O governo de Barack Obama, na visão de Vladimir Putin, agiu para
derrubar um presidente ucraniano aliado de Moscou em 2014 ao fomentar as
manifestações do Euromaidan via a então secretária assistente de Estado
Victoria Nuland, que chegou a ir a protestos.
Ao mesmo tempo, o então
presidente americano, na avaliação do autocrata russo, teria sido um
“frouxo” ao impor sanções quase sem impacto depois da resposta russa com
a anexação da Crimeia e do estabelecimento de duas repúblicas
separatistas no Leste ucraniano — na verdade, na época, o democrata
precisava da Rússia nas negociações para o acordo nuclear com o Irã, e
penalizar Moscou de forma muito dura podia prejudicar essa estratégia,
mas a imagem de ter sido “leve” demais prevaleceu. [esqueçamos as mancadas, ou segundo Putin a frouxidão, do democrata Obama - seu tempo passou e já pertence ao passado e vamos citar um dos vários exemplos da incompetência do democrata que preside os Estados Unidos.
De muitas, selecionamos uma que demonstra a incompetência, também o e descaso por vidas humanas do atual presidente norte-americano: ao "comandar" a retirada dos americanos do Afeganistão, em uma demonstração da sua genial incompetência, ou baidada, ordenou que os militares se retirassem primeiro, deixando com os civis a tarefa de apagar as luzes. Concluindo a baidada, ordenou um bombardeio que resultou na morte de vários civis, incluindo crianças.Que esperar de tanta incompetência e desprezo por vidas humanas? Em tempo ... confirmando sua predileção por tirar vidas humanas, sempre que possível,inocentes e indefesas um dos seus primeiros decretos facilitou a vida dos defensores do aborto nos EUA. Demonstra desprezo pelo emigrantes,tarefa na qual conjsta com o apoio de sua vice.]
Com a chegada de Donald Trump ao poder, Putin não viu necessidade
de alterar o status quo na Ucrânia. O então presidente americano
deixava claro que não queria atrito com o líder russo. Inclusive,
conforme investigação da Justiça americana, a Rússia agiu para ajudar o
republicano a derrotar Hillary Clinton.
Para completar, Trump adotou uma
postura crítica em relação à Otan. Chegou a questionar o Artigo 5 da
aliança militar, que prevê que os países-membros precisam defender um
outro integrante da organização caso este seja atacado. “Por que meu
filho deveria ir para Montenegro defender o país de um ataque”, disse em
entrevista à Fox News. Não havia, portanto, o menor risco de expansão
da Otan em direção à Ucrânia durante os anos trumpistas. [A Otan teve seu tempo e grande utilidade na época da Guerra Fria - nos tempos atuais sua existência perdeu o sentido e para mostrar alguma serventia fica interferindo nos assuntos internos de outros países.
A falta de serventia da Otan se iguala a da ONU - que tem pretensões a interferir, mas quando o assunto realmente merece sua intervenção, o poder de veto dos seus 'donos' a mantém inútil.
Hoje, quando a ONU tem alguma voz ativa, usa para defender coisas indefensáveis e que sempre conspiram contra valores essenciais, entre eles a FAMÍLIA, a MORAL, a RELIGIÃO, os BONS COSTUMES e outros.]
Leia mais: Para Putin, base dos EUA na Polônia, a 1.300 km de Moscou, justifica aposta russa na Ucrânia
O cenário se alterou com Joe Biden. Primeiro, obviamente, não havia
mais um isolacionista na Casa Branca. O novo presidente é um
multilateralista em busca do fortalecimento da Otan. Em segundo lugar, o
democrata tinha ligações com a Ucrânia. Seu filho, Hunter Biden,
conhecido por seus enormes problemas, ocupou no passado um cargo no
conselho de uma empresa de energia em Kiev (algo extremamente
controverso). Terceiro, o líder russo enxerga o presidente americano e
sua equipe de política externa como incompetentes, especialmente após o
fiasco da retirada do Afeganistão. Para completar, a Ucrânia tem no
poder um presidente que fez carreira como comediante, sem nenhum
histórico político. Volodymyr Zelensky é impopular e frágil na visão do
Kremlin. Mais grave, adotou uma posição forte de aproximação com a
Europa e a Otan.
Diante desta nova conjuntura, Putin decidiu apostar suas fichas em
uma pressão para conseguir concessões e evitar uma guinada definitiva da
Ucrânia para o lado “pró-europeu”. Se por um lado o status quo não
estava mais garantido sem Trump na Casa Branca, de outro, o
“incompetente” Biden e o “frágil” Zelensky tornavam o momento propício
para uma ação para tentar restabelecer a Ucrânia como parte da zona de
influência russa ou ao menos frear a guinada para a Europa. Esta ainda é
a visão do líder russo, que tenta fazer o governo americano de bobo.
O governo Biden busca alterar o cálculo de Putin ao adotar um tom
duro. Basta ver as recentes declarações do presidente americano,
ameaçando com fortes sanções a Rússia no caso de invasão. Quer dar o
recado de que não é “frouxo” como Obama e irá agir com fortíssimas
sanções se tropas russas cruzarem a fronteira. [Declarações até o Jimmy Carter fazia e não só sobre amendoins - Biden tem de sobra as qualidades negativas que Carter tinha o que garantirá ao atual ocupante da Casa Branca o primeiro lugar na lista dos incompetentes, deixando com o georgiano o merecido segundo lugar.] Basicamente, tornará
Moscou pária no sistema financeiro global. Claro, não sabemos se
realmente o líder russo pretende invadir ou se desde o início apenas
mobilizou as tropas para ter um poder maior de barganha.
Guga Chacra, coluna O Globo
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