Há hoje algumas constatações no Congresso Nacional em relação aos
efeitos políticos da epidemia de Covid-19. O presidente da Câmara dos
Deputados deixou claro que no momento não há correlação de forças para a
abertura de um processo contra o presidente da República por crime de
responsabilidade (leia). Inclusive porque, segundo ele, a proporção ali dos a favor e contra o governo é de 2 para 1.[IMPORTANTE: 172 deputados votando contra o impeachment já é número suficiente para o pedido ser rejeitado; sendo mais claro: para abrir a sessão da Câmara dos Deputados é necessária a presença de 342 deputados - com 341 ou menos, sequer será aberta a sessão, tendo em conta que para aprovar o pedido são necessários 342 votos favoráveis.]
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
quarta-feira, 23 de junho de 2021
O estado das forças - Alon Feuerwerker
Análise Política
Do
lado oposto da polarização, cristaliza-se na Comissão Parlamentar de
Inquérito uma proporção quase igual, mas inversa, de 7 a 4. Anda cada
vez mais difícil para o governo virar essa equação, pois os sete,
chamados também sintomaticamente de G7, já foram longe demais, não
teriam como justificar publicamente uma mudança radical de lado. Ainda
que na política quase tudo possa acontecer. Ou tudo.
Por
enquanto, o desfecho mais provável da CPI no Senado da Covid-19 é um
relatório final duríssimo, [recheado de fake news, interpretações tendenciosas e que jamais sustentarão uma ação judicial ou mesmo um pedido de indiciamento - sem contar que a credibilidade do presidente e relator da CPI é ZERO, número que aumenta com a atuação dos senadores 'drácula' e Barbalho - esse, pioneiro no uso de algemas.] do com múltiplos pedidos de indiciamento (CPI
não indicia, pede indiciamento), e que irá seguir seu curso no
Ministério Público e no Judiciário, eventualmente com mais
investigações. Será difícil para os listados, mas é altamente improvável
que a coisa venha ter um desfecho judicial antes das eleições.
Claro
que alguma hora pode aparecer a chamada bala de prata, e isso
desencadear um movimento irreversível de remoção do presidente, mas o
fato é que até agora não apareceu. E os movimentos de oposição retomaram
a presença na rua, mas por enquanto têm sido manifestações
majoritariamente de militantes e já alinhados. De ambos os lados aliás.
E
tem o calendário eleitoral, que vai ficando cada vez mais apertado.
Poderia interessar à oposição que Bolsonaro entrasse na corrida
enfrentando um processo político? Com certeza. Mesmo que o desfecho mais
provável fosse perder. O problema é que, de novo, o presidente tem um
aliado na presidência da Câmara, ao qual, inclusive para efeito da
política no estado, não há qualquer vantagem, até agora, em romper com
Jair Bolsonaro.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
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