A Alemanha de Dilma – Conforme o óbvio, governo perdeu até os votos que tinha no TCU. Placar pode ser até de 9 a zero
A
arrogância foi tamanha e tal a estupidez dos argumentos que o governo
conseguiu perder os votos que tinha no Tribunal de Contas da União. As
manobras para adiar a votação do relator, Augusto Nardes, tiveram o
efeito contrário ao pretendido. Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do
Senado, também não foi bem-sucedido no esforço de conseguir virar ao
menos três votos.
Pior ainda:
no tempo do adiamento, a imprensa começou a ser coalhada de denúncias
contra membros do tribunal. Imediatamente se identificou, ora vejam, o
dedo adivinhem de quem. Entraram na mira da máquina de denúncias Aroldo
Cedraz, Raimundo Carreiro, Vital do Rego e o próprio Nardes. Ou por
outra: dos nove ministros, pelo menos quatro ficaram sob o chicote.
O governo Dilma é uma máquina de produzir trapalhadas. No dia 26 de agosto, escrevi aqui um post cujo título era este: “Quanto mais passa o tempo, mais difícil fica para o TCU fazer o que quer o governo”.
No corpo do post, lia-se:
“Quanto mais o TCU demora a votar o
relatório de Augusto Nardes, que vai recomendar ao Congresso a rejeição
das contas de Dilma, pior para o governo. Por quê? Porque um resultado
eventualmente positivo cairá em tal descrédito que a emenda será pior do
que o soneto.
A esta altura, resta ao tribunal, ou à maioria dele, aquiescer com o pedido de rejeição, ou passará para a história como uma reunião de farsantes, suscetíveis a pressões, que fazem, no fim das contas, o que quer o Executivo, embora sua missão seja auxiliar o Legislativo. Se o governo não estivesse fazendo marcação homem a homem, vá lá… Mais tempo serviria ao propósito de melhorar a defesa. Mas todos sabemos que não é isso o que está em curso. O que se procura é retardar o máximo possível a votação para ver se há tempo de mudar algumas opiniões, sabe-se lá com quais instrumentos.”
A esta altura, resta ao tribunal, ou à maioria dele, aquiescer com o pedido de rejeição, ou passará para a história como uma reunião de farsantes, suscetíveis a pressões, que fazem, no fim das contas, o que quer o Executivo, embora sua missão seja auxiliar o Legislativo. Se o governo não estivesse fazendo marcação homem a homem, vá lá… Mais tempo serviria ao propósito de melhorar a defesa. Mas todos sabemos que não é isso o que está em curso. O que se procura é retardar o máximo possível a votação para ver se há tempo de mudar algumas opiniões, sabe-se lá com quais instrumentos.”
Retomo
Era tudo tão óbvio. O PT perdeu o contato
com a lógica e com o óbvio. Ao manobrar para retardar a votação, ao pôr
nomes de ministros da boca do sapo e ao tentar negociar um acordão que
previa uma interferência direta de Renan no tribunal, conseguiu produzir
o exato contrário. Perdeu até os votos que tinha.
Hoje, é
possível até que se dê um placar com o qual Dilma não contava nem nos
seus piores pesadelos: nove a zero contra o governo. Para ela, é pior do
que o jogo contra a Alemanha.
O impeachment ganha um ânimo e tanto.
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