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sábado, 5 de setembro de 2015

Mais dois recordes negativos para Dilma em agosto: Saques superam depósitos na poupança em R$ 7,5 bilhões, no pior agosto – produção de veículos cai 18% em agosto



Poupança: É o oitavo mês consecutivo em que o investimento fica no vermelho; no ano, a perda chega a R$ 48,497 bilhões

- O combo "recessão e juros altos" fizeram com
Recuo foi frente ao mesmo mês de 2014. No ano, queda acumulada é de 16,9%
A produção de veículos no país caiu 18,2% em agosto desde ano em que a caderneta de poupança tivesse o pior resultado em meses de agosto da série histórica, iniciada em 1995. Os saques na aplicação mais popular do país superaram os depósitos em R$ 7,5 bilhões no mês passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central. Além de ser o pior agosto, é a segunda maior fuga já registrada em qualquer mês. A saída líquida foi ainda maior em março deste ano, quando os brasileiros retiraram nada menos que R$ 11,4 bilhões.

Dos oito meses do ano, a poupança ficou no vermelho os oito meses. Com a renda mais apertada por causa da inflação ou até para honrar as despesas em casos de demissão, as famílias sacam suas economias. Há ainda outro motivo para a saída em massa da aplicação: a alta dos juros.  O Comitê de Política Monetária (Copom) começou a subir a taxa básica de juros da economia desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em outubro do ano passado. Isso fez com que os fundos de investimento ficassem cada vez mais atrativos. A Selic está em 14,25% ao ano, enquanto a poupança rende menos que a inflação.

Pequenos investidores, que não têm acesso às taxas diferenciadas, mantém as economias na aplicação. Ao todo, a caderneta de poupança perdeu nada menos R$ 48,5 bilhões. No mesmo período do ano passado, a captação era de R$ 14,2 bilhões. Atualmente, o brasileiro guarda R$ 645,1 bilhões na aplicação mais popular do país. Sobre esse dinheiro, os bancos pagaram R$ 30,9 bilhões de rendimentos apenas neste ano.

Produção de veículos cai 18% em agosto e atinge menor patamar desde 2007
comparação com o mesmo período do ano passado, informou nesta sexta-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Frente a julho a queda foi de 3,5%. O setor produziu 216,5 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em agosto, menor volume para o mês desde pelo menos 2007. A produção acumulada do ano ficou em 1,73 milhão de unidades, 16,9% abaixo dos oito primeiros meses de 2014.

A venda de veículos novos no mês passado recuou 8,9% contra julho e registrou queda de 23,9% sobre agosto de 2014, também atingindo o nível mais baixo para o mês desde pelo menos 2007.

Em relação aos emplacamentos nos oito meses do ano, o declínio foi de 21,4%, passando de 2,23 milhões para 1,75 milhão.  — Continuamos em um momento bastante difícil de mercado, especialmente em caminhões, com queda de 40% (nas vendas) disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan, ao comentar que a média diária de vendas de veículos em agosto foi semelhante à de julho.

Ele acrescentou que a associação também espera queda na produção de veículos do Brasil em setembro e em outubro. Moan disse que, com o desempenho negativo do mercado, o nível de estoque aumentou para 358 mil veiculos, o que representou 52 dias de vendas. No mês passado, eram 345 mil unidades em estoque.  — Temos duas maneiras para regular o estoque: estimulando o mercado ou reduzindo a produção. Como o mercado depende da economia e estamos em recessão, isso será difícil de acontecer. Por isso, as empresas devem reduzir a produção em setembro e em outubro — disse Moan.

Segundo ele, somente no mês de setembro serão 27,4 mil funcionários em casa por meio de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) e férias coletivas. Hoje, a indústria automobilística emprega 134,3 mil pessoas, queda de 9,8% sobre um ano antes. Em julho eram 135,7 mil empregados. Já a exportação de veículos e máquinas agrícolas subiu 12,3% em agosto contra julho.

Fonte: O Globo


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