mais caro se proteger dos riscos da economia brasileira.

Fonte: Míriam Leitão – O Globo


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Dólar comercializado a 4 reais nas casas de câmbio




Dólar vai as alturas com preocupações com China e quadro fiscal

Moeda já está sendo comercializada a 4 reais nas casas de câmbio; Ibovespa registra perdas acima de 2%

O dólar voltou a subir nesta terça-feira, chegando a ser cotado a 3,70 reais, pela primeira vez desde 2002. A moeda americana reage à aversão ao risco no exterior - com os dados frustrantes sobre a indústria na China e em outros países - e também à deterioração fiscal evidenciada na proposta orçamentária entregue nesta segunda-feira pelo governo Dilma ao Congresso. Às 16:15, o dólar avançava 1,86%, a 3,6945 reais na venda, após encerrar agosto com alta de 5,91% e acumular no ano valorização de 36%. Na máxima do dia, a divisa norte-americana alcançou 3,7040 reais, maior nível intradia desde 13 de dezembro de 2002 (3,7750 reais).


O setor industrial da China registrou, em agosto, uma queda maior que a prevista pelos analistas, sinalizando contração da atividade, segundo o índice dos gerentes de compra (PMI) oficial. Os PMIs da Índia e da Rússia também caíram consideravelmente no mês passado. Com isso, as bolsas da Europa amargam o sinal negativo, assim como os índices futuros em Nova York. Segundo analistas, o ajuste externo reflete o crescente temor de que a desaceleração além do esperado da economia chinesa prejudique o crescimento global e reduza as perspectivas de inflação, o que poderia levar a um adiamento do início do ciclo de alta nos juros nos Estados Unidos.


Na segunda-feira, o dólar terminou cotado a 3,6271 reais na venda, alta de 1,17%. A alta foi motivada por preocupações com a situação fiscal do país, após o governo prever um déficit de 30,5 bilhões de reais no Orçamento em 2016, o que representa 0,5% do PIB. A expectativa de rombo reforça a frustração de agentes econômicos com a condução do ajuste fiscal e agrava preocupações com a perda do grau de investimento do país.


Em relatório intitulado "Admitindo a Derrota", a estrategista para a América Latina do grupo financeiro Jefferies, Siobhan Morden, afirmou que, ao admitir déficit primário para o ano que vem, o governo "completamente paralisa o processo de ajuste". Ela ressaltou ainda que eventual saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do governo não seria mais uma surpresa tão grande quanto há alguns meses.



Turismo - Em algumas casas de câmbio o dólar turismo ultrapassa os 4 reais. Nesta tarde, ele era oferecido a 4,05 reais no cartão pré-pago na AGK Corretora, e a 4,14 reais, na mesma modalidade na Ourominas. Em espécie, a moeda era comercializada a 3,87 reais na AGK e a 3,91 na Ourominas. Nas casas de câmbio o dólar é mais caro, pois inclui cotação, impostos e taxas.


Bovespa - O Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo (Bovespa), caía a 2,75% por volta das 16h06, puxado pelas ações da Petrobras e da Gol. O indicador acompanha a queda nos mercados acionários no exterior, onde o investidor foge dos ativos de risco de países emergentes. A piora dos fundamentos econômicos do Brasil com a previsão de orçamento deficitário e as incertezas no campo político também influenciam a bolsa.


Fonte: Revista VEJA