Em áudio, presidente da Câmara do DF admite dar cargos a analfabetos e diz que governador usa maconha
Celina Leão (PPS) reclama da falta de habilidade política de Rodrigo Rollemberg (PSB)
Nas gravações que a deputada distrital Liliane Roriz (PTB-DF) entregou ao Ministério Público do Distrito Federal,
a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), faz declarações
no mínimo constrangedoras. Ela admite colocar em cargos de confiança
analfabetos, diz que distribui emprego para quem votou nela e ainda
vincula o governador do DF Rodrigo Rollemberg ao consumo de maconha.
Um suposto esquema de desvio de recursos na área da Saúde, com
indícios de participação da cúpula do Legislativo local, está na mira do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Os
indícios são tão graves que no último dia 12 foi aberto um procedimento
investigativo na esfera criminal e decretado sigilo sobre o caso. Ao reclamar da falta de habilidade política do governador Rodrigo
Rollemberg (PSB), diz que ele “fuma maconha demais”. A menção ao suposto
hábito do governador é feita por Celina citando o marido, Fabrício, que
teria levantado o assunto certa vez, ao participarem de um evento
oficial no fim do ano passado. — Que conversa de maconheiro da porra que é aquela, Celina? O
Fabrício falou desse jeito — conta a deputada, no áudio, aos risos. E
prossegue: — E é verdade. Ele só falava de planta, não falava dos
problemas da cidade, só falava do pequi, que ele vai plantar não sei o
quê, entendeu?
Mais adiante, a chefe da Câmara Legislativa admite distribuir cargos a cabos eleitorais sem qualificação que trabalharam de graça na campanha: — No meu gabinete tá cheio de analfabeto lá, que não sabe fazer nada, mas são as pessoas que me ajudaram. Tem hora que falta gente para escrever um ofício — disse.
Mais adiante, a chefe da Câmara Legislativa admite distribuir cargos a cabos eleitorais sem qualificação que trabalharam de graça na campanha: — No meu gabinete tá cheio de analfabeto lá, que não sabe fazer nada, mas são as pessoas que me ajudaram. Tem hora que falta gente para escrever um ofício — disse.
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