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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Pantaleão a as visitadoras no bordel chamado Brasil - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura, deve ter sido o autor de ficção que mais li na vida.  
E um dos seus livros mais divertidos é Pantaleão e as visitadoras. 
Escrito no começo da década de 1970, o romance se baseia em fatos e relata o "serviço de visitadoras" organizado pelo Exército peruano para desafogar as ânsias sexuais das guarnições amazônicas.
 
Pantaleão Pantoja é um capitão recém-promovido que recebe essa missão inesperada: criar o serviço de prostitutas para as Forças Armadas peruanas na Amazônia. 
Mas o homem é um militar tão organizado, eficiente e meticuloso em suas funções que coloca "ordem no bordel", digamos assim.
 
O experimento funciona tão bem que Pantoja, fiel marido, acaba se transformando no maior fornecedor de prostitutas do Peru. 
O sujeito trabalha às madrugadas, bebendo em bares infectos, cuidando do empreendimento com personagens insólitos. 
Missão dada, missão cumprida.
 
Lembrei do livro ao ler a coluna de Malu Gaspar no Globo hoje, sobre a festa em Lisboa das elites brasileiras, incluindo grandes empresários, ministros supremos e políticos poderosos. 
Pensei em orgia, em bacanal, em suruba, em promiscuidade, e daí me veio à mente o divertido livro de Vargas Llosa.
 
Colocar um alemão certinho para tomar conta de um bordel pode ser um perigo: o bordel pode ficar tão profissional que toma conta de tudo! Melhor manter a esculhambação mesmo, talvez? Não sei dizer. 
Só sei que o Brasil sempre foi essa bagunça, e é complicado mexer demais nisso, pelo visto.

Talvez o destino dos países latinos abaixo da Linha do Equador seja nunca se transformar em nação séria, republicana, dotada de um império das leis. Talvez nossa "sensualidade", nosso "jeitinho", seja mesmo um fatalismo inescapável. Talvez o errado seja gente certinha, que sonha e luta para transformar bordel em convento.

"Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro". "Instaure-se a moralidade ou nos locupletemos todos"
Os bordões e aforismos que sobreviveram ao teste do tempo devem atestar uma verdade imutável, vai saber. 
O Brasil é o país da malandragem mesmo, da turma se lambuzando na coisa pública e deixando o povo na privada
.
Agora nosso Exército vai treinar com capangas do ditador Daniel Ortega, que persegue cristãos e oponentes em Nicarágua.  
O TSE não deixou a imprensa lembrar da proximidade entre Lula e seus companheiros tiranos, mas a eleição já acabou, né? 
Maduro foi recebido como estadista, e Ortega vai mandar soldados para o Brasil. Não é para criar um serviço de prostitutas. Infelizmente, pois seria menos pior...
 
A nossa salvação talvez esteja em nossa maldição
Ao ler os relatos feitos por Malu Gaspar, ficamos com a nítida sensação de que nosso país é uma zona mesmo. 
Mas se por um lado isso é lamentável, por outro lado talvez seja o obstáculo mais insuperável da turma de Dirceu. 
Como impor a ordem ditatorial comunista numa zona? 
Como desafiar tantos grupos poderosos, organizados e acostumados com esse prostíbulo? 
O sistema é esse. 
Não há Pantoja capaz de organizar o bordel chamado Brasil...


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Arte de transar com nossas Prostitutas - Blog Alerta Total

Jorge Serrão 

A tratorada que a oposição perdida levou na eleição das duas casas do Congresso Nacional vai obrigar os inimigos (ops, adversários) de Jair Messias Bolsonaro a fazerem uma revisão pelo menos tática de suas ações alopradas. Aliás, tal atitude é recomendável a todos os estultos extremistas - inclusive muitos que se proclamam “bolsonaristas” (no meio deles, têm muitos que adoram receber as bolsas, auxílios e vantagens do governo federal).

O Brasil precisa, prioritariamente, de quem construa. Destruir é moleza, e os medíocres fazem com radical idiotice, canalhice e oportunismo. Nunca foi tão necessário ter capacidade real e prática para “fazer do limão azedo uma saborosa limonada”. Vai sobreviver melhor e evoluir com qualidade aquele cidadão que combinar trabalho, resiliência e foco nos objetivos possíveis e metas realizáveis. A dura realidade descarta quem (se) alimenta de utopias babacas e se nutre de radical ódio destrutivo por alguém ou alguma coisa. É por isso que a esquerdopatia se consolida como uma doença anacrônica.

