Poupança: É o oitavo mês consecutivo em que o investimento fica no vermelho; no ano, a perda chega a R$ 48,497 bilhões
- O combo "recessão e juros altos" fizeram com
Recuo foi
frente ao mesmo mês de 2014. No ano, queda acumulada é de 16,9%
A
produção de veículos no país caiu 18,2% em agosto desde ano em que a caderneta de poupança tivesse o pior resultado em meses de
agosto da série histórica, iniciada em 1995. Os saques na
aplicação mais popular do país superaram os depósitos em R$ 7,5 bilhões no mês
passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central. Além de ser o pior
agosto, é a segunda maior fuga já registrada em
qualquer mês. A saída líquida foi ainda maior em março deste ano, quando
os brasileiros retiraram nada menos que R$ 11,4 bilhões.
Dos oito meses do ano, a poupança ficou
no vermelho os oito meses. Com a renda mais apertada por causa da inflação ou até para honrar as
despesas em casos de demissão, as famílias sacam suas economias. Há ainda outro
motivo para a saída em massa da aplicação: a
alta dos juros. O Comitê de Política
Monetária (Copom) começou a subir a taxa básica de juros da economia desde a
reeleição da presidente Dilma Rousseff, em outubro do ano passado. Isso fez com
que os fundos de investimento ficassem cada vez mais atrativos. A Selic está em 14,25%
ao ano, enquanto a poupança rende menos
que a inflação.
Pequenos
investidores, que não têm acesso às taxas diferenciadas, mantém as economias na
aplicação. Ao todo, a caderneta de poupança perdeu nada menos R$ 48,5 bilhões.
No mesmo período do ano passado, a captação era de R$ 14,2 bilhões. Atualmente, o brasileiro guarda R$ 645,1 bilhões
na aplicação mais popular do país. Sobre esse dinheiro, os bancos pagaram R$
30,9 bilhões de rendimentos apenas neste ano.
Produção de veículos cai 18% em agosto e atinge
menor patamar desde 2007
comparação
com o mesmo período do ano passado, informou nesta sexta-feira a Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Frente a julho a
queda foi de 3,5%. O setor produziu 216,5 mil carros, comerciais leves,
caminhões e ônibus em agosto, menor volume para o mês
desde pelo menos 2007. A produção acumulada do ano ficou em 1,73 milhão de unidades, 16,9% abaixo dos oito primeiros
meses de 2014.
A venda
de veículos novos no mês passado recuou 8,9% contra
julho e registrou queda de 23,9% sobre agosto de 2014, também atingindo
o nível mais baixo para o mês desde pelo menos 2007.
Em
relação aos emplacamentos nos oito meses do ano, o
declínio foi de 21,4%, passando de 2,23 milhões para 1,75 milhão. — Continuamos em um momento bastante difícil
de mercado, especialmente em caminhões, com queda de
40% (nas vendas) — disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan, ao
comentar que a média diária de vendas de veículos em agosto foi semelhante à de
julho.
Ele
acrescentou que a associação também espera queda na produção de veículos do
Brasil em setembro e em outubro. Moan disse que, com o desempenho negativo do
mercado, o nível de estoque aumentou para 358 mil
veiculos, o que representou 52 dias de vendas. No mês passado, eram 345
mil unidades em estoque. — Temos duas maneiras para regular o
estoque: estimulando o mercado ou reduzindo a produção. Como o mercado depende
da economia e estamos em recessão, isso será difícil de acontecer. Por isso, as empresas devem reduzir a produção em setembro e
em outubro — disse Moan.
Segundo
ele, somente no mês de setembro serão 27,4 mil funcionários em casa por meio de
lay-off (suspensão temporária do contrato
de trabalho) e férias coletivas. Hoje, a indústria automobilística emprega 134,3 mil pessoas, queda de 9,8% sobre
um ano antes. Em julho eram 135,7 mil empregados. Já
a exportação de veículos e máquinas agrícolas subiu 12,3% em agosto contra
julho.
Fonte: O Globo
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