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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Invasão de igreja é um ato antidemocrático, só o STF não vê - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo - VOZES

Se há uma coisa que não falta neste país hoje em dia é rigor extremado em “defesa da democracia”obviamente, só nos casos em que se estima que a democracia está sendo colocada em risco pela direita
e seus derivados. [neste caso, vale até desrespeitar direitos assegurados pela Constituição Federal e a própria democracia, desde que seja para punir os 'criminosos' = direita.
Definindo de outra forma: Viola-se princípios constitucionais e democráticos, a pretexto de preservá-los.]
Só o ministro Alexandre Moraes, pessoalmente, mantém vivo e soltando fogo para todo lado um “Inquérito Perpétuo Para Salvar o Brasil de Atos Antidemocráticos” já prendeu gente por conta disso, mandou o presidente da República depor numa delegacia de polícia [ordem não cumprida e nada, absolutamente nada - o que já era esperado - aconteceu.] e quer a Interpol correndo atrás de brasileiros nos Estados Unidos.[desejo ignorado pela Interpol.] O Ministério Público não pensa em outra coisa. A mídia, as classes intelectuais e as forças do “campo progressista” se escandalizam diariamente com atitudes de “direita” e com o que percebem como sendo uma ofensiva de “ideias nazistas”.


Igreja de Curitiba foi invadida por manifestantes com bandeiras do PT e do PCB
Igreja de Curitiba foi invadida por manifestantes com bandeiras do PT e do PCB -  Foto: Reprodução/Instagram

Todos eles, exatamente ao mesmo tempo em que se manifestam excitados em último grau com a “direita”, não dizem uma sílaba sobre atos como a invasão de uma igreja católica de Curitiba por um vereador do PT e um grupo de delinquentes com bandeiras vermelhas.  
Era, segundo eles, um “protesto contra o racismo”. Agrediram grosseiramente a liberdade de culto. Gritaram “viva Lula” e sua candidatura à presidência. Isso é crime – ou não é?  
Se não for, o que seria, então, no entendimento do ministro Moraes, do MP e do Brasil que se escandaliza com o avanço do “nazismo”, da “extrema direita” e, mais do que tudo, talvez, com a possibilidade de perderem a eleição de outubro próximo?

Não faz nenhum nexo.
Invadir uma igreja e atrapalhar um ato religioso legítimo, plenamente assegurado pela Constituição Federal, e conduzido em paz, é um ato absolutamente antidemocrático muito pior que o monte de bobagens que o STF procura e não consegue encontrar no seu inquérito sem fim.  
Porque, então, não se levanta uma palha contra os autores desse crime? O PT não fez sequer uma notinha desautorizando seu vereador e os malfeitores que estavam em sua companhia. Não aconteceu nada com ninguém. Todos estão se sentindo perfeitamente autorizados a fazer tudo de novo outra vez. Por que não? Está autorizado pela autoridade pública. Agredir um culto católico não é, na visão do Brasil civilizado-liberal-esquerdeiro que está aí, um “ato antidemocrático”.

Estamos da seguinte forma, portanto. No Brasil de 2022 é terminantemente proibido defender possíveis ditaduras de direita.     É inteiramente lícito, ao mesmo tempo, defender ditaduras de esquerda e praticar atos de banditismo em seu nome.

J. R. Guzzo, colunista - VOZES - Gazeta do Povo


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