Até o Presidente Bolsonaro se viu obrigado a publicar em seu Twitter a imagem patética da Débora Diniz o acusando de “perseguição a pedófilos”. Pelo manual esquerdopata, o “Bozo” deveria defender criminosos hediondos? 
Parece que a moça simplesmente pirou o cabeçote. Nada de anormal para autoproclamados “ideólogos” (KKKKK) que raciocinam com o intestino em desarranjo completo, debiloide e radicaloide. A esquerdalha já não sabe mais do que acusa Bolsonaro para viabilizar um impeachment que o Centrão - e nem o Establishment - têm o menor interesse que aconteça.

Outra demonstração de desespero de causa foi sacramentada pela “Presidenta” do moribundo Partido dos Trabalhadores. (Um parêntese: os integrantes da petelândia & afins continuam aparelhando a máquina estatal, com fortíssima e quase hegemônica presença nos postos de comando e gerência das quase 50 empresas “estatais” - ops, de economia mista - sob “controle” da União Federal). A jênia Gleisi Hoffmann vem a público defender um golpe para que Bolsonaro seja substituído pelo vice Antônio Hamilton Mourão (KKKKKKKKK).

Narizinho parece outra que endoidou completamente. O “argumento” cretino e cínico-pragmático dela é: “Ele (Bolsonaro) é o foco da crise. Não estou dizendo que o Mourão irá resolver a crise, mas, pelas posturas que eu vi, pelo menos mantém um pouco mais da institucionalidade”. (KKKKKK). A deputada petista faz uma leitura absolutamente equivocada da realidade. Segundo ela, “está crescendo muito o descontentamento com o governo. Setores próximos, que participam da eleição, começam a se posicionar também com apoio ao impeachment”. Fala sério, Dona Narizinho…

Tamanha canalhice extremista precisa se recolher a sua insignificância. Os sujeitos que “roubaram” e quase destruíram o Brasil com uma gestão (?) incompetente e corrupta só sabem agir na base da estupidez radicaloide. Não têm e nem apresentam propostas reais e objetivas para solucionar problemas estruturais do Brasil. Aliás, a turma esquerdopata da boquinha é parte integrante do problema, na medida em que forma uma parceria hedionda com o Establishment que não deseja mudanças concretas do modelo. Querem mais intervenção estatal. Mais Capimunismo!

As pessoas de bem e do bem estão perdendo a paciência com as canalhices da “oposição” oportunista. O Estadão noticiou: “O dono de uma churrascaria localizada na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, foi detido na última quarta (4) pela Polícia Civil após colocar uma placa em frente ao estabelecimento prometendo “1 ano de churrasco grátis para quem matar o João Doria Jr”. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, ele responde por incitação ao crime e o caso foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim). A secretaria informou que o comerciante, de 40 anos, já prestou depoimento, se comprometeu a comparecer em juízo e vai responder em liberdade”.


Radicalizar, burramente, na base do desespero, não contribui para a solução dos problemas. Nunca foi necessária tanta lucidez, inteligência e serenidade para neutralizar e superar a ação estúpida e mafiosa dos inimigos do Brasil. A coisa não se resolverá na base da porrada - nem da apologia a crimes. A vitória precisa ser civilizada, política, dentro da lei, da ordem e do bom senso. Não há espaço para voluntarismo, nem para ilusões. Agravado pelo Covidão (que infecta, mata e, acima de tudo, amedronta), o momento brasileiro é delicadíssimo. Estamos no fio da navalha.

Papo reto e real. A “oposição”, que nunca esteve tão perdida, só deseja sabotagem. Nem consegue ser (nem fazer) oposição construtiva. O Establishment não quer mudanças profundas. Aceita, no máximo, algumas reforminhas pontuais que não mexam com os interesses maiores dos parasitas. O tal Centrão é o operador político do esquema de manutenção do poder. Além de domar os “aliados” fisiológicos, o governo Bolsonaro tem o desafio maior de mobilizar a maioria da população para pressionar em favor das mudanças. Trata-se de uma missão hercúlea de Estratégia, Inteligência e Comunicação, sabendo que o maior inimigo se disfarça de “maior colaborador”. Brasília é um lodaçal de ouro...

