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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Pedido de impeachment contra Dilma de fundador do PT é entregue na Câmara com adendo de jurista



Representantes dos movimentos que defendem saída da presidente cobraram pressa na resposta do presidente da Câmara
Ladeados por líderes da oposição e alguns deputados de partidos da base aliada, o jurista Miguel Reale e Maria Lúcia Bicudo, entregaram ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informações adicionais ao pedido de impeachment feito pelo jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT. Também fizeram questão de participar do ato representantes de movimentos como o Nas Ruas, o Vem para a Rua e o Movimento Brasil Livre, que pediram a Cunha pressa na análise do pedido. Todos foram recebidos pelo presidente na sala de reuniões da Presidência da Câmara.

Cunha avisou que fará a análise na forma adequada, que antes de decidir sobre os pedidos presentes, responderá primeiro a questão de ordem feita pela oposição sobre os trâmites regimentais dos pedidos. — Nunca se pode pedir a um juiz o momento em que ele vai dar sua sentença. Não tenho prazo, mas é óbvio que não vou ficar a vida inteira para responder. Não o farei de forma leviana — disse Cunha.Na entrega do aditamento, Reale disse que foram incluídas informações sobre as pedaladas fiscais e decretos do governo Dilma Rousseff sem suplementação de recursos que demonstram o crime de responsabilidade. Segundo Reale, são fatos graves que ocorrerão no primeiro mandato de Dilma, mas também neste mandato. O jurista fez questão de dizer que ele e Hélio Bicudo lutaram juntos contra a ditadura e estão novamente unidos contra o que chamou de “ditadura das propinas”. — Eu e Bicudo somos lutadores antigos em prol dos direitos humanos. Lutamos juntos contra a ditadura dos fuzis e agora lutamos agora contra a ditadura das propinas. A ditadura da propina é mais insidiosa que a dos fuzis porque corrói a democracia por dentro e precisa ser descoberta. O país está destroçado moralmente e financeiramente. Essas mudanças que gritam nas ruas agora entram seu agasalho neste pedido — disse Reale.
— Estou aqui representando meu pai. É preciso renovar. Vamos mudar esse Brasil e trazer a integridade, a coerência e a ética de volta. Basta de mentiras — acrescentou a filha de Bicudo, Maria Lúcia.

DEPUTADOS: ESFORÇO PARA SAIR NA FOTO
Dentro do gabinete de Cunha muitos deputados se esforçavam para aparecer no registro fotográfico e das câmeras de TV e celular do ato de entrega. O deputado Paulo Pereira da Silva gritou “Fora Dilma” e afirmou que estava tendo início a "derrocada" do governo.
— Começa hoje a nossa luta — acrescentou o representante do MBL, Fernando Holiday.  Depois da entrega do documento, Reale, Maria Lúcia e representantes dos movimentos de rua pró-impeachment fizeram discursos no Salão Verde da Casa, cobrando pressa na resposta de Cunha. A oposição trouxe bonecos pixulecos para o evento. Líderes e deputados estavam ao lado do jurista e dos representantes dos movimentos, mas não discursaram. — Em recado para a presidência da Câmara: o melhor momento é o mais rápido possível. O Brasil não aguenta sangrar mais — disse Carla Zambelli.
Rogério Chequer, do movimento Vem Pra Rua afirmou que o pedido de impeachment é constitucional e republicano e caracterizar o movimento e pedido de impeachment como golpe é "mentira". Ele também cobrou que os deputados estejam atentos e apoiem o impeachment.  — Já temos centenas de deputados a favor do nosso movimento. Quem não está, coloque a mão na consciência podem entrar para a história como pessoas não éticas — disse Chequer.  — Quero deixar aqui um recado aos deputados que não estão presentes neste ato. Se envergonhem. A história haverá de cobrar essa covardia — acrescentou Fernando Holiday, do MBL.
Fonte: O Globo

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