Há hoje algumas constatações no Congresso Nacional em relação aos
efeitos políticos da epidemia de Covid-19. O presidente da Câmara dos
Deputados deixou claro que no momento não há correlação de forças para a
abertura de um processo contra o presidente da República por crime de
responsabilidade (leia). Inclusive porque, segundo ele, a proporção ali dos a favor e contra o governo é de 2 para 1.[IMPORTANTE: 172 deputados votando contra o impeachment já é número suficiente para o pedido ser rejeitado; sendo mais claro: para abrir a sessão da Câmara dos Deputados é necessária a presença de 342 deputados - com 341 ou menos, sequer será aberta a sessão, tendo em conta que para aprovar o pedido são necessários 342 votos favoráveis.]
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
quarta-feira, 23 de junho de 2021
O estado das forças - Alon Feuerwerker
quarta-feira, 26 de maio de 2021
Randolfe pede para convocar Bolsonaro; especialistas divergem se CPI tem poder para ouvir presidente - O Estado de S. Paulo
Para juristas, regras não são explícitas quanto ao alcance de convocações; comissão ainda precisa votar requerimento
Há divergências entre especialistas se a Comissão Parlamentar de Inquérito pode ou não convocar o presidente da República a depor, ainda que como testemunha. No documento, Rodrigues cita o artigo 58 da Constituição, que afirma que comissões do Congresso Nacional podem “solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão”, além de lei específica sobre CPIs e o regimento interno do Senado, que permite a convocação de “quaisquer autoridades federais".
Na justificativa, Rodrigues afirma que a pandemia do coronavírus é uma “tragédia sem precedentes” e que as investigações da CPI mostram que Bolsonaro teve participação “direta ou indireta” nos fatos apurados. “Esta Comissão Parlamentar de Inquérito tem como objetivo apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio para os pacientes internados. A cada depoimento e a cada documento recebido, torna-se mais cristalino que o Presidente da República teve participação direta ou indireta nos graves fatos questionados por esta CPI”.
Para ser aprovado, o requerimento tem de ir à votação na CPI e é necessário que os parlamentares entrem em acordo para colocar o documento em análise.
EspecialistasJuristas ouvidos pelo Estadão avaliam que a convocação do presidente ou de ministros do Supremo Tribunal Federal pela CPI pode ferir o equilíbrio entre os poderes. O mesmo não valeria, porém, para governadores, que poderiam ser convocados desde que o assunto dos depoimentos seja restrito às competências da comissão – no caso, a transferência de recursos federais. Como mostrou o jornal, há duas semanas, há divergência se o presidente da República poderia ser obrigado a depor. A advogada constitucionalista Vera Chemin, lembrou que, no inquérito sobre a possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, que tramita no STF, o ministro Celso de Mello determinou que o presidente fizesse um depoimento presencial.
Já o advogado João Paulo Martinelli, professor da IBMEC-SP, disse que, em geral, há um entendimento de que deputados e senadores, representantes do Poder Legislativo, não poderiam obrigar o presidente da República, chefe do Poder Executivo, a depor. “Seria intromissão de um Poder em outro, e isso não é permitido. Mas não é uma proibição expressa”, explica o advogado. “Ele pode ser convidado, pode ser investigado, mas não é obrigado a comparecer”.
O Estado de S.Paulo - Lorenna Rodrigues e Amanda Pupo
quarta-feira, 5 de maio de 2021
O primeiro dia - Alon Feuerwerker
Análise Política
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Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
terça-feira, 27 de abril de 2021
"Se não querem ajudar, que não atrapalhem", diz general
Morei algumas vezes na cidade do Rio de Janeiro — a
maravilhosa — e tenho ótimas recordações desses períodos que a vida
profissional concedeu a mim e a minha família. Gostávamos de ir ao
teatro. Quando o tempo permitia, elegíamos uma peça em cartaz e fazíamos
o programa cultural de fim de semana. O da Gávea estava entre os
preferidos. Apreciávamos o trabalho dos artistas que subiam ao palco
solitariamente e se submetiam ao crivo da atenta plateia daqueles
espetáculos. Monólogos exigem muito dos intérpretes. Demanda atenção
redobrada nos ensaios e na execução do texto. Os sucesso ou fracasso
está ligado à capacidade de entrar, sem pedir licença, na mente e no
coração de seus ouvintes. Alcançar isso é uma arte. Se um indivíduo
possui esse dom e se propõe a usá-lo em benefício da sociedade,
emoldure-o, eis um líder inspirador.
Essa liderança pode abarcar vários setores da vida
humana (artistas, empresários, religiosos, militares, cientistas,
professores ... e até políticos). Diante do que se assiste pela
imprensa, tratar do comportamento dos políticos passa a ser uma catarse.
O desafortunado momento de crise sanitária aguda, a lembrança afetiva
de monólogos teatrais e a leitura de um pequeno trabalho do Yuval
Harari: “Na batalha contra o coronavírus, faltam líderes à humanidade”
me fizeram retomar o tema liderança.