O governo tem chance de dar certo? A gente fica na torcida, junto com a Velhinha de Taubaté, porém com a vigilância do Negão da Chatuba e o ceticismo pragmático de quem conhece como funciona o Capimunismo Tupiniquim. O Establishment e seu Mecanismo do Crime Organizado nunca estiveram tão cheios de recursos e estruturados para manter a hegemonia sobre a putaria institucionalizada. Por isso, toda cautela é pouca para Bolsonaro - que não pode ficar posando de freira no prostíbulo.

Tudo indica que haverá uma melhoria na governabilidade.
No entanto, sempre é bom ter em mente que a fidelidade do Centrão é a mesma de uma prostituta de luxo: Pagou antecipado, transou; mesmo pagando antes, pode acabar tomando uma volta e ficar sem o que deseja.

É recomendável seguir o sábio conselho do experiente Moreira Franco
- uma espécie de “Vovô do Centrão”, pois acumula a experiência de ter sido “situação” em todos os governos, do Regime dos Presidentes-Generais, atravessando a Nova República de 1985 até a gestão Michel Temer. Moreira agora não sai do armário: faz (discreta) oposição a Bolsonaro, certamente esperando a hora certa de dar aquele bote do Gato Angorá (royalties do apelido para Leonel Brizola).

O ultrapragmático Moreira Franco twittou quinta-feira passada (4 fev 2021): “Governo ganha na 2 Casas e pede soluções para 35 problemas difíceis. Não vai a lugar nenhum. PRIORIDADE é só no singular, 1 de cada vez. Na administração pública também. E com meta clara e métrica. Oba, oba ñ rola!”.

Resumindo: Bolsonaro deu ao Centrão um excesso de elementos para negociatas (ops, negociações). Se não tomar cuidado com a execução prioritária de cada ponto focal, o governo pode se perder e nada de efetivo acontecer. Se não souber “fazer amor” com os(as) “profissionais”, Bolsonaro e seu time acabarão fazendo guerra. E, neste caso, uma tropa militar (por melhor que pareça ser) não resolve os problemas. A guerra é assimétrica e com solução gradual para o macro caos.

Complexo e complicado, né?! Haja arte para transar com tantas putas neste grande Prostíbulo Capimunista chamado Bruzundanga…  Assim, parece que o negócio mais fácil é roubar para ser preso no Maranhão - governado pelo Partido Comunista do Brasil. Lá vai sobrar vaga para bandido transar sob proteção estatal. Loucura, Loucura, né Kamarada Lima Barreto?!


Edição do Alerta Total

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Por Jorge Serrão

quinta-feira, 19 de março de 2020

Sem clientes e boates vazias: o coronavírus abala a prostituição de luxo - Blog Gente - VEJA

O relógio marca 21h30 de quarta, 18, na boate Bahamas, a famosa casa frequentada por prostitutas de luxo em São Paulo, quando logo na entrada se vê uma recepcionista resignada ao ser perguntada sobre o número de profissionais do sexo trabalhando naquele momento na casa: dezesseis. Em época pré-coronavírus, esse número nunca era inferior a sessenta. Em alguns dias, chegava a 100. Ao entrar pela porta de vidro que dá acesso ao lounge do andar térreo, constata-se semblantes de desolação. Mulheres vestidas de lingerie cavadas conversando entre si e mexendo no cabelo. Elas estão sem ter com quem interagir. A pista de dança com um pufe que imita salto alto está vazia. Duas discoballs giram solitárias, sem a presença de ninguém por perto.

Há apenas quatro clientes em toda a casa, que tem área de 1.740 metros quadrados. Um deles joga sinuca com uma loira, outro circula de roupão entre as mesas e dois amigos dão baforadas em cigarro eletrônico no fumódromo. “Estamos desesperadas”, diz Cecília, de 25 anos. Mineira de Belo Horizonte, Cecília diz estar preocupada com as contas que não deixarão de chegar. “Ainda mais porque passei o Carnaval em Ilhabela e fui em bazar de roupas de blogueiras, não guardei dinheiro nas últimas semanas.”

