Nordestinos, no entanto, se mantêm como os que menos aprovam e mais rejeitam governo, que aposta em 'novo Bolsa Família' e viagens à região
Vencer candidatos petistas à Presidência da República no Nordeste tem sido uma missão impossível aos adversários desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva consolidou programas sociais de transferência de renda em seu governo, como o Bolsa Família, e lançou projetos específicos para a região, a exemplo da interminável transposição do Rio São Francisco. Com o PT fora do Palácio do Planalto há quatro anos e o poder nas mãos de seu maior rival, no entanto, a cidadela petista começa, aos poucos, a se tornar menos inóspita aos desafiantes do partido.
Em meio aos pagamentos do auxílio emergencial de 600 reais para conter os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus, à busca por expandir o Bolsa Família e rebatizá-lo como Renda Brasil, além de viagens à região, incluindo inauguração de obras da transposição no Ceará, o presidente Jair Bolsonaro começa a reduzir a resistência dos nordestinos a seu nome. Pesquisa exclusiva feita a VEJA pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 18 e 21 de julho mostra que o Nordeste ainda é, com sobras, a região onde o governo Bolsonaro é menos aprovado e mais desaprovado. A dois anos da eleição, chamam a atenção, contudo, o salto no número de nordestinos que dizem aprovar a gestão federal e a queda entre os que a reprovam em relação ao levantamento anterior feito entre 27 e 29 de abril.
Há três meses, 30,3% da população do Nordeste dizia aprovar o governo, número que passou a 39,4% em julho, avanço de 9,1 pontos porcentuais.
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