Eu professo que a política e a verdade nunca andam de mãos dadas, algo dito com brilhantismo por Hannah Arendt.
Porém, num mundo da pós-verdade e da dilapidação dos valores virtuosos, a mentira e a má-fé atingiram patamares inimagináveis em terras verde-amarelas.
Nada mais revelador do que o ataque presunçoso à verdade, em escala industrial, do que os tais debates presidenciais. A corrosão da verdade é tão vergonhosa quanto devastadora. Não sou nenhum paladino da veracidade, e sei que a mentira do tipo “arranjo político” não vai desaparecer.
O que me embrulha o estômago é a mentira suja, o arranjo premeditado, a sacanagem de quem só tem por objetivo ludibriar o povo e alcançar o poder.
Por uma manobra jurídica imoral, o ex-presidiário conseguir deixar o seu habitat natural com a intenção de voltar a cena do crime. Para tanto, ele precisa surrupiar a verdade e mentir, muito!
Na cadeia, ele teve tempo de maturar seus atos - ilícitos - e suas mentiras românticas. O demiurgo de Garanhuns preparou um “plano de voo” em terras brasilis, ajudado por ativistas políticos e, mais tristemente, por togados ativistas jurídicos.
Neste sentido, o ex-presidiário é extremamente hábil em mentir, expressando justamente aquilo que o povo iletrado deseja ouvir.
Como a realidade traz o inesperado, é chocante e grotesco ouvir o sofrível português de um meliante que insiste em mentir, descaradamente, que foi inocentado. Isso é FAKE NEWS com letras maiúsculas. Ele o afirma alto e bom som, sob holofotes, e não há grandes movimentos na direção de apontar a veracidade dos fatos.
Evidentemente eu já estava preparado, mas é caricato!
Muito embora tais debates presidenciais sejam o apogeu da mentira, esse ex-presidiário “Honoris Causa” em mentira, começa a ruir com intensidade, uma vez que o bombardeio é forte, de vários lados, e a noção clara e real de seus inúmeros crimes ficam ainda mais transparentes. Por mais debates, então!
Não será por uma questão moral que o pai dos ricos irá desmoronar, mas sim pela singela realidade que vai se impor, despedaçando parte por parte sua falsidade e sua maledicência, no que é mestre.
Como estampado ontem no debate, a postura acuada e os lapsos de memória do ex-presidiário demonstram que o mentiroso não será capaz de encobrir o que há de factual em seus atos espúrios.
O ex-braço direito do ex-presidiário, Antonio Palocci, declarou: “No fim do seu 2º. mandato (Lula), ele preparou sua aposentadoria”.
Pobre povo brasileiro, pois como afirmou Charles de Gaulle, um político nunca acredita no que diz, mas fica surpreso quando outros acreditam.
O ex-presidiário aparenta acreditar.
Alex Pipkin - PhD
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