Nos gabinetes da
Casa Civil petista – mais conhecida como COVIL DE LADRÕES – controle
da propinocracia alcançou o ápice. É surpreendente o
número de titulares pegos em ações delinquentes
Definitivamente há algo de podre no
longo reinado petista de quase 14 anos governando o País. A prisão de dois de
seus ministros da Fazenda, em sequência, dentro da Operação Lava Jato
desfraldou para o Brasil como funcionava –
nos limites do impensável – a engrenagem operacional do Partido na busca de
financiamento ilegal para garantir a sua perpetuação no poder.
Antônio
Palocci foi parar atrás das grades, logo após Guido Mantega, ao ficar
demonstrado que a pasta reiteradamente serviu, pelas mãos deles, de
arrecadadora de fundos na troca por “favores”
lucrativos aos interlocutores. Palocci atuou como
intermediário em negócios escusos que, de uma única empreiteira,
arrancou pelo menos R$ 128 milhões, conforme apuraram os investigadores.
Enquanto isso, enriqueceu. Teve uma das mais
fulgurantes carreiras de “consultor” de
que se tem notícia, facilitando os
contatos entre clientes e os governos de Lula e Dilma, aonde manteve livre acesso mesmo após deixar o posto envolto
em escândalos. Disse o juiz Sérgio Moro em seu despacho que o
ex-ministro mergulhou em um “mundo de
sombras” e usou os mais altos cargos da República e campanhas eleitorais
para achacar empresários.
O modesto médico de Ribeirão Preto, o “italiano”, como era chamado nos e-mails,
chegou longe. Deu
método e sistemática imorais ao relacionamento da sigla PT com o mundo
empresarial. Como interlocutor preferencial foi depois sucedido por
Mantega que, diligentemente, atendendo a determinação dos mandatários a quem
serviu, levou adiante a montagem e execução do esquema. A Polícia Federal liga Mantega a propinas que somam R$ 50 milhões.
Os guardiões da economia, agora se sabe, trataram primeiro de garantir os
interesses da sigla, dos aliados e seus próprios antes de zelar pela estabilidade.
O Partido dos Trabalhadores, cada dia
fica mais evidente, usou a máquina
estatal de maneira criminosa como nenhuma outra agremiação na história. De
forma premeditada corrompeu o sistema. Não por menos, três tesoureiros
petistas, dois ministros da Fazenda e vários chefes da Casa Civil foram parar
atrás das grades ou estão em vias disso. Um plantel
digno de Ali Babá e os 40 Ladrões.
Nos gabinetes da Casa Civil petista o controle da “propinocracia” alcançou o ápice. É surpreendente o número de titulares da pasta pegos em ações
delinquentes. A começar por José Dirceu entram
na lista Erenice Guerra, Palocci (de novo!), Aloizio Mercadante e a senadora
Gleisi Hoffmann, essa última transformada em ré por corrupção, na semana
passada, junto com o marido, o também ex-ministro Paulo
Bernardo. O reflexo dessa propensão delituosa do Partido pode ser notado
nas eleições municipais, onde ele experimenta desempenho medíocre. O PT não
apenas encolheu dramaticamente seu prestígio junto à opinião pública.
Os parcos candidatos que se habilitaram à
disputa ainda tiveram de esconder até mesmo a filiação
nas peças de campanha para não serem massacrados. No Rio de Janeiro, sequer foi lançado um candidato próprio. O mesmo
ocorrendo em Salvador, Aracaju e São Luís. Nas principais capitais, o desempenho
petista é deprimente e ele almeja emplacar somente um prefeito na
longínqua cidade de Rio Branco, no Acre. Em
Garanhuns, onde Lula nasceu, e em São Bernardo do Campo, onde ele mora, o PT sai derrotado na eleição. E nada se compara à
fragorosa surra na maior das capitais, São Paulo, na
qual o candidato e atual prefeito, Fernando Haddad, sequer ameaçou a liderança.
A indigência política que está a exigir uma refundação do Partido é fruto,
inegavelmente, da desfaçatez com que esse grupo tentou assaltar os cofres do
País. Preço alto a pagar.
Fonte: Editorial – Isto
É – Carlos José Marques - diretor editorial da Editora Três
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