Factoide de auditoria nas urnas expôs Forças Armadas a novo vexame
A quarta-feira foi amarga para os patriotas que se aboletaram diante
dos quartéis à espera de um novo golpe militar. Depois de meses de
suspense, o Ministério da Defesa divulgou seu aguardado relatório sobre a
urna eletrônica. O documento dizia o óbvio: as máquinas funcionam e não
há qualquer indício de fraude na contagem dos votos.
“Tomamos chuva à toa?”, questionou um bolsonarista desiludido no
Twitter. As redes do ministério foram bombardeadas com outras mensagens
de desgosto. O empresário que se pendurou no para-brisa de um caminhão,
inconformado com a vitória de Lula, ainda não foi localizado para
opinar.
O factoide da inspeção nas urnas expôs as Forças Armadas a mais um
vexame. Para atender os interesses de Jair Bolsonaro, elas gastaram
tempo e dinheiro público numa auditoria inútil. Agora são cobradas por
saudosistas da ditadura que sonham com uma quartelada em pleno século
XXI.
Ninguém obrigou os generais a se engajarem no projeto do capitão. Eles
mergulharam de cabeça porque viram em Bolsonaro um atalho para voltar ao
poder. A aposta se mostrou lucrativa. Os militares abocanharam mais de 6
mil cargos civis, garantiram novos privilégios na Previdência e
embolsaram salários e gratificações acima do teto.
[COMENTÁRIO E OPINIÃO - senhor Bernardo: suponho que o senhor na condição de jornalista tenha conhecimentos sobre o significado das palavras - com certeza superiores aos nossos; apreciamos seus textos, mas no de agora o senhor se excedeu, chegando a cometer um crime.
VAMOS POR PARTES: 'GOLPE DE ESTADO' é crime, por óbvio, fazer apologia ao mesmo também é crime.
O senhor na matéria de hoje está pregando um golpe de estado e sugerindo a um determinado senhor, nominado na matéria, que dê um golpe de estado.
O senhor ao qual sua conclamação a uma prática criminosa se dirige foi eleito presidente da República - ainda não foi diplomado pelo TSE nem empossado - há um cronograma estabelecido pela Justiça Eleitoral a ser cumprido.
Portanto, tal cidadão é tão presidente da República quanto o senhor, nós e milhões de cidadãos brasileiros.
Com sua pregação na matéria de sua autoria o convoca, sugere, que ele - sem autoridade nenhuma - desarme um golpismo (supomos que o termo é usado para designar manifestações populares, pacíficas) e mande os militares de volta aos quartéis.
O senhor estimula um cidadão de conhecimentos e inteligência limitados, sem nenhuma competência legal, a MANDAR OS MILITARES DE VOLTA AOS QUARTÉIS (supondo que os integrantes de nossas Forças Armadas estejam fora dos quartéis) quando pela Constituição Federal vigente os militares estão sob autoridade suprema do presidente da República - que até 1º janeiro 2023 é JAIR MESSIAS BOLSONARO - e das autoridades constituídas pela legislação infraconstitucional pertinente = em nenhuma das situações se enquadra o eleito.
Sua sugestão se acatada além de motivar o eleito a cometer CRIME GRAVÍSSIMO - certamente mais grave do que os dos quais foi aquele cidadão descondenado, não inocentado - implicará que o senhor está cometendo o delito de apologia ao crime, com a agravante de estimular crime contra a HIERARQUIA e DISCIPLINA, principios basilares das nossas FF AA.
Encerramos lembrando que Nota Oficial emitida ontem pelo Ministério da Defesa, contradiz já no primeiro parágrafo o que senhor diz em sua matéria estimulando o crime.]
Nenhum comentário:
Postar um comentário