Catarina Rochamonte - Folha de S. Paulo
O Brasil vivencia uma grave crise institucional. A
nossa democracia sustenta a duras penas o tal "presidencialismo de
coalizão", prática do governo de criar base de apoio distribuindo cargos
entre parlamentares, no famoso toma-lá-dá-cá que põe o Executivo e o
Legislativo em atrito quando não há acordão. Havendo embate entre esses dois Poderes legitimados, o conflito é,
muitas vezes, dirimido pelo Poder Judiciário, que tem menor legitimidade
democrática, já que não foi escolhido pelo voto do povo.
A supremacia judicial seria, em tese, um mecanismo de proteção da democracia. O que se dá, porém, quando o abuso antidemocrático vem justamente da instituição que tem a última palavra sobre as leis?
O que é da democracia na qual o Supremo Tribunal abusa do poder?
A supremacia judicial seria, em tese, um mecanismo de proteção da democracia. O que se dá, porém, quando o abuso antidemocrático vem justamente da instituição que tem a última palavra sobre as leis?
O que é da democracia na qual o Supremo Tribunal abusa do poder?
Seja pelo seu ativismo em prol de uma agenda progressista que vai desde pautar a descriminalização do aborto até criminalizar a homofobia, seja pela presteza com que tem blindado ou soltado corruptos poderosos presos pela Lava Jato, o fato é que já havia motivos suficientes para que o povo se levantasse contra o STF antes mesmo de este, na figura do ministro Alexandre de Moraes, cometer o supremo abuso da censura.
Cabe ao Senado reequilibrar os Poderes e barrar a escalada autoritária do STF. Urge a CPI da Lava Toga. Para que os magistrados bem exerçam sua elevada missão, eles devem estar livres de suspeição.
Folha de S. Paulo - Catarina Rochamonte - Doutora em filosofia, Vice-presidente do Instituto Liberal do Nordeste (ILIN); Professora
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