Polícia corta água e luz de invasores no Paraná! Faz bem! Um jornal puxa o saco dos truculentos
“Gazeta do Povo” perde os parâmetros do Estado de Direito na sua luta cega contra o governo do Estado
Quando acuso
a imprensa de, na prática, promover a invasão de escolas, não cometo
nenhum exagero. As esquerdas xexelentas só reclamam do jornalismo porque
já aprenderam que, quanto mais atacam a chamada “mídia”, mais
subserviente aos “movimentos” esta se mostra. Ou por outra: os comandos
das redações tentam provar a sua isenção mandando bater nos adversários
dos brucutus, e os brucutus viram filósofos em textos da militância
vermelha infiltrada nas redações. Vejam o caso da Musa de Los Hermanos, a
tal Ana Júlia. É a moça que acha que “já que a escola é nossa, a gente
ocupa; e quem quer estudar que se submeta ao coletivo”.
Por que digo isso?
Leio, com
estupefação, o seguinte título no jornal a “Gazeta do Povo”, do Paraná,
cuja militância anti-Beto Richa vai além de uma questão editorial para
virar uma cegueira moral e legal: “Sem mandado, governo fecha entrada e
corta energia e água do Núcleo de Educação”.
Como? Mandado?
Quer dizer,
então, que os invasores já viraram agentes de direito? Se um grupo de
descontentes com a linha editorial do jornal decidir invadir a redação,
em vez de a direção do jornal chamar a polícia, vai fazer o quê? Apelar a
um juiz? Se o doutor disser “não”, acontece o quê?
Ah, mas
antevejo qual seria a reação, não? “A liberdade de imprensa foi
agredida!” Ou ainda: “Só existe democracia com imprensa livre”. E olhem
que concordo com as duas frases. Por isso mesmo, convido o jornal não a
assumir um lado nessa questão, mas a assumir a lei, o mesmo Estado de
Direito que garante a liberdade de informar. Invasores
não são agentes de direito. O Núcleo de Educação não é uma área que
esteja sendo disputada por posseiros. Trata-se de um bem público que foi
tomado por meia dúzia de autoritários. Se a Polícia Militar lá entrar e
arrancar todo mundo na unha, não estará cometendo ilegalidade nenhuma —
usando a força que for necessária.
Imaginar,
agora, que toda invasão precisará da intermediação do Judiciário para
ser resolvida corresponde a legitimar a força bruta e a jogar na lata de
lixo as leis. Atenção! Abolir a propriedade pública não é diferente de
abolir a propriedade privada. Insisto: se a sede da Gazeta for invadida,
seus chefes chamarão ou não a polícia? Faz muito
bem o governo. Recomendei aqui ontem que assim se procedesse. E assim
tem de ser em todos os prédios invadidos: que se cortem água, luz,
telefone, tudo. Quem está fora não entra. Nem pra levar água e comida.
Aliás, consta que a Polícia Militar está procedendo assim. É o correto.
Que os invasores vivam lá de suas fantasias autoritárias. Essa é a
alternativa à pancadaria e bomba.
A própria
reportagem informa que a OAB e o Conselho Tutelar estão à porta.
Adivinhem se é para garantir o direito de milhares à educação. Que nada!
São todos babás de invasores. Estão preocupados com a segurança dos
fascistoides de esquerda que impõem a sua vontade na base do berro. As invasões
estão esmorecendo. A despeito do apoio da imprensa, que, reitero, até
inventou uma musa das invasões, a supostamente apartidária Ana Júlia,
filha de um militante petista, que esteve ontem no Congresso e posou ao
lado de Gleisi Hoffmann, a enrolada senadora do PT do… Paraná.
Ah, sim:
leio este outro mimo na Gazeta: “O movimento Ocupa Paraná, também
conhecido como Primavera Estudantil, ocupou o prédio do NRE, que fica na
rua Inácio Lustosa, horas após o início do cumprimento das ordens de
reintegração de posse de 25 escolas de Curitiba”. Como? Quem chama esse
espetáculo de truculência de “Primavera Estudantil”? A primavera dá
flores à luz. O movimento no Estado, até agora, só rendeu truculência e
um cadáver.
A imprensa inventou a “Primavera Estudantil”. No mundo, os tontos inventaram a “Primavera Árabe”. A gente viu o
inverno que se abateu sobre o Oriente Médio, né? A “primavera” como
metáfora sempre deu em merda. Até quando a associação fazia sentido. Ou
se tratava de uma usurpação picareta da palavra (no caso do Oriente
Médio) ou de uma inocência cretina, como a Primavera de Praga.
No fim das
contas, essa gente toda, imprensa inclusive, precisa é estudar. A
escola, submetida às regras da democracia e do Estado de Direito, pode
ser uma boa ideia.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA
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