Apresentador Monark afirmou que simpatizantes das ideias de Hitler deveriam poder se organizar em um partido político
Após a lamentável defesa da existência de um partido nazista no Brasil no Flow Podcast, entidades judaicas repudiaram a fala de um dos apresentadores e iniciaram uma campanha pela desmonetização do canal.
O apresentador Monark argumentou que os simpatizantes das ideias de Adolf Hitler, que matou cerca de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, deveriam poder se organizar em um partido político. “Eu acho que tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei”, disse. “Se um cara quisesse ser anti-judeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”, concluiu após ser alertado pela deputada Tabata Amaral que o nazismo coloca em risco a existência de todos os judeus.
O Instituto Brasil-Israel e o coletivo Judeus Pela Democracia cobram dos patrocinadores do programa a suspensão dos anúncios. “Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão, afirmou o coletivo pelo Twitter. “É sério que vocês vão continuar patrocinando quem diz que “tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei” e que “se o cara quiser ser um anti-judeu, eu acho que ele tinha direito de ser”?”, questiona o instituto.
A existência do partido nazista é proibida na Alemanha e a apologia e este regime é um crime tanto lá quanto cá. No Brasil, a Lei de Crimes Raciais prevê prisão de dois a cinco anos a quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
O ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten também repudiou. “ É inaceitável nos dias atuais qualquer tentativa de apagar os horrores do nazismo. Aos poucos alguns perceberão que NÃO vale tudo pelos cliques. A audiência não perdoa”, escreveu, no Twitter.
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