Agentes se recusam receber presos na Papuda e divisão especial é acionada
Os servidores fizeram um bloqueio em frente ao acesso principal do presídio e proibiram a passagem do "bonde" - como é conhecido o comboio de transferência de detentos. Eles afirmaram que a entrada só será permitida com ordem judicial
[agentes nesta estão errados; presídio deve manter sempre as portas abertas para receber bandidos - superlotação, com jeitinho onde cabe dez, cabe 20;
que impeça, ou dificultem ao máximo, as visitas, tudo bem - bandido não deve receber visitas, deve viver segregado de qualquer contato social, mas qualquer cadeia tem a obrigação de caber sempre mais um bandido.]
Mais um episódio escancara a grave crise institucional na [in]segurança
pública do Distrito Federal. Um grupo de agentes de atividades
penitenciárias grevistas impediu, na manhã desta terça-feira (1/11), que
96 presos transferidos da carceragem do Departamento de Polícia
Especializada (DPE), no Complexo da Polícia Civil, fossem recebidos no
Complexo Penitenciário da Papuda. Os servidores fizeram um bloqueio em
frente ao acesso principal do presídio e proibiram a passagem do "bonde"
— como é conhecido o comboio de transferência de detentos. Eles
afirmaram que a entrada só será permitida com ordem judicial.
Por causa da recusa dos servidores,
policiais civis que encaminhavam os detentos à Papuda recuaram. Neste
momento, estão afastados do acesso principal, mas permanecem na área de
segurança do presídio. Policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE)
ficaram de prontidão, mas não precisaram agir para fazer a entrega dos
presos. O complexo da Papuda abriga, além de criminosos comuns,
políticos condenados em operações famosas, como a Lava-Jato.
O
bonde acontece toda terça e sexta-feira. Nesta manhã (1/11) a confusão
começou por volta das 11h. Ao todo, 50 agentes de atividades
penitenciárias participam do bloqueio em frente à Papuda. Na semana
passada eles decidiram pela continuidade da greve que começou em 10 de
outubro. A categoria reivindica o pagamento da última parcela do
reajuste salarial.
O Correio procurou
a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF e a Divisão de
Comunicação da Polícia Civil (Divicom) e aguarda resposta.
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