Merval Pereira
Ainda os militares
Não é aceitável que manifestações contra a posse do presidente eleito continuem sendo permitidas
O ex-ministro da Defesa Raul Jungmann definiu como imperativo para o
país, como nação soberana, “levar a sério nossa defesa e as Forças
Armadas, assumir as responsabilidades que cabem ao poder político e às
nossas elites”. [esse senhor é mais um 'defunto do ostracismo' que a turma do eleito ressuscita para dizer asneiras.] quye poderias que O Livro Branco da Defesa Nacional de tempos em tempos é
enviado ao Congresso justamente para que os representantes do povo
aprovem as diretrizes de segurança nacional, prioridades do setor e
relação do país com o mundo, numa demonstração de que o poder civil é
que determina os objetivos do setor.
Quando participou em Brasília da 15ª Conferência de Ministros da Defesa
das Américas, em julho deste ano, o secretário de Defesa dos Estados
Unidos, Lloyd Austin, incluiu como a afirmação do papel dos militares
numa sociedade democrática “o respeito às autoridades civis, aos
processos democráticos e aos direitos humanos”. Para ele, é necessário
que as Forças Armadas e as de segurança “estejam preparadas, capacitadas
e sob firme controle civil”.
Mas a palhaçada maior é que quando a mídia militante supõe que os militares vão interferir na política contra o sistema, contra o establishment, contra a maldita esquerda, contra os ladrões, logo diz que os militares não devem interferir na política.
Agora quando os militares ficam a favor do povo, permitindo que se manifestem de forma ordeira, pacífica e dentro das leis em ÁREA MILITAR - onde ficam a salvo dos abusos repressivos - os jornalistas da velha imprensa protestam com alarde, dizendo não ser aceitável que as manifestações contra o eleito continuem.
Em nossa opinião, a mídia militante ainda não engoliu a Nota Oficial Conjunta dos comandantes das Forças Armadas, na qual são estabelecidos, de forma clara e indiscutível:
- que o povo tem o direito de se manifestar de forma ordeira e pacíficas, dentro da legalidade;
- que as demandas do povo devem ser respondidas pelas autoridades constituídas; e,
- que a repressão ao povo pelas autoridades constituídas tem limites.]
Agora quando os militares ficam a favor do povo, permitindo que se manifestem de forma ordeira, pacífica e dentro das leis em ÁREA MILITAR - onde ficam a salvo dos abusos repressivos - os jornalistas da velha imprensa protestam com alarde, dizendo não ser aceitável que as manifestações contra o eleito continuem.
Em nossa opinião, a mídia militante ainda não engoliu a Nota Oficial Conjunta dos comandantes das Forças Armadas, na qual são estabelecidos, de forma clara e indiscutível:
- que o povo tem o direito de se manifestar de forma ordeira e pacíficas, dentro da legalidade;
- que as demandas do povo devem ser respondidas pelas autoridades constituídas; e,
- que a repressão ao povo pelas autoridades constituídas tem limites.]
Os militares, como organização, estão lenientes com as manifestações
antidemocráticas e, quando não agem, a inação é entendida como
autorização para que aconteçam. Bem fizeram os tribunais de contas do
país, por meio de sua associação, em repudiar declarações do ministro do
Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, que, mesmo em
privado, disseminava informações golpistas. Diante da repercussão, ele
desmentiu que apoiasse ato golpista, mas o estrago estava feito. [que estrago? e qual apoio o ministro poderia prestar a um ato golpista?]
Em O Globo - LEIA MAIS
Nenhum comentário:
Postar um comentário