Pista de dança do Bahamas: sem uma alma viva João Batista Jr./VEJA

Ela cobra entre 400 e 500 reais pelo programa – mas não descarta reduzir o valor caso a demanda por seus serviços continue em baixa. No subsolo do Bahamas, onde há um enorme bar, além de vestiário e banheiro coletivo, não há uma mísera alma. O bar de lá, aliás, está desativado, mantendo o atendimento de comidas e bebidas apenas no térreo. Se antes a regra era a profissional aguardar um contato visual do potencial cliente para se aproximar, a crise causada pelo coronavírus fez o approach, digamos assim, ser mais direto — como invadir o banheiro masculino quando um homem entra no local. Duas garotas de programa contam que a casa de Oscar Maroni Filho adotou algumas medidas para evitar a contaminação de coronavírus. Se elas estiverem com febre ou tosse, não podem aparecer para dar expediente.

Há apenas um frasco de álcool em gel em cima do bar. “Atender por aplicativo me irrita, mas talvez seja uma solução diante desses problemas de saúde”, diz uma morena de 23 anos usando um maiô recortado mostrando a barriga tanquinho.
Por volta das 23h, um rapaz de cerca de 27 anos chega ao local. As duas TVs exibiam clipe de Bad Romance, de Lady Gaga. De barba, calça cáqui e camisa polo da Lacoste preta, ele chamou a atenção de Cecília – imediatamente, ela levantou-se para conversar. Terminada as tratativas, ele comprou um vinho branco Crios e os dois subiram para o quarto, que fica no “hotel colado ao Bahamas.”

Em VEJA, MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 15 de abril de 2019

Orgia em motel acaba em tentativa de homicídio no Lago Norte

O homem teria agredido a jovem de 23 anos, após ela e a namorada tentarem sair do quarto de motel

Um homem de 43 anos foi preso acusado de tentar matar uma mulher, de 23, em um motel do Lago Norte. Segundo relato de testemunhas, ele quebrou uma garrafa de cerveja e provocou um corte profundo no rosto da jovem, após uma noite regada a bebidas, sexo e drogas. Ao menos cinco pessoas entraram e saíram do quarto em momentos diferentes e participaram da orgia. Informações preliminares apontam que o acusado chegou ao motel por volta de 1h30 de sábado (13/4), acompanhado de três mulheres. Ele teria pago R$ 300 pela noitada. A polícia ainda não soube informar se o investimento teria sido direcionado a uma das moças apenas ou se ele desembolsou mais para ter a companhia das outras mulheres.  

Com o rosto machucado, Paula* contou à polícia que o suspeito teria comprado fantasias para que elas usassem durante a festa. Enquanto isso, ele dançava, bebia e cheirava cocaína. Meia hora depois de chegarem ao motel, as duas amigas da jovem foram embora, ficando apenas os dois no quarto.Quando o dia já estava amanhecendo, Paula teria convidado a namorada Fernanda*, 20, para o local. Ela estava em Ceilândia e a ideia era que ela fosse ao motel "curtir com os dois", segundo consta na ocorrência. Fernanda chegou por volta das 7h, em um carro de aplicativo de transporte, pago pelo suspeito.

A confusão teria começado por volta das 10h de sábado (13/4), quando Paula e Fernanda quiseram ir embora. Segundo a vítima relatou à polícia, elas pediram ao acusado que chamasse um táxi, mas ele teria se recusado. Elas, então, ligaram para a recepção, solicitando que eles chamassem um motorista. Nessa hora, foram informadas pela atendente que o homem deveria autorizar a saída delas.Foi a partir daí que a confusão se instalou. O suspeito teria trancado a porta do quarto e tirado a chave da fechadura. Fernanda ficava repetindo para as duas irem embora. Neste momento, o homem teria tentado agredir a jovem e Paula entrou no meio para defender a namorada. O acusado se afastou, quebrou uma garrafa e, no num momento de distração de Paula, cravou o caco de vidro no rosto dela. 

Paula relatou à polícia que, na hora, caiu no chão e achou que tivesse sido agredida com um soco no rosto. Fernanda, então, a pegou pela mão e teria dito: "olha o que ele fez no teu rosto". Juntas, elas conseguiram descer as escadas do duplex, pegaram a chave do quarto, que estava em uma mesa no andar de baixo, e deixaram o apartamento. Na saída, se depararam com uma viatura do Corpo de Bombeiros e Paula recebeu atendimento médico. 

