O Globo
A ideia do chamado imposto digital é cobrá-lo em todas as movimentações, e não só no meio eletrônico. Essa é a realidade.
O tributo é cumulativo, cobrado nas duas pontas, e regressivo. Em troca, haveria uma série de bondades. Assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos acenou com uma desoneração sobre os salários de 25%. Ele deu entrevista à “Folha de S. Paulo” sobre a proposta, que valeria para todos os salários. Ninguém no Ministério fala quanto se arrecadaria com o novo imposto ou quanto custaria a desoneração dos salários. Seria melhor debater abertamente.
[Presidente Bolsonaro:
Apesar de todos os boicotes que autoridades de outros Poderes tem feito contra seu governo;
apesar das sabotagens e armadilhas que lhe armam;
apesar do guru de Virginia;
dos seus filhos;
do senhor mesmo.
o Senhor continua com prestígio junto à população, continua com uma margem de apoio que inviabiliza a vontade da 'turma do mecanismo' de impedi-lo,
tem excelentes chances de ser reeleito e poder enfim governar.
O que mantém sua candidatura viva, seu prestígio é a CREDIBILIDADE.
Vai ser difícil manter a credibilidade quando seus adversários - que são muitos - mostrarem, confrontarem, sua garantia de que não haverá CMPF com o novo imposto.
Acho que chegou a hora da escolha:
- descartar o Paulo Guedes e ser reeleito ou manter o Guedes, ser chamado de mentiroso e perder uma reeleição ganha.
Algum amigo, amigo verdadeiro, leal e fiel, do Presidente JAIR BOLSONARO, que ler este, mostre para o Presidente.]
O governo está tentando enganar a todos os contribuintes.
A ideia do chamado imposto digital é cobrá-lo em todas as movimentações, e não só no meio eletrônico. Essa é a realidade. O tributo é cumulativo, cobrado nas duas pontas, e regressivo. Em troca, haveria uma série de bondades. Assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos acenou com uma desoneração sobre os salários de 25%. Ele deu entrevista à “Folha de S. Paulo” sobre a proposta, que valeria para todos os salários. Ninguém no Ministério fala quanto se arrecadaria com o novo imposto ou quanto custaria a desoneração dos salários. Seria melhor debater abertamente.
[Presidente Bolsonaro:
Apesar de todos os boicotes que autoridades de outros Poderes tem feito contra seu governo;
apesar das sabotagens e armadilhas que lhe armam;
apesar do guru de Virginia;
dos seus filhos;
do senhor mesmo.
o Senhor continua com prestígio junto à população, continua com uma margem de apoio que inviabiliza a vontade da 'turma do mecanismo' de impedi-lo,
tem excelentes chances de ser reeleito e poder enfim governar.
O que mantém sua candidatura viva, seu prestígio é a CREDIBILIDADE.
Vai ser difícil manter a credibilidade quando seus adversários - que são muitos - mostrarem, confrontarem, sua garantia de que não haverá CMPF com o novo imposto.
Acho que chegou a hora da escolha:
- descartar o Paulo Guedes e ser reeleito ou manter o Guedes, ser chamado de mentiroso e perder uma reeleição ganha.
Algum amigo, amigo verdadeiro, leal e fiel, do Presidente JAIR BOLSONARO, que ler este, mostre para o Presidente.]
Não adianta criar um nome suave para o novo tributo. Ele não será apenas digital, o consumidor vai pagá-lo mesmo se for à loja comprar um produto com dinheiro vivo.
Um imposto como a CPMF incide em cascata. Ele fica escondido na cadeia de produção, se acumula e onera muito mais os preços do que se parece. Desde o início do governo, o Ministério da Economia defende o imposto sobre pagamentos cobrado nas duas pontas. Era a ideia do ex-secretário da Receita Marcos Cintra. Uma alíquota de 0,2% paga por quem compra e por quem vende, vira uma tributação de 0,4%. A cada transação durante a cadeia de produção, o tributo é recolhido. Lá na ponta, o consumidor pagará o preço. Cintra perdeu o cargo por defender o imposto, mas a proposta continua viva no Ministério da Economia.
Um imposto como a CPMF incide em cascata. Ele fica escondido na cadeia de produção, se acumula e onera muito mais os preços do que se parece. Desde o início do governo, o Ministério da Economia defende o imposto sobre pagamentos cobrado nas duas pontas. Era a ideia do ex-secretário da Receita Marcos Cintra. Uma alíquota de 0,2% paga por quem compra e por quem vende, vira uma tributação de 0,4%. A cada transação durante a cadeia de produção, o tributo é recolhido. Lá na ponta, o consumidor pagará o preço. Cintra perdeu o cargo por defender o imposto, mas a proposta continua viva no Ministério da Economia.
Em contrapartida, o governo tem oferecido um pacote de bondades. Afif sugeriu desonerar a folha de pagamentos em 25%; a ideia anterior era cortar só em empregos de até um salário mínimo.
Ao ouvir a proposta, o empresário pensa que terá menos custos para contratar, o trabalhador acredita que haverá mais empregos. Outra ideia é usar a nova arrecadação para ampliar os programas de transferência de renda. A equipe econômica já acenou com uma isenção mais ampla no Imposto de Renda, para quem ganha até R$ 5 mil. Mas os detalhes dessas contrapartidas ninguém conhece.
Ao ouvir a proposta, o empresário pensa que terá menos custos para contratar, o trabalhador acredita que haverá mais empregos. Outra ideia é usar a nova arrecadação para ampliar os programas de transferência de renda. A equipe econômica já acenou com uma isenção mais ampla no Imposto de Renda, para quem ganha até R$ 5 mil. Mas os detalhes dessas contrapartidas ninguém conhece.
A equipe econômica não sabe exatamente o que vai propor. Ela só sabe que quer cobrar mais um imposto, chamado de digital para que se acredite que é possível evitá-lo. Mas não se escapa de um tributo como esse. É isso que o governo vem defendendo. Todos os contribuintes pagarão. Se o governo tem boas intenções, deveria falar claramente sobre o novo imposto.
Míriam Leitão, colunista - O Globo
Míriam Leitão, colunista - O Globo
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