A propósito, hoje (27 de abril), após lamentável crise
de liderança e gestão dos governantes, inicia-se a Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) da Covid, sob a batuta do Senado Federal. A sociedade
espera efetividade! Para a sorte da humanidade, alguns países com
habilidosos “condottieres” estão enxergando a planície além do cimo da
montanha. A vastidão plana e descortinada à frente está semeada de boas
expectativas.
Outros países, lastimosamente, não. Nesses rincões, a
complexidade da pandemia transformou os detentores do poder em vigias
sonolentos de faróis marítimos apagados durante uma tempestade bravia.
Para esses mandatários, o poder afrodisíaco (expressão cunhada por Henry
Kissinger) parece ter-lhes inebriado a ponto de escancarar suas
insensibilidades morais. Serão responsabilizados pelo naufrágio dos
navios que se chocarem nos arrecifes pontiagudos durante a borrasca.
No texto, Harari defende que o verdadeiro antídoto para
epidemias é a cooperação e que a melhor defesa contra os patógenos é a
informação. Informação que precisa ser gerada por especialistas
confiáveis e difundida por atores qualificados. Atores que, como em um monólogo de sucesso, precisam
entrar sem pedir licença no imaginário de seus ouvintes, seguidores ou
não. O público, mesmo o mais humilde, consegue entender nuances se
apresentadas com honestidade.
Em seu livro Dez lições para o mundo pós-pandemia
(Intrínseca, 2020), o jornalista Fareed Zakaria cita o Brasil como
antiexemplo de combate à pandemia. A razão, alega ele, alguns de seus
dirigentes questionarem abusivamente as recomendações dos agentes de
saúde e, em alguns casos, se recusarem a acatá-las. Uma questão de mau
exemplo. Isso dificultou o enfrentamento do assombroso desafio que teima
em não ceder.
Com os números de mortes e infecções crescendo e gritando impiedosamente nos ouvidos da população, vamos precisar envolver mais especialistas para administrarem as questões pandêmicas sem viés ideológico. [até o trecho destacado a matéria era uma leitura agradável e recomendável. Mas, quando trouxe ao tema a palavra 'especialistas', que no Brasil são em esmagadora maioria especialistas em nada, sempre prontos a expelir o que o entrevistador mandar, optamos, por encerrar a transcrição.
Chega de ouvir bobagens e profecias sobre fatos de ontem. Alguém se surpreendeu com a opinião dos especialistas que opinaram sobre o encontro virtual do Biden? A surpresa, surpreendente, foi determinada emissora de TV - talvez em busca da credibilidade perdida na contagem de cadáveres - apresentar reportagem, em horário nobre, mostrando que a situação ambiental na Amazônia não é o que pintam.]
Por Otávio Santana do Rêgo Barros — General de Divisão do ExércitoPaz e Bem!
sábado, 25 de abril de 2020
A saída do ex-juiz - Demissão de Moro: Sai o ministro, entra o candidato - O Globo
Sai o ministro, entra o candidato à Presidência em 2022.
As palavras antecipam uma mudança no papel do ex-juiz da Lava-Jato.
No pronunciamento, Moro deixou claro que tem munição guardada. Ele sugeriu que fará novas revelações em "outra ocasião".
Bernardo M. Franco, colunista - O Globo
terça-feira, 11 de abril de 2017
Passou boi, passou boiada
CPIs deixaram passar fatos e pessoas que caíram nas redes de polícia e da justiça.
Houve um tempo em que ser convocado a depor em Comissão Parlamentar de Inquérito era o máximo do constrangimento. Políticos com poder de articulação faziam de tudo para não ser chamados a sentar na cadeira dos depoentes; equivalia a um banco dos réus. Esse tempo, passado, foi substituído pelo exercício corporativo do salve-se quem puder mediante a prática de todos por um. Dois, três e quantos mais houver a serem incluídos na lista da salvação.
Se dependesse dos trabalhos das comissões parlamentares de inquérito da Petrobras e daquela instada para apurar as relações do bicheiro Carlos Cachoeira com agente públicos e privados, o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-deputado Eduardo Cunha não estariam hoje sentados nas respectivas celas de presídio em Bangu 8 (RJ) e Pinhais (PR).
Cabral continuaria até hoje a brilhar em seu céu de diamantes; Cunha provavelmente teria conseguido se reeleger presidente da Câmara. A construtora Delta, de Fernando Cavendish seguiria atuando no mercado, ex-diretores da Petrobras estariam talvez reincorporados à empresa, o governador Marconi Perillo (GO) livre da denúncia por corrupção apresentada no fim de março pelo Ministério Público e Cachoeira desconectado da tornozeleira que o monitora em prisão domiciliar.
As comissões de inquérito trataram dos temas e dos personagens depois submetidos aos escrutínios do MP e da Polícia Federal. Pelas CPIs passaram incólumes. Por um crivo mais rigoroso, caíram na rede. De onde se evidencia a inutilidade das comissões congressuais por obra e graça do compadrio malsão.
Fonte: Dora Kramer - VEJA