O homem, que mora na região do Paranoá foi detido, mas devido ao estado de embriaguez e a suspeita de estar sob efeito de outras drogas, não tinha condições de ser ouvido pelos investigadores. Paula foi levada para o hospital. A namorada dela, também precisou de atendimento médico e foi levada desacordada para o Hospital Regional do Paranoá. O caso é investigado por agentes da 6ª Delegacia de Polícia, também no Paranoá. [curioso é nomes ficticios para preservar a identidade das vítimas (aceitável, apesar de não haver razão para esconder nomes de prostitutas)- estranho é não mencionar o nome do agressor: ou será por ele ter sido vítima do excesso de putas que levou para o quarto?]
 
 

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Elize Matsunaga, a que esquartejou o marido, vai a júri popular em São Paulo

Após quatro anos, Elize Matsunaga vai a júri popular em São Paulo

 Júri de Elize deve durar até 5 dias

Ela é ré no processo de homicídio doloso contra o marido Marcos Matsunaga. Elize confessou ter matado e esquartejado a vítima, em 2012 

Acusada de matar e esquartejar o marido, Elize Matsunaga vai a júri popular nesta segunda-feira (28/11), em São Paulo. O julgamento, no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista, se inicia quatro anos após a morte brutal do empresário Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki. A expectativa é de que o júri dure até cinco dias e a sentença seja definida só na sexta-feira (2/12). A ré vai dormir na carceragem do fórum.

Elize confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma e depois a esquartejou em sete partes, em 19 de maio de 2012. Ela é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver. Para o Ministério Público Estadual (MPE), Elize matou o marido para ficar com o dinheiro de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil.



A defesa, feita pelos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio, deve alegar que Elize matou Marcos Matsunaga para se defender de agressões do homem e, desesperada, cometeu o crime. Foram convocadas pela acusação e defesa 22 testemunhas.  Se for condenada por homicídio simples, a bacharel em Direito, ex-enfermeira e ex-garota de programa terá uma pena entre 6 e 20 anos de prisão. Como está presa há mais de 4 anos e não tem outros antecedentes criminais, ela poderia sair com ordem de soltura por ter cumprido mais de um sexto da pena. Com as acusações qualificadoras, o homicídio passa a ser hediondo e a condenação chega a 30 anos. 



Entenda

Elize e Marcos Matsunaga se conheceram por meio de um site de anúncios de prostitutas de luxo, quando ele ainda era casado, em 2004. Ele se separou da mulher e em 2009 e se casou com Elize. Três anos depois ela o matou. O crime teria ocorrido durante uma discussão do casal, ela com 30 anos e ele, 42 na época. Ela contratou um detetive para investigar o marido. Um vídeo mostrou o executivo abraçado com uma mulher, uma prostituta, na saída de um restaurante, na véspera do crime.

Depois atirar na cabeça dele e de esquartejá-lo em sete partes usando uma faca de cozinha, Elize contou que ensacou os pedaços, colocou em malas e depois os espalhou em cinco terrenos de Cotia, na Grande São Paulo. A família do empresário denunciou o desaparecimento no dia 21 daquele mês. Duas semanas depois, Elize foi presa e confessou o crime. O casal tem uma filha, atualmente com 5 anos, que está sob cuidados de familiares do pai. 

Fonte:Correio Braziliense

Leia também: Suzane von Richthofen se casa com ex-mulher de Elize Matsunaga


quinta-feira, 10 de março de 2016

O governo contra a lei



O mineiro Artur Bernardes entrou para a História como um presidente autoritário, que governou grande parte de seu mandato sob estado de sítio. A ele é atribuída uma sentença que não deixa dúvidas quanto a isso: “Aos amigos, tudo; aos inimigos, o rigor da lei”. O gaúcho Getúlio Vargas, que derrubou a República Velha, adotou-a e empregou-a como palavra de ordem de comandante da Revolução de 1930, presidente provisório, escolhido de forma indireta em 1934, ditador do Estado Novo e eleito pelo povo, em 1950. 

Esse lema poderia até substituir o dístico da Bandeira Nacional, inspirado no positivismo de Augusto Comte: “Ordem e progresso”.

Neste instante em que o retrocesso traz, como “nunca antes na História deste país”, a perspectiva assustadora do caos, pois a presidente da República se mantém no poder, mas não governa, e a economia desaba no buraco do passado, a garantia da prosperidade pela ordem parece mais uma anedota de humor negro. E à sociedade desamparada, aflita pela queda de produção e consumo, que gera o desemprego crescente, resta apegar-se à recente conquista de um Estado Democrático de Direito de verdade, cujo objetivo é a igualdade de todos diante da lei, agora ameaçada por quem comanda a máquina pública federal por delegação da maioria dos cidadãos, consultados em eleição.

Uma nesga de esperança raiou no céu da Pátria quando recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a Ação Penal (AP) n.º 470, conhecida vulgarmente como Mensalão, esquema de corrupção assim definido pelo delator Roberto Jefferson. Nele o governo corrompia o Poder Legislativo para garantir apoio a suas decisões. Sob a presidência de Carlos Ayres Britto e, depois, de Joaquim Barbosa, a mais elevada Corte de Justiça processou e condenou altos dirigentes do governo e do partido de Luiz Inácio Lula da Silva. E atingiu pioneiramente maganões da República corrompida, negando o axioma ancestral de que cadeia é exclusividade de pretos, pobres e prostitutas.

Mas a força-tarefa da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), sob a égide do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, dissipou essa ilusão otimista ao investigar como funcionava o propinoduto da Petrobras e também de outras empresas e autarquias federais para enriquecer companheiros e beneficiar aliados. Uma série de coincidências afortunadas, iniciada com a devassa de lavagem de dinheiro de burocratas e políticos corrompidos pelas maiores empreiteiras do país, revelou evidências de que não eram descabidas as denúncias de malversação de dinheiro do povo na contratação de obras públicas. O caixa 2 de um posto de gasolina em Brasília virou uma cornucópia inimaginável.

Isso só foi possível por uma série de acasos inesperados. O primeiro deles foi a volta do juiz que mais conhece lavagem de dinheiro no país à primeira instância no estado onde nasceu, viveu e prosperou o doleiro reincidente Alberto Youssef. A repetição da impunidade garantida na Operação Castelo de Areia tornou-se mais difícil depois da morte do mago das causas vitoriosas em tribunais de terceira instância para cima, Márcio Thomaz Bastos.
 
E a devassa ficou mais consistente e ágil por causa da competência e da lisura dos agentes e procuradores federais e da obediência ao acordo internacional que incorporou o Brasil ao Primeiro Mundo no combate à corrupção. Isso se completa com o aprimoramento da contribuição de réus confessos à Justiça, erroneamente definida de forma pejorativa como delação premiada, que dá aos investigadores o caminho das pedras para obterem provas.

A pusilanimidade da oposição foi compensada pela labuta diligente e corajosa dos meios de comunicação, que têm informado à sociedade fatos relevantes revelados em delação. E também pela histórica decisão do STF de autorizar ordens de prisão contra condenados em segunda instância.  O assassínio do autor do programa de governo na primeira vitória de Lula à presidência, Celso Daniel, a rapina na Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), o Mensalão, o Petrolão, a compra de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e a concessão de privilégios a “compadritos” pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não são casos estanques. Mas constituem um escândalo só.

Delitos comprovados e passeios de burocratas e dirigentes de partidos do governo, em especial o PT, pelo Código Penal e entre vários processos mostram que o assalto a estatais foi planejado, organizado e cometido após a ocupação de altos cargos na máquina e nas empresas públicas. Do noticiário pode-se concluir que os gestores da União nestes 13 anos, ao contrário do que imaginavam seus adversários, não seguiram as diretrizes do marxismo-leninismo, do stalinismo, do foquismo cubano, do socialismo, peronismo, bolivarianismo, sandinismo ou qualquer ideologia de esquerda.

A ruína econômica de Cuba e Venezuela foi construída pelos tiranetes de esquerda Fidel e Raúl Castro, Hugo Chávez e Nicolás Maduro. E estes inspiram seus asseclas brasileiros por saberem tirar proveito do acesso sem fiscalização a orçamentos públicos. É o caso do comunista angolano José Eduardo dos Santos, pai de Isabel, a mulher mais rica da África. Mas seus reais inspiradores são, de fato, assaltantes comuns, como Tião Medonho e Fernandinho Beira-Mar. A retórica populista é só pretexto.

A visita de Dilma ao antecessor em solidariedade por sua condução coercitiva pela força-tarefa da Lava Jato não deixa dúvidas de que a chefe do governo apoia o líder dos investigados na operação policial. E não os investigadores. Seu desgoverno presta serviço à impunidade e ao privilégio e fica contra agentes do Estado que tentam garantir a igualdade de todos diante da lei e devassar o maior escândalo de corrupção da História, para puni-los.


Publicado no Estadão - José Nêumanne