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terça-feira, 29 de novembro de 2022

O recado do Supremo a Bolsonaro sobre os atos nas portas dos quartéis - O Globo

Presidente Jair Bolsonaro posa para foto ao lado do produtor rural Julio Nunes, líder de protestos golpistas alvo do TSE e do STF, em registro do ano passado 
 
 Presidente Jair Bolsonaro posa para foto ao lado do produtor rural Julio Nunes, líder de protestos golpistas alvo do TSE e do STF, em registro do ano passado Arquivo pessoal/Instagram

O portador da mensagem, na maior parte das vezes, foi o ministro Gilmar Mendes, decano da corte, que se reuniu com o presidente da República na terça-feira da semana passada para uma longa conversa, e também falou com ministros e pessoas da confiança de Bolsonaro.No encontro com o presidente, que ocorreu na véspera da apresentação do relatório do PL que subsidiou a ação pedindo a anulação de parte dos votos do segundo turno, Gilmar não colocou as coisas nesses termos.[salvo engano, a conversa, ou conversas,  com o presidente Bolsonaro foi entre o ministro e o Chefe do Poder Executivo. [Pessoas idôneas e que não vazariam o que conversarem. 
Deduzimos que a outra  conversa com ministros e pessoas da confiança de Bolsonaro,  a proposta de barganha, se houve, não seria repetida.]

Preferiu ser mais sutil, e disse que cumpre a Bolsonaro exercer suas funções constitucionais. Falou também que, ao invés de questionar o resultado das urnas, ele deveria estar dedicando seus últimos dias de mandato à tarefa de organizar a oposição a Luiz Inácio Lula da Silva. Gilmar ainda sondou o humor do presidente sobre a transição de governo e as manifestações. Na volta da conversa, relatou aos colegas de corte que Bolsonaro estava tranquilo, mas nem tinha interesse em discutir a questão do relatório e da ação do PL e ou de pedir que seus seguidores saíssem das ruas.[um direito do Presidente Bolsonaro que se constituir uma ilegalidade é DEVER da autoridade que tomar conhecimento adotar as medidas legais cabíveis, a omissão poderia ser crime.]

(...)
 
Tanto os magistrados quanto o círculo mais próximo de Lula temem que as manifestações continuem ocorrendo mesmo depois da posse do petista. [nos parece ser óbvio que continuem, já que a causa principal delas - a rejeição a que o Brasil seja presidido por Lula...-  citar a razão principal da rejeição pode constituir crime, só que tão falada que foi, todos sabem e lembram -  em nossa opinião continuará existindo, mesmo com a posse de Lula. Nesse caso, o novo governo já teria que começar desmobilizando protestos, cenário que o presidente eleito quer evitar. [o reverso da moeda é que enquanto o presidente eleito quer que a razão da rejeição seja esquecida, o povo vai continuar lembrando. 
Um ex-presidente do Brasil,  cujo nome agora nos foge à  memória, também já determinou que 'esquecessem o que tinha escrito', não teve êxito.] 
 
Em Malu Gaspar, colunista O Globo - MATÉRIA COMPLETA
 
 
 

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