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sexta-feira, 24 de julho de 2020

Pesquisa exclusiva: Bolsonaro é o favorito da corrida eleitoral em 2022

Por:  João Pedroso de Campos, André Siqueira  

Mesmo em meio a uma tempestade política e à frente de um país dividido, o candidato à reeleição segue firme, forte e inabalável 

O governo Jair Bolsonaro passou nos últimos três meses por uma tempestade política perfeita. À crise inaugurada pela pandemia do novo coronavírus, menosprezada pelo presidente desde o início, somaram-se a conturbada demissão de seu ministro mais popular, Sergio Moro, duas trocas no Ministério da Saúde, a abertura de um inquérito para apurar interferência política na Polícia Federal, a divulgação em vídeo de uma escabrosa reunião de seu gabinete, o cerco a bolsonaristas radicais em duas investigações do Supremo, a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em uma casa do advogado de Bolsonaro, o diagnóstico de Covid-19 do chefe do Executivo e o saldo nefasto de mais de 80 000 mortos pela doença.
O ALTO - Bolsonaro: o presidente mantém quase um terço do eleitorado e bateria qualquer rival no segundo turno. Jacqueline Lisboa/AGI 

Mesmo em meio a dificuldades  sérias, que poderiam estraçalhar a popularidade de inúmeros políticos, Bolsonaro segue firme, mostrando mais uma vez que é um fenômeno político.
Se a disputa presidencial fosse hoje, ele seria reeleito.
[o presidente Bolsonaro não se preocupa com as eleições de 2022 - a disputa será apenas simbólica, não tem adversários que mereçam o nome.
Sua preocupação maior é com o Brasil e o fato de que ele precisa de um terceiro mandato, para compensar as dificuldades do primeiro, em curso, causadas pela pandemia e pelo boicote sistemático feito ao seu governo.]

Essa é uma das principais conclusões de um levantamento exclusivo realizado pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 18 e 21 de julho. Mesmo sendo um mandatário controverso à frente de um país dividido em relação ao seu governo, Bolsonaro lidera todos os cenários de primeiro turno — com porcentuais que vão de 27,5% a 30,7% — e derrotaria os seis potenciais adversários em um segundo round da corrida ao Planalto em 2022: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) [o multicondenado petista está nessa relação apenas para mostrar o pouco valor eleitoral dos demais candidatos, já que é inelegível.], o ex-­prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-­governador Ciro Gomes (PDT), o ex-­ministro Sergio Moro, o o governador paulista João Doria (PSDB) e o apresentador Luciano Huck. 

(.....)

Existem no horizonte de Bolsonaro ao menos duas questões que podem comprometer o seu projeto de reeleição: o desfecho imprevisível do caso Queiroz e a perspectiva de tormenta econômica no rescaldo da da pandemia (está previsto um tombo de quase 6% do PIB), agravada pelo auxílio emergencial, que, em tese, vai até setembro. Mas é inegável que o capitão segue firme no páreo até  agora, com uma inabalável resistência e, a rigor, nenhum adversário à altura